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Cap.

1
**Estado-Nação, Estado e Aparelho do Estado**

O Estado-nação, também conhecido como país ou nação, representa uma entidade soberana que
serve como base para o Sistema Global em que opera. Dentro dele, cada Estado-nação abrange uma
sociedade, um governo com suas instituições detentoras de poder coercitivo e o território
correspondente. Importa destacar a distinção entre Estado-nação e Estado. Enquanto o primeiro é o
ente político soberano em relação a outras nações, o segundo refere-se à organização interna de um
país, dotada de autoridade para legislar e regular a sociedade. O Estado, portanto, é uma entidade
organizacional que possui autoridade coercitiva sobre a sociedade, estabelecendo um sistema
jurídico com poder de aplicação sobre todos os seus membros.

O Estado desempenha o papel primordial de ser o instrumento de ação coletiva da sociedade. É por
meio do Estado que a sociedade busca alcançar seus objetivos políticos fundamentais, como a
manutenção da ordem social, garantia da liberdade, promoção do bem-estar e estabelecimento de
justiça social. Embora todos esses objetivos sejam essenciais, a ordem pública se apresenta como o
principal e primordial, pois sem ela não é possível alcançar os demais propósitos. De fato, a ordem
pública é um requisito mínimo para a existência do próprio Estado. Se não houver ordem e respeito
à propriedade e aos indivíduos, não haverá um Estado funcional.

A compreensão do Estado é debatida a partir de três principais teorias: a histórica, a contratualista e


a controlista. A teoria histórica, que remonta a Aristóteles e passa por pensadores como Vico, Hegel
e Marx, considera o Estado como um fenômeno histórico decorrente da luta pela apropriação dos
excedentes. Um grupo mais poderoso busca controlar esses excedentes não somente por meio da
força ou da imposição de impostos, mas também através de sistemas administrativos e de
comunicação que organizam minimamente a produção e a distribuição em um determinado
território, tirando proveito dos benefícios de eficiência advindos do comércio e da divisão do
trabalho que essa ordem permite. O sucesso desse processo depende do estágio de desenvolvimento
do sistema administrativo e das comunicações.

Nesse contexto, os primeiros Estados emergiram em civilizações hidrográficas como a Antiga


Mesopotâmia, devido às condições geográficas favoráveis tanto para a produção de excedentes
quanto para sua administração, incluindo as necessárias comunicações. Por outro lado, as teorias
contratualistas, que têm em Hobbes um de seus expoentes, explicam o Estado a partir de um
contrato social voluntário, em que os indivíduos cedem parte de sua liberdade a um monarca
absoluto e, consequentemente, ao Estado, em troca da segurança que este deve proporcionar. Essa
teoria, com seguidores como Locke, Rousseau e Kant, serviu como base para o desenvolvimento da
democracia moderna.

Em contraste, as teorias controlistas não focam tanto em definir o Estado, mas concentram-se em
como o governo estatal deve ser exercido. São associadas à tradição republicana e pensadores como
Cícero, Maquiavel e Montesquieu. A visão contemporânea, representada por Olson e outros, sugere
que o Estado surge a partir do auto-interesse do "bandido estacionário", ou seja, aquele que busca
garantir sua capacidade de saquear eficientemente ao estabelecer uma ordem que proteja a
sociedade. Ainda que essa teoria traga à tona a ideia de racionalidade econômica, ela ignora as
dinâmicas sociais, políticas e históricas que influenciam a evolução do Estado e suas instituições.

Nesse sentido, o "novo institucionalismo" reforça a democracia, porém negligencia as conquistas e


lutas por direitos ao supor uma relação puramente econômica. É essencial considerar o papel das
lutas cidadãs e a busca por equidade em uma sociedade mais justa, aspectos que a teoria de Olson
não abarca. Portanto, embora seja relevante reconhecer o aspecto estratégico das instituições, é
crucial não subestimar a complexidade da política e das aspirações humanas na construção e
evolução do Estado e de suas instituições.

**Definindo como o Governo do Estado Deve ser Exercido e sua Relação com a Tradição
Republicana**

A definição e a forma de exercício do governo do Estado estão intrinsecamente ligadas à tradição


republicana que remonta a Cícero, passa por Maquiavel e segue com Montesquieu. As perspectivas
dos novos institucionalistas, ou seja, os economistas neoclássicos e os economistas políticos da
escolha racional, especialmente a partir da Segunda Guerra Mundial, reduziram a importância das
instituições. Um de seus proeminentes proponentes, Mancur Olson, introduziu uma nova teoria. Ele
desenvolveu a ideia do "Estado saqueador" e sua relação com a prosperidade. Olson utiliza a
metáfora do criminoso individual para explicar essa teoria. Segundo ele, um criminoso individual,
embora prefira uma sociedade rica da qual possa roubar mais, sabe que seu roubo excessivo
desorganizaria a sociedade, portanto, ele evita a ação criminosa.

