Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução ...................................................................................................................................... 3
Planificações
Aprendizagens Essenciais de Economia A – 11.o ano ............................................................ 5
Planificações ........................................................................................................................ 21
Recursos complementares
I. Apoio à avaliação pedagógica ...................................................................................... 61
II. Linhas orientadoras para o desenvolvimento de trabalho de projeto ........................ 65
III. Proposta de trabalho prático em alternativa à apresentada no Manual ..................... 67
IV. Sugestões de temas a desenvolver em trabalhos de investigação .............................. 75
V. Propostas de visitas de estudo ..................................................................................... 80
VI. Sugestões de vídeos ..................................................................................................... 91
VII. Propostas de filmes ...................................................................................................... 97
Economia e Sociedade
I. Como convive a Teoria Económica com a Covid-19? ................................................ 106
II. O futuro do trabalho: uma visão crítica .................................................................... 109
III. Definição de Europa .................................................................................................. 112
IV. As consequências nefastas (e escondidas) do desperdício alimentar ....................... 115
V. Portugal ultrapassou quase todos os limites ecológicos ........................................... 118
VI. Os Deuses da Economia devem estar loucos! ........................................................... 120
Avaliação
Banco de questões .......................................................................................................... 125
Testes por tema ............................................................................................................... 148
Teste global ...................................................................................................................... 182
Questões de Exame resolvidas por tema ........................................................................ 190
Soluções ........................................................................................................................... 198
Colegas,
Dando continuidade ao projeto Economia A 10, apresentamos o material relativo ao 11.o ano.
Considerando o agrado com que foram acolhidas pelos colegas as nossas propostas para o
10.o ano, os materiais que agora se disponibilizam mantêm o mesmo rumo, em termos de
objetivos, estrutura e composição. Assim, o projeto foi ajustado não só às Aprendizagens
Essenciais, mas também, e muito particularmente, às alterações que têm vindo a ocorrer no
domínio da Economia, seja na Contabilidade Nacional, no comércio internacional, na intervenção
do Estado ou no quadro da União Europeia.
No projeto Economia A 11 apresentamos, para além do texto científico, didática e pedagogicamente
adequado, um conjunto de elementos que favorecem a aprendizagem, nomeadamente a
aprendizagem autónoma, o trabalho de pesquisa, o trabalho a pares ou o trabalho colaborativo.
Foi nossa preocupação, também, confrontar os alunos e as alunas com questões para resolução
de tipologias diversificadas e semelhantes às que têm sido acolhidas nos exames nacionais,
reveladas quer nas questões que surgem a par e passo no Manual, quer nas propostas de
avaliação no final de cada Tema ou no Teste de preparação para o Exame. Esta preocupação surge
com mais evidência ainda no conjunto de questões/testes tipo exame presentes neste Dossiê do
Professor, que agora se apresenta, bem como no Caderno de Atividades.
Para além disso, e não esquecendo que a disciplina de Economia, como parte integrante do
currículo do Ensino Secundário, deve contribuir para formar cidadãos ativos, participativos e
solidários, sugere-se, no final de cada tema, atividades que fomentam o trabalho inter
e pluridisciplinar, em torno da relação Economia, cidadania e desenvolvimento, e que surgem
mais concretizadas e desenvolvidas no presente Dossiê.
Incluímos ainda, neste Dossiê do Professor, múltiplos elementos de apoio à lecionação, sejam as
propostas de planificação de aulas, o conjunto de textos acerca da relação da Economia com a
sociedade, os documentos sobre avaliação e trabalho de projeto, a hipótese de trabalho prático
alternativa à do Manual, as propostas de trabalhos de pesquisa ou as sugestões de sítios e
recursos digitais.
Do lado exclusivo dos alunos e alunas, e com o objetivo de promover o trabalho autónomo e a
consolidação das aprendizagens, o projeto Economia A 11 inclui, ainda uma multiplicidade de
recursos didáticos, organizados por tipologia e por tema, na .
Em suma, este conjunto de materiais, nomeadamente o presente Dossiê do Professor, foi
desenhado com dois objetivos fundamentais: fomentar aprendizagens significativas por parte dos
alunos e apoiar-vos na lecionação. Todavia, é fundamental ressalvar que este conjunto de
elementos não substitui o Professor, nem a sua imaginação, criatividade e iniciativa. A sala de aula
pertence ao Professor e aos Alunos, e é da interação entre todos que o ato de ensinar resulta.
Se o material que disponibilizamos contribuir para o reforço daquela interação e para o sucesso
da educação, teremos atingido o nosso maior objetivo: apoiar Professores e Alunos e,
concomitantemente, a Educação.
O(As) Autor(as)
ECONOMIA A
11. ANO
Aprendizagens Essenciais de Economia A
*
Nota introdutória às Aprendizagens Essenciais, in site da Direção Geral de Educação.
Editável e fotocopiável © Texto | Economia A 11.o ano 5
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS AGOSTO 2018
ECONOMIA A
A Economia A é uma disciplina bienal que se inicia no 10.º ano e integra a componente de formação específica do Curso
Cientifico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas, podendo também ser objeto de escolha por alunos que frequentam outras
ofertas educativas e formativas.
A identificação das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina de Economia A teve por base o programa em vigor,
identificando os conhecimentos, capacidades e atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da Economia no Ensino
Secundário, e tendo em atenção os seguintes objetivos:
7
8
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
identificar as aprendizagens essenciais no domínio da Economia face às áreas de competência previstas no Perfil dos
Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA);
proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir sobre a organização económica das
sociedades contemporâneas, num mundo cada vez mais globalizado.
No mundo atual, a Economia deixou de ser um tema apenas abordado por especialistas, para estar presente no nosso
quotidiano, pois basta-nos ligar a televisão, folhear uma revista ou um jornal para surgirem termos como, por exemplo,
emprego, desemprego, inflação, deflação, estabilidade de preços, exportação, importação, défice orçamental, ou dívida
pública. Assim, a disciplina de Economia inicia-se no 10.º ano com o estudo de conceitos estruturantes que visam:
a aquisição dos conceitos e instrumentos que permitam compreender a atividade económica, ou seja, propõe-se o
Quanto aos conteúdos do 11.º ano de Economia, estes foram atualizados, na medida em que sendo Portugal um país membro
da União Europeia e da Área do Euro foi necessário atualizar:
a Contabilização da atividade económica, de acordo com o Regulamento (UE) N.º 549/2013 do Parlamento Europeu e do
Conselho de 21 de maio de 2013;
a Contabilização das relações económicas de um país com o resto do mundo, de acordo com as Estatísticas da Balança
de Pagamentos e da Posição de Investimento Internacional, notas metodológicas, Suplemento ao Boletim Estatístico
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
os conteúdos relativos à União Europeia e à Área Euro, pois a crise económica e as constantes mutações têm alterado os
desafios que se colocam a este projeto europeu.
As transformações do mundo atual são reflexo das (e refletem-se nas) transformações económicas que requerem a necessária
atualização de conteúdos contemplados neste documento. É de salientar, ainda, que a rapidez e a imprevisibilidade da
mudança na sociedade contemporânea poderão desatualizar algumas das aprendizagens previstas. Neste sentido, prevê-se uma
relativa abertura e flexibilidade no sentido de permitir a integração de novos temas da atualidade económica resultantes
dessas transformações sociais.
Também é incentivado o trabalho de projeto na medida em que é proposta a realização de um trabalho, em grupo ou
individual, cujo objetivo é aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade económica portuguesa, problematizando os desafios
A disciplina de Economia A contribui ainda para desenvolvimento de um conjunto de competências que se articulam com as
áreas de competências definidas no PA, pois o estudo da Economia deverá permitir:
9
10
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
11 © Texto | Economia A 11.o ano
ÁREAS DE
COMPETÊNCIAS
DO PERFIL DOS
ALUNOS (ACPA)
A
Linguagens e textos
Informação e
B
comunicação
Raciocínio e resolução
C
de problemas
Pensamento crítico e
D
pensamento criativo
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS
Relacionamento
E
interpessoal
Desenvolvimento
F pessoal e autonomia
Bem-estar, saúde e
G
ambiente
Sensibilidade estética e
H
artística
Saber científico,
I
técnico e tecnológico
Consciência e domínio
J
do corpo
11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
12
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
Os agentes - Distinguir fluxo real de fluxo monetário; Promover estratégias que envolvam aquisição Conhecedor/
económicos e o de conhecimento, informação e outros saberes, sabedor/ culto/
- Representar graficamente os diferentes fluxos que se relativos aos conteúdos das AE, que impliquem: informado
circuito - utilização rigorosa da terminologia económica e (A, B, G, I, J)
estabelecem entre os agentes económicos;
económico uso consistente e de forma articulada de
- Justificar a necessidade de equilíbrio entre recursos e conhecimentos económicos;
empregos numa economia. - pesquisa e seleção de informação pertinente,
utilizando fontes diversas, como, textos, gráficos,
tabelas e mapas;
- recolha e tratamento de dados estatísticos que
13
14
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
distinguindo cada uma das suas componentes (remuneração - fazer predições, por exemplo, os impactos sobre
dos empregados, impostos sobre a produção e a as exportações portuguesas decorrentes das
variações do crescimento económico dos
importação líquidos de subsídios, excedente de exploração principais parceiros comerciais de Portugal; o
bruto/rendimento misto) e calcular o seu valor; papel do Estado, através das políticas públicas, na
integração da economia portuguesa no processo
- Explicitar o conceito de Rendimento Nacional Bruto, de globalização económica;
partindo do PIB a preços de mercado; - usar modalidades diversas para expressar as
aprendizagens (por exemplo, textos, gráficos,
- Constatar a igualdade básica da Contabilidade Nacional:
quadros, mapas e imagens);
Produto = Despesa = Rendimento; - criar soluções estéticas criativas e pessoais.
- Analisar limitações (economia não observada:
Promover estratégias que desenvolvam o Crítico/Analítico (A,
autoconsumo, setor informal e economia subterrânea; pensamento crítico e analítico dos alunos, B, C, D, E, G)
15
16
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
- Explicar a importância do Orçamento do Estado como Promover estratégias envolvendo tarefas em Autoavaliador
instrumento de intervenção económica e social; que, com base em critérios, se oriente o aluno (transversal às áreas)
para:
- Dar exemplos de políticas económicas do Estado (políticas - se autoanalisar;
fiscal, orçamental, monetária e de preços), identificando - identificar pontos fracos e fortes das suas
aprendizagens;
os seus objetivos e instrumentos; - descrever processos de pensamento usados
- Dar exemplos de políticas sociais do Estado (combate ao durante a realização de uma tarefa ou abordagem
de um problema;
desemprego e de redistribuição dos rendimentos),
- considerar o feedback dos pares para melhoria
identificando algumas das suas medidas. ou aprofundamento de saberes;
- a partir da explicitação de feedback do
professor, reorientar o seu trabalho,
17
18
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
Trabalho Prático
Para aplicar conhecimentos, anteriormente adquiridos,
realizar um trabalho sobre a atual realidade económica
portuguesa, comparando os principais indicadores da
economia portuguesa com os da UE e equacionando
problemas e desafios que se poderão colocar à economia
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS | ARTICULAÇÃO COM O PERFIL DOS ALUNOS 11.º ANO | ENSINO SECUNDÁRIO | ECONOMIA A
8.1 O circuito económico • Distinguir fluxo real de fluxo monetário. • Utilizar a terminologia económica • Manual
8.2 O equilíbrio entre • Representar graficamente os diferentes e usar de forma articulada os • Caderno de Atividades
recursos e empregos fluxos que se estabelecem entre os agentes conhecimentos económicos.
económicos. • Pesquisar e selecionar informação •
• Justificar a necessidade de equilíbrio entre pertinente, utilizando fontes diversas, Animação
Planificações
recursos e empregos numa economia. como, textos, gráficos, tabelas e mapas. O circuito económico
• Recolher e tratar dados estatísticos que Apresentação
permitam a análise da realidade 8.1 O circuito económico
económica portuguesa e europeia. Apresentação
• Ler dados estatísticos apresentados sob 8.2 O equilíbrio entre recursos e
diversas formas (textos, gráficos, empregos
tabelas e mapas) e retirar conclusões
pertinentes sobre uma dada situação
económica.
• Criar um objeto, texto ou solução 6 tempos
face a um desafio. ×
• Usar modalidades diversas para 90 min
expressar as aprendizagens (por
exemplo, textos, gráficos, quadros,
mapas e imagens).
• Metodologias
21
22
Tema 9 – A Contabilidade Nacional
9.1 A Contabilidade Nacional • Referir objetivos da Contabilidade Nacional. • Utilizar a terminologia económica e • Manual
– noção e objetivos • Distinguir os conceitos necessários à usar de forma articulada de • Caderno de Atividades
9.2 Os conceitos necessários Contabilidade Nacional (unidade conhecimentos económicos.
à Contabilidade Nacional institucional. setores institucionais: Famílias, • Pesquisar e selecionar informação •
9.3 Óticas de cálculo do Sociedades Financeiras, Sociedades não pertinente, utilizando fontes diversas, Apresentação
Produto Financeiras, Administrações Públicas, como, textos, gráficos, tabelas e 9.1 e 9.2 A Contabilidade
9.4 Limitações e Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço mapas. Nacional: noção, objetivos e
insuficiências da das Famílias/ISFLSF e Resto do Mundo; • Ler dados estatísticos apresentados conceitos
Contabilidade Nacional território económico; unidade institucional sob diversas formas (textos, gráficos, Apresentação
residente e unidade institucional não tabelas e mapas) e retirar conclusões 9.3 e 9.4 Óticas de cálculo do
residente; ramos de atividade). pertinentes sobre uma dada situação Produto. Limitações e
• Explicar as dificuldades do cálculo do económica. insuficiências da Contabilidade
Produto na ótica da produção explicitando • Realizar cálculos (nomeadamente, Nacional
em que consiste o problema da múltipla taxas de variação e pesos de variáveis), Animação
contagem e as formas de o ultrapassar de forma a retirar conclusões sobre as Produto Interno e Produto
20 tempos
(método dos produtos finais e método dos variáveis ou os agregados em causa. Nacional
×
valores acrescentados). • Mobilizar conhecimentos adquiridos Animação
90 min
• Deduzir o valor do Produto a partir do Valor anteriormente que permitam Limitações e insuficiências da
Acrescentado Bruto/VAB. compreender situações da realidade Contabilidade Nacional
• Distinguir Produto líquido de Produto bruto, económica local, regional, nacional,
Produto interno de Produto nacional e europeia e mundial.
