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Este documento não pretende de maneira alguma, expressamente inequívoca, ser um espécime de

substituto do livro-base da disciplina, apenas aponta-se a lógica de um possível “direcionamento” com


âmago na trajetória da disciplina vivenciada até o devido momento.

OBS: OS ESTUDOS E O CONHECIMENTO É DE INEQUÍVOCA RESPONSABILIDADE DO


DISCENTE NO PERÍODO VIGENTE, OU SEJA, ESTUDE DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL!

Ementa do curso:
Analisar o comportamento da firma nas estruturas de mercado. Estudar o comportamento estratégico
das firmas na forma de jogos. Estudar as teorias do equilíbrio geral e do bem-estar econômico.
Analisar a alocação social dos recursos.

Conteúdo Programático
A Firma e a Organização do Mercado.
Teoria da Distribuição do Produto e do Emprego.
Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem-estar Econômico.
Teoria dos Jogos.
Seleção adversa.
Perigo Moral.
Modelo de Sinalização.
Modelo do principal agente.

Bibliografia Básica
BESANKO, David A. e BRAEUTIGAM, Ronald R., Microeconomia – Uma Abordagem Completa,
Tradução: Flavia Dias Rangel, Rio de Janeiro: LTC S/A, 2004.

VARIAN, Hal R. , Microeconomia – Princípios Básicos, Tradução da 6a ed.original de Maria José


Cyhlar Monteiro, Rio de Janeiro: Campus, 2003.

HENDERSON, James M. e QUANT, Richard E., Teoria Microeconômica – Uma Abordagem


Matemática , 2a ed, Tradução Sérgio Goes de Paula, São Paulo: Pioneira, 1976.

Bibliografia Complementar
PINDYCK, Robert S. e RUBINFELD, Daniel L., Microeconomia , Tradução Eleutério Prado, 5a
ed, São Paulo: Prentice Hall, 2002.
FERGUSON, C. E. Microeconomia. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1985.
KOUTSOYANNIS, A. Modern Microeconomics. Londres. McMillan Publishers LTD,1979.
THOMPSON, Arthur A.; FORMBY, John. Microeconomia da Firma. 6a. Ed. São Paulo. Prentice-
Hall do Brasil, 1998. (T & F)
VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval e OLIVEIRA, Roberto Guerra de, Manual de
Microeconomia , 2a ed, São Paulo: Atlas, 2000.
Besanko (drive) cap.6 TEORIA DE PRODUÇÃO E DO CUSTO - p. 146 - 167 livro (no pdf 169 - 227)

A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
• Em particular, a função de produção nos mostra a quantidade máxima de produto que a empresa pode
produzir, dadas as quantidades de insumos que emprega. Podemos escrever a função de produção do
seguinte modo:
Q = f(L, K)

● Q é a quantidade de produto
● L é a quantidade de mão-de-obra utilizada
● K é a quantidade de capital empregada.

• Mostra o volume máximo de produto que uma empresa poderia obter a partir de uma dada combinação
de mão-de-obra e capital.

EFICIÊNCIA E INEFICIÊNCIA TÉCNICA


• O conjunto de combinações de insumos e produtos factíveis em termos tecnológicos.
FUNÇÃO PRODUTO TOTAL
• Quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos
demais fatores.

O PRODUTO MÉDIO DA MÃO-DE-OBRA


• É igual à produção por unidade de insumo de mão-de-obra (vice-versa p/ K).

PRODUTO MARGINAL DO TRABALHO


• É o volume de produção adicional gerado pelo acréscimo de uma unidade de insumo de mão-de-obra
(vice-versa p/ K):
LEI DOS RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES
• À medida que a utilização de um insumo aumenta (por exemplo, mão-de-obra) e as quantidades dos
demais insumos (capital ou terra) se mantêm constantes, o produto marginal daquele insumo diminui.
PRODUTO MARGINAL E PRODUTO MÉDIO COM DOIS
FATORES DE PRODUÇÃO

PRODUTO TOTAL
• Uma superfície de produto total é um gráfico tridimensional que mostra a relação entre a quantidade
produzida e a quantidade de dois fatores de produção utilizados pela empresa. (GRÁFICO ACIMA)

• A altura da superfície em qualquer ponto é igual à quantidade produzida que a empresa obtém a partir
das quantidades de fatores de produção que emprega.