Isso é semelhante ao caso do "bandido itinerante", que monopoliza o crime por um tempo em uma
região e depois se desloca para outra. Porém, difere do "bandido estacionário". Este último tem
interesse na prosperidade da população para poder roubar mais consistentemente e aumentar sua
capacidade de poupar e investir. No entanto, ele entende que não pode aumentar os impostos
indefinidamente, pois chegará a um ponto em que o aumento do imposto começará a prejudicar a
produção e, consequentemente, reduzir seu ganho. Portanto, o "bandido estacionário" limita a
taxação-roubo até o ponto em que o valor arrecadado supera a perda de produção que ele próprio
enfrenta devido ao imposto.

Olson argumenta que o "bandido estacionário" tem interesse na prosperidade da população, pois
isso contribui para sua própria capacidade de acumular riqueza através do crime. No entanto, ele
reconhece que o "bandido estacionário" não pode impor impostos excessivos, pois isso reduziria sua
capacidade de acumular riqueza. Portanto, ele mantém a taxação em um nível que lhe permite
maximizar seu ganho.

Essa teoria de Olson desafia a visão tradicional do Estado como um guardião do bem público. Em
vez disso, ele o descreve como um "bandido estacionário" que busca maximizar sua riqueza por
meio de uma governança que proporciona prosperidade à população, mas também impõe impostos
limitados para garantir sua própria acumulação de riqueza. Essa perspectiva coloca o auto-interesse
do "bandido estacionário" no centro da análise, contrastando com outras teorias que enfatizam a
legitimidade, a participação e o interesse mútuo entre governantes e governados.

**O Papel do Estado no Desenvolvimento Econômico**

Uma vez garantida a ordem, o papel fundamental do Estado é promover a prosperidade. A


prosperidade aumenta à medida que a propriedade e os contratos são mais protegidos, ou seja,
quando o Estado desempenha sua função mínima de assegurar a ordem e manter o país sob o
império da lei. Os objetivos de liberdade e justiça social muitas vezes ficam em segundo plano ou
são negligenciados. O fato de que a racionalidade dos cidadãos muda ao longo do tempo à medida
que atingem metas é esquecido nesse tipo de raciocínio. Ignora-se que, uma vez garantidos a
propriedade e os contratos, os cidadãos desejam se transformar em cidadãos dotados de direitos,
incluindo direitos civis plenos, e começam a exigir a liberdade de escolher seus governantes e serem
escolhidos por eles, ou seja, seus direitos políticos. Alcançar a democracia desencadeia
imediatamente o último e mais desafiador dos grandes objetivos políticos das sociedades modernas
- maior justiça - e passam a reivindicar direitos sociais de cidadania. No entanto, toda a história
política que levou a esses direitos é esquecida, e a política é reduzida ao cálculo racional dos
poderosos. A mudança do foco estratégico da produção, que deixou de ser capital e passou a ser
satisfação, junto com o advento do capitalismo do conhecimento, faz com que a política seja cada
vez mais moldada pela racionalidade técnica de economistas e especialistas políticos.

**O Estado e o Desenvolvimento Econômico**

Dos quatro objetivos políticos das sociedades modernas, o desenvolvimento econômico ou a busca
pelo bem-estar material é o único de natureza econômica. Isso explica por que o fundador da teoria
econômica moderna escreveu seu principal livro sobre a riqueza das nações. O objetivo
fundamental da teoria econômica é contribuir para a compreensão do processo de desenvolvimento
e, principalmente, das estratégias necessárias para alcançá-lo.

O desenvolvimento econômico é um fenômeno recente, ocorrendo nos últimos 250 anos. Antes da
formação dos Estados nacionais e da Revolução Industrial, as sociedades experimentaram
momentos de prosperidade econômica, mas não podiam progredir, pois lhes faltava os processos
deliberados e auto-sustentáveis que são característicos do desenvolvimento. Somente após a
mudança estrutural e cultural representada pela revolução capitalista é que surgiu a instituição
fundamental dos tempos modernos - o Estado nacional - e as sociedades passaram a ter as condições
para promover o desenvolvimento. Os Estados-nação surgiram, inicialmente como monarquias
absolutas, como resultado de um grande acordo entre a monarquia e a burguesia, primeiro para
garantir o comércio seguro e, numa segunda etapa, para possibilitar a produção industrial eficiente
dentro de um espaço geográfico comparável a economias razoáveis. A formação dos Estados
nacionais ou a revolução nacional garantiu a existência de um mercado razoavelmente estável, onde
o comércio poderia ocorrer e os ganhos de produtividade derivados da divisão do trabalho
permitissem a transformação das manufaturas mercantis em fábricas industriais.

Após a Revolução Industrial, o investimento e o reinvestimento incorporando progresso técnico se


tornaram condições de sobrevivência para os empresários. A ideia de crescimento econômico
tornou-se o objetivo econômico fundamental, principalmente a partir da revolução comercial - a
primeira grande etapa da Revolução Capitalista. No entanto, a busca do crescimento econômico não
ocorre por acaso, e os países que primeiro se consolidaram como Estados-nação modernos, como
Inglaterra, Estados Unidos e França, também foram os pioneiros em seu desenvolvimento.