Produto a preços constantes de Produto a • Usar modalidades diversas para
10.1 As relações económicas • Justificar a existência de uma diversidade • Utilizar a terminologia económica e • Manual
internacionais de relações internacionais. usar de forma articulada os • Caderno de Atividades
10.2 A balança de • Referir as componentes da balança de conhecimentos económicos.
pagamentos pagamentos (balanças correntes, de capital e • Pesquisar e selecionar informação •
10.3 A balança corrente financeira). pertinente, utilizando fontes diversas, Animação
10.4 A balança de capital • Caracterizar as componentes da balança como, textos, gráficos, tabelas e As transações económicas
10.5 A balança financeira corrente: bens, serviços, rendimento mapas. internacionais e os
10.6 Alguns indicadores do primário e rendimento secundário. • Recolher e tratar dados estatísticos seus registos
comércio internacional • Justificar a necessidade da realização de que permitam a análise da realidade Apresentação
de bens operações de câmbio e da utilização de taxas económica portuguesa e europeia. 10.1 As relações económicas
10.7 As políticas comerciais de câmbio, recorrendo à taxa de câmbio do • Ler dados estatísticos apresentados internacionais
10.8 A Organização Mundial euro para a sua conversão em diferentes sob diversas formas (textos, gráficos, 10.3 A balança corrente
do Comércio moedas. tabelas e mapas) e retirar conclusões 10.4 A balança de capital
• Relacionar a evolução da taxa de câmbio pertinentes sobre uma dada situação 10.5 A balança financeira
com o valor da moeda, explicitando as económica. Animação
18 tempos
consequências dessas alterações no saldo do • Realizar cálculos (nomeadamente, Indicadores de comércio
×
comércio internacional de bens taxas de variação e pesos de variáveis), internacional 90 min
(desvalorização/valorização da moeda). de forma a retirar conclusões sobre as Animação
• Calcular e interpretar o saldo da balança variáveis ou os agregados em causa. Políticas comerciais
corrente e das respetivas componentes. • Mobilizar conhecimentos adquiridos e a Organização Mundial do
• Calcular e interpretar indicadores do anteriormente que permitam Comércio
comércio internacional de bens (estrutura compreender situações da realidade
11.1 O setor público em • Caracterizar a estrutura do setor público em • Utilizar a terminologia económica e • Manual
Portugal Portugal (setor público administrativo e setor usar de forma articulada os • Caderno de Atividades
11.2 A intervenção do Estado público empresarial). conhecimentos económicos.
na atividade económica • Justificar a intervenção do Estado na • Ler dados estatísticos apresentados •
– finalidades e atividade económica (promover a eficiência, sob diversas formas (textos, gráficos, Animação
instrumentos de a estabilidade e a equidade). tabelas e mapas) e retirar conclusões O Setor público e a intervenção
intervenção • Explicitar os instrumentos de intervenção do pertinentes sobre uma dada situação do Estado na economia
11.3 O Orçamento do Estado Estado na esfera económica e social económica. Apresentação
11.4 As políticas económicas (planeamento, orçamento e políticas • Realizar tarefas de memorização, 11.1 O setor público em Portugal
e sociais do Estado económicas e sociais). verificação e consolidação, associadas 11.2 A intervenção do Estado na
• Apresentar o conceito de Orçamento do a compreensão e uso de saber, bem atividade económica – finalidades
Estado. como a mobilização do memorizado. e instrumentos de intervenção
• Distinguir receitas públicas de despesas • Mobilizar conhecimentos adquiridos Animação
públicas (correntes e de capital) e apresentar anteriormente que permitam O Orçamento de Estado e as
20 tempos
exemplos de receitas e de despesas públicas. compreender situações da realidade políticas económicas e sociais
×
• Calcular e classificar os saldos orçamentais económica local, regional, nacional, Apresentação
90 min
(corrente, de capital, global e primário) e europeia e mundial. 11.3 O Orçamento do Estado
explicitar a evolução desses saldos, em • Analisar textos ou outros suportes com 11.4 As políticas económicas e
Portugal, em percentagem do PIB. diferentes pontos de vista, concebendo sociais do Estado
• Explicar a importância do Orçamento do e sustentando um ponto de vista
Estado como instrumento de intervenção próprio.
económica e social. • Fazer predições sobre o papel do
12.1 A integração económica • Distinguir as diversas formas • Utilizar terminologia económica e usar • Manual
— noção e formas de • de integração económica, apresentando as de forma articulada os conhecimentos • Caderno de Atividades
integração principais vantagens da integração. económicos.
12.2 As principais etapas da • Enquadrar historicamente o surgimento da • Pesquisar e selecionar informação •
construção europeia União Europeia, identificando as principais pertinente, utilizando fontes diversas, Animação
12.3 As instituições da União etapas do seu processo de construção. como, textos, gráficos, tabelas e A integração económica e o
Europeia • Referir as instituições da UE e as suas mapas. projeto europeu
12.4 O orçamento da União principais funções. • Recolher e tratar dados estatísticos Apresentação
Europeia e as políticas • Distinguir as componentes do orçamento da que permitam a análise da realidade 12.1 A integração económica:
comunitárias UE (receitas e despesas). económica portuguesa e europeia. noção e formas de integração
12.5 Alguns problemas e • Relacionar as políticas comunitárias com a • Ler dados estatísticos apresentados 12.2 As principais etapas da
desafios que se colocam correção dos desequilíbrios sob diversas formas e retirar construção europeia
à União Europeia macroeconómicos, melhoria da capacidade conclusões pertinentes sobre uma 12.3 As instituições da União
de ajustamento e necessidade de dada situação económica. Europeia
Trabalho Prático convergência real entre os países da UE. • Mobilizar conhecimentos adquiridos Apresentação 35 tempos
• Explicitar problemas/desafios que, na anteriormente que permitam 12.4 O orçamento da União ×
atualidade, se colocam à Área do Euro, compreender situações da realidade Europeia e as políticas
económica local, regional, nacional, 90m
destacando o papel do Banco Central comunitárias
europeia e mundial.
Europeu, no âmbito da política monetária. 12.5 Alguns problemas e desafios
• Realizar um trabalho sobre a realidade
• Problematizar desafios que, na atualidade, se que se colocam à União Europeia
económica portuguesa, comparando os
colocam à UE, entre outros, o relançamento Animação
principais indicadores da economia
do projeto europeu, os problemas Problemas e desafios que se
29
Economia, Cidadania
e Desenvolvimento
Economia,
Cidadania e
Desenvolvimento
ECONOMIA A
11. ANO
Economia, Cidadania e Desenvolvimento
A disciplina de Economia A tem como objetivo capacitar os jovens para intervir na sociedade de
forma crítica, com capacidade de analisar situações problemáticas e de contribuir para a sua
solução numa perspetiva positiva de cidadania ativa e responsável.
É também importante a consciência de que a Economia é um caminho para o desenvolvimento
das pessoas e dos países, no respeito pelos valores de uns e de outros. Portanto, falar de
Economia implica falar também de desenvolvimento, de inclusão, de equidade e de cidadania
ativa.
Neste sentido, na sequência do projeto de Economia A 10, em que foram abordadas as
metodologias ativas, considerámos essencial introduzir também no projeto Economia A 11, de
forma resumida no Manual e de forma mais detalhada neste Dossiê do Professor, um conjunto de
atividades com temática, objetivos e metodologias de trabalho que conjuguem a Economia, a
Cidadania e o Desenvolvimento, promovendo a inter-relação entre o conhecimento científico, os
valores democráticos e universais e o exercício de uma cidadania ativa.
ATIVIDADE 8.A
O que são transferências sociais?
As transferências sociais correspondem às pensões provenientes de planos individuais, privados
ou públicos (prestações de velhice e sobrevivência) e outras relativas a família, educação,
habitação, doença/invalidez, desemprego e combate à exclusão social1.
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Matemática A, Cidadania e Desenvolvimento.
ATIVIDADE 8.B
O que se troca com o Resto do Mundo?
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Geografia A, Filosofia, Cidadania e Desenvolvimento.
ATIVIDADE 9.A
As condições de vida dos portugueses têm melhorado nos últimos anos?
ATIVIDADE 9.B
Quais as vantagens da construção de novos equipamentos sociais para o
desenvolvimento económico e social do país e para a condição de vida dos
portugueses?
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Matemática A, Geografia A, História A, Cidadania e Desenvolvimento.
ATIVIDADE 10.A
Relações económicas com o Resto do Mundo – que perspetivas futuras?
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Matemática A, História B, Geografia A, Cidadania e Desenvolvimento.
ATIVIDADE 11.A
O combate à precariedade e ao desemprego jovem
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Matemática A, História B, Geografia A, Cidadania e Desenvolvimento
ATIVIDADE 11.B
Como elaborar um Orçamento do Estado?
ATIVIDADE 12.A
Como definir a Europa?
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Filosofia, Cidadania e Desenvolvimento.
IV. INTERDISCIPLINARIDADE
Português, Língua Estrangeira, Filosofia, Cidadania e Desenvolvimento.
ECONOMIA A
ANO
10. ANO
11.
Recursos
Complementares
Recursos complementares
Como implementar?
A implementação da avaliação formativa não é um processo fácil nem rápido. Exige da parte do
professor uma acrescida capacidade de planeamento, de gestão do tempo e de produção de
feedback. Temos de considerar o tempo de pesquisa e construção dos instrumentos/tarefas, a
importância de validação das tarefas/objetivos de aprendizagem, os constrangimentos
tecnológicos e alguma tensão para a construção de feedback personalizado, útil e em tempo real.
Podem ser utilizadas diferentes estratégias, como discussões em grupo, debates, questionários e
fichas de trabalho, realizados a pares ou individualmente, em papel ou online.
As fichas de trabalho, tarefas ou atividades, que podem assumir diferentes tipologias (questão-aula,
mini-teste, teste formativo, jogos didáticos), podem ser corrigidas pelo professor com feedback,
preferencialmente qualitativo, pelos próprios alunos com acesso à correção, ou, ainda, trocando a
pares e fazendo a correção por um colega. O importante é o professor ter acesso e interpretar os
resultados destes instrumentos de forma a consolidar conhecimentos e direcionar o ensino para os
conteúdos onde os alunos demonstrem maiores dificuldades.
Podemos optar por várias ferramentas online, por exemplo, as aplicações da Google©, o Padlet©
ou o Kahoot©, para partilha de documentos e feedback, e para quizzes e questionários
(apresentados no Dossiê do Professor do projeto Economia A 10.o ano), que, para além de motivar
os alunos, permitem uma melhor gestão do tempo e do processo de feedback.
Embora as rubricas permitam avaliar, elas são sobretudo descritivas e não avaliativas, ou seja, não
pretendem julgar o desempenho, mas sim verificar qual a melhor descrição para o representar.
Permitem comparar o que os alunos sabem e são capazes de fazer num dado momento, com base
em um ou mais critérios e respetivas descrições.
Para criar rubricas podemos suportar-nos em tecnologias digitais, como o Google Classroom©,
o Microsoft Teams© ou o Moodle©, ou em ferramentas online gratuitas, que permitem criar,
adaptar e compartilhar rubricas online, como o Rubric Maker© ou o iRubric©.
Desta forma, a avaliação por rubricas reduz a subjetividade inerente ao processo de avaliação e
possibilita a promoção do pensamento crítico e um maior envolvimento dos alunos na
aprendizagem.
Aconselhamos a visualização do 18.o webinar da Aula Digital – Leya sobre este tema, que apresenta
alguns exemplos úteis (acessível através do Youtube© ou da plataforma ).
Na aplicação da metodologia de trabalho projeto devemos ter em conta alguns dos seguintes
aspetos:
• a escolha de subtemas e a autonomia no desenvolvimento do trabalho de projeto;
• a verificação do nível de conhecimentos e competências dos estudantes;
• o pretendido nível equivalente de participação dos alunos no grupo de trabalho;
• o apoio aos alunos na promoção de uma efetiva aprendizagem;
• o equilíbrio entre a necessidade de instrução e o trabalho independente;
• a gestão do tempo e a utilização segura e produtiva dos recursos tecnológicos;
• a monitorização da avaliação, com ênfase na reflexão, autoavaliação e avaliação por pares,
de forma a ajudar os alunos no controlo da sua aprendizagem.
Devido ao facto de muitos alunos não estarem familiarizados com a metodologia de trabalho de
projeto é importante, no início, proceder a uma explicação sobre a metodologia e método de
trabalho de forma bastante pormenorizada e reiterada. Será também de todo conveniente manter
um agendamento de pontos de situação periódicos do desenvolvimento dos trabalhos, seja
oralmente, nas aulas presenciais, seja com feedback individualizado por escrito.
Nesta metodologia deve ser usada uma avaliação contínua e formativa, na medida em que esta
permite que o docente tome consciência das necessidades individuais dos estudantes, podendo
adaptar a aprendizagem a cada aluno, possibilitando o fornecimento de feedback individualizado e
que os alunos se apropriem da sua experiência de aprendizagem. Esta pode também ser utilizada
como elemento de avaliação sumativa, através de uma classificação que contribua para a nota dos
alunos.
O caso prático será desenvolvido por etapas, com sugestões de recursos de apoio.
Outros recursos poderão, naturalmente, ser utilizados, de modo a enriquecer a informação
necessária para o desenvolvimento do trabalho conforme as temáticas selecionadas.
Metodologia de trabalho
• Trabalho de grupo (de preferência com 3 a 4 elementos).
• Investigação (campos de análise e indicadores).
• Pesquisa sobre problemáticas de contexto.
• Recolha, análise e tratamento dos dados.
• Problematização de questões.
Tarefas
• Analisar a realidade económica e social portuguesa:
> selecionar campos de análise e respetivos indicadores económicos e sociais;
> pesquisar e comparar os indicadores da economia portuguesa com os da UE.
Recursos
• Anexos 1 e 2.
Metodologia de trabalho
• Trabalho de grupo (de preferência com 3 a 4 elementos).
• Investigação (áreas temáticas).
• Problematização (conteúdo do projeto face ao contexto económico e social do país).
• Elaboração do projeto.
• Elaboração do relatório.
• Apresentação do relatório final.
• Debate com identificação de problemas e desafios.
ETAPA 1
Constituir a equipa de trabalho.
ETAPA 2
Apresentar a área temática do projeto.
Tarefas
• Pesquisar informação relativa às áreas temáticas da economia digital.
• Selecionar a área temática do projeto de investimento.
• Enquadrar a área temática selecionada no contexto económico e social do país,
identificando aspetos facilitadores e constrangimentos.
• Elaborar um texto justificativo da escolha efetuada.
Recursos
• Anexo 3.
Tarefas
• Criar a ideia e fazer a sua validação junto do professor.
• Definir a missão e objetivos do projeto.
• Indicar as fases do projeto de investimento.
• Identificar vantagens e constrangimentos colocados pelo contexto económico e social do
país (analisados na etapa 2).
• Desenvolver a ideia.
• Apresentar benefícios e eventuais custos do projeto de investimento para a economia
portuguesa.
Recursos de apoio
• Anexo 4.
ETAPA 4
Elaborar o relatório.
Estrutura
• Capa de relatório com título do projeto, nome da escola e identificação dos autores.
• Índice.
• Introdução.
• Texto justificativo da temática de economia digital selecionada.
• Caracterização económica e social do contexto.
• Desenvolvimento do projeto de investimento, de acordo com as tarefas propostas na
etapa 3.
• Indicação do suporte para apresentação do projeto.
ETAPA 5
Apresentar na turma os projetos.
Debater na turma problemas e desafios que se colocam à economia portuguesa.
Campos
Indicadores Recursos
de análise
• Taxa de crescimento do PIB • https://ec.europa.eu/eurostat/statistics
• Taxa de crescimento da procura • https://europa.eu/european-union/about-
Crescimento da interna e externa eu/figures/economy_pt
economia • https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-
explained/index.php?title=National_accounts
_and_GDP/pt&oldid=505861
• Rendimento per capita • https://ec.europa.eu/eurostat/web/quality-
• Consumo per capita of-life
• Custo de vida • https://europa.eu/european-union/about-
Nível de vida e • Privação material eu/figures/living_pt
desigualdades • Limiar de pobreza • https://www.pordata.pt
• Risco de pobreza • https://ec.europa.eu/eurostat/statistics
• Rácios S90/S10 e S80/S20 • https://www.observatorio-das-
desigualdades.com/
• Índice de digitalidade • https://www.sgeconomia.gov.pt/noticias/
• Utilização de serviços da internet ce-indice-de-digitalidade-da-economia-e-da-
Economia e • Serviços públicos digitais sociedade-2020.aspx
sociedade digital • Intensidade digital dos setores de • https://www.comerciodigital.pt/pt/estar-
atividade informado/estudo-acepi-2020/
• http://ec.europa.eu
• Número de automóveis por • Estatísticas do Ambiente, INE
1000 hab. • https://ec.europa.eu/eurostat/web/circular-
• Transporte de mercadorias por economy/indicators/main-tables
meio de transporte; consumo final • https://ec.europa.eu/environment/ecoap/
de energias renováveis indicators/
Ambiente
• Emissões de CO2 • https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/area-
• Tratamento de resíduos sólidos de-governo/ambiente/index_en
Emissão nacional de gases com
efeito de estufa (GEE)
• Eco innovation index
• Níveis de educação • https://www.gee.gov.pt/pt/estudos-e-
• Despesas em I&D em % do PIB seminarios/competitividade
• Pessoas ao serviço de I&D • https://www.pordata.pt
• Custos unitários do trabalho • https://www.gee.gov.pt/pt/publicacoes/
Inovação,
• Investimento em capital físico indicadores-e-estatisticas/principais-
qualificação e
• Investimento em capital humano indicadores-economicos-de-portugal
competitividade
• Custos de contexto
• Despesa pública em educação
• População ativa por nível de
escolaridade
• Infraestruturas (estradas, redes • https://www.portugalglobal.pt/PT/Investir
de telecomunicações, energia, Portugal/Paginas/investiremPortugal.aspx
digitalização) • https://www.gee.gov.pt/pt/documentos/
Contexto global • Segurança e ordem pública estudos-e-seminarios/participacao-em-
para as empresas • Regulação (registo de empresas, conferencias/2018-12/2708-economia-
legislação fiscal, ambiental e portuguesa-ambiente-de-negocios/file
laboral, resolução de conflitos) • https://eportugal.gov.pt/inicio/espaco-
empresa/investir-em-portugal
Tema 8
Através de dois casos, pretende-se que os estudantes verifiquem que os recursos de um agente são
os empregos de outro, garantindo o equilíbrio da economia.