• À medida que nos movemos para leste ou para o norte, atingimos diferentes elevações ao longo da
superfície de produto total, e cada elevação corresponde a determinada quantidade de produção.

PRODUTO MARGINAL
• É a variação na produção ocasionada pelo acréscimo de uma unidade de fator de produção, mantendo-
se as quantidades de todos os demais fatores de produção constantes.

• O produto marginal do trabalho é dado por:


• O produto marginal do capital:

• O produto marginal nos mostra quão abruptamente a superfície de produto total aumenta, à medida que
variamos a quantidade de um fator de produção, mantendo-se as quantidades de todos os demais fatores
de produção constantes.

ISOQUANTAS
• Para ilustrar os dilemas econômicos, é mais fácil reduzir a função de produção tridimensional a uma
função de produção bidimensional.

• Isoquanta significa "mesma quantidade", porque qualquer combinação de mão-de-obra e capital ao


longo de uma dada isoquanta permite que a empresa produza a mesma quantidade de produto.

• Qualquer função de produção possui um número infinito de isoquantas, cada qual correspondendo a
determinado nível de produção.

• Quando ambos os fatores de produção possuem produtos marginais positivos, a utilização de mais
unidades de cada um dos fatores de produção aumenta a quantidade de produção disponível. Desse
modo, à medida que nos movemos em direção ao norte alcançamos isoquantas correspondentes a
quantidades cada vez maiores de produção.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA
• A "inclinação" de uma isoquanta determina a taxa em que a empresa pode substituir mão-de-obra e
capital em seu processo produtivo.

• A taxa em que a quantidade de capital pode ser reduzida para cada unidade de aumento na quantidade
de mão-de-obra, mantendo-se a quantidade de produção constante, ou

• A taxa em que a quantidade de capital deve ser aumentada para cada unidade de redução na quantidade
de mão-de-obra, mantendo-se a quantidade de produção constante.

REGIÕES ECONÔMICAS E ANTI-ECONÔMICAS DE


PRODUÇÃO
• As regiões curvadas para trás e de inclinação crescente das isoquantas são regiões de produção anti-
econômicas. Nessas regiões, o produto marginal de um dos insumos é negativo. Uma empresa que
minimiza custos nunca produziria na região anti-econômica.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO TÉCNICA
DECRESCENTE.
• Quando uma função de produção apresenta taxa marginal de substituição técnica decrescente, a TMST
ao longo de uma isoquanta diminui, à medida que a quantidade de trabalho, L, aumenta. Ou, em outros
termos, as isoquantas são convexas em relação à origem.

• Surge pois a proporção que aumentamos a quantidade de mão-de-obra utilizada, a produtividade


marginal decrescente da mão-de-obra implica que os acréscimos seguintes de mão-de-obra serão cada
vez menos produtivos.

• Essa equação nos mostra que a taxa marginal de substituição técnica de mão-de-obra por capital é igual
à razão do produto marginal do trabalho (PM1.) sobre o produto marginal do capital (PMK).
ELASTICIDADE DE SUBSTITUIÇÃO
• É uma medida numérica que pode nos ajudar a descrever a oportunidade de substituição entre os
fatores de produção da empresa. Em termos mais específicos, a elasticidade de substituição mede quão
rapidamente a taxa marginal de substituição técnica de capital por trabalho varia, ao nos movermos ao
longo de uma isoquanta.
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO LINEAR
• Os fatores de produção numa função de produção linear são perfeitamente substituíveis entre si.

A EQUAÇÃO:
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO DE PROPORÇÕES FIXAS
• Uma Função de produção em que os fatores de produção devem ser combinados em proporções fixas é
chamada de função de produção de proporções fixas, e seus fatores de produção são chamados de
complementares perfeitos

A EQUAÇÃO:

Função de Produção Cobb-Douglas


• Com a função de produção Cobb-Douglas, o capital e o trabalho podem ser substituídos um pelo outro.