**O Papel das Instituições no Desenvolvimento Econômico**

A acumulação de capital é o meio para alcançar o desenvolvimento econômico. Foi somente com a
caracterizada aceleração do progresso técnico que o reinvestimento se transformou em uma
condição de sobrevivência dos empresários. A partir daí, a inovação tornou-se crucial e necessária
para reduzir os lucros. O reinvestimento incorporando progresso técnico permitiu que o crescimento
da produção superasse sistematicamente a população.

Para possibilitar esse desenvolvimento, foram necessárias várias instituições, incluindo um mercado
nacional, que surgiram com o Estado-nação. O Estado moderno é a fonte do direito positivo
legitimado pela sociedade. Inicialmente, o Estado absoluto e mercantil, liderado pelo monarca,
facilitava a acumulação primitiva, que envolvia a apropriação de excedentes pela nova classe
burguesa por meio de mecanismos violentos.

No entanto, graças à ordem pública estabelecida pelo Estado absoluto, o comércio interno floresceu
e a produtividade aumentou. Através de estratégias de desenvolvimento protecionistas, os monarcas
ingleses maximizaram as possibilidades de crescimento econômico. Isso preparou o terreno para a
revolução industrial.
A Revolução Industrial, desencadeada pelo país líder - a Inglaterra - permitiu a promoção do livre
comércio em escala mundial. A teoria econômica sofreu uma mudança em direção ao liberalismo
com figuras como Adam Smith. Nesse momento, a estratégia de desenvolvimento inglesa evoluiu
para permitir um papel mais refinado ao mercado na alocação de fatores de produção.

As instituições, incluindo as políticas econômicas, são fundamentais para o desenvolvimento


econômico. Elas são sistemas complexos, que derivam sua legitimidade da adaptação à estrutura e
cultura sociais. Além disso, as instituições apenas fazem sentido se contribuírem para alcançar os
objetivos políticos fundamentais da sociedade. Elas são cruciais não apenas para proteger a
propriedade e os contratos, mas também para criar boas oportunidades de investimento, promover a
concorrência e garantir a estabilidade macroeconômica.

O desenvolvimento econômico é quase sempre fruto de uma estratégia nacional promovida pelo
Estado. A matriz das demais instituições é o Estado, e essas instituições podem ser favoráveis ou um
impedimento ao desenvolvimento. O mercado é uma construção social e uma das principais
instituições usadas para promover o desenvolvimento. As instituições precisam corrigir as falhas do
mercado e garantir estabilidade macroeconômica para permitir o uso eficiente dos fatores de
produção.

O BOM ESTADO E A DEMOCRACIA

Quando falamos sobre um "bom Estado", estamos nos referindo a um Estado eficiente, bem
organizado e capaz de promover o desenvolvimento econômico e político de uma nação. Isso
também significa que a sociedade conta com um governo competente, formado por políticos e
servidores públicos que sabem direcionar o país de maneira eficaz. Um bom Estado é evidenciado
por instituições que garantem que os objetivos políticos fundamentais da sociedade sejam
alcançados e que a escolha dos líderes seja feita de forma representativa e responsável perante a
sociedade.

No âmbito político, um bom Estado é aquele que é democrático e opera sob um sistema
constitucional que protege o império da lei. Começa como um Estado liberal, onde os direitos civis
(liberdade e propriedade) e políticos (votar e ser votado) são assegurados. Depois, torna-se social-
democrático, quando os direitos sociais também são atendidos. E, por fim, se torna republicano e
participativo, quando os direitos republicanos são protegidos e cidadãos atuantes podem influenciar
o processo político através da mídia e organizações da sociedade civil.

O bom Estado democrático está fortemente ligado ao desenvolvimento econômico, já que promove
instituições e políticas públicas de alta qualidade e com maior legitimidade. A democracia, por sua
vez, é em grande parte resultado do desenvolvimento econômico. Existe uma relação circular entre
democracia e desenvolvimento, onde cada um influencia positivamente o outro. Instituições sólidas
também são um componente fundamental para o desenvolvimento, pois elas criam um ambiente
estável e confiável para a economia funcionar.

Ao longo da história, os regimes políticos também passaram por transformações. A revolução


capitalista levou à evolução dos Estados, desde o absolutismo até a democracia. A democracia se
tornou dominante principalmente porque, com a troca de excedente econômico por meio do
mercado, as elites dominantes não precisavam mais impor vetos absolutos à democracia. Além
disso, a classe burguesa emergente necessitava de mecanismos institucionais para participar do
poder, o que era menos necessário nos governos oligárquicos anteriores. Isso resultou em uma
relação positiva entre desenvolvimento e democracia.
Portanto, um bom Estado é essencialmente um Estado democrático, pois ele promove uma
sociedade mais justa, livre e desenvolvida. A relação entre desenvolvimento e democracia é
complexa, mas sua interdependência é clara, e ambos os elementos se reforçam mutuamente.