A apresentação dos resultados pelos diversos grupos de trabalho permitirá um debate sobre a
necessidade de um equilíbrio entre o produto, o rendimento e a despesa numa economia.
* Este trabalho pode ser alargado em termos nacionais, a partir dos dados obtidos em fontes como o INE, o Banco de
Portugal, a PORDATA ou a Eurostat, onde é possível conhecer o rendimento das famílias e respetivas origens bem como
as suas despesas, total e por classe de despesa.
© Texto | Economia A 11.o ano 75
Tema 9
As duas propostas de trabalho que seguem deverão contribuir para que os estudantes
compreendam formas de cálculo do valor do Produto de um país e sua inter-relação, e para que
sejam capazes de analisar e avaliar a evolução das grandezas macroeconómicas. A apresentação
dos resultados pelos diversos grupos de trabalho permitirá um debate sobre as dificuldades
inerentes à medição da riqueza de um país e sobre as insuficiências da Contabilidade Nacional.
Introdução
A Assembleia da República, ou Parlamento português, é constituída por uma câmara de deputados
que representa todas e todos os portugueses.
«É um dos dois órgãos de soberania eletivos previstos na Constituição, além do Presidente da
República, cabendo-lhe o papel constitucional de assembleia representativa de todos os cidadãos
portugueses [os outros órgãos de soberania não eletivos são o Governo e os Tribunais].
Antes da visita poderá ser visionado o seguinte vídeo para que os alunos possam relembrar os
órgãos de soberania.
Organização
Acolhimento
Apresentação
e informação fornecida
Relevância para
a aprendizagem
Outros parâmetros
Sugestões de melhoria
para uma próxima visita
Informações adicionais
Também poderá ser feita uma visita virtual à Assembleia da República. Para isso propõe-se o
visionamento do seguinte vídeo, cujo link oficial é: https://app.parlamento.pt/visita360/pt/
Ou, ainda, promover a participação dos alunos no Parlamento dos Jovens, inserido no Espaço
Jovem, cujo link oficial é: https://www.parlamento.pt/espacojovem/Paginas/default.aspx
Introdução
As Assembleias Municipais são órgãos representativos dos municípios.
De acordo com a Constituição da República Portuguesa (revisão de 2005), a constituição e
atribuições das Assembleias Municipais, bem como os órgãos dos municípios e algumas receitas
destes, encontram-se estabelecidas nos seguintes artigos:
Artigo 250.o
Órgãos do município
Os órgãos representativos do município são a assembleia municipal e a câmara
municipal.
Artigo 251.o
Assembleia municipal
A assembleia municipal é o órgão deliberativo do município e é constituída por
membros eleitos diretamente em número superior ao dos presidentes de junta de
freguesia, que a integram.
Artigo 254.o
Participação nas receitas dos impostos diretos
1. Os municípios participam, por direito próprio e nos termos definidos pela lei, nas
receitas provenientes dos impostos diretos.
2. Os municípios dispõem de receitas tributárias próprias, nos termos da lei.
Compete às Assembleias municipais aprovarem o Plano plurianual e anual,
o Orçamento, os impostos locais, taxa e benefícios fiscais.
Organização
Acolhimento
Apresentação
e informação fornecida
Relevância para
a aprendizagem
Outros parâmetros
Sugestões de melhoria
para uma próxima visita
Introdução
Em 2021, Portugal aumentou as exportações face a 2020, ano em que estas sofreram um
decréscimo devido à crise provocada pela pandemia.
Segundo dados da AICEP, «o número de empresas exportadoras de bens em 2020 foi de 20 708,
com base em dados do INE. Destas, 79,4% exportaram individualmente até um milhão de euros,
19,1% entre um milhão de euros e 25 milhões de euros, e 1,5% das empresas exportaram acima de
25 milhões de euros: 0,8% até 50 milhões de euros e 0,7%, mais de 50 milhões de euros.
De referir ainda que, das 20 708 empresas exportadoras, 409 foram sucursais de empresas não
residentes, responsáveis por 11% das exportações totais em valor. Os grupos de produtos com
maior número de sucursais exportadoras foram os das Máquinas e Aparelhos, Plásticos e Borracha
e Químicos.
As vinte principais empresas exportadoras representaram 24,3% das exportações totais. Neste
grupo destacam-se, por ordem alfabética, a Bosch Car Multimedia Portugal, a Petrogal, a The
Navigator Company e a Volkswagen Autoeuropa, com exportações superiores a 750 milhões de
euros.»
Fonte: https://www.portugalexporta.pt/ (consultado a 12/01/2022)
«A Contabilidade Nacional»
• Explicitar em que consiste o PIB na ótica da Despesa, distinguindo cada uma das suas
componentes (consumo privado, consumo público, investimento: FBCF + VE, exportações e
importações).
Esta visita de estudo permite também a articulação com as seguintes áreas de competências
definidas pelo Perfil dos Alunos: A; B; C; D; E; F; G; I.
Organização
Acolhimento
Apresentação
e informação fornecida
Relevância para
a aprendizagem
Outros parâmetros
Sugestões de melhoria
para uma próxima visita
Introdução
• Dia Europeu da Estatística 2021. Estatísticas para compreender o mundo em que vivemos
Banco de Portugal
https://www.youtube.com/watch?v=C-Wl_4JDtm8
Consultado a 8 de janeiro de 2022.
Duração: 3m 48s
• O que é o PIB?
https://ensina.rtp.pt/artigo/o-que-e-o-pib/
Consultado a 10 de dezembro de 2021.
Duração: 1m 29s
• Aqui entre nós: Como gastam os portugueses, com a economista Susana Peralta
https://www.youtube.com/watch?v=Cb2TCT3hqNQ
Consultado a 9 de janeiro de 2022.
Duração: 47m 32s
• O desafio da competitividade
https://www.ffmspt/play/video/5914/o-desafio-da-competitividade-da-economia-
portuguesa
Consultado a 4 de janeiro de 2022.
Duração: 50m
• Portugal recebe mais dos seus emigrantes do que aquele que envia para fora?
https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/publicacoes/1417
Consultado a 8 de janeiro de 2022.
Duração: 2m 30s
• O Orçamento do Estado
https://ensina.rtp.pt/artigo/o-saldo-orcamental-do-estado/
Consultado a 9 de janeiro de 2022.
Duração: 30m
• Estado social
https://www.ffmspt/play/video/5988/documentario-estado-social-todos-por-todos
Consultado a 7 de janeiro de 2022.
Duração: 50m
Poderão ser visionadas passagens do vídeo de acordo com os temas.
• Fórum das Políticas Públicas 2021 – Os fundos europeus e as políticas públicas em Portugal,
2021
https://www.youtube.com/watch?v=l7vA8OUSrOs
Consultado a 8 janeiro 2022
Duração: 8h 50m
Poderão ser visionadas passagens do vídeo de acordo com os temas.
Índice dos capítulos: 0:00 Início da Sessão. 5:43 Intervenção de Abertura pela Sra. Reitora do
ISCTE, Professora Maria de Lurdes Rodrigues. 17:03 Intervenção de Abertura pelo Presidente
da Direção do IPPS-ISCTE, Professor Ricardo Paes Mamede. 27:56 Painel 1 – Sondagem sobre
o uso dos fundos. 1:52:55 Painel 2 – Transparência e prestação de contas. 4:54:30 Painel 3 –
O modelo de governação dos fundos. 6:52:55 Painel 4 – Os fundos e a estratégia de
desenvolvimento do país. 8:17:25 Encerramento do Fórum das Políticas Públicas 2021, por
Elisa Ferreira, Comissária Europeia.
• Reduzir as desigualdades
https://www.youtube.com/embed/Hyn7hcYfSps
Consultado a 4 de janeiro de 2022.
Duração: 1m 10s
• Alterações climáticas
https://www.ffmspt/play/video/5809/johan-rockstrom-alteracoes-climaticas-ainda-vamos-
a-tempo
Consultado a 7 de janeiro de 2022.
Duração: 30m
Poderão ser visionadas passagens do vídeo de acordo com os temas.
O filme Tempos Modernos, realizado por Charlie Chaplin (1889-1977), é um clássico do cinema e
mantém-se atual. Os alunos, em geral, gostam muito deste filme que, recorrendo ao humor e à
ironia/caricatura, ilustra bem a desumanização do trabalho nas grandes empresas do início do
século XX, permitindo trabalhar conteúdos do tema: A produção de bens e de serviços.
O filme, realizado com mestria, propõe-nos uma visita a uma fábrica moderna, organizada e
produtiva, onde cada segundo representa rentabilidade e dinheiro. Segundo o modelo da economia
capitalista, a fábrica deverá recorrer a todas as estratégias para que a produção não seja
interrompida, independentemente das consequências para os trabalhadores
II – Visionamento do filme
Poder-se-á optar pelos primeiros 20 minutos.
O filme Passámos por cá, realizado pelo britânico Ken Loach (1936), destaca a precarização do
trabalho e o empobrecimento. Após a crise económica e financeira de 2008, uma família
trabalhadora de pai, mãe, filho e filha sofre dificuldades económicas crescentes O pai decide
começar a trabalhar por conta própria: faz uma franchise de entregas ao domicílio e compra uma
carrinha. Para fazerem face à despesa da compra da carrinha têm de vender o carro da mãe, que
passa a gastar diariamente muito tempo nos transportes para se deslocar para o seu trabalho.
Neste novo emprego, o pai, como não tem salário fixo, cada vez tem de trabalhar mais horas e a
um ritmo mais acelerado. Ao fim de algum tempo, a falta de rendimentos, o excesso de trabalho e
os problemas deste negócio acentuam os problemas familiares
Esta proposta de trabalho permite desenvolver, de acordo com as AE, entre outros, conhecimentos,
capacidades e atitudes dos seguintes temas:
II – Visionamento do filme
Poder-se-á optar por uma parte do filme.
Esta proposta de trabalho permite desenvolver, de acordo com as AE, entre outros, conhecimentos,
capacidades e atitudes dos seguintes temas:
II – Visionamento do filme
Poder-se-á optar por uma parte do filme.
e Sociedade
Economia
ECONOMIA A
11. ANO
Referências
Fernandes, D. (2020). «Avaliação pedagógica, currículo e pedagogia: contributos para uma
discussão necessária», Revista de Estudos Curriculares, 11(2).
https://www.nonio.uminho.pt/rec/index.php?journal=rec&page=article&op=view&path%5
B%5D=107
Manitoba Education, Citizenship and Youth (2006). Rethinking classroom assessment with purpose
in mind : assessment for learning, assessment as learning, assessment of learning. Minister
of Education, Citizenship and Youth, Canada.
https://digitalcollection.gov.mb.ca/awweb/pdfopener?smd=1&did=12503&md=1
Niza, S. (2012). Escritos sobre educação. Sérgio Niza. (Coord.) Nóvoa, A., Marcelino F. e Ó, J.R.
Lisboa: Movimento da Escola Moderna e Edições Tinta-da-China.
Rodrigues, A. L. (2019). Aprendizagem Ativa – Como inovar na sala de aula. Lisboa, Portugal; São
Paulo, Brasil: Lisbon International Press.
IDEM (2019). Aprendizagem Ativa – Como inovar na sala de aula. Lisboa, Portugal; São Paulo,
Brasil: Lisbon International Press.
IDEM (2021). «A metodologia de trabalho de projeto com integração de tecnologias digitais no
ensino superior». Humanidades & Inovação, 8(50), 364-376.
https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/3944
Stevens, D.D. & Levi, A. J. (2005). «Leveling the field: Using rubrics to achieve greater equity in
teaching and assessment». Essays on Teaching Excellence, Professional and Organizational
Development Network in Higher Education, 17 (1).
https://podnetwork.org/content/uploads/V17-N1-Stevens_Levi.pdf
Afirmar a necessidade de ter em atenção a forma como estamos a transformar o Planeta, por
muitas vezes que o façamos, nunca é demasiado. A sustentabilidade do Planeta, a sustentabilidade
dos ecossistemas e a sustentabilidade da própria sociedade humana depende, cada vez mais, das
escolhas que fazemos. Sabendo que a Economia é a «ciência das escolhas», a nossa
responsabilidade para escolhermos bem e promovermos, junto dos estudantes, «a boa escolha» é
enorme e decisiva: a nossa escolha deve contribuir para maximizar a satisfação das necessidades
individuais e coletivas com o mínimo dispêndio de recursos e salvaguardando a utilização mais
eficiente e que menos impacte no ecossistema Terra. Essa é a nossa responsabilidade. Ao Professor
de Economia, e, na verdade, a todos os Professores, exige-se a capacidade para promover junto
dos seus alunos comportamentos que minimizem desperdícios, diminuam a nossa pegada
ecológica, questionem a forma de utilização dos recursos naturais e favoreçam a sustentabilidade.
Neste quadro, a ação do Professor deve ser exemplar no fomento de ações que garantam e
promovam a sustentabilidade do Planeta. Todavia, a nossa ação não fica por aí. É imperioso
promovermos nos nossos alunos a vontade de aprender, de debater, de questionar um sem
número de outras dimensões da vida social. Questionar e combater as desigualdades sociais e
económicas que atravessam as sociedades; fomentar a participação cívica democrática; promover
a solidariedade, a igualdade e interajuda; e respeitar a dignidade humana. É nosso
comprometimento contribuir para a sustentabilidade do Planeta e para a sustentabilidade saudável
da relação humana.
Nesse sentido, com a humildade de quem não tem certezas, e porque julgamos que faz parte da
condição de «ser professor» promover junto dos alunos a reflexão indispensável à construção de
cidadãos conscientes, solidários e responsáveis – cidadãos que se preocupam com o Ambiente, com
a Humanidade, com o Planeta –, apresentamos, de seguida, alguns elementos (artigos e textos) que
julgamos pertinentes e motivadores para a questão da sustentabilidade solidária, e que incluímos
neste ponto que designámos por Economia e Sociedade.
1. Se a Covid-19 trouxe algum benefício, foi estar a gerar um turbilhão de ideias, com uma
quantidade de artigos publicados, em Portugal e à volta do mundo, contendo reflexões e novas
perspetivas. A este respeito, podemos comparar o impacto desta epidemia com o de uma enorme
revolução ou de uma grande guerra. Entre os grupos mais ativos na frente das novas ideias,
encontram-se naturalmente os politólogos mas também os economistas.
Porém, como é bem percetível, as opiniões dos próprios economistas apontam em direções muito
diferentes. É conhecida a velha anedota: «numa sala com quatro economistas existem pelo menos
cinco opiniões.» Aparentemente, o que estamos a ver em termos das propostas dos economistas
neste momento não está muito longe do insinuado pela anedota. Tal circunstância poderia ser vista
como penalizadora da «qualidade» ou da «relevância» da ciência económica. Mas não creio que
assim seja.
2. Alguns dos conceitos básicos ensinados em qualquer curso de Economia são observáveis na
realidade que estamos a viver.
Um dos conceitos mais queridos dos economistas é o de «custo de oportunidade», que nos diz que
por cada decisão económica tomada, prescindimos dos benefícios de todas as opções alternativas.
Admitindo que existe um milhão de euros para combater a epidemia, esse valor pode ser afeto à
compra de ventiladores, ou à aquisição de kits de diagnóstico, etc. Tendo-se optado pelos
ventiladores, os benefícios não concretizados das alternativas são os «custos de oportunidade».
É evidente que nem todas as opções são deste tipo «tudo ou nada». Em geral é possível seguir mais
que uma opção, embora afetando menos recursos a cada.
Manuel Mira Godinho, Professor Catedrático de Economia e vice-presidente do ISEG – ULisboa, Público, 27/4/2020
Se o trabalho sempre foi uma atividade decisiva para a evolução das sociedades humanas,
a inovação técnica e social constituem duas variáveis incontornáveis (e inseparáveis) nesse
domínio. Importa por isso recusar o «determinismo» tecnológico e a sua «neutralidade», como
bem ensinou a sociologia: acima da tecnologia, e até da ciência, está a sociedade, os seus poderes
e instituições. O «mercado de trabalho» é fruto da modernidade capitalista, mas o trabalho está
muito para além, da sua dimensão mercantil.
