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Bens públicos: há bens que ou não são produzidos no mercado, ou que quando o são,
demonstram que são insuficientes em relação às necessidades que se fazem sentir. Se estes
forem reputados de essenciais pela comunidade, não poderão deixar de ser
produzidos/fornecidos pelo Estado. A estes bens que o Estado é chamado a produzir e fornecer
dá-se o nome de bens coletivos ou bens públicos puros.
A designação bens coletivos destaca a apropriação coletiva que deles é feita, em função das
suas características e da dificuldade do seu produtor em retirar lucro da atividade. Podem
identificar se como características: satisfação passiva (não depende de nenhum esforço por
parte do consumidor), não são exclusivos (não se pode privar ninguém dessa utilização) e não
são emulativos (os consumidores não entram em concorrência para conseguir utilizá-los).
Exemplo: farol, justiça, segurança pública.
Por que o Estado que produz esses bens? Porque se for produzido no âmbito da economia
privada haverá um desequilíbrio entre a utilidade daquele que suporta os custos para a produção
e a utilidade daqueles que beneficiam desse bem-produzido.
• Exemplo: postes de luz ---> todos aproveitam a luz gerada por eles, mesmo os que não
pagaram impostos
Como que o Estado faz isso? através do financiamento por todos os membros da comunidade
por meio dos impostos.
Fala-se ainda de bens públicos impuros (semipúblicos): compartilham da característica de
terem um custo marginal zero por cada utilização a mais, mas são susceptíveis a ficar
congestionados. Exemplo: estradas, pontes, piscinas, bibliotecas
Se o bem não for facilmente congestionável, não haverá vantagem em excluir utilizadores, a
exclusão só se justifica quando os utilizadores de um bem vêm a sua utilidade reduzida pela
utilização simultânea do mesmo bem. Caso o bem seja facilmente congestionável, haverá
vantagem em promover a exclusão de alguns utilizadores (por exemplo, portagens ou
pagamentos de entrada). Nesse caso, estaremos perante um bem de clube
Bens privados: Bens produzidos pelo mercado/particulares. São bens de satisfação ativa (tem
que ser ativamente procurados pelo consumidor), busca a satisfação individual, das
necessidades individuais, há neste bem a característica da rivalidade entre indivíduos e a
exclusividade do consumo.
Exemplo: A compra uma maça, B já agora B não pode comprá-la, sendo então evidente a
finalidade de satisfação individual, a concorrência na utilização uma vez que B tem que ser
excluído da posse e fruição, e a exclusividade do consumo, pois só A vai consumir essa maça.
2. O que são as finanças públicas e as finanças privadas?
As finanças públicas compreendem a captação, a gestão e a execução de recursos pelo Estado
para financiamento de suas atividades. Essa atividade busca a satisfação das necessidades
sentidas por uma determinada comunidade, e que são assumidas pelo poder político. Essas
necessidades não podem ser sanadas autonomamente pelo mercado.
Regras que
Finanças do Tributos, fixam,
Finanças estado e Social e empréstimos, determinam,
Públicas demais macroeconó Público concessões e limitam a
entidades mica receitas atividade
públicas patrimoniais financeira dos
recursos públicos
Competência: Criação de taxas não estão sujeitas a reversa relativa do AR, pode ser criado
por um decreto-lei, uma vez que o art. 165/1, i) prevê que a reserva relativa se refere a um
regime geral não as taxas em si. ---> nunca criaram este regime---> essa falta de um regime
geral das taxas não é omissão constitucional??
IRC: é um imposto direto e incide sobre a capacidade contribuitiva do sujeito passivo, neste
caso, o rendimento das pessoas coletivas. --> art. 104/2 da CRP
IVA: O imposto indireto que incide sobre uma manifestação mediata de riqueza ou da
capacidade contribuitiva do sujeito passivo, o consumo ---> imposto geral sobre o consumo---
> art. 104/4 da CRP
• Diferentes taxas de IVA ---> as diferentes taxas dizem respeito a essencialidade.
• Outra característica: qualquer consumidor paga a mesma taxa (imposto plurifásico=
desde o início da cadeia inicial da produção até o final paga-se o IVA--> último da linha
= consumidor final) ---> desde a produção, distribuidor, donos dos estabelecimentos,
consumidores comuns
• Impostos cegos= é igual para todos independente da sua capacidade
contribuitiva= aumentar o IVA afeta a todos.