REFORMA DA GESTÃO PÚBLICA

A melhoria na administração pública é fundamental para o desenvolvimento, sendo as boas


instituições a base desse processo. Dentre as instituições, uma das mais importantes é a organização
do Estado, responsável por formular políticas e implementar ações. A eficiência do Estado depende
de sua capacidade de limitar gastos e gerenciar finanças de forma saudável, além de ser eficiente
administrativamente.

A reforma da gestão pública é um esforço para tornar a administração do Estado mais eficaz e
responsiva às necessidades da sociedade. Ela busca transformar burocratas em gestores públicos,
melhorando a capacidade do Estado de tomar decisões e atender às demandas da sociedade. No
Brasil, a Reforma da Gestão Pública de 1995/98 foi pioneira nesse sentido e trouxe mudanças
significativas na organização e funcionamento do governo.

Essa reforma é parte da evolução histórica das instituições do Estado. Inicialmente, os Estados
confundiam interesses públicos e privados. No século XIX, a primeira grande reforma moderna foi
a burocrática, buscando profissionalizar a administração pública. Nos anos 1980, a reforma da
gestão pública foi uma resposta à necessidade de tornar o Estado mais eficiente. O Brasil foi um dos
primeiros países a adotar essa abordagem, que se tornou dominante em países desenvolvidos. No
entanto, essa reforma é mais difícil de ser implementada em países com burocracias sólidas e
rígidas, como Alemanha, França e Japão.

A reforma da gestão pública é uma oportunidade para os países democráticos tornarem seus Estados
mais eficientes, dado o ambiente de competição global e as demandas crescentes da sociedade. Ela
envolve a criação de novas instituições e práticas que transformam os burocratas em gestores
públicos. O objetivo é fortalecer a capacidade administrativa do Estado, tornando-o mais eficiente,
fiscalmente responsável e legitimado democraticamente.

Essa reforma é baseada na premissa de que um Estado eficiente é necessário para regular um
mercado eficiente. Ela visa aprimorar a capacidade do Estado de regular os fatores de produção de
maneira eficiente. Em contraste, em alguns casos, reformas neoliberais tentaram substituir o papel
do Estado pelo mercado, uma abordagem que não se alinha bem com as demandas do capitalismo
contemporâneo, onde um Estado forte e um mercado bem regulamentado são essenciais para o
sucesso econômico.

Nos documentos e trabalhos sobre a Reforma da Gestão Pública de 1995/98, é feita uma distinção
clara entre a administração pública gerencial e o modelo tradicional de administração pública. Essas
duas formas históricas de administração do Estado são contrastadas com a administração
patrimonialista, que misturava o patrimônio público com o privado, e a administração pública
burocrática, que profissionalizou o serviço público com base no princípio do mérito. A Reforma da
Gestão Pública de 1995-98 não eliminou completamente os elementos patrimonialistas e
clientelistas ainda presentes no Estado brasileiro, mas, em vez de continuar a preocupação exclusiva
com esses aspectos, como a reforma burocrática havia feito desde os anos 1930, ela avançou na
direção de uma administração mais autônoma e responsável perante a sociedade.

Essa reforma busca tornar os administradores públicos mais autônomos e responsáveis. Para isso,
reduz-se o controle burocrático baseado em regras procedimentais detalhadas, supervisão e
auditoria, enquanto se aumenta a ênfase na responsabilização dos administradores por resultados
contratados, por meio de competição administrada com foco na excelência e pelo controle social.
Além disso, o Estado deve executar apenas as tarefas exclusivas de Estado, envolvendo o uso do
poder estatal ou a aplicação de recursos públicos. Tarefas que não se encaixam nesse critério devem
ser contratadas com terceiros.

A Reforma da Gestão Pública de 1995/98 pressupõe que o Estado brasileiro já é democrático. A


descentralização envolvida nesse tipo de reforma, com a transferência de decisões para agências e
organizações sociais, é viável apenas em uma sociedade democrática bem informada e munida de
organizações públicas não estatais com capacidade para exercer controle social. Enquanto as
reformas burocráticas eram necessariamente centralizadoras, por ocorrerem principalmente no
século XIX, em regimes políticos liberais ou autoritários, as reformas da gestão pública podem
adotar a política de descentralização em direção às organizações sociais porque, durante o século
XX, o Estado se tornou predominantemente democrático e as formas de responsabilização
democrática tornaram-se mais acessíveis e relevantes para a sociedade.