0 trabalho assalariado tornou-se dominante desde o século XVIII, e com isso cresceu a «mercadoria»
força de trabalho. Foi contra isso que o movimento operário e os seus sindicatos se ergueram,
conquistando amplos direitos, num longo processo conflitual que na Europa culminou com o triunfo
do Estado-providência. É nessa mesma linha que a OIT e a Declaração Universal dos Direitos
Humanos consignaram o princípio de que «o trabalho não é uma mercadoria» (Declaração de
Filadélfia, 1944). No entanto, a globalização neoliberal inverteu esse curso a partir da década de
1970. Tendências estruturais mais vastas, como o envelhecimento da população, a estagnação do
crescimento, o aumento da competitividade à escala global, as crises económico-financeiras, etc.,
forneceram as bases e os argumento do neoliberalismo, ajudando a legitimar medidas que
colocaram em recuo as políticas sociais e o anterior modelo social. Que tendências para a próxima
década?
2. Digitalização/plataformas
A inovação tecnológica, a revolução no campo informático, a inteligência artificial e a robótica estão
a crescer rapidamente e todo esse campo vai imprimir novas linhas de transformação, tornando
irreversível o regresso ao anterior modelo de trabalho — com estabilidade, segurança, condições
negociadas, garantias de progressão, etc. — que vigorou na Europa (e ainda vigora em alguns
países), mas que hoje está ameaçado. A computorização, a robótica, a digitalização, etc., irão
«roubar» muitos milhões de postos de trabalho na próxima década; e é muito incerta a capacidade
de substituição e reconversão da mão de obra qualificada para lidar com os novos meios
tecnológicos.
5. Conflitualidade
Se a crispação social tende a aumentar, os cenários de uma maior conflitualidade social tornam-se
verosímeis e até prováveis. Ao lado das lutas mais gerais em torno do ambiente, o foco das disputas
laborais prevê-se que se centre em questões como: salários, horários de trabalho, direitos e
contratação coletiva. Os protagonistas do conflito tendem a desdobrar-se em várias frentes e
domínios: os sindicatos tradicionais continuam importantes e com capacidade mobilizadora,
sobretudo junto dos setores mais estáveis do emprego, e com pessoal mais qualificado; novos
modelos de sindicalismo vão multiplicar-se (como temos visto), com setores nevrálgicos a tentar
usar o seu poder de barganha junto do Estado e dos empregadores; novas plataformas digitais
poderão tornar-se ferramentas decisivas para o associativismo dos setores precários, hoje mais
alheios ao sindicalismo tradicional; e, por fim, é possível que a conflitualidade na escala
transnacional ganhe mais força, em especial no contexto europeu.
Em conclusão, pode dizer-se que, ao contrário do que apregoam alguns eufóricos propagandistas
das virtudes do neoliberalismo, e das suas repetidas loas ao Brave New World digital do século XXI,
há uma outra Metropolis sombria que se esconde sob esta cortina de fumo. Ou seja, persistem e
reinventam-se no submundo da informalidade novas formas de exploração diretamente
vinculadas, por um lado, ao trabalho manual e; por outro, ao consumismo alienante a que estamos
expostos (hoje mais do que nunca), inclusive por via do marketing manipulador através das redes
digitais.
Elísio Estanque, Professor da Faculdade de Economia e Investigador
do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Público, 27/2/2020
Há poucos dias encontrei-me no Centro Cultural de Belém com Augustin Trapenard, o autor do
programa Boomerang da France Inter. Augustin tinha-me pedido que escrevesse dois parágrafos
sobre a Europa. Li-os em voz alta. O último dizia assim – Estamos em face de uma contradição sem
medida. A mesma Europa herdeira do espírito cristão que ergueu as catedrais, que inventou a
imprensa, criou a Enciclopédia, alimentada por filósofos como Sócrates, Platão, Galileu e Espinosa,
que inventou o teatro clássico, as epopeias, a ópera, o romance, e depois o cinema, que criou os
sistemas mais generosos e idealistas da História, que inventou os parlamentos e as democracias,
esse lado luminoso das sociedades humanas, é o mesmo continente que cria no escuro os
instrumentos de agressão, por puro instinto de mercador. Não há resposta mas há pergunta – Como
é possível que aqueles mesmos que criam a Beleza não sejam capazes de criar a Paz?
Esta é a minha pergunta concreta. Ela corresponde à perplexidade que nos atinge quando se
procura definir a Europa, e que se estende ao resto do mundo. É a exclamação que fazemos diante
da própria espécie. Os mesmos que, desde séculos imemoriais, egípcios e persas, foram capazes de
criar poemas de amor e exaltação à coragem humana, ou hinos ao sol e aos rios das cheias
benéficas, foram os mesmos que aprenderam a limar a ponta das lanças e a envenená-las para
matar o grupo que estava do outro lado.
Chegando aí, seria necessário dizer que a Europa, que inventou as sonatas, as cantatas, as oratórias,
as grandes sinfonias, entre as quais uma tal, a Nona, cuja parte coral canta um poema de Schiller
dirigido a todos os irmãos deste mundo, que essa mesma Europa haveria de assistir às lutas franco-
-prussianas, à Primeira Grande Guerra e à Segunda Guerra Mundial, toda uma longa guerra civil
sem tréguas, e por isso metade do húmus de que se alimentam as florestas da Europa é sangue de
soldados na idade de vinte anos. A Europa da grande música, a que nos faz levantar das cadeiras e
depois caminharmos vinte centímetros acima do solo sem conseguirmos colocar os pés no chão,
essa mesma que nos arrebata de alegria, aquela finalidade sem fins que define a Beleza, a par da
Todos os anos, o ser humano desperdiça 2,5 mil milhões de toneladas de comida. Comida que não
é aproveitada – quando uma em cada nove pessoas no mundo está subnutrida – e que provoca um
volume absurdo de emissões de gases com efeito de estufa. Reduzir este valor significaria um
planeta mais saudável e mais comida a ser distribuída pela população.
Se o desperdício alimentar mundial fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases com
efeito de estufa, logo a seguir à China e aos Estados Unidos. Os dados são da Food and Agriculture
Organization for the United Nations (FAO) e consideram que a sua dimensão é equivalente aos
produzidos pela rede global de transportes terrestres.
Porque o desperdício alimentar não significa apenas comida que vai para o lixo e não é consumida
(isto quando se sabe que há milhões de pessoas que passam fome). Há também que contar com
toda a energia que foi necessária à sua criação, a todo o processo da cadeia de valor – que inclui,
por exemplo, o transporte dos bens alimentares – e, inclusive, depois, o seu aterro. É por isso que,
na opinião de Carina Costa Dias, responsável de comunicação da Too Good To Go, e de acordo com
especialistas do Project Drawdown, reduzir o desperdício de alimentos é a solução mais simples e
impactante que podemos pôr em prática para combater as alterações climáticas.
Mas, afinal, que valor está em causa? Quanta comida é desperdiçada por ano? Segundo o último
estudo da WWF & Tesco de 2021 a quantia atinge os 2,5 mil milhões de toneladas de comida por
ano. O que, constata Carina Costa Dias, representa mais de um terço da comida mundial. E que
representa «um claro aumento face aos últimos dados».
Tiago Luís, especialista em Alimentação da ANPlWWF, refere que comparando com os volumes de
produção alimentar à data, isto equivale a 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos desperdiçados
por ano. E este é um número que peca por defeito, dado que as «estimativas apenas contabilizaram
o desperdício a partir da fase de colheita ou abate, o que pode significar que se tenha subestimado
a magnitude do problema, por não contabilizaram a produção vegetal que é deixada na exploração
ou a produção animal que não chega a ir para o matadouro».
© Texto | Economia A 11.o ano 115
Combinando os vários estudos e as várias fases do processo, a estimativa é de que o desperdício
global, ao longo de toda a cadeia, seja «de 40%, o que está bem acima das estimativas de 2011 de
um terço dos alimentos produzidos», constata Tiago Luís.
Em Portugal, o projeto PERDA (Projeto de Estudo e Reflexão sobre o Desperdício Alimentar), usando
a mesma metodologia do estudo da FAO de 2011, estimou que o desperdício de alimentos ao longo
da cadeia alimentar corresponde a 17% dos alimentos produzidos no país, o que corresponde a 1
milhão de toneladas por ano.
Reverter a situação
Consciencializar os consumidores. Essa deverá ser, claramente, uma da medida para eliminar (ou
pelo menos atenuar) o desperdício alimentar. Mas só isso não chega. Porque o problema só se
resolve se for atacado em todas as fases. Essa é a opinião de Tiago Luís, que afirma que «é preciso
agir em todas as fases da cadeia alimentar e envolver todos os atores da cadeia alimentar, desde o
produtor ao consumidor, governos, retalhistas, distribuição, indústria, ONG, nutricionistas,
autoridades de saúde, etc.». Mas, antes disso, é preciso conhecer a real extensão do problema. Só
através deste conhecimento é possível, na opinião do especialista da ANPlWWF, saber onde
As pressões que os portugueses estão a exercer sobre o planeta, ao nível da utilização dos seus.
recursos, estão dentro dos limites que este pode suportar? E as diferentes gerações têm-se
comportado todas da mesma forma, nesta matéria? Um estudo apresentado ontem dá-nos as
primeiras respostas sobre tudo isto e elas não são boas. Em Limites Ecológicos. O Impacto
Intergeracional do Uso dos Recursos Naturais ficamos a perceber que, em sete categorias
analisadas, Portugal só não ultrapassa os limites ecológicos em uma delas. E que em todas as
gerações há alturas da vida em que impactamos o ambiente muito mais do que devíamos, numa
ou noutra categoria. Mas também há boas noticias.
O estudo resulta de uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenidan, no âmbito de um projecto
sobre a justiça intergeracional do Fórum Gulbenkian Futuro, e foi coordenado pelos investigadores
Tiago Domingos e Ricardo da Silva Vieira, do centro de investigação Maretec, do Instituto Superior
Técnico (IST).
Analisando sete categorias – alterações climáticas, poluição da água, consumo de água doce,
produção e deposição de resíduos, poluição atmosférica, destruição da camada de ozono e pressão
sobre os ecossistemas –, os autores concluem que, neste momento, Portugal só não ultrapassa os
limites ecológicos na última delas e, mesmo aqui, deixam uma ressalva: «Isto apenas acontece
devido ao facto de Portugal não ser autossuficiente em termos alimentares (relacionado com o
sucessivo abandono agrícola que foi ocorrendo desde a entrada na União Europeia). Num cenário
do aumento do grau de auto-aprovisionamento alimentar, este limite seria facilmente
ultrapassado», lê-se no documento de apresentação do estudo.
Os Deuses devem estar loucos! foi um filme extraordinário de 1980, que narrava como a introdução
acidental de uma garrafa vazia de Coca-Cola numa remota aldeia africana, que não conhecia a
civilização, levou a uma reflexão inicial dos membros da aldeia e depois a conflitos internos e a toda
a espécie de peripécias hilariantes. A introdução da pandemia nas nossas vidas é daqueles eventos
acidentais que nos obrigaram a parar, refletir e reagir, mas que agora estão a causar toda a espécie
de distúrbios económicos, desde inflação de preços à escassez de mão de obra, à falta de chips,
à especulação em mercados de ativos reais e financeiros, e a um sentimento geral de que a
economia não vai bem. Mas, o que de facto se está a passar?
Em primeiro lugar, foi espantosa a resiliência do nosso sistema económico perante a pandemia.
Quando fomos mandados para casa em março, houve algum pânico com corrida aos
supermercados para comprar alimentos e papel higiénico. Outros, incluindo eu próprio, foram
comprar um computador para os filhos e um router de internet. E, no entanto, para além do
desaparecimento das piscinas portáteis e de especulação inicial em máscaras e álcool-gel (situação
rapidamente corrigida com produtores têxteis e químicos a adaptarem as suas operações), não
houve escassez em bens essenciais. Mas agora que a economia está a rearrancar, estão a notar-se
desequilíbrios económicos graves. Vou tentar fazer sentido destes desequilíbrios à luz do
conhecimento económico.
Avaliação
ECONOMIA A
11. ANO
Avaliação
Tema 8
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Assinale-a com X.
Grupo I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Assinale-a com X.
2. A Segurança Social e o Banco Alimentar são unidades institucionais que se integram, respetiva-
mente, nos setores institucionais:
(A) Administrações Públicas e Sociedades não Financeiras.
(B) Administrações Públicas e ISFLSF.
(C) Sociedades Financeiras e Sociedades não Financeiras.
(D) Sociedades não Financeiras e ISFLSF.
3. Suponha que uma economia formada apenas por dois produtores, X e Y, apresentou, em
determinado ano, a situação que o Quadro 1 apresenta.
Quadro 1
Produtor Produção (em milhares de u.m.) VAB (em milhares de u.m.)
X 600 200
Y 200 100
Com base no quadro, podemos afirmar que, naquele ano, o valor dos consumos intermédios
dessa economia e o valor do PIB foram de, respetivamente,
(A) 800 milhares e 300 milhares de u.m.
(B) 300 milhares e 800 milhares de u.m.
(C) 500 milhares e 300 milhares de u.m.
(D) 800 milhares e 1100 milhares de u.m.
Quadro 2
Empresas Consumos intermédios Produção
A 200 600
B 600 1100
C 400 700
Quadro 3
Setor de atividade VAB (u.m.) Valor total da produção (u.m.)
Primário 800 1200
Secundário 1800 4600
Terciário 6000 7000
Impostos líquidos de subsídios
1400 1400
sobre os produtos
Saldo dos rendimentos com o
–600 –600
Resto do Mundo
Quadro 4
Consumo privado 6000
Consumo público 2400
FBCF 1200
Exportações 2400
Importações 2700
Quadro 5
Variáveis Valores
Consumo privado 1000
Consumo público 300
FBCF 250
Exportações 250
Importações 350
2. Como distingue uma unidade institucional residente de uma unidade institucional não residente?
4. Distinga entre o cálculo do Produto pela ótica da produção e pela ótica da despesa.
6. Por que razão o Produto nacional é uma grandeza macroeconómica que informa melhor sobre
a riqueza do país do que o Produto interno?
Grupo III
1. Observe a Figura 1.
Figura 1. Evolução dos agregados macroeconómicos (mil M€ / ano, terminado em cada trimestre)
1.2 Face à igualdade fundamental da Economia, como explica que as linhas que representam
o Produto Interno Bruto e o Rendimento Nacional Bruto não sejam coincidentes?
1.3 Como explica que o Rendimento Disponível Bruto seja sempre superior ao Rendimento
Nacional Bruto?
1.5 Como perspetiva a evolução das grandezas indicadas para o período posterior a 2020?
130 Editável e fotocopiável © Texto | Economia A 11.o ano
Tema 10
Grupo I
Com base nos valores apresentados no Quadro 1, pode afirmar-se que, em 2021,
(A) a taxa de cobertura da balança de bens foi 70%.
(B) o saldo da balança de serviços foi –1000 milhões de euros.
(C) a taxa de cobertura da balança de bens foi 142%.
(D) o saldo da balança de bens e serviços foi 2000 milhões de euros.
Quadro 2. Saldo das balanças de bens e de serviços e exportações de bens e de serviços, em 2021
Em % do PIB
Saldo da balança de bens 2,0
Saldo da balança de serviços 3,0
Exportações de bens 4,5
Exportações de serviços 5,0
1.1 Relacione, com base nos valores apresentados, o saldo da balança de bens com os fluxos
relativos às exportações e importações de bens.
2.1 Explique a diferença de valores da taxa de cobertura relativa à balança de bens e serviços
e à balança de bens.
2.2 Justifique os valores da taxa de cobertura relativa às duas balanças, no ano de 2019.
Figura 2. Evolução do saldo acumulado das balanças corrente e de capital (em % do PIB) 1999-2018
1.1 Explicite a informação fornecida pelos dados fornecidos pela Figura 2, relativamente à
economia portuguesa, entre 1999 e 2018.
1.2 Explique a evolução registada pelo saldo conjunto das balanças corrente e de capital,
entre outubro e novembro de 2021.