8. O que são os benefícios fiscais?
Benefícios fiscais são as isenções, as reduções de taxas, as deduções à matéria coletável e à
coleta, e outras medidas fiscais de carácter excecional instituídas para tutela dos interesses
públicos extrafiscais. ---> estatuto dos benefícios fiscais (DL 215/89):
Artigo 2.º
3 - Os benefícios fiscais são considerados despesas fiscais, as quais podem ser previstas no
Orçamento do Estado ou em documento anexo e, sendo caso disso, nos orçamentos das regiões
autónomas e das autarquias locais.
4 - Para efeitos de controlo da despesa fiscal inerente aos benefícios fiscais concedidos, pode
ser exigida aos interessados a declaração dos rendimentos isentos auferidos, salvo tratando-se
de benefícios fiscais genéricos e automáticos, casos em que podem os serviços fiscais obter os
elementos necessários ao cálculo global do imposto que seria devido.
Segunda fase: É nesta segunda fase que a proposta de lei vai finalmente ser objeto de entrega
na AR para ser discutida e votada.
Data limite de entrega:10 de outubro (art. 36 da LEO)
Prazo de discussão e votação pela AR: 50 dias (art. 38/2 da LEO) (obs.: primeiro é discutido
e votado na generalidade e depois discutido na especialidade- art. 38/3 da LEO)
Características: a proposta apresentada a AR é acompanhada obrigatoriamente de um
conjunto de elementos (art.37/1), temos, pois, 3 peças fundamentais que devem sempre
acompanhar a proposta de lei:
1. os elementos indicados no art. 40 da LEO (um articulado, os mapas contabilísticos e
as demonstrações orçamentais e financeiras)
2.um relatório cujos variados aspectos a considerar estão elencados nas alíneas de A-R
do art. 37/2 da LEO
3.os elementos informativos referidos no art. 37/3 da LEO, que devem acompanhar o
relatório.
23. Secções do TC
1° secção: “secção de visto” ---> (art. 15/1, a) da LOPTC) + (art. 46/5 da LOPTC): é
responsável pela fiscalização prévia (visto) e concomitante. Ordena ainda auditorias relativas
ao exercício dessas fiscalizações, essas auditorias da 1° secção visam os procedimentos e atos
administrativos que impliquem despesas pessoais (art. 49/1 a) e 47° da LOPTC), aplica também
multas relativamente a processos em que os juízes desta secção sejam relatores (art.77/4 da
LOPTC)
2° secção: “secção de auditoria” ---> (art. 15/1, b) da LOPTC): dedica-se a fiscalização
concomitante, realizando auditorias que não competiam a 1 secção. (art. 49/1 al. B)),
produzindo os relatórios, pode aplicar multas (art. 78/4 al. E)), cuida da fiscalização sucessiva
(art. 50°/1). ---> esta secção funciona em plenário.
3° secção: “secção de julgamento” ---> (art. 15/1, al. C)): dedica-se a efetivação de
responsabilidades financeiras em processo de julgamento de contas e em processos de
responsabilidade financeira. Compete ainda a esta julgar os recursos das decisões proferidas na
1 secção. (art., 79° da LOPTC)
Este conjunto de medidas é agora parte integrante do Semestre Europeu, que é o mecanismo
de coordenação das políticas económicas da UE.
• A base jurídica do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) são os artigos 121.º e 126.º
do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE).
• O Protocolo n.º 12 do Tratado fornece mais pormenores sobre o procedimento de défice
excessivo, incluindo os valores de referência para o défice e a dívida. O artigo 136.º do
TFUE prevê a adoção de disposições específicas para a área do euro. Constitui a base para
um regulamento de sanções para os países da área do euro (incluído no chamado pacote de
seis medidas) e para o chamado regulamento de dois pacotes, que inclui monitorização e
supervisão reforçadas na área do euro.
• Objetivo: Algumas das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento visam impedir que
as políticas orçamentais se inscrevam em direções potencialmente problemáticas, enquanto
outras existem para corrigir défices orçamentais excessivos ou encargos excessivos da
dívida pública.
• São admissíveis? Ou é um vício? O que são? Se forem legais a que regime ficam
sujeitas? (as mesmas leis do orçamento?)
Conceito= São normas que se incluem no orçamento apesar de não ser normas de despesas e
receitas orçamentais do ano económico. Não é uma norma de teor orçamental.
• Efeitos (divergência de doutrina) = pode sim ter, valor de decreto lei, mas não tem valor
de lei reforçado. Mas a doutrinas que divergem sobre isso.
• É inconstitucional? Depende da tese que seguimos---> tese da irrelevância jurídica
(Jorge Miranda, Souza Franco) ---> cria-se uma norma costumeira
o Obs.: mas vale ressaltar que não existe no nosso ordenamento jurídico qualquer
proibição expressa.