• Sendo um intermediário entre uma função de produção linear e uma função de produção de proporções
fixas. É dada pela fórmula:
RETORNOS DE ESCALA
ATENÇÃO: Mudança do livro trabalhado na elaboração do documento, sendo o novo livro Austan
Goolsbee & Steven Levitt & Chad Syverson - Microeconomia-Atlas. Adendo: Austan Goolsbee &
Steven Levitt & Chad Syverson - Microeconomia-Atlas com foco em: 1. custos; 2. mercado competitivo;
3. monopólio.

Capítulo 7: Custos, pág. 374 - 409


● O cálculo da estrutura de custos de uma firma
● O cálculo da estrutura de custos de uma firma – expandido

Custos Que importam para a tomada de decisão: : custo contábil


O custo direto de operar um negócio, incluindo custos referentes à matéria-prima: custo contábil
Soma Entre os custos contábeis e os custos oportunidade referentes a um produtor: custo de econômico
O valor daquilo que o produtor abre mão ao utilizar determinado insumo: custos de oportunidade

lucro econômico
A receita total de uma firma menos o seu custo econômico.

lucro contábil
A receita total de uma firma menos o seu custo contábil

O reconhecimento de que as decisões de uma firma sobre produção devem necessariamente ser baseadas
no custo econômico (que leva em conta os custos de oportunidade de uma firma) permeia tudo o que
discutimos sobre custos no restante deste capítulo.
Custos Não importam para a tomada de decisão: custos irrecuperáveis (ou custos afundados)

custo fixo: O custo dos insumos fixos de uma firma, independentemente da quantidade de produto
gerado por ela, logo, são pagamentos a insumos que devem necessariamente ser feitos, não importando
qual seja a quantidade de produto, e até mesmo se ela for zero.

custo irrecuperável: Um custo fixo que você não consegue evitar é chamado de custo irrecuperável (ou
custo afundado). Uma vez que a firma pague por um custo irrecuperável, ele jamais poderá ser
recuperado.

Anexo A - Revisão do conteúdo passado

Notas utilizando os slide de produção:

● (importante saber calcular) Pmg, Pmé, Taxa marginal de substituição técnica,


rendimentos, isoquanta
● gráfico da relação do produto marginal e médio
● explicações sobre rendimentos de escala
● slide 3 até 8 - definições importantes

PmgK = dQ/dK ou PmgL = dQ/dL

PméL = Q/L ou PméK=Q/K

PT = Q(em determinado período de tempo)

TMST = PmgL/PmgK

Rendimentos de escala descrevem a relação entre a quantidade de insumos (como trabalho e


capital) utilizados na produção de um bem ou serviço e a quantidade produzida. Os coeficientes
de elasticidade α, β, γ, ..., θ indicam a sensibilidade da produção em relação a cada um dos
insumos utilizados.
Se um coeficiente > 1, indica rendimentos crescentes de escala;
se for = 1, indica rendimentos constantes de escala;
e se for < do que 1, indica rendimentos decrescentes de escala.

A isoquanta precisa do cálculo da quantidade de cada insumo necessário para produzir a


quantidade desejada de produto e através de uma tabela com as diferentes combinações de
insumos e a quantidade de produto produzida.
Notas slide de custos

● custos de oportunidade
● custos irrecuperáveis, linha do isocusto e o mapa do isocusto.
● Saber calcular o CT, Taxa marginal de substituição técnica do custo = -w/l
Pmg, Q, W, R,
● minimização de custo no curto e longo prazo.

CT = CV + CF

CV = CT - CF

CMé = CT/Q

CMg = dCT/dQ

CTMé = CT/Q

CFMé = CF/Q

TMST = -W/L

PmgK = dQ/dK ou PmgL = dQ/dL

PméL = Q/L ou PméK=Q/K

O custo de oportunidade: é o valor do melhor uso alternativo dos recursos escassos, pois sempre
que tomamos uma decisão, renunciamos a outras alternativas que poderiam ter sido escolhidas.
É importante considerar o custo de oportunidade em todas as decisões econômicas, para garantir
que estamos fazendo a escolha mais eficiente e que estamos utilizando nossos recursos de forma
a maximizar nosso bem-estar.