Total 100,0
Intra UE 71,1
Extra UE 28,9
Fonte: INE, Estatísticas do Comércio Internacional, janeiro de2022
Total 100,0
Intra UE 73,7
Extra UE 26,3
Fonte: INE, Estatísticas do Comércio Internacional, janeiro de2022
Quadro 8. Exportações de bens por grupos de produtos (em %), jan.-out. 2021
Total 100,0
Agroalimentares 13,0
Energéticos 5,9
Químicos 13,8
Madeira, cortiça e papel 7,4
Têxteis, vestuário e calçado 12,0
Minerais e metais 10,9
Máquinas e aparelhos 14,4
Material de transporte e aeronaves 13,1
Produtos diversos 9,5
Fonte: INE, Estatísticas do Comércio Internacional, janeiro de2022
Quadro 9. Importações de bens por grupos de produtos (em %), jan.-out. 2021
Total 100,0
Agroalimentares 14,7
Energéticos 11,4
Químicos 19,0
Madeira, cortiça e papel 3,2
Têxteis, vestuário e calçado 5,2
Minerais e metais 9,9
Máquinas e aparelhos 18,2
Material de transporte e aeronaves 10,5
Produtos diversos 6,3
Fonte: INE, Estatísticas do Comércio Internacional, janeiro de2022
Explicite, com base nos valores fornecidos, a estrutura geográfica e setorial do comércio
externo de bens.
Grupo I
3. O imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS), o imposto municipal sobre imóveis
(IMI) e o imposto sobre o tabaco (IT) são, respetivamente,
(A) um imposto direto, um imposto indireto e um imposto direto.
(B) um imposto direto, um imposto direto e um imposto indireto.
(C) um imposto indireto, um imposto direto e um imposto indireto.
(D) um imposto indireto, um imposto indireto e um imposto direto.
5.1 Com base nos dados apresentados no Quadro 1, pode afirmar-se que, no período de
janeiro a junho de 2021, o valor do saldo orçamental global foi de
(A) –5512,6 milhões de euros.
(B) –2272,8 milhões de euros.
(C) –7785,4 milhões de euros.
(D) –7060,2 milhões de euros.
5.2 Com base nos dados apresentados no Quadro 1, pode afirmar-se que, no período de
janeiro a junho de 2021, o valor dos juros da dívida pública e outros encargos foi
(A) 3941,3 milhões de euros.
(B) 2393,7 milhões de euros.
(C) 2277,28 milhões de euros.
(D) 725,2 milhões de euros.
10. Um determinado país, em 2020 apresentou um superavit orçamental. Em 2021, face a 2020,
verificou-se um aumento de 4,5% das receitas públicas totais, assim como das despesas
públicas totais.
Com base na situação descrita, pode afirmar-se que, no país em causa, em 2021,
(A) o valor do défice orçamental foi igual ao verificado no ano anterior.
(B) o valor do superavit orçamental foi igual ao verificado no ano anterior.
(C) o valor do saldo orçamental foi inferior ao verificado no ano anterior.
(D) o valor do saldo orçamental foi superior ao verificado no ano anterior.
2.1 Apresente dois exemplos de políticas sociais do Estado que tenham como objetivo a
redução das «desigualdades na distribuição dos rendimentos».
2.2 Explique em que consistem os «bens e serviços essenciais» a que o texto faz referência.
1.2 Relacione a situação apresentada na Figura 1 com uma das medidas da política de
combate ao desemprego.
«A inflação aumenta para 0,9% em 2021 e 1,8% em 2022, fixando-se em 1,1% em 2023 e 1,3%
em 2024. Este perfil de subida e posterior moderação reflete, em larga medida, a evolução dos
preços dos bens energéticos, que acompanha o preço do petróleo nos mercados
internacionais.»
2.1 Justifique, com base no texto, a intervenção do Estado através da política de preços.
Grupo I
1. Uma união aduaneira é uma forma de integração menos profunda do que uma zona de
comércio livre. A afirmação é
(A) verdadeira, pois numa união aduaneira cada país mantém a sua pauta aduaneira no
comércio com países terceiros.
(B) falsa, pois numa união aduaneira existe uma pauta aduaneira comum no comércio com
países terceiros enquanto numa zona de comércio livre cada país tem a sua própria pauta
aduaneira.
(C) falsa, pois numa união aduaneira as políticas económicas são comuns enquanto na zona
de comércio livre cada Estado-membro define as suas políticas económicas.
(D) verdadeira, pois numa união aduaneira os Estados-membros definem as suas políticas
económicas enquanto numa zona de comércio livre as políticas económicas são comuns.
A integração económica pode assumir formas diversas. Ter uma moeda única é característica
de _____a)_____, conceder vantagens aduaneiras entre os Estados-membros caracteriza
_____b)_____ enquanto a existência de liberdade de circulação de bens, serviços, capitais e
pessoas é característica de _____c)_____. A forma de integração de grau mais elevado é
_____d)_____. A União Europeia começou por ser _____e)_____, sendo atualmente _____f)_____.
1. um mercado comum
2. uma união aduaneira
3. uma zona de comércio livre
4. uma união económica
5. um sistema de preferências aduaneiras
6. uma união económica e monetária
1. Considere a Figura 1.
Figura 1. Orçamento da UE para 2021: principais domínios (em milhares de milhões de euros)
Fonte: https://www.consilium.europa.eu/pt/infographics/2021-eu-budget-areas/
2.2 O Fundo de Coesão destina-se a todos os países da UE? Justifique a sua resposta.
3.2 Enquadre, com base na informação fornecida, a situação das contas públicas do país face
às regras orçamentais da Área do Euro.
Explicite, com base nos valores apresentados, a situação de Portugal face aos outros Estados-
-membros da UE.
3. A transição digital constitui uma das prioridades a apoiar pelos fundos europeus.
O Quadro 1 e a Figura 4 são relativos à utilização da Internet na União Europeia.
Dinamarca 99
Finlândia 97
Espanha 93
UE 88
Eslovénia 87
Polónia 83
Portugal 78
Bulgária 70
Fonte: Eurostat,2021
Figura 4. Atividades de utilização da Internet pela população (16- 74 anos de idade) na UE,
em 2019 e 2020 (em %)
Enquadre os valores apresentados no objetivo de transição digital fixado pela União Europeia
na atualidade.
Grupo I
1.1 Distinga uma economia fechada de uma economia aberta, em função dos agentes
económicos que constituem cada uma delas.
A B C D
E F
Quadro A Quadro B
a) Pagamento de uma taxa moderadora.
b) Levantamento de um cheque.
c) Recebimento de um subsídio de invalidez. 1. Operações financeiras
d) Fábrica de produtos alimentares. 2. Operações de repartição
e) Recebimento de uma indemnização da parte de uma 3. Operações sobre bens e serviços
companhia de seguros.
f) Compra de um computador.
Grupo II
1. Considere uma economia constituída apenas pelos agentes económicos Famílias e Empresas
não Financeiras.
1.1 Represente, num sistema de contas, os fluxos que se estabeleceram nessa economia num
determinado período de tempo:
• Compra de bens e serviços – 900 M€
• Investimento feito pelas famílias – 100 M€
• Salários recebidos – 750 M€
• Rendas, juros e lucros recebidos pelas famílias – 250 M€
2. Numa dada economia, entre as Empresas não Financeiras e as Administrações Públicas ocorreram
os seguintes fluxos monetários:
• Impostos pagos – 10 M€
• Contribuições para a Segurança Social – 10 M€
• Subsídios à produção – 6 M€
• Compras da Administrações Públicas às Empresas não Financeiras – 14 M€
Analise as relações entre estes dois agentes económicos tendo em atenção o equilíbrio
económico que deverá caracterizar uma economia.
Grupo I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma está correta.
Assinale-a com X.
Quadro 1
Setor de atividade VAB (u.m.) Valor total da produção (u.m.)
Primário 400 1200
Secundário 1600 3000
Terciário 4000 9000
Nesse ano, os valores do Produto do setor secundário e do Produto Interno Bruto foram,
respetivamente, de
(A) 1600 e 3000 u.m.
(B) 1600 e 6000 u.m.
(C) 1400 e 13200 u.m.
(D) 1600 e 5200 u.m.
4. Observe o Quadro 2, que ser refere a uma economia constituída apenas por cinco unidades
produtivas.
Quadro 2
Unidades de produção Valor da produção (u.m.) Consumos intermédios (u.m.)
A 2000 1000
B 1000 100
C 7000 200
D 16 000 10 000
E 3000 5200
Consumo de capital fixo 600
Saldo dos rendimentos com o
–3000
Resto do Mundo
5. As diferenças entre Produto Interno e Produto Nacional e entre o Produto Bruto e o Produto
Líquido correspondem, respetivamente, aos valores
(A) do saldo dos rendimentos com o Resto do Mundo e do consumo de capital fixo.
(B) dos impostos líquidos de subsídios e do consumo de capital fixo.
(C) das exportações deduzidas das importações e do saldo dos rendimentos com o Resto do
Mundo.
(D) do consumo de capital fixo e dos impostos líquidos de subsídios.
Quadro 3
Consumo privado 200 000
Consumo público 60 000
FBCF 10 000
Exportações 120 000
Importações 140 000
Saldo dos rendimentos com o Resto do Mundo –200
7. A taxa de poupança dos particulares em 2021 foi de 11,6% do rendimento disponível. Este
valor
(A) significa que os agentes económicos pouparam, em 2021, 11,6% do seu rendimento
disponível.
(B) revela um aumento do rendimento disponível dos particulares no ano de 2021.
(C) corresponde a uma quebra de 11,6% do rendimento disponível em 2021.
(D) traduz a percentagem do rendimento disponível poupado pelos particulares no ano de
2021.
Quadro 4
Consumo privado 1000
Consumo público 300
FBCF 250
Exportações 250
Importações 350
4. Escreva a expressão simplificada que permite passar de um valor bruto da produção para um
valor líquido.
5. Relacione o Produto Nacional Bruto com a Despesa Interna e com o Rendimento Nacional
Bruto.
6. A Contabilidade Nacional apresenta algumas insuficiências. Uma delas diz respeito à economia
subterrânea. Porquê?
Grupo III
1. Observe a Figura 1.
1.2 Indique os períodos em que as duas grandezas conheceram as maiores taxas positivas de
variação homóloga.
1.4 Que grandezas influenciam a atividade económica para além do consumo privado?
1.5 Como justifica a evolução que as duas grandezas parecem ter após o final de 2020?
Grupo I
2. Dividendos enviados para o Resto do Mundo por não residentes que detêm em Portugal
investimentos são registados
(A) na balança de capital.
(B) na balança de rendimento primário.
(C) na balança de rendimento secundário.
(D) na balança financeira.
2020 23 000
2021 31 000
Sabendo que, em 2020, o saldo da balança de bens foi de 2000 euros e que, em 2021, houve
um acréscimo de 3% no valor das exportações, pode afirmar-se que
(A) o valor das exportações, em 2020, foi 25 000 milhões de euros e, em 2021, situou-se em
25 690 milhões de euros.
(B) o saldo da balança de bens, em 2021, foi –5250 milhões de euros.
(C) o valor das exportações, em 2020, foi 25 000 milhões de euros e, em 2021, situou-se em
25 770,70 milhões de euros.
(D) o saldo da balança de bens, em 2021, foi –5229,30 milhões de euros.
Figura 1. Exportações dos países menos desenvolvidos, 2016-2020 (mil milhões de dólares)
1. Segundo dados do INE, no segundo trimestre de 2021, o PIB nominal registou uma taxa de
variação homóloga de 14,5% e o PIB em termos reais cresceu 15,5% relativamente ao período
homólogo do ano anterior. O aumento do PIB está relacionado com o crescimento da procura
interna, para o qual contribuiu o aumento do consumo e, em menor grau, o investimento.
O dinamismo da procura interna refletiu-se na deterioração do saldo da balança de bens.
No terceiro trimestre de 2021, apesar do aumento das exportações de bens, o desequilíbrio
externo acentuou-se devido ao aumento dos preços dos bens importados, comparativamente
à subida dos preços dos bens que o país exporta.
1.1 Explicite, com base na informação fornecida, o comportamento do nível médio de preços
no segundo trimestre de 2021.
1.2 Explique a relação entre procura interna, PIB e saldo da balança de bens, no segundo
trimestre de 2021.
2.2 Os EUA têm adotado uma política comercial protecionista relativamente à China?
Justifique a sua resposta.
1. O comércio externo português, entre janeiro e julho de 2021, apresentou os valores que se
seguem.
Caracterize, com base nos valores apresentados, o comércio externo de bens de Portugal, no
período considerado.
Grupo I
1. O Ministério da Educação, a Junta de Freguesia da sua escola, a Região Autónoma dos Açores e
a TAP – Air Portugal integram-se, respetivamente,
(A) na Administração Pública, Administração Local, Administração Regional e Administração
Central.
(B) na Administração Central, Administração Local, Administração Regional e Empresas
Públicas.
(C) na Administração Central, Administração Local, Administração Regional e Fundo
Autónomo.
(D) na Administração Pública, Administração Local, Administração Regional e Administração
Central.
2020 2021
Défice orçamental em % do PIB 4,0 2,5
Receitas dos impostos diretos em % do PIB 4,5 2,0
Receitas dos impostos diretos (em milhões de euros) 300 320
Com base nos valores apresentados no Quadro 1, pode afirmar-se que, neste país, o valor do
saldo orçamental,
(A) em 2020, foi 266,66 milhões de euros.
(B) em 2020, foi –266,66 milhões de euros.
(C) em 2021, foi 256 milhões de euros.
(D) em 2021, foi –256 milhões de euros.
Coluna A Coluna B
a. Investimento público.
I. Política fiscal. b. Subsídio de desemprego.
II. Política de combate ao desemprego. c. Implementação da semana das 35 horas.
Selecione a opção que associa corretamente cada política pública ao respetivo instrumento.
(A) I-a; II-d; III-e.
(B) I-b; II-a; III-d.
(C) I-c; II-b; III-a.
(D) I-d; II-c; III-b.
Com base no Quadro 2, pode afirmar-se que, neste país, o valor do défice orçamental
(A) em 2020 foi inferior ao valor do défice orçamental de 2019.
(B) em 2021 foi igual ao valor do défice orçamental de 2019.
(C) em 2019 foi inferior ao valor do défice orçamental de 2021.
(D) em 2020 foi igual ao valor do défice orçamental de 2019.
1. 2. 3. 4.
10. Num determinado país, o governo decidiu aumentar em 1,5 p.p. a taxa do imposto sobre os
produtos petrolíferos e energéticos (ISP).
Pode afirmar-se que esta medida de política fiscal, mantendo-se tudo o resto constante,
originou
(A) o aumento das receitas públicas de capital.
(B) o aumento das receitas públicas correntes.
(C) o aumento do rendimento disponível dos particulares.
(D) o aumento dos juros da dívida pública.
«O setor público administrativo desenvolve a sua atividade com base em critérios não
empresariais, integrando as atividades tradicionais do Estado […].
O setor público empresarial integra um universo diversificado de entidades que operam em
múltiplos setores de atividade. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de atividades
intrinsecamente mercantis, através da produção e venda de bens e serviços, embora também
servindo fins sociais e/ou coletivos.»
1.1 Distinga, com base no texto, o setor público administrativo do setor público empresarial.
1.2 Apresente dois exemplos de instituições que se integram no setor público administrativo
e dois exemplos de instituições que se integram no setor público empresarial.
2.2 Explicite, com base no texto, os objetivos da política fiscal e a importância dos impostos
progressivos.
1. Observe as Figuras 1 e 2.
2.2 Justifique, com base nos dados fornecidos, a variação das despesas públicas.
Grupo I
1. 2. 3. 4.
8.1
(A) a população desempregada, no 3.o trimestre de 2021, diminuiu cerca de 21,0%.
(B) no 3.o trimestre de 2021, comparativamente ao 3.o trimestre de 2020, a população
desempregada diminuiu cerca de 21,0%.
(C) no 3.o trimestre de 2021, comparativamente ao 2.o trimestre de 2021, a população
desempregada diminuiu cerca de 21,0%.
(D) a população desempregada, no 3.o trimestre de 2021, atingiu o valor de
aproximadamente 21,0%.
Grupo II
1. Até final do ano de 2022, os países da União Europeia puderam ter maior margem de manobra
nas despesas para fazer face à pandemia e para realizar uma rápida retoma económica, dada a
suspensão das regras fixadas pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).