A Reforma da Gestão Pública de 1995/98 partiu do pressuposto de que os altos servidores públicos
ou o segmento público dirigente da classe média profissional têm um papel estratégico no
desenvolvimento do país. Por essa razão, em vez de adotar uma visão crítica da administração
pública burocrática, a reforma propôs substituí-la pela administração pública gerencial ou gestão
pública, buscando valorizar o alto servidor público. Essa mudança envolveu considerar o alto
servidor público como um gestor mais capacitado para tomar decisões com autonomia e
responsabilidade, ao invés de apenas um burocrata que aplica normas rígidas.

Os gestores públicos devem ser profissionais, dedicando-se apenas às atividades exclusivas de


Estado. Eles precisam de proteção especial para executar suas funções com autonomia. Nesse
sentido, os altos gestores públicos devem ser selecionados com base no mérito, bem treinados e
bem remunerados. Embora possam usar abordagens técnicas da administração empresarial, suas
tarefas são essencialmente políticas, focadas no interesse público. Enquanto os empresários
privados buscam seus próprios interesses, os gestores públicos devem priorizar o interesse público
para cumprir sua função essencial.

Os gestores públicos e os políticos eleitos fazem parte de uma categoria social que se baseia no
conhecimento técnico e organizacional para obter prestígio e renda. Eles não derivam seu poder do
capital ou do trabalho manual, mas de suas habilidades profissionais. Enquanto nas organizações
públicas os gestores compartilham seu poder com os políticos e cidadãos, nas organizações privadas
compartilham-no com os capitalistas. A Reforma da Gestão Pública de 1995/98 reconheceu a
importância desses gestores públicos e políticos, defendendo a necessidade de seu
comprometimento com o interesse público.

A reforma teve início em um contexto adverso, sendo inicialmente vista como neoliberal e contrária
aos servidores públicos. No entanto, gradualmente, por meio de debate público, a lógica da reforma
gerencial ganhou apoio. Isso foi acompanhado por emendas constitucionais que flexibilizaram a
estabilidade no emprego dos servidores, aperfeiçoando-as por meio do debate e legitimando-as
politicamente. A mudança cultural em direção à gestão pública foi considerável, substituindo em
grande parte a burocracia pelo enfoque gerencial.

A mudança institucional também foi significativa, com a aprovação da Emenda Constitucional 19 e


da lei das Organizações Sociais. No entanto, a implementação foi mais modesta, especialmente nos
anos após a reforma. A implementação ocorreu principalmente em estados e municípios, enquanto
em Brasília foi mais lenta devido a interesses contrários. Ficou claro que a reforma visava
aprofundar a profissionalização dos servidores públicos e valorizá-los, mas enfrentou dificuldades
devido à falta de conhecimento por parte dos dirigentes governamentais. A mudança cultural foi
absorvida apenas parcialmente, e a implementação enfrentou resistência e desafios práticos.

cap.2

**Equilíbrio e Ineficiência com Externalidade**

O problema da externalidade surge devido ao fato de que, quando empresas ou indivíduos tomam
decisões, eles consideram apenas os benefícios e custos privados, não os benefícios e custos sociais.
Em outras palavras, eles não internalizam os impactos de suas ações sobre a sociedade como um
todo. Isso resulta em uma falha de mercado, pois os agentes econômicos não recebem os sinais
corretos do mercado em relação aos custos ou benefícios de suas ações.

O benefício privado de consumir um determinado bem é apenas o benefício para o indivíduo que
adquire e consome esse bem. No entanto, o benefício social leva em consideração o impacto desse
consumo para todos os membros da sociedade. Portanto, o benefício social pode ser maior ou igual
ao benefício privado. Quando o benefício social é maior, ocorre uma externalidade positiva. Isso
ocorre, por exemplo, quando um indivíduo cuida do jardim em sua casa, beneficiando não apenas a
si mesmo, mas também outros moradores da vizinhança.

Por outro lado, o custo de produzir um bem para a sociedade inclui não apenas os custos incorridos
pelos produtores e vendedores, conhecidos como custos privados, mas também os custos da
produção para os membros da sociedade que não estão diretamente envolvidos na produção ou
venda do bem. Portanto, o custo social é sempre maior ou igual ao custo privado. Quando o custo
social é maior, ocorre uma externalidade negativa. Um exemplo disso é a poluição do rio Amazonas
por fábricas, conforme mencionado anteriormente.

Em resumo, as externalidades ocorrem quando os benefícios ou custos de uma ação afetam outras
pessoas além do agente econômico que toma a decisão. Isso pode levar a um desequilíbrio entre os
resultados desejados pela sociedade e os resultados alcançados pelo mercado. A intervenção do
governo ou a criação de mecanismos de mercado, como impostos sobre poluição ou subsídios para
atividades positivas, podem ser necessários para internalizar essas externalidades e alcançar um
equilíbrio mais eficiente entre as ações individuais e o bem-estar social.

**Tragédia dos Comuns**

A Tragédia dos Comuns é um fenômeno clássico de externalidade relacionado ao uso excessivo e


indiscriminado de um recurso produtivo, que leva a sociedade como um todo a arcar com os custos,
enquanto nenhum indivíduo em particular se responsabiliza pelo impacto negativo. Este conceito é
frequentemente aplicado à gestão de recursos naturais compartilhados, como pastagens públicas,
oceanos ou fontes de água.