Custos irrecuperáveis/custos afundados: são custos que já foram incorridos e não podem ser
recuperados. Eles não devem ser considerados na tomada de decisões futuras, pois não afetam as
escolhas que fazemos agora. Esses custos são diferentes dos custos variáveis e fixos, que são
relevantes para a tomada de decisões futuras.

A linha do isocusto é uma curva que representa as possíveis combinações de insumos que uma
empresa pode usar para produzir um determinado nível de produção com um custo total fixo.

O mapa do isocusto é um gráfico que apresenta várias linhas do isocusto, cada uma para um
nível diferente de custo total fixo. O objetivo da análise da linha do isocusto e do mapa do
isocusto é determinar a combinação mais eficiente de insumos para alcançar um determinado
nível de produção, minimizando o custo total.
Notas do slide de mercado competitivo

● explicar as firmas, o preço(tomadores de preço) e entrada


● Saber calcular a maximização do lucro, RT, Rmé, Rmg, CTMé,
● relação da receita marginal e custo marginal (competitivo)
● quando deve-se interromper as atividades em um mercado competitivo?
● a curva de oferta no curto e longo prazo/ demanda
● slide 24 até 26 (IMPORTANTE)
● Gráficos do Custo marginal e do custo total médio

Maximização do lucro: Rmg = Cmg

RT = P x Q

CT = C x Q

LUCRO = RT - CT

RMg = RTn - RTn-1 (diferença entre a receita total atual e a receita total anterior)

Rmé = RT/Q

Em mercados competitivos, as empresas são tomadoras de preços, ou seja, não têm poder de
influenciar o preço de mercado. Elas devem escolher a quantidade de produção que maximiza
seus lucros, levando em conta a curva de oferta, que é a soma das quantidades produzidas por
todas as empresas do mercado.

O preço de mercado é dado e determinado pela oferta e demanda, a deve determinar o nível de
produção no qual o preço de mercado iguala-se ao custo marginal, de forma a maximizar seus
lucros. O preço de mercado é, portanto, uma variável dada para a empresa em um mercado
competitivo, que deve ajustar sua produção para maximizar seus lucros, levando em conta sua
curva de custos.

O processo de entrada e saída de empresas é fundamental para manter a competitividade no


mercado e impedir que as empresas estabelecidas exerçam poder de mercado. A entrada de
novas empresas reduz a margem de lucro para as já estabelecidas, enquanto a saída de empresas
em dificuldades ajusta os preços e a oferta.

Anexo B - Síntese de mercados competitivos


Conceitos básicos dos mercados competitivos:

Um mercado competitivo é caracterizado pela presença de muitos compradores e vendedores que


negociam produtos homogêneos (idênticos) e que não têm o poder de influenciar o preço de mercado.

Os consumidores compram produtos a preços mais baixos, enquanto os produtores vendem a preços
mais altos. O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade demandada com a quantidade
oferecida. Em um mercado competitivo, a entrada e saída de empresas é fácil e, portanto, a competição é
intensa, assim os lucros são limitados e as empresas são incentivadas a produzir de maneira eficiente e a
inovar para reduzir seus custos.
Vida real: modelo de mercado competitivo tem algumas limitações, pois há sempre fatores externos que
podem influenciar o preço, como a regulamentação governamental, a tecnologia, o acesso a recursos,
entre outros. Além disso, os produtos nem sempre são homogêneos, e as empresas podem se diferenciar
por meio da qualidade, design, marca, entre outros aspectos.
Note slide de monopólio (AVA)

● causa dos monopólios, curva de demanda para um monopólio, receita e lucro em


monopólio
● explicação: monopólio não tem curva de oferta
● Saber calcular RT, CT, LUCRO, Rmg,, Cmg, Elasticidade preço da demanda
● Adendo sobre o preço slide 11 (IMPORTANTE)
● Entender sobre a relação do monopólio com a elasticidade preço da demanda no
mercado monopolista

Uma firma em monopólio é uma empresa que é a única produtora de um determinado bem ou
serviço em um mercado. Como não há concorrência, a firma em monopólio pode escolher a
quantidade de produto que deseja produzir e o preço que deseja cobrar por ele, se atendo ao
ponto que deve equilibrar a escolha do preço com a quantidade produzida para maximizar seus
lucros.