1.2 Justifique, com base no texto, a opção tomada a nível das instituições europeias.
2. De acordo com os dados do INE para o 3.o trimestre de 2021, o mercado de trabalho em
Portugal encontrava-se numa situação de escassez de mão- de-obra:
• a taxa de desemprego diminuiu 0,6 p.p. relativamente ao 2.o trimestre;
• a taxa de emprego passou de 55,3% para 56,1%;
• a taxa de empregos vagos (percentagem de lugares disponíveis) aumentou de 0,78% para
0,99%.
Segundo o INE, «a situação pode gerar as condições para um aumento dos salários».
2.1 Justifique, com base nos dados acima, a «situação de escassez de mão-de-obra».
1. Segundo o Eurostat, a taxa de inflação anual (últimos doze meses) na Área do Euro foi de
–0,3% em outubro de 2020, de 3,4% em setembro de 2021 e de 4,1% em outubro de 2021.
Em outubro de 2021, comparativamente a outubro de 2020, a taxa de inflação anual
aumentou em todos os países da União Europeia.
Observe a Figura 4 e o Quadro 1 a seguir.
Nota: Os recursos financeiros alocados ao «Reforço e novas prioridades» incluem os apoios à inovação/economia digital, educação,
proteção e segurança nas fronteiras; os recursos financeiros alocados à «Política agrícola comum» e à «Coesão económica, social e
territorial» incluem os apoios à transição digital e climática/verde.
2.1 Explicite as prioridades das políticas europeias com base na evolução dos planos de
despesa da UE (Quadro Financeiro Plurianual).
2.2 Refira o papel das instituições europeias que intervêm na elaboração e aprovação do
Quadro Financeiro Plurianual.
Grupo I
Quadro 1. Despesa de consumo de duas famílias, por grupos de produtos, em 2021 (em % do total)
Com base nas Figuras 1 e 2, pode concluir-se que, no 3.o trimestre de 2021,
(A) a taxa de atividade foi 93,7%.
(B) o valor da população ativa foi 5133,3 milhares de indivíduos.
(C) o valor da população total foi 5133,3 milhares de indivíduos.
(D) a taxa de emprego foi 93,7%.
Com base nos valores apresentados no Quadro 2, pode afirmar-se que nesse país, em 2021,
as famílias realizaram
(A) um consumo no valor de 83,6 milhões de euros.
(B) um consumo no valor de 1016,4 milhões de euros.
(C) uma poupança no valor de 1107,6 milhões de euros.
(D) uma poupança no valor de 1092,4 milhões de euros.
Grupo II
1. Observe o Quadro 3.
1.1 Explique, com base no Quadro 3, como se calcula o PIB na ótica da despesa.
1.2 Justifique, com base nos valores do Quadro 3, as duas componentes da procura interna
que mais contribuíram para a evolução do PIB, em 2021.
1.3 Explicite a evolução das exportações e das importações e o seu contributo para a
evolução do PIB, em 2021.
Fig. 5. Taxa de variação homóloga dos preços e média dos últimos 12 meses (em %)
2.1 Distinga taxa de variação homóloga dos preços de taxa média dos últimos 12 meses.
2.2 Explicite, com base nos valores da Figura 5, a taxa de variação homóloga do IPC.
2.3 Interprete, com base nos valores da Figura 6, a taxa de variação homóloga do salário
nominal, entre 2019 e 2021.
2.4 Explique, com base nos valores das Figuras 5 e 6, a evolução do salário real dos
trabalhadores, entre 2019 e 2021.
Quadro 4. Variação do índice de Gini (em %) e do indicador S80/S20, em Portugal, 2019 e 2020
Quadro 5. Variação anual do PIB por habitante na UE, na Área do Euro e em Portugal,
em 2000 e em 2020 (em euros)
10.o ano
Tema 1
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 1
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 1
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo II, 1
Tema 2
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 1 e 2
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 2 e 9 grupo III, 3
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo I, 2; grupo II, 2
• Exame 2018 – 1.a fase, grupo II, 2
• Exame 2017 – 2.a fase, grupo I, 2; grupo II, 4
• Exame 2017 – 1.a fase, grupo I, 2
Tema 3
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 3 e 5
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 3, 5 e 10; grupo II, 2
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 3, 6 e 17; grupo II, 2
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo I, 4 e 11
• Exame 2018 – 1.a fase, grupo I, 2, 3, 4 e 17; grupo II, 3
• Exame 2017 – 2.a fase, grupo I, 3 e 4; grupo II, 1; grupo III, 1
• Exame 2017 – 1.a fase, grupo I, 4, 7 e 19
Tema 4
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 7; grupo II, 3
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 6; grupo II, 3
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 5, 7, 13 e 14
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo I, 9; grupo II, 3
• Exame 2018 – 1.a fase, grupo I, 6 e 7
• Exame 2017 – 2.a fase, grupo I, 6 e 15; grupo II, 2
• Exame 2017 – 1.a fase, grupo I, 6; grupo II, 1
Tema 6
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo II, 2; grupo III, 1
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 12; grupo II, 1
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 4; grupo II, 3
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo I, 8
• Exame 2018 – 1.a fase, grupo I, 8 e 9
• Exame 2017 – 2.a fase, grupo I, 8 e 9; grupo II, 3
• Exame 2017 – 1.a fase, grupo I, 11; grupo II, 2
Tema 7
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 11
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 2
• Exame 2018 – 2.a fase, grupo I, 7
• Exame 2018 – 1.a fase, grupo I, 11
• Exame 2017 – 1.a fase, grupo I, 10 e 12; grupo II, 3
Tema 8
• Exame 2020 – 2.a fase, grupo I, 10
• Exame 2021 – 2.a fase, grupo I, 10
Tema 9
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 9 e 11; grupo III, 3
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 1, 8 e 13; grupo III, 1
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 8, 9 e 10; grupo III, 1
• Exame 2020 – 2.a fase, grupo I, 10
• Exame 2021 – 1.a fase, grupo I, 8 e 10
• Exame 2021 – 2.a fase, grupo I, 11; grupo III, 1
Tema 10
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 15
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 7, 11 e 14; grupo III, 2
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 12 e 14
• Exame 2020 – 2.a fase, grupo I, 11; grupo III, 1
• Exame 2021 – 1.a fase, grupo I, 11 e 12; grupo III, 1
• Exame 2021 – 2.a fase, grupo I, 12 e 13
Tema 11
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 10; grupo III, 2
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 15, 18 e 19
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 13
• Exame 2020 – 2.a fase, grupo I, 5 e 9
• Exame 2021 – 1.a fase, grupo I, 13; grupo II, 4; grupo III, 2
• Exame 2021 – 2.a fase, grupo I, 4 e 8; grupo III, 2
Tema 12
• Exame 2019 – 1.a fase, grupo I, 12 e 16; grupo III, 1
• Exame 2019 – 2.a fase, grupo I, 16 e 17
• Exame 2020 – 1.a fase, grupo I, 4 e 15; grupo III, 2
• Exame 2020 – 2.a fase, grupo I, 12 e 13; grupo III, 3
• Exame 2021 – 1.a fase, grupo I, 16
• Exame 2021 – 2.a fase, grupo I, 14
Grupo I
Resolução
Grupo I
1. As sociedades privadas com fins lucrativos, cuja função principal é prestar serviços de
intermediação financeira, fazem parte do agente económico denominado instituições
financeiras. A atividade destas sociedades consiste, por exemplo, em
(A) produzir bens não mercantis.
(B) receber depósitos e conceder empréstimos.
(C) consumir bens não económicos.
(D) utilizar recursos ilimitados e conceder subsídios.
Resolução
1. (B) A atividade das sociedades privadas com fins lucrativos, cuja principal função é prestar
serviços de intermediação bancária (Instituições Financeiras) consiste, por exemplo, em
receber depósitos e conceder empréstimos.
Grupo II
1. Leia o texto.
Considere que um jovem, apesar de ter obtido uma bolsa de estudo para frequentar um curso
universitário, continua indeciso entre estudar ou exercer uma atividade profissional. Estas
duas opções implicam despesas mensais de igual valor. O benefício da decisão de frequentar o
ensino universitário traduz-se no seu enriquecimento intelectual e nas melhores
oportunidades de emprego ao longo de toda a vida. Mas qual é o custo dessa decisão?
O jovem estudante, ao passar um ano a frequentar as aulas, a estudar e a fazer trabalhos
académicos, fica impedido de ter um emprego por falta de tempo. Para este estudante,
os salários não recebidos, para poder frequentar o curso, são o principal custo da sua
educação.
Baseado em: N. Gregory Mankiw, Introdução à Economia,
2.a edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2001, pp. 5 - 6.
Resolução
Grupo I
Resolução
10. (C).
Numa determinada economia, em 2020, o fluxo monetário relativo ao «pagamento de
vencimentos, no valor de 120 mil euros» representou um recurso para as Famílias (uma
entrada de moeda ou receita) e a «aquisição de uma carrinha, no valor de 50 mil euros, por
uma câmara municipal» (integra as Administrações Públicas) representou um emprego (uma
saída de moeda ou despesa).
Grupo I
10. A Figura 1 apresenta o circuito económico de uma determinada economia, no qual estão
representados todos os fluxos monetários estabelecidos, em 2019.
10.2 Sabendo-se que a alguns fluxos monetários correspondem fluxos reais de idêntico valor,
podemos afirmar que, com base na Figura 1, aos fluxos monetários «despesas de consumo»
e «salários» correspondem, respetivamente, os fluxos reais
(A) «horas de trabalho» e «bens e serviços».
(B) «horas de trabalho» e «mercadorias».
(C) «bens e serviços» e «mercadorias».
(D) «bens e serviços» e «horas de trabalho».
Resolução
10.2 (D).
Os fluxos reais são as interações materiais entre os agentes económicos. Os fluxos
monetários representam a contrapartida em valor monetário dos respetivos fluxos reais.
Com base na Figura 1, os fluxos reais correspondem ao seguinte: as Famílias cedem horas de
trabalho às Empresas e estas disponibilizam bens e serviços às Famílias e Administrações
Públicas.
Estes fluxos reais correspondem, respetivamente, aos fluxos monetários, salários e despesas
de consumo.
BANCO DE QUESTÕES
TEMA 8
1. (B). Operações sobre bens e serviços, porque se trata da produção de um bem e de
repartição, tendo em conta que o rendimento social de inserção é uma das políticas sociais
do Estado.
2. (D). Cabe às Instituições Financeiras prestar serviços financeiros e cabe às Administrações
Públicas prestar serviços coletivos.
3. (C). Porque os impostos fazem parte das políticas fiscais do Estado e porque se trata da
produção de um bem.
4. (B). As Famílias pagam às Empresas não Financeiras os bens que lhes adquirem e entregam
ao Estado taxas moderadoras para utilização de bens de natureza coletiva.
5. (C). A igualdade básica da economia afirma que aquilo que se produz cria um rendimento de
igual valor, que depois é utilizado em consumo e poupança, pelo que será Produto = Despesa
= Rendimento.
6. (D). O circuito económico representa a totalidade dos fluxos que se estabelecem entre todos
os agentes económicos que, no cado de uma economia fechada, são as Famílias, as Empresas
não Financeiras, as Instituições Financeiras e o Estado/Administrações Públicas.
TEMA 9
Grupo I
1. (B). As atividades desenvolvidas nas embaixadas e bases militares estrangeiras são atividades
realizadas em território económico estrangeiro.
2. (B). A Segurança Social faz parte das políticas sociais do Estado e o Banco Alimentar é uma
instituição sem fins lucrativos que presta serviços às Famílias.
3. (C).
VAB = Produção – Consumo Intermédio Consumo intermédio do Produtos X = 600 000 – 200 000 =
= 400 000
Consumo intermédio do Produto Y = 200 000 – 100 000 = 100 000
Total de consumos intermédios = 400 000 + 100 000 = 500 000 u.m.
PIB = ɇ VAB = 200 000 + 100 000 = 300 000 u.m.
4. (D). No PIB estrangeiro por ter sido realizado por um residente; no PNB nacional, por resultar
de fatores produtivos nacionais.
5. (B).
VABA = 600 – 200 = 400 u.m.
VABB = 1100 – 600 = 500 u.m.
VABc = 700 – 400 = 300 u.m.
PIB = 400 + 500 + 300 = 1200 u.m.
PNB = PIB + Saldo dos Rendimentos com o Resto do Mundo = 1200 – 200 = 1000 u.m.
Grupo II
1.1 As três grandezas macroeconómicas apresentaram, entre o 4.º trimestre de 2010 e o 3.º
trimestre de 2020, uma evolução semelhante: uma quebra acentuada entre o 5.º trimestre
de 2010 e o 4.º trimestre de 2012, coincidindo com a crise económica que o país conheceu
no período; uma evolução muito positiva entre o 1.º trimestre de 2013 e o 3.º trimestre de
2019, como consequência da retoma económica do país, particularmente a partir de 2015;
uma estagnação nos finais de 2019 a que se seguiu uma forte quebra em 2020, a que não
será estranho a quase paragem da atividade económica em consequência da crise sanitária
provocada pela pandemia de Covid-19.
1.2 As duas grandezas representam valores diferentes que decorrem do facto de a passagem de
valores «internos» para valores «nacionais» ser influenciada pelo saldo dos rendimentos com
o Resto do Mundo. Como esse saldo tem sido sempre negativo, o RNB tem sido sempre
inferior ao PIB.
1.3 O Rendimento Disponível Bruto difere do Rendimento Nacional Bruto nomeadamente pelo
facto de uma das suas parcelas ser constituída pelas transferências que, naturalmente, vêm
aumentar o valor do rendimento disponível.
1.4 DI = PIB
PNB = PIB + Saldo dos rendimentos com o Resto do Mundo
PNL = PNB – Consumo de capital fixo
1.5 De acordo com a Figura 1, no final de 2020 ter-se-á iniciado um processo de estabilização na
evolução das diversas grandezas, que será seguido de uma melhoria significativa dos
respetivos valores, dado que em 2021 a atividade económica retomou níveis próximos dos
normais e que se iniciou a execução do Plano de Recuperação e Resiliência apoiado por
fundos europeus.
TEMA 10
Grupo I
5. (D).
Saldo da balança de bens = 2% do PIB
ଵ ̀
PIB = = 850 ̀ × 4,5% = 38,25 ̀
,ଶ
Grupo II
1.1 O saldo da balança de bens é calculado pela diferença entre o valor das exportações (crédito)
e o valor das importações (débito). Caso o valor das exportações de bens seja superior ao
valor das importações, o saldo da balança de bens será positivo. Considerando que, no
período em análise, o valor das exportações de bens foi sempre inferior ao valor das
importações, o saldo da balança de bens foi sempre negativo.
1.2 Entre novembro de 2020 e dezembro do mesmo ano, o défice da balança de bens agravou-
se, mas, no período seguinte até fevereiro de 2021, o saldo tornou-se menos devedor. A
partir de fevereiro 2021 o défice registou nova deterioração, atingindo no mês de novembro
de 2021, o valor mais negativo de todo o período.
2.1 A taxa de cobertura relativa à balança de bens e serviços apresenta valores mais favoráveis
comparativamente à balança de bens, situação que evidencia o valor favorável do saldo da
balança de serviços comparativamente ao saldo deficitário da balança de bens. Os valores da
taxa de cobertura da balança de bens (inferiores a 100%) traduzem o saldo negativo desta
balança (o valor das exportações não cobriu o valor das importações).
2.2 No ano de 2019, a taxa de cobertura da balança de bens e serviços foi superior a 100% (as
exportações de bens e serviços cobriram as importações de bens e serviços), enquanto a taxa
de cobertura da balança de bens foi inferior a 100% (as exportações de bens não cobriram as
importações de bens). A diferença de valores da taxa de cobertura das duas balanças, em
2019, evidencia a importância do saldo positivo da balança de serviços na medida em que
este compensou o saldo negativo da balança de bens.
1.1 O saldo conjunto das balanças corrente e de capital de um país, num dado período, está
associado à capacidade ou necessidade de financiamento do país sobre o exterior. Se o saldo
conjunto for positivo, o país tem capacidade de financiar o exterior. Caso o saldo conjunto
seja negativo, o país tem necessidade de se financiar no exterior.