Vamos explorar um exemplo para ilustrar esse conceito:

Imagine que diversos pescadores decidam pescar em uma determinada área pública de pesca, onde
o acesso não é restrito. É razoável supor que a quantidade total de peixes capturados aumentará com
o aumento do número de pescadores atuando na área. No entanto, é muito provável que esse
aumento não seja proporcional, pois a quantidade de peixes capturados por cada pescador diminui à
medida que mais pescadores se juntam à atividade. Isso ocorre porque, quanto maior o número de
barcos na área, mais congestionada fica a pesca, dificultando o sucesso individual de cada pescador.
Como resultado, para um esforço similar de cada pescador, o retorno de sua pesca é menor.
Essa externalidade negativa não é considerada individualmente por cada pescador ao decidir iniciar
suas atividades de pesca. Cada pescador foca apenas nos seus próprios ganhos imediatos e não
internaliza os custos sociais de seu comportamento. O resultado desse processo é um número
excessivo e ineficiente de barcos e atividades de pesca na área de acesso público, levando a uma
diminuição geral da quantidade de peixes disponíveis.

A Tragédia dos Comuns ilustra como a falta de propriedade definida sobre um recurso
compartilhado pode levar ao uso insustentável e à degradação desse recurso ao longo do tempo.
Para evitar essa situação, soluções podem envolver a imposição de regulamentações
governamentais, como limites de pesca, cotas individuais ou taxas de uso, para internalizar os
custos sociais e incentivar um uso mais sustentável e equitativo desses recursos compartilhados.

**Correção da externalidade**

Como já discutido, a presença de externalidades pode resultar em um equilíbrio competitivo que


não é necessariamente eficiente, levando a uma alocação ineficiente dos recursos. Existem formas
de corrigir essa ineficiência decorrente do funcionamento livre dos mecanismos de mercado, e essas
formas podem ser caracterizadas por intervenções governamentais ou não. Vamos analisar algumas
maneiras de lidar com isso.

**Direito de propriedade**

Conforme discutido anteriormente, a externalidade surge quando indivíduos ou empresas não


consideram os benefícios totais ou custos totais de suas ações ao tomar decisões. No entanto, uma
maneira de entender o problema da externalidade é vê-la como resultado da falta de definição dos
direitos de propriedade.

Vamos considerar um exemplo. Suponha que um baterista more próximo a um estudante de


economia. Quando o primeiro decide praticar seu instrumento, o som alto e perturbador das batidas
afeta a concentração e perturba o segundo. A externalidade negativa ocorre porque o baterista não
leva em consideração os efeitos prejudiciais para o economista de sua prática musical. É possível
atribuir valores monetários aos benefícios para o baterista de tocar seu instrumento e aos custos para
o economista de ouvir o som da bateria. Vamos assumir que esses valores sejam R$25 e R$50,
respectivamente. Como resolver o problema da externalidade?

Esse problema pode ser resolvido através do estabelecimento claro dos direitos de propriedade.
Esses direitos podem ser estabelecidos de duas maneiras neste exemplo. Na primeira, o regulamento
do prédio define que o baterista tem o direito de tocar seu instrumento sempre que quiser. Na
segunda, a regra favorece o economista, e a prática de instrumentos musicais não é permitida.
Surpreendentemente, como discutiremos a seguir, independente de como os direitos de propriedade
são estabelecidos, o resultado da "disputa" entre o baterista e o economista, quanto à prática ou não
da bateria, será o mesmo.

Se o regulamento favorecer o baterista, ambos podem chegar a um acordo em que o estudante de


economia concorda em pagar um valor entre R$25 e R$50 para que o baterista não toque o
instrumento. Note que ambos se beneficiam desse acordo. O baterista deixa de tocar, mas recebe
uma compensação monetária maior do que seu benefício de tocar o instrumento (R$25). O
economista também se beneficia, pagando menos do que o custo de ser perturbado pelo som da
bateria (R$50).
Agora, considerando que o direito de propriedade favoreça o economista, ou seja, o baterista não
tem o direito de tocar seu instrumento, não há possibilidade de ele tocar a bateria. Isso ocorre
porque, uma vez que o benefício para o baterista de tocar o instrumento é menor do que o custo para
o economista de ouvir o som, o baterista não pode oferecer uma compensação suficiente para
convencer o economista a permitir a prática. Portanto, mesmo nessa alternativa, a bateria não será
tocada. Em ambos os casos, o resultado é o mesmo, independentemente de quem possua o direito de
propriedade.