Para encontrar essa quantidade e preço ótimos, a firma deve levar em conta a curva de
demanda do mercado, os custos de produção e a receita marginal gerada por cada unidade
produzida. A receita marginal deve ser igual ao custo marginal para que a firma esteja
produzindo no ponto ótimo de produção. Assim, podendo determinar o preço a ser cobrado com
base na curva de demanda e na quantidade produzida ótima.

Anexo C - AB2
Síntese do conteúdo abordado em Determinação de preço e poder de mercado:
A determinação de preços é a decisão do produtor em relação ao preço que ele deve cobrar pelo produto
ou serviço que oferece no mercado. O poder de mercado refere-se à capacidade do produtor de
influenciar o preço do produto ou serviço que oferece no mercado, quanto maior for o poder de mercado,
maior será a capacidade do produtor de influenciar o preço.

O poder de mercado pode ser medido através da elasticidade-preço da demanda, que mostra o quanto a
quantidade demandada varia em resposta a uma mudança no preço.
-1. Quanto mais elástica a demanda, menor é o poder de mercado do produtor, pois um aumento no
preço levará a uma queda significativa na quantidade demandada.
-2. se a demanda é inelástica, um aumento no preço terá pouco impacto na quantidade demandada, o que
dá ao produtor mais poder de mercado.

O poder de mercado pode levar a uma alocação ineficiente de recursos na economia, pois o produtor
pode escolher um preço mais elevado do que o preço competitivo, o que pode levar a uma quantidade
menor produzida e vendida.

Discriminação Perfeita:

A discriminação de preços perfeita ocorre quando um produtor cobra preços diferentes para cada
consumidor, com base na sua disposição em pagar. Isso significa que cada consumidor é cobrado o
preço máximo que está disposto a pagar, o que maximiza o lucro do produtor.
A discriminação de preços perfeita pode levar a uma alocação mais eficiente de recursos na economia,
pois permite que o produtor capture todo o excedente do consumidor, o que pode levar a uma maior
produção, no entanto, ela também pode levar a uma distribuição desigual do bem-estar entre os
consumidores, pois aqueles com maior disposição em pagar serão cobrados um preço mais alto do que
aqueles com menor disposição em pagar.

Na discriminação de preços perfeita, o preço é determinado individualmente para cada consumidor,


independentemente de suas características.

Discriminação de Fixação Não-Linear:

Ocorre quando o produtor cobra preços diferentes com base na quantidade comprada pelo consumidor.
Dessarte, um produtor pode cobrar um preço mais alto por uma unidade do produto, mas oferecer um
desconto se o consumidor comprar uma quantidade maior; comum em setores, como transporte aéreo e
hotelaria. Pode levar a uma alocação mais eficiente de recursos na economia, pois incentiva os
consumidores a comprar mais do produto, o que pode levar a uma maior produção, no entanto, o
problema reside na "intentona" que aqueles que compram mais unidades do produto receberão um
desconto maior do que aqueles que compram menos unidades.

O preço é determinado com base na quantidade comprada pelo consumidor.

Discriminação de preços de terceiro grau:

Quando o produtor cobra preços diferentes de diferentes grupos de consumidores com base em suas
características, como idade, renda, localização geográfica ou outras características relevantes para o
produto. A discriminação de preços de terceiro grau só é possível se houver diferenciação de preços
entre os grupos de consumidores. Isso pode ser alcançado de várias maneiras, como cobrar preços
diferentes em diferentes locais geográficos ou oferecer descontos para grupos específicos de
consumidores, como estudantes ou idosos. O objetivo é maximizar a receita total do produtor, cobrando
preços mais altos dos consumidores que estão dispostos a pagar mais pelo produto.

Para implementar a discriminação de preços de terceiro grau, o produtor deve identificar os diferentes
grupos de consumidores e cobrar preços diferentes para cada grupo. Para maximizar a receita total, o
produtor deve ajustar os preços de cada grupo até que a elasticidade da demanda de cada grupo seja
igual à elasticidade do custo marginal - condição de igualdade de elasticidade.