Os valores fornecidos mostram que, entre 1999 e 2011, o saldo conjunto da balança corrente
e de capital de Portugal apresentou saldos negativos em percentagem do PIB, em particular
Ğŵ ϮϬϬϴ͕ĂŶŽ ĚĂ ŐƌĂǀĞ ĐƌŝƐĞ ĨŝŶĂŶĐĞŝƌĂŵƵŶĚŝĂů ;Ž ƐĂůĚŽ ŶĞŐĂƚŝǀŽ ƵůƚƌĂƉĂƐƐŽƵϭϬй ĚŽW/Ϳ͕
evidenciando uma necessidade de financiamento do país junto do exterior. A partir de 2012
ĞĂƚĠϮϬϭϴ͕ĂƐŽŵĂĚŽƐƐĂůĚŽƐĚĂƐďĂůĂŶĕĂƐĐŽƌƌĞŶƚĞĞĚĞĐĂƉŝƚĂůĨŽŝƉŽƐŝƚŝǀŽ͕ĞŵƉĂƌƚŝĐƵůĂƌ
no ano de 2013 (saldo positivo próximo de 3% do PIB), ou seja, nesse período o país passou a
ter capacidade de financiamento do exterior.
1.2 O saldo conjunto das balanças corrente e de capital, em outubro de 2021, foi positivo
(452,44 milhões de euros) e, em novembro de 2021, foi negativo (–466,65 milhões de euros).
A evolução revela deterioração da exposição do país relativamente ao exterior pois passou
de uma situação de capacidade de financiamento do exterior, em outubro de 2021, para uma
situação de necessidade de financiamento junto do exterior, em novembro de 2021.
1.3 Saldo da balança financeira = Saldo conjunto das balanças corrente e de capital corrigido pela
rubrica «Erros e omissões»
Outubro de 2021 = 452,44 – 12,13 = 440, 31 M€
Novembro de 2021 = –466,65 – 99,94 = –566,59 M€
2. Os valores apresentados traduzem uma estrutura geográfica das exportações e importações
de bens concentrada na União Europeia pois, os países da UE absorveram, entre jan. e out.
de 2021, 71% das exportações de bens e forneceram cerca de 74 % dos bens importados por
Portugal.
Relativamente à estrutura setorial das exportações e importações de bens, os valores
fornecidos revelam que os grupos de produtos com maior peso no total das exportações de
bens, entre jan. e out. de 2021, foram as «Máquinas e aparelhos», «Químicos», «Material de
transporte e aeronaves» e «Agroalimentares»; do lado das importações de bens, os grupos
de produtos «Químicos», «Máquinas e aparelhos», «Agroalimentares» e «Energéticos»
foram os que apresentaram maior peso no total das importações.
TEMA 11
Grupo I
1.1 É um Estado que intervém na atividade económica, a fim de promover a melhor utilização
dos recursos, prevenir crises económicas futuras ou de minimizar os seus efeitos.
Simultaneamente, providencia a satisfação das necessidades básicas das populações e a
redução das desigualdades sociais. Deste modo, o Estado promove a eficiência, a
estabilidade e a equidade.
1.2 A política que tem como finalidade a redução do desemprego é a política social de combate
ao desemprego; a que combate a inflação é a política monetária e a política que promove a
estabilidade económica é a política orçamental. No entanto, todas as políticas económicas e
sociais são interdependentes.
2.1 Dois exemplos: política de combate ao desemprego e política de redistribuição dos
rendimentos.
2.2 Os bens e serviços essenciais são os bens públicos, ou seja, bens materiais e serviços
indivisíveis que satisfazem necessidades coletivas como, por exemplo, a saúde, educação,
segurança e defesa nacional.
2.3 A intervenção do Estado é necessária porque as «desigualdades na distribuição dos
rendimentos, do património e do acesso aos bens e serviços essenciais» foram agravadas
com «a crise sanitária provocada pela Covid-19». Os instrumentos que o Estado utiliza na sua
intervenção na esfera económica e social são o orçamento do Estado, o planeamento e as
políticas económicas e sociais. Porém, como o texto refere, as políticas económicas e sociais
implementadas não têm sido eficazes na redução das desigualdades sociais, razão pela qual o
autor defende uma maior contribuição do rendimento dos mais ricos para a sociedade,
através da aplicação de impostos progressivos.
Grupo III
1.1 Portugal, em 2020, no contexto dos países da UE, é o que apresenta a maior percentagem da
população entre os 25 e os 54 anos com escolaridade baixa, com cerca do dobro da média da
UE e seguido por Malta, Espanha e Itália com percentagens também superiores à média da UE.
Portugal apresenta uma percentagem da população entre os 25 e os 54 anos com escolaridade
média de 30%, valor também inferior à média da UE, seguido por Malta e Espanha.
Portugal apresenta uma percentagem da população entre os 25 e os 54 anos com
escolaridade superior de 32%, valor inferior à média da UE, mas superior a alguns países
como, por exemplo, Itália, Roménia, Hungria, Croácia, Eslováquia e República Checa.
Pode concluir-se que Portugal tem de aumentar o investimento na edução, dada a elevada
percentagem da população entre os 25 e 54 anos com uma escolaridade baixa e da distância
que apresenta relativamente à média europeia, com exceção no nível superior de
escolaridade.
1.2 A política de combate ao desemprego tem como objetivo principal baixar a taxa de
desemprego.
De entre as suas medidas destaca-se a melhoria do nível educacional e da qualificação dos
trabalhadores e prolongamento da formação dos jovens. Tendo em conta a situação
ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĚĂ͕ Ğŵ ƋƵĞϯϴй ĚĂ ƉŽƉƵůĂĕĆŽ ĞŶƚƌĞŽƐ Ϯϱ ĞŽƐ ϱϲĂŶŽƐ ƉŽƐƐƵŝ ƵŵĂĞƐĐŽůĂƌŝĚĂĚĞ
baixa, é necessário melhorar o nível educacional e de qualificação da população,
nomeadamente dos jovens.
TEMA 12
Grupo I
1. (B). As organizações de integração económica que possuem uma pauta aduaneira comum no
comércio com países terceiros, como é o caso das uniões aduaneiras, apresentam maior grau
de integração comparativamente às organizações em que cada Estado-membro aplica a sua
pauta aduaneira, caso das zonas de comércio livre.
2. a) 6 ; b) 5; c) 1; d) 6; e) 2; f) 6.
3. (D). Numa união económica e monetária cabe ao Banco Central Europeu definir a política
monetária comum e cada Estado-membro define a sua política orçamental, atendendo aos
limites fixados pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (até final 2022 os limites foram
suspensos).
4. (C). Cabe à Comissão Europeia fazer a proposta, tendo a mesma de ser aprovada pelo
Parlamento Europeu e pelo Conselho da União, onde os Estados-membros estão
representados.
5. (A). Em resultado da crise económica provocada pela pandemia, a UE aprovou um fundo
temporário, Next Generation EU / Próxima Geração UE, destinado a financiar projetos e
programas de recuperação das economias dos países europeus.
(C). No âmbito da união económica e monetária, cabe ao BCE definir a política monetária
comum cujo principal objetivo é a estabilidade dos preços, condição considerada essencial à
estabilidade da moeda única.
(E). A recuperação e modernização da Europa, o combate às alterações climáticas, a redução
das emissões de gases com efeito de estufa, a defesa de um ambiente equilibrado, a
transição para uma sociedade digital e a maior coesão entre os países e regiões constituem
os principais objetivos das políticas comunitárias na atualidade.
1.1 O orçamento da UE fixa as despesas e as receitas da UE para um ano, dentro dos limites do
Quadro Financeiro Plurianual (para sete anos). O orçamento assegura o financiamento das
políticas e programas da União Europeia. O orçamento da UE é sempre equilibrado (despesas
iguais às receitas).
1.2 O orçamento é proposto pela Comissão Europeia e aprovado pelo Conselho da União e pelo
Parlamento Europeu.
1.3 A distribuição da verba disponível para 2021 pelas várias rubricas ou domínios do orçamento
permite identificar as prioridades da União: as principais fatias dos 164,3 mil milhões de
ĞƵƌŽƐ ĨŽƌĂŵ ĚĞƐƚŝŶĂĚĂƐ ĂŽƐ ͨZĞĐƵƌƐŽƐ ŶĂƚƵƌĂŝƐ Ğ ĂŵďŝĞŶƚĞͩ ;ϱϴ͕ϲŵŝůŵŝůŚƁĞƐĚĞ ĞƵƌŽƐͿ͕ă
«Coesão, resiliência e valores» (52,9 mil milhões de euros) e ao «Mercado único, inovação e
ĚŝŐŝƚĂůͩ;ϮϬ͕ϴŵŝůŵŝůŚƁĞƐĚĞĞƵƌŽƐͿ͘
Esta distribuição de verbas permite identificar a recuperação e a modernização da economia
europeia, um ambiente mais equilibrado e uma europa mais coesa e social, como as
principais preocupações da UE para os próximos anos.
2.1 Os fundos europeus são instrumentos financeiros que apoiam o desenvolvimento das
políticas comunitárias, financiando programas e projetos nos vários países europeus. A título
de exemplo, temos o FEDER, fundo europeu que apoia a execução da Política Regional. Sem
estes instrumentos financeiros as políticas comunitárias não poderiam ser realizadas,
prejudicando o desenvolvimento dos países e das regiões.
2.2 O Fundo de Coesão destina-se apenas aos Estados-membros e regiões cujo RNB per capita
seja inferior a 90% da média europeia. Este fundo financia projetos que concorram para o
reforço da coesão económica, social e territorial da UE.
3.1 O Pacto de Estabilidade e Crescimento fixa os limites de 3% do PIB para o défice orçamental
dos Estados e de 60% do PIB para a dívida pública.
3.2 Em 2020, em resultado da pandemia, os Estados tiveram de tomar medidas de apoio às
famílias e às empresas, tendo a Comissão Europeia tomado a iniciativa de suspender
temporariamente as regras fixadas pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. Em resultado
das medidas de apoio à recuperação económica tomadas pelo Governo português, verificou-
se um aumento das despesas públicas e do défice orçamental que alcançou o valor de 5,7%
do PIB. No mesmo período, a dívida pública alcançou o valor de 135,2% do PIB, valores que
ultrapassaram os limites do PEC, que, entretanto, tinham sido suspensos à data.
Grupo III
1. Portugal é dos países da UE que apresenta maior taxa de desemprego dos jovens no 2º trimestre
de 2021, aproximadamente 23,0%, valor este acima da média europeia (cerca de 17%). A
Espanha é o país que apresenta maior taxa de desemprego dos jovens (aproximadamente 37%) e
a Alemanha é o Estado-membro com uma taxa mais baixa (cerca de 6,0%).
2. A análise dos valores permite concluir que entre 2011 e 2021 ocorreu uma diminuição da
população residente em Portugal (–2,0%) e que essa redução não afetou de igual modo todas
as regiões do país.
Duas regiões (Área Metropolitana de Lisboa e Algarve) registaram um aumento da população
residente (1,7% e 3,7%, respetivamente). As restantes regiões registaram um decréscimo da
população residente, em particular as regiões do Alentejo (–6,7%) e da Madeira (–6,2%). A região
onde a diminuição da população residente foi menos acentuada foi a região Norte (–2,7%).
TEMA 8
Grupo I
1.1 Numa economia fechada os agentes económicos são as Famílias, as Empresas não
Financeiras, as Instituições Financeiras e o Estado/Administrações Públicas. Nas economias
abertas, para além dos agentes indicados há a considerar, também, o Resto do Mundo.
1.2 a) Famílias e operações sobre bens e serviços.
b) Famílias e operações financeiras.
c) Empresas não Financeiras e operações sobre bens e serviços.
1.3 Os agentes económicos caracterizam-se pelo facto de exercerem funções específicas tendo
autonomia de decisão na realização dessas funções. Escolha livre.
2. 1 – e), porque cabe às Instituições Financeiras prestar serviços financeiros.
2 – c), porque cabe ao Resto do Mundo a função de trocar bens, serviços e capitais.
3 – d) porque é função do Estado/Administrações Públicas produzir bens e serviços coletivos.
4 – b) porque é função das Famílias, consumir.
5 – a) porque cabe às Empresas não Financeiras produzir bens e serviços não financeiros.
3. Operações de repartição: B e E, porque prestam serviços coletivos.
Operações sobre bens e serviços: A e C, porque prestam serviços e bens.
Operações financeiras: D e F, porque prestam serviços financeiros.
4. 1 – b), e)
2 – a), c)
3 – d), f)
Grupo II
1.1
Conta das Famílias (M€)
Recursos Empregos
Salários 750 Compra de bens e serviços 900
Rendas, juros e lucros 250 Investimento 100
Total 1000 Total 1000
Recursos Empregos
Recebimento das Famílias pela compra de 900 Pagamento de salários às Famílias 750
bens e serviços Pagamentos de lucros às Famílias 250
Recebimento das Famílias por 100 Total 1000
investimento
Total 1000
TEMA 9
Grupo I
Grupo II
1. Não. O território geográfico inclui todo o espaço geográfico de um país incluído nas
fronteiras internacionalmente aceites, enquanto o território económico inclui todos os
espaços nos quais um país tem soberania económica, mesmo que fora do território
geográfico.
2. A unidade institucional é uma unidade de produção que goza de autonomia no exercício das
suas funções enquanto o setor institucional é o conjunto das unidades institucionais que
executam as mesmas funções.
3. Significa que se estão a contabilizar por mais de uma vez alguns produtos, aqueles que irão
ser utilizados na produção dos bens de consumo final, designados, por isso, de bens de
consumo intermédio, pelo que o valor obtido é superior ao valor real do produto.
Editável e fotocopiável © Texto | Economia A 11.o ano 209
4. Subtrai-se ao valor bruto o consumo de capital fixo.
5. São três grandezas de igual valor (PNB = DI = RNB) e representam a identidade básica da
Contabilidade Nacional.
6. A Contabilidade Nacional não regista a economia não observada, nomeadamente atividades
ilegais. Nestas circunstâncias, existem atividades económicas que não são registadas pelo
que o valor do Produto legalmente determinado é inferior ao que seria se se contabilizasse
toda a atividade económica do país.
Grupo III
TEMA 10
Grupo I
11. (B). A desvalorização da moeda do país A relativamente às moedas de outros países faz com
que os seus produtos fiquem mais baratos para os países compradores, o que poderá fazer
aumentar as suas exportações.
12. (B).
ୟ୪୭୰ ୧୬ୟ୪ – ୟ୪୭୰ ୧୬୧ୡ୧ୟ୪
Taxa de variação = × 100
ୟ୪୭୰ ୧୬୧ୡ୧ୟ୪
ଵଷ – ଵଽହ
Exportações de bens = × 100 = 11,3%
ଵଽହ
ଶ ି ସଷ
Exportações de serviços = × 100 = 39,5%
ସଷ
Grupo II
1.1 No segundo trimestre de 2021 verificou-se uma diminuição do nível médio de preços
relativamente ao período homólogo, pois o PIB nominal (calculado a preços do ano corrente)
registou uma taxa de crescimento inferior à taxa de crescimento do PIB real (calculado a
preços de um ano base).
1.2 O crescimento do PIB, no segundo trimestre de 2021, deveu-se ao aumento da procura
interna (consumo final e investimento), em particular, do consumo, pois havendo maior
procura de bens (de consumo final e de consumo intermédio) há estímulo para aumentar a
produção. O aumento da procura, não sendo totalmente satisfeito pela produção interna,
originou o aumento das importações de bens que se refletiu no aumento do défice da
balança de bens.
1.3 Como o preço dos bens importados aumentou mais do que o preço dos bens exportados
(deterioração dos termos de troca), o saldo negativo da balança de bens aumentou.
2.1 No terceiro trimestre de 2021, a China registou um excedente na sua balança de bens
(superior ao registado no período pré-pandemia), resultado do aumento das suas
ĞdžƉŽƌƚĂĕƁĞƐ;Ϯϴ͕ϭйͿ͕ĞŵƉĂƌƚŝĐƵůĂƌƉĂƌĂŽŵĞƌĐĂĚŽŶŽƌƚĞ-americano (crescimento de 30,6%).
Este aumento das exportações reflete o aumento da procura de produtos chineses no
mercado internacional.