Um aspecto adicional sobre o resultado da disputa entre o baterista e o economista merece destaque.
Mesmo que o resultado seja o mesmo, independentemente de como o direito de propriedade é
estabelecido, ou seja, a bateria não será tocada, ambos os envolvidos na disputa preferem que o
direito de propriedade seja estabelecido a seu favor. O economista prefere que a prática de
instrumentos seja proibida, pois não precisaria gastar dinheiro para persuadir o baterista a não tocar.
O baterista, por outro lado, prefere o oposto, já que recebe dinheiro do economista.

Portanto, o estabelecimento de direitos de propriedade pode solucionar o problema da ineficiência


causada pela externalidade. No exemplo discutido, se um indivíduo fosse dono da localidade onde a
pesca ocorre, ele poderia cobrar pela exploração. Essa cobrança reduziria o incentivo para o uso
excessivo e indiscriminado pelos pescadores, eliminando a externalidade negativa e preservando o
valor do "aluguel" do local para futuras explorações.

É possível, no entanto, que o simples estabelecimento do direito de propriedade não resolva


completamente o problema da externalidade. Isso pode acontecer, por exemplo, quando os custos de
transação são elevados. Além disso, nem todos têm acesso igual aos mecanismos legais, o que pode
agravar a ineficiência. Portanto, é importante considerar esses fatores ao buscar soluções para
problemas de externalidade.

É importante observar que a solução de estabelecer direitos de propriedade pode não ser viável em
todos os casos. Em certas situações, o problema pode ser complexo e os custos de monitoramento,
implementação e fiscalização dos direitos podem ser muito altos. Além disso, a externalidade pode
ser considerada um bem público ou pode haver falta de informações completas. Portanto, é
necessário avaliar cuidadosamente o contexto e as características específicas do problema antes de
decidir sobre a melhor abordagem para corrigir a externalidade.

Internalização de externalidades.

A ideia central aqui é que as externalidades ocorrem quando as ações de um agente econômico
afetam o bem-estar de outros indivíduos que não estão diretamente envolvidos na transação. A
internalização dessas externalidades envolve mecanismos que fazem com que os agentes
considerem os impactos de suas ações nos outros.

No contexto do primeiro exemplo que você mencionou, relacionado à Tragédia dos Comuns, a
internalização da externalidade negativa pode ser alcançada através da atribuição de propriedade
aos recursos comuns. Ao fazer isso, os indivíduos seriam incentivados a cuidar e preservar esses
recursos, uma vez que teriam interesses pessoais ligados ao seu uso sustentável.

No segundo exemplo, onde a externalidade é positiva, a internalização envolve a coordenação entre


os agentes para que eles considerem os benefícios gerados pelas ações uns dos outros. No caso do
lobby empresarial, a formação de um grupo de pressão permite que os custos e benefícios do
esforço de lobby sejam distribuídos entre os membros do grupo de maneira mais eficiente.
A internalização das externalidades é importante para alcançar uma alocação eficiente de recursos
em uma economia. Ao fazer com que os agentes considerem os efeitos de suas ações sobre os
outros, é possível minimizar os impactos negativos e maximizar os benefícios positivos das
atividades econômicas. Isso muitas vezes requer ações coordenadas, como negociações, cooperação
ou regulamentações governamentais, dependendo do contexto específico da externalidade.

**Intervenção Baseada no Mercado:**


As intervenções baseadas no mercado representam uma tentativa de correção das falhas do
mercado, onde os preços não refletem adequadamente os custos ou benefícios sociais associados a
determinadas atividades econômicas. Nesse contexto, os impostos Pigouvianos se destacam como
uma ferramenta eficaz. Eles visam internalizar os custos sociais das externalidades negativas,
incentivando os agentes econômicos a considerarem esses custos em suas decisões.

Suponha um cenário em que a extração excessiva de recursos naturais cause danos ambientais. Um
imposto Pigouviano sobre a extração poderia elevar o custo da atividade, tornando-a menos atraente
economicamente. Isso, por sua vez, desencorajaria a exploração excessiva, levando a um uso mais
sustentável dos recursos.

Além disso, os subsídios podem ser empregados para promover externalidades positivas. Por
exemplo, o governo poderia oferecer subsídios a empresas que adotam práticas sustentáveis de
produção, estimulando a inovação ecológica e a redução das externalidades positivas associadas a
atividades produtivas.

**Regulamentação:**
A regulamentação é uma ferramenta poderosa para moldar o comportamento das empresas e
indivíduos em direção à redução de externalidades. Ela envolve a formulação de normas, padrões e
regras que devem ser seguidos. No entanto, a implementação bem-sucedida da regulamentação é
complexa. O governo deve definir metas realistas e garantir que haja mecanismos de
monitoramento e fiscalização adequados.

Considere a regulamentação de segurança alimentar. Para evitar surtos de doenças transmitidas por
alimentos, o governo estabelece diretrizes rigorosas para a produção e manipulação de alimentos.
Isso inclui padrões de higiene, práticas de armazenamento e inspeções regulares. Embora essa
regulamentação seja vital para a saúde pública, também requer recursos substanciais para garantir o
cumprimento.