Problema do monopolista:

Refere-se ao desafio que um monopolista enfrenta ao decidir o preço e a quantidade de produção para
maximizar seu lucro. Como o monopolista é o único produtor no mercado, ele tem o poder de
influenciar o preço para resolver o problema,o monopolista deve seguir duas condições:

1. A condição de maximização de lucro estabelece que o monopolista deve produzir a quantidade


em que a receita marginal é igual ao custo marginal, logo, deve produzir até o ponto em que o
custo adicional de produzir uma unidade adicional do produto é igual à receita adicional gerada
pela venda dessa unidade adicional.
2. A condição de equilíbrio do mercado estabelece que o preço cobrado pelo monopolista deve ser
igual à demanda do mercado para essa quantidade produzida, ou seja, deve levar em
consideração a reação dos consumidores à sua estratégia de preço e quantidade, para garantir que
a demanda do mercado seja atendida.

O problema do monopolista pode ser resolvido graficamente traçando a curva de demanda do mercado e
a curva de custo marginal do monopolista. A quantidade produzida pelo monopolista é o ponto em que a
curva de receita marginal do monopolista cruza a curva de custo marginal. O preço cobrado pelo
monopolista é determinado pela curva de demanda do mercado para essa quantidade produzida.

O preço cobrado pelo monopolista é maior do que o preço que seria observado em um mercado
competitivo, e a quantidade produzida pelo monopolista é menor do que a quantidade produzida em um
mercado competitivo, esse paradigma ocorre porque o monopolista tem o poder de influenciar o preço e
pode cobrar preços mais altos do que em um mercado competitivo.
ATENÇÃO: Mudança do livro trabalhado na elaboração do documento, sendo o novo livro Hal R.
VARIAN, Microeconomia: uma abordagem moderna, capítulos 25, 26, 28.
CAPÍTULO 25 - MONOPÓLIO

RESUMO DO CAPÍTULO 25 - MONOPÓLIO


RESUMO DO CAPÍTULO 26 - COMPORTAMENTO MONOPOLISTA
OBSERVAÇÕES GERAIS DO CAPÍTULO 27

1. Monopsônio é uma situação de mercado em que existe apenas um comprador para muitos vendedores
de um determinado bem ou serviço. Aqui, o comprador tem poder de mercado sobre os vendedores, pois
pode ditar o preço que está disposto a pagar pelos produtos. Efeito? pode levar a uma queda nos preços
pagos aos vendedores e a uma redução na quantidade produzida.

2. Monopólio upstream ocorre quando uma empresa é o único fornecedor de um insumo ou recurso
essencial para a produção de um produto. Esse monopólio pode dar ao fornecedor um poder de mercado
significativo sobre os compradores, pois pode ditar o preço desse insumo. Efeito? pode levar a um
aumento nos preços finais do produto ou a uma redução na qualidade do produto.

3. Monopólio downstream ocorre quando uma empresa é a única compradora de um produto de muitos
fornecedores. Nesse caso, a empresa compradora tem poder de mercado sobre os fornecedores, pois
pode ditar o preço que está disposta a pagar pelo produto. Efeito? pode levar a uma queda nos preços
pagos aos fornecedores e a uma redução na quantidade produzida.

4. Markup é a diferença percentual entre o preço de venda de um produto ou serviço e o seu custo de
produção ou aquisição. É usado como uma forma de calcular a margem de lucro de uma empresa em
cada unidade de produto vendida. Por exemplo, se o custo de produção de um produto é R$ 100 e a
empresa aplica um markup de 50%, o preço de venda seria R$ 150. O markup é uma prática comum em
muitos setores da economia, incluindo varejo, manufatura e serviços. Ressalva: um markup muito alto
pode levar a preços pouco competitivos e afetar negativamente a demanda pelos produtos ou serviços da
empresa.

