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RESUMO
Neste artigo iremos abordar de forma categórica fatores importantes para o setor público e privado
através dos critérios de distinção de tais setores e sua atuação sobre a base econômica vigente em
virtude de seus bens, estrutura, propriedade e serviços.
Palavras-Chave: Economia, setor público, setor privado, estrutura de propriedade, alocação de
recursos, serviços.
ABSTRACT
In this article, we will categorically address important factors for the public and private sectors
through the criteria of distinguishing these sectors and their impact on the current economic
foundation in terms of their goods, structure, ownership, and services.
Keywords: Economics, public sector, private sector, ownership structure, resource allocation,
services.
Alexandre Freire de Albuquerque Alves
Maceió
2023
1. Introdução: O público e o privado
A teoria das Finanças Públicas faz parte do critério para a divisão entre o público e privado e
por isso define o setor público como uma parte da economia que inclui órgãos governamentais, tais
como: ministérios e secretarias, enquanto a definição do setor privado fica a cargo do englobamento
de empresas de diferentes portes e naturezas. Não obstante, a distinção entre setor público e privado
pode ser mais complexa em casos de instituições mistas, bem como bancos estatais, conforme Silva
(2006, p. 27):
Outros critérios para demarcar a divisão entre o setor público e o setor privado. O primeiro
critério é a natureza dos bens oferecidos, pois o setor público oferece bens de uso comum ou
coletivo, conhecidos como bens públicos [os bens públicos são não rivais (o consumo por uma
pessoa não impede o consumo por outras) e não excluíveis (os indivíduos não podem ser excluídos
do seu uso)], enquanto o setor privado oferece bens de uso individual, chamados de bens privados
ou bens de mercado (em completo contraste com o setor público), os bens privados são rivais (o
consumo por uma pessoa impede o consumo por outras) e excluíveis (os indivíduos podem ser
excluídos se não pagarem ou não possuírem propriedade), para exemplificar tal fato se faz
necessário classificar os diferentes tipos de bens com base nesses critérios. Em primeiro lugar: os
bens públicos puros - aqueles que não podem ser individualizados e não podem ser transacionados
no mercado; em segundo fica os bens privados puros - bens que podem ser comprados e vendidos
no mercado, como produtos comerciais; existem também bens híbridos, como recursos comuns, que
são rivais (como peixes em um rio) e não excluíveis, e bens não rivais e excluíveis, como os
programas de tv a cabo.
Devido à natureza dos bens públicos, o setor público é necessário para fornecê-los à
sociedade. Além disso, existem bens semi-públicos ou meritórios, que podem ser oferecidos tanto
pelo setor público, quanto pelo setor privado devido aos benefícios sociais que geram. Dado a
análise real ao qual debruça-se a lógica da natureza dos bens, deve se ater a tributação, começando
pela tributação presumida - aquela que se justifica com base na simplicidade administrativa e na
redução de custos de cumprimento tributário para pequenas e médias empresas, dado que a
tributação do lucro real é considerada complexa e requer contabilidade sofisticada, o que pode ser
desproporcionalmente alto para pequenas e médias empresas. A tributação presumida busca reduzir
os custos de cumprimento e a evasão tributária, trazendo pequenas empresas para o setor formal. A
administração tributária enfrenta desafios ao monitorar um grande número de pequenas empresas
com base em legislações complexas, especialmente em países em desenvolvimento com recursos
limitados. Ademais, muitas pequenas empresas operam no setor informal e têm maior facilidade em
evitar a tributação, assim vários países adotam sistemas de tributação presumida, que envolvem
taxas fixas, uso de indicadores correlacionados com a renda ou tributação mínima presuntiva.
2. Discussão
1 Assumindo o sentido de nação, logo, em seu significado mais intrínseco:”agrupamento político autônomo
que ocupa território com limites definidos e cujos membros respeitam instituições compartidas (leis,
constituição, governo).”
Tal critério [para a definição do setor público como parte material-dialética da sociedade] diz
respeito à natureza das instituições públicas, como ministérios, autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista, fundações, entre outras, por exemplo, no caso de uma empresa de
capital aberto, verifica-se quem são os proprietários das ações. Se o Tesouro (ou a Administração
Central) for o acionista majoritário com direito a voto, a empresa é classificada como parte do Setor
Público, como no caso da Petrobras. Caso contrário, ela pertence ao Setor Privado.
4. Conclusão
Conforme o previsto, a divisão entre o setor privado e o setor público é uma área complexa e
abrangente para definição:
As instituições do setor público têm a capacidade e/ou proatividade para impor medidas a
terceiros por meio da aplicação de impostos que são (em certo sentido) aplicados de forma geral e
não dependem da vontade do indivíduo.
A necessidade de intervenção do Estado na economia é justificada por meio de um conjunto
de ferramentas e, graças a isso, os impostos desempenham um papel vital na estratégia dos
governantes para administrar a economia, ou seja, dados pelo Estado, que financia grande parte . de
seus gastos por meio dessa taxa – demonstrando sua autoridade e capacidade de impor obrigações
financeiras, mas como o tema central das diferenças público-privadas se desenrola? Este estudo de
caso abrangente conclui que, embora o Estado desempenhe um papel vital na economia por 'n'
razões, as diferenças são motivadas por um conjunto de critérios determinados com base em: modos
de ação, funções desempenhadas, natureza institucional e exigibilidade - esta combinação ajuda a
definir a divisão entre esses dois setores - no entanto, é importante ressaltar que nenhum deles
sozinho é capaz de estabelecer uma divisão clara entre esses setores e, portanto, na prática, uma
combinação desses critérios é usada para essa distinção, aliás, a necessidade de intervenção do
Estado na economia advém das falhas de mercado, que são situações em que os mecanismos de
mercado não alcançam resultados econômicos eficientes/desejáveis.
Referências:
PERES, Ursula Dias. Custos de Transação e Estrutura de Governança no Setor Público. –
EESP/FGV.
Arvate, Paulo Roberto: Economia do setor público no Brasil / Paulo Arvate, Ciro Biderman. - Rio
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Toni, Jackson de: Reflexões sobre o Planejamento Estratégico no Setor Público / Jackson de
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