**Desafios e Considerações Adicionais:**


As intervenções governamentais para lidar com externalidades não são isentas de desafios. Um
desafio fundamental é a determinação dos valores adequados de impostos, subsídios ou padrões
regulatórios. Isso requer uma análise cuidadosa dos custos sociais e benefícios associados às
externalidades, bem como uma compreensão das dinâmicas do mercado.

Além disso, a eficácia das intervenções pode variar com base no contexto econômico e social. Em
economias emergentes, onde a fiscalização pode ser mais difícil e os custos de implementação
podem ser elevados, as abordagens podem precisar ser adaptadas. As políticas também devem
considerar os efeitos distributivos, para garantir que não prejudiquem grupos vulneráveis.

**Equilíbrio entre Intervenção e Liberdade Econômica:**


É crucial encontrar um equilíbrio entre a intervenção governamental e a liberdade econômica.
Embora as externalidades exijam intervenções para otimizar resultados sociais, o excesso de
regulamentação pode sufocar a inovação e a eficiência. Portanto, as políticas devem ser projetadas
com sensibilidade para evitar efeitos indesejados.
Em última análise, a abordagem para lidar com externalidades requer uma combinação de análise
econômica sólida, entendimento das complexidades do mercado e consideração das realidades
sociais. A escolha entre impostos, subsídios, regulamentações e outras formas de intervenção deve
ser baseada em uma avaliação cuidadosa dos custos, benefícios e limitações de cada abordagem.

**1. Gráfico de Equilíbrio Competitivo com Externalidade Negativa:**

Nesse gráfico, representamos a situação de um mercado competitivo em que ocorre uma


externalidade negativa. A externalidade negativa resulta em custos sociais maiores do que os custos
privados. No eixo vertical, temos o preço e a quantidade, e no eixo horizontal, a quantidade de
produção.

O gráfico mostra três curvas: a demanda, a oferta privada e a oferta social (custo social). A curva de
demanda reflete as preferências dos consumidores pelo bem, enquanto a oferta privada representa
os custos de produção incorridos pelos produtores. A oferta social leva em consideração os custos
privados e os custos adicionais gerados pela externalidade negativa.

O equilíbrio competitivo ocorre onde a oferta privada e a demanda se encontram (ponto A), com
preço P1 e quantidade Q1. No entanto, a quantidade produzida e consumida gera externalidade
negativa adicional para a sociedade, resultando em um custo social mais alto do que o custo
privado.

**2. Gráfico de Equilíbrio Competitivo com Externalidade Positiva:**

Nesse gráfico, representamos a situação de um mercado competitivo em que ocorre uma


externalidade positiva. A externalidade positiva gera benefícios sociais maiores do que os benefícios
privados. O layout do gráfico é similar ao do caso de externalidade negativa.

As curvas de demanda e oferta privada permanecem as mesmas, mas agora introduzimos a curva de
oferta social (benefício social), que leva em consideração os benefícios privados e os benefícios
adicionais gerados pela externalidade positiva.

O equilíbrio competitivo ocorre onde a oferta privada e a demanda se cruzam (ponto A), com preço
P1 e quantidade Q1. No entanto, a quantidade produzida e consumida não reflete os benefícios
sociais totais gerados pela externalidade positiva.

**3. Gráfico do Impacto da Colocação de um Imposto com Externalidade Negativa:**

Nesse gráfico, representamos a situação de um mercado com externalidade negativa e a aplicação


de um imposto Pigouviano para corrigir essa falha. A curva de demanda e a curva de oferta privada
são as mesmas do caso sem imposto. No eixo vertical, temos o preço e a quantidade, e no eixo
horizontal, a quantidade de produção.

A curva de oferta privada reflete os custos de produção para os produtores, enquanto a curva de
oferta social (custo social + imposto) leva em consideração os custos privados e os custos adicionais
gerados pela externalidade negativa, além do imposto.

O imposto é aplicado ao mercado, elevando os custos de produção e deslocando a oferta privada


para cima, resultando no novo equilíbrio onde a oferta social (com o imposto) e a demanda se
cruzam (ponto B). Isso leva a um preço mais alto (P2) e a uma quantidade menor (Q2) em
comparação com o equilíbrio sem imposto.
**4. Gráfico do Impacto da Colocação de um Imposto com Externalidade Positiva:**

Nesse gráfico, representamos a situação de um mercado com externalidade positiva e a aplicação de


um subsídio para corrigir essa falha. A curva de demanda e a curva de oferta privada são as mesmas
do caso sem subsídio. O layout do gráfico é similar ao caso de externalidade negativa com imposto.

O subsídio é aplicado ao mercado, reduzindo os custos de produção para os produtores e deslocando


a oferta privada para baixo, resultando no novo equilíbrio onde a oferta social (com o subsídio) e a
demanda se encontram (ponto B). Isso leva a um preço mais baixo (P2) e a uma quantidade maior
(Q2) em comparação com o equilíbrio sem subsídio.

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