5. Markup duplo é uma prática de precificação em que as empresas adicionam um mark-up (margem
de lucro) aos preços dos produtos em cada etapa da cadeia produtiva. Por exemplo, um fabricante de
roupas pode vender suas roupas para um atacadista, que por sua vez, adiciona outro mark-up e vende as
roupas para um varejista, que adiciona mais um mark-up antes de vender as roupas para o consumidor
final. Efeito? pode levar a um aumento significativo nos preços finais dos produtos.
CAPÍTULO 28 - OLIGOPÓLIO

Duopólio é uma forma de mercado caracterizada pela presença de apenas dois produtores que competem
entre si, as empresas levam em consideração as decisões da concorrência ao tomar decisões de preço e
produção, o que pode levar a um comportamento estratégico por parte dos produtores.

Oligopólio é um mercado dominado por um pequeno número de empresas, o que lhes confere poder de
mercado e influência sobre os preços e a produção. As empresas oligopolistas empregam diferentes
estratégias para maximizar seus lucros e manter sua posição de poder no mercado.

Estratégias:
1. Jogo sequencial: as empresas tomam decisões em sequência, levando em conta as ações da
concorrência. Por exemplo, uma empresa pode reduzir seus preços para ganhar participação de mercado,
e a outra empresa pode seguir essa ação reduzindo seus preços ainda mais.

2. Jogo simultâneo: as empresas tomam decisões ao mesmo tempo, sem saber as ações da concorrência.
Nesse caso, as empresas precisam prever as decisões dos concorrentes e ajustar suas próprias decisões de
acordo.

3. Conluio: as empresas concordam em cooperar para manter preços elevados e limitar a concorrência.
Essa estratégia pode ser ilegal e pode levar a penalidades regulatórias, pois configura-se como um
cartel.

4. Jogo cooperativo: as empresas cooperam em áreas como pesquisa e desenvolvimento ou produção,


mas ainda competem em outras áreas. Essa estratégia pode permitir que as empresas compartilhem
custos e recursos, mas ainda mantêm sua independência competitiva.

modelo de stackelberg
O modelo de Stackelberg é um modelo econômico que descreve a interação estratégica entre empresas
que operam em um mercado. Especificamente, o modelo assume que há uma empresa líder e várias
empresas seguidoras que operam no mesmo mercado.

Essa dinâmica leva a um equilíbrio em que a empresa líder maximiza seus lucros, levando em
consideração as decisões das empresas seguidoras. As empresas seguidoras, por sua vez, ajustam suas
escolhas para maximizar seus próprios lucros, dadas as escolhas da empresa líder, assim o modelo
descreve uma dinâmica em que uma empresa líder tem uma vantagem estratégica em relação às
empresas seguidoras, o que lhe permite maximizar seus lucros enquanto influencia o comportamento das
empresas seguidoras.
modelo de cournot
O modelo de Cournot é um modelo econômico que descreve a interação estratégica entre empresas que
competem no mesmo mercado produzindo quantidades de um determinado produto. O modelo parte do
pressuposto de que cada empresa escolhe a quantidade de produto que deseja produzir, considerando a
quantidade produzida pelas outras empresas no mercado, ou seja, cada empresa escolhe sua quantidade
de produção com base na premissa de que as outras empresas manterão suas quantidades constantes.

Esse modelo leva a um equilíbrio em que as empresas produzem quantidades que maximizam seus
próprios lucros, levando em consideração as quantidades produzidas pelas outras empresas no mercado.
Isso leva a uma situação em que as empresas competem de forma não-cooperativa e produzem
quantidades menores do que as que seriam produzidas se elas cooperassem entre si.

Concorrência de Bertrand
Ao contrário do modelo de Cournot, que assume que as empresas competem escolhendo quantidades de
produção, o modelo de Bertrand assume que as empresas competem escolhendo preços de venda, assim
as empresas escolhem um preço para o produto que desejam vender, levando em consideração o preço
escolhido pelas outras empresas.

Esse modelo leva a um equilíbrio em que as empresas competem de forma intensa, estabelecendo preços
próximos aos custos marginais de produção, de forma que não é possível obter lucros positivos a longo
prazo, logo, leva a uma situação em que as empresas competem de forma tão agressiva que acabam
vendendo seus produtos a um preço muito próximo ao custo de produção.