2.2 Os EUA têm procurado proteger o mercado interno da concorrência externa, em particular
dos produtos chineses, utilizando, para o efeito, instrumentos de política comercial
protecionista, como a aplicação de taxas alfandegárias sobre os produtos importados. No
entanto, estas medidas protecionistas, não têm tido o efeito desejado relativamente aos
produtos chineses, uma vez que o défice comercial dos EUA face à China aumentou.
3. A balança de serviços portuguesa é particularmente influenciada pela componente «Viagens
e turismo», que apresenta, em todo o período, saldos positivos. Entre outubro de 2020 e
abril de 2021, verificou-se uma diminuição do saldo da balança de serviços que acompanhou
a evolução menos favorável da componente «Viagens e turismo», em resultado da crise
originada pela pandemia. Entre abril e agosto de 2021, estas duas balanças registam uma
evolução muito positiva, em resultado do aumento das exportações da componente
«Viagens e turismo», que beneficiaram das menores restrições sanitárias e da vacinação. Em
setembro e outubro de 2021, verificou-se uma diminuição dos saldos de ambas as balanças,
mas com valores superiores aos registados em 2020.
TEMA 11
Grupo I
Grupo II
1.1 Enquanto o setor público administrativo integra as atividades tradicionais do Estado, ou seja,
a sua atividade administrativa, incluindo, por isso, os serviços da Administração Central,
Regional e Local, a Segurança Social e os Fundos Autónomos, o setor público empresarial
integra a atividade do Estado enquanto produtor de bens e serviços, operando em diversos
setores. Desta forma, o setor público empresarial é constituído pelas empresas públicas e
pelas empresas participadas. Por seu turno, as atividades do setor público administrativo não
se baseiam em critérios empresariais, enquanto as atividades do setor público empresarial se
regem por critérios empresariais, ou seja, por atividades mercantis.
1.2 Dois exemplos de instituições que se integram no setor público administrativo poderão ser: o
Ministério da Saúde e a Região Autónoma da Madeira.
Dois exemplos de instituições que se integram no setor público empresarial poderão ser: a CP,
Comboios de Portugal, EPE (Entidade Pública Empresarial) e o Metropolitano de Lisboa, EPE.
2.1 Ações desenvolvidas pelo Estado a fim de prevenir e corrigir os desequilíbrios económicos,
utilizar racionalmente os recursos e satisfazer as necessidades básicas das populações.
Grupo III
1. A Área do Euro, em novembro de 2021, registou uma taxa de inflação de 4,9%, valor
ultrapassado pela Alemanha (6%) e pelos Países Baixos (5,6%), o que representa um aumento
significativo face ao ano de 2020. Portugal, em novembro de 2021, registou uma taxa de
inflação inferior à média da Área do Euro –2,7%. Todos estes valores são superiores aos
registados ao longo das duas décadas do século XXI, com exceção de Portugal, que, em 2011,
tinha sofrido uma taxa de inflação superior (cerca de 3,7%). É de salientar que as taxas de
inflação nos países mencionados oscilaram ao longo do período considerado devido à crise
ĨŝŶĂŶĐĞŝƌĂĚĞϮϬϬϴ͘
No que respeita à evolução da taxa de variação homóloga do PIB por trimestre em Portugal,
pode verificar-se, entre 1996 e 2007, um crescimento homólogo do PIB muito reduzido e
com períodos de estagnação e, no período da crise financeira, uma taxa de variação negativa.
A partir de 2014 regista-se uma ligeira recuperação, interrompida em 2020, com uma forte
queda do PIB devido à crise económica e social provocada pela pandemia de Covid-19. A
partir de 2021, é de salientar a recuperação da atividade económica, verificando-se, no 3.º
trimestre de 2021, uma taxa de crescimento homóloga de 4,2% (a taxa de variação homóloga
compara o valor da taxa de variação do PIB no trimestre corrente com o valor da taxa no
mesmo trimestre do ano anterior).
O combate à inflação é um dos objetivos das políticas monetárias e de preços.
A política monetária para os países da Área do Euro, como Portugal, é definida pelo Banco
Central Europeu. Geralmente, para promover a estabilização dos preços, as autoridades
monetárias adotam medidas de política monetária restritiva com o objetivo de reduzir a
procura e a massa monetária em circulação. São exemplos dessas medidas: o aumento das
taxas de juro para diminuir a procura de crédito; o aumento das reservas bancárias para
diminuir a concessão de crédito; a imposição de limites ao crédito e a venda de títulos em
open market pelo Banco Central aos bancos comerciais para reduzir a liquidez destes; o
controlo administrativo dos preços, em particular dos essenciais, fixando, por exemplo,
preços máximos de venda.
Porém, as medidas de política monetária restritiva encontram-se em oposição à necessidade
de se promover a estabilidade da economia, a fim de se fazer face à queda do PIB em 2020.
São necessárias medidas de política orçamental e monetária mais expansionistas, de modo a
promover a recuperação e o crescimento económico sustentado.
Grupo I
1.1 (D); (F). A aplicação de uma pauta aduaneira comum no comércio com países terceiros é uma
característica de organizações com um grau de integração mais profundo, como as uniões
aduaneiras, os mercados únicos e as uniões económicas.
1.2 (C). Uma pauta aduaneira comum significa a aplicação de taxas aduaneiras de valor idêntico
aplicadas aos produtos importados pelos países de uma dada organização de integração
económica, como é o caso de uma união aduaneira ou de uma união económica.
2. (B). A integração económica integra-se na política comercial do livre-cambismo, uma vez que
a integração significa a reunião de vários mercados nacionais num mercado mais vasto onde
os produtos circulam livremente, não havendo barreiras e restrições ao livre comércio.
3. (A). A criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, em 1951, com a assinatura do
tratado de Paris, constituiu a primeira etapa do processo de construção da União Europeia.
4. (B); (C); (D); (E). A atual União Europeia começou por ser a Comunidade dos Seis (França,
Alemanha, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), alargando-se a nove países, em 1973,
ĐŽŵ Ă ĞŶƚƌĂĚĂ ĚŽ ZĞŝŶŽ hŶŝĚŽ͕ ĚĂ /ƌůĂŶĚĂ Ğ ĚĂ ŝŶĂŵĂƌĐĂ͘ ŵ ϭϵϴϭ ĂůĂƌŐŽƵ-se à Grécia e
Ğŵ͕ ϭϵϴϲ͕ Ă WŽƌƚƵŐĂů Ğ ƐƉĂŶŚĂ͘ ŵ ϭϵϵϱ ĐŽŶƐƚŝƚƵŝ-se a UE-15, com a entrada da Áustria,
Finlândia e Suécia. Em 2004 dá-se o maior alargamento, com a entrada de dez países: Chipre
e Malta mais oito países da Europa de leste (Hungria, Eslováquia, República Checa, Eslovénia,
Letónia, Estónia, Lituânia e Polónia). Em 2007 aderiram mais dois países da Europa de Leste
(Roménia e Bulgária). Em 2013 aderiu a Croácia e, em 2020, o Reino Unido saiu da UE.
Em 2021, a UE era constituída por 27 Estados-Membros.
5. (D). O mercado interno, ou mercado único, significa que não há barreiras à livre circulação de
bens, pessoas, capitais e serviços.
6. 1.c; 2.b; 3.a; 4.c.
7. (A). O Conselho Europeu define as prioridades políticas da UE, a Comissão Europeia propõe a
legislação europeia e o Conselho da União, bem como o Parlamento Europeu, aprovam a
legislação europeia. A execução da legislação é competência da Comissão Europeia.
8.1 (B). A taxa de variação homóloga do desemprego compara o valor do desemprego registado
num dado período com o valor registado no período homólogo. Na questão proposta, a taxa
de variação homóloga do desemprego, no 3.º trimestre de 2021, diminuiu cerca de 21%
relativamente ao valor registado no 3.º trimestre de 2020 (período homólogo).
8.2 (D). No 3.º trimestre de 2021, os grupos populacionais «Desempregados há menos de 12
meses» e «À procura de novo emprego», registaram taxas de variação homóloga acima da
taxa de variação homóloga do desemprego total, sendo, deste modo, os grupos
populacionais que mais contribuíram para a variação da taxa de variação homóloga do
desemprego no período.
Grupo II
1.1 As regras estabelecidas no PEC fixam limites para o valor do défice orçamental e da dívida
pública. O défice orçamental não deve exceder 3% do PIB e a dívida pública não deve
ultrapassar 60% do PIB.
Grupo III
1. A taxa de inflação anual na Área do Euro, em outubro de 2020, foi –0,3%; em setembro de
2021 situou-se em 3,4%; e, em outubro de 2021, a tendência para a subida manteve-se,
atingindo o valor de 4,1%. Os valores apresentados mostram que a taxa de inflação, em
outubro de 2021, aumentou 0,7 p.p. (4,1% – 3,4%) relativamente ao mês anterior e 3,7 p.p.
[3,4% – (–0,3%)] em setembro de 2021, relativamente a outubro de 2020.
Os preços da «Energia», dos «Serviços» e dos «Produtos industriais transformados (excluindo
energia)» foram os agregados que mais contribuíram para o aumento da taxa de inflação
anual na Área do Euro, em outubro de 2021.
A subida da taxa de inflação nos países da UE, em outubro de 2021, ocorreu em todos os
países da UE, embora com diferenças a nível dos valores. A Lituânia, Estónia e Hungria
ĂƉƌĞƐĞŶƚĂƌĂŵŽƐǀĂůŽƌĞƐŵĂŝƐĞůĞǀĂĚŽƐ;ϴ͕Ϯй͕ϲ͕ϴй e 6,6%, respetivamente); Malta, Portugal
Ğ 'ƌĠĐŝĂ ĂƉƌĞƐĞŶƚĂƌĂŵ ŽƐ ǀĂůŽƌĞƐ ŵĂŝƐ ďĂŝdžŽƐ ;ϭ͕ϰй͕ ϭ͕ϴй Ğ Ϯ͕ϴй͕ ƌĞƐƉĞƚŝǀĂŵĞŶƚĞͿ Ğ
inferiores à média da UE e da Área do Euro (4,4% e 4,1%, respetivamente).
2.1 No período considerado, a evolução das despesas consignadas no Quadro Financeiro
Plurianual retrata a evolução das prioridades das políticas comunitárias: numa 1.a fase, a
grande prioridade foi a política agrícola comum (com um peso de aproximadamente 60% no
total das despesas orçamentais); numa segunda fase, embora mantendo-se como a primeira
prioridade, a política agrícola comum foi diminuindo o seu peso, enquanto a política de
Grupo I
5. (D). A taxa de variação homóloga do IHPC de Portugal foi inferior em 2,3 p.p. à da Área do
Euro (4,9% – 2,6% = 2,3 p.p.).
6. (B)
Rendimento disponível das famílias = Consumo + Poupança
,
Poupança = 1100 M€ × сϴϯ͕ϲDΦ
ଵ
Consumo = 1100 – ϴϯ͕ϲсϭϬϭϲ͕ϰDΦ
7. (C). Houve capacidade de financiamento ao longo do período considerado, porque o saldo
conjunto das balanças corrente e de capital apresentou um saldo positivo, em 2019, em 2020
e ao longo do período da projeção.
8. (D). A fixação de limites às quantidades a importar de determinados bens, ou seja, a
contingentação, constitui uma medida protecionista, pois protege a produção nacional e o
mercado interno da concorrência de produtos estrangeiros.
9. (B). Imposto direto (recai sobre matéria coletável diretamente determinada) e constitui uma
receita corrente (receita que o Estado recebe todos os anos e que se renovam em todos os
períodos financeiros, normalmente ano a ano).
10. (A). A livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capital, e a existência de uma pauta
aduaneira comum aos vários Estados-membros, utilizada nas trocas comerciais de
mercadorias com países terceiros, constituem as características da forma de integração
económica designada por mercado comum.
1.1 Determina-se o valor da produção tendo em conta o seu destino e utilização. Deste modo,
contabilizam-se as despesas em bens e serviços efetuadas pelas Famílias e pelas ISFLSF
(consumo privado), pela Administração Pública (consumo público), o investimento (ou
Formação Bruta de Capital Fixo + Saldo da Variação das Existências) e as exportações. Ao
somatório de todas estas parcelas tem de se retirar o valor das importações, porque estas
dizem respeito à aquisição e utilização pelo país de bens e serviços que não foram
produzidos internamente, não constituindo, deste modo, produção do país.
O valor do PIB é igual ao da Despesa Interna.
PIB = DI = Consumo final (Consumo privado + Consumo público) + Investimento (Formação
Bruta de Capital Fixo + Saldo da Variação de Existências) + Exportações – Importações
1.2 A procura interna é igual à soma do consumo (consumo privado e consumo público) e do
investimento.
As duas componentes da procura interna com maior peso no PIB, em 2020, foram o
consumo, com uma parcela de ϴϭ͕ϯй do total do PIB – somatório do consumo privado
(62,2%) e do consumo público (19,1%), seguido do investimento com uma parcela de 19,1%.
ŵϮϬϮϭ͕ŽW/ƌĞŐŝƐƚŽƵƵŵĐƌĞƐĐŝŵĞŶƚŽƐŝŐŶŝĨŝĐĂƚŝǀŽ;ϰ͕ϴйͿ͕ĚĞƉŽŝƐĚĞ͕ĞŵϮϬϮϬ͕ƚĞƌƐŽĨƌŝĚŽ
uma quebra acentuada (-ϴ͕ϰйͿĚĞǀŝĚŽăĐƌŝƐĞƉƌŽǀŽĐĂĚĂƉĞůĂƉĂŶĚĞŵŝĂ͘Ɛ componentes da
procura interna que mais impulsionaram o crescimento do PIB foram o consumo privado e a
FBCF com uma taxa de variação de 5,0% e 4,9%, respetivamente.
1.3 Em 2021, registou-se um crescimento muito significativo das exportações e importações
(9,6% e 10,3%, respetivamente) após uma queda significativa no ano de 2020. O contributo
das exportações para o PIB, em 2021, foi significativo, pois a taxa de crescimento das
ĞdžƉŽƌƚĂĕƁĞƐ;ϵ͕ϲйͿƐƵƉĞƌŽƵĂƚĂdžĂĚĞĐƌĞƐĐŝŵĞŶƚŽĚŽW/;ϰ͕ϴйͿ͕ƐĞŶĚŽĚĞĂƐƐŝŶĂůar o peso
que as exportações representam no PIB (37,0%). O crescimento registado pelas importações
(superior ao crescimento das exportações e ao crescimento do PIB) e o peso que as mesmas
representam no PIB (39,1%, em 2020) revelam a sua importância para a produção do país
(embora não sendo produzidas internamente encontram-se integradas nas componentes do
PIB (no consumo, na FBCF e nas exportações).
2.1 Enquanto a taxa de variação homóloga dos preços compara o índice do mês corrente com o
do mesmo mês do ano anterior, a taxa média dos últimos 12 meses compara o índice médio
dos últimos doze meses com o dos doze meses imediatamente anteriores. No mês de
dezembro corresponde à taxa de inflação anual.
2.2 A taxa de variação homóloga do IPC, entre novembro de 2017 e novembro de 2021,
apresentou várias oscilações. É de destacar que, entre maio de 2019 e novembro desse ano,
registou valores negativos (deflação), bem como, entre fevereiro e junho de 2020 e entre
agosto de 2020 e dezembro de 2020. A partir de maio de 2021 a variação homóloga do IPC
apresenta uma tendência crescente registando, em novembro de 2021, uma taxa de variação
homóloga de 2,6%.
2.3 A taxa de variação homóloga do salário nominal, embora sendo sempre positiva, apresenta
algumas oscilações entre 2019 e 2021, em particular no início do ano 2020, em que registou
uma acentuada desaceleração (de 3% para 1%) acelerando no período seguinte mas, no
início de 2021, sofre nova desaceleração, seguida de aceleração (a taxa de variação situou-se
acima de 5%) e desaceleração (a taxa de variação passa para 2,6%).
Grupo III
KŝŶĚŝĐĂĚŽƌ^ϴϬͬ^ϮϬ͕ŝŶĚŝĐĂĚŽƌĚĞĚĞƐŝŐƵĂůĚĂĚĞŶĂĚŝƐƚƌŝďƵŝĕĆŽĚŽƐƌĞŶĚŝŵĞŶƚŽƐ͕ƌĞƉƌĞƐĞŶƚĂ
o rácio entre a proporção do rendimento total