PASSO A PASSO PARA CALCULAR NO MODELO DE STACKELBERG E CORNOUT:


Ex.: temos uma demanda P=50-q; CT=10q, para empresas A e B
1- Função de Reação (B)/firma seguidora
-Maximizar o lucro: LUCRO = RT - CT
→ dL/dQb: dRT/dQb - dCT/dQb
→ dL/dQb(pois na max. se torna 0): dRT/dQb - dCT/dQb
→ Rmg=Cmg

2-RT = P x Q e o CT = C x Q
→ RTb = P x Qb
→ RTb = [50-Qt]Qb
→RTb = [50-(Qa.Qb)].Qb
→ RTb = [50-(Qa.Qb)].Qb
→ RTb = [50-Qa-Qb)].Qb
→ RTb = 50.Qb-Qa.Qb-Qb²

3- Rmg = dRT/dQ
→ dRTb/dQb = 50 - Qa - 2Qb

4-Cmg = dCT/dQ
→ dCTb/dQb = 10Q/dQ = 10
5- Rmg=Cmg para encontrar a FR(B)
→ 50 - Qa - 2Qb = 10
→ 40 - Qa - 2Qb
→ Qb = 40/2 - Qa/2 = FR(B)

1- Função de Reação (A)/firma líder


-Maximizar o lucro: LUCRO = RT - CT
→ dL/dQa: dRT/dQa - dCT/dQa
→ dL/dQa(pois na max. se torna 0): dRT/dQa - dCT/dQa
→ Rmg=Cmg

2-RT = P x Q e o CT = C x Q
→ RTa = P x Qa
→ RTa = [50-Qt]Qa
→RTa = [50-(Qa. 40/2 - Qa/2)].Qa
→RTa = [50-Qa. - 40/2 + Qa/2)].Qa
→RTa = 50.Qa - Qa² - 40/2.Qa + Qa²/2

3- Rmg = dRT/dQ → ligado a RTa


→ dRTa/dQa = 50 - 2Qa - 20 + Qa
→ dRTa/dQa = 30 - 2Qa + Qa
→ dRTa/dQa = 30 - Qa

4-Cmg = dCT/dQ → ligado a CTa


→ dCTa/dQa = 10Q/dQ = 10

5- Rmg=Cmg
30 - Qa = 10
20 = Qa

6- Calcular a FR(b) subst. Qa


→ Qb = 40/2 - 20/2 = FR(B)
FR(B) = 20 - 10
→ = 10 = Qb

7- Qt = Qa + Qb
→ 20+10 = 30

8- P = 50 - Qt
→ P = 50 - 30 = 20
9- RT = P x Q; CT = C x Q e Lucro = RT - CT (A) e (B)
→ RTa = P x Qa
→ RTa = 20 x 20 = 400

→ RTb = P x Qb
→ RTb = 20 x 10 = 200
CTa = C x Q
CTa = C x Qa = 10 x 20 = 200

CT = C x Q
CTb = C x Qb = 10 x 10= 100

Lucro = RT - CT
Lucro(A) = RTa - CTa
Lucro(A) = 400 - 200 = 200

Lucro = RT - CT
Lucro(B) = RTb - CTb
Lucro(B) = 200 - 100 = 100

Estratégias de punição
Estratégia usada por empresas em um mercado oligopolístico para manter um equilíbrio de preços e
evitar que outras empresas interfiram no mercado. A ideia básica é que as empresas oligopolísticas
cooperam umas com as outras para manter preços elevados e reduzir a produção, maximizando seus
lucros conjuntos, porém essa cooperação pode ser prejudicada se uma das empresas decidir que pode
aumentar sua própria produção e vendas, ganhando uma vantagem competitiva em relação às outras
empresas.

Para impedir que isso aconteça, as empresas oligopolísticas podem adotar uma estratégia de punição, em
que se uma empresa desobedece às regras do cartel e aumenta sua produção, as outras empresas reduzem
suas próprias produções, de forma que a empresa infratora perde mercado e têm prejuízos. O objetivo é
dissuadir qualquer empresa do cartel de tentar ganhar vantagens competitivas individuais, garantindo
que todas as empresas se mantenham comprometidas com o acordo.
Comparação dos modelos entre si
RESUMO DO CAPÍTULO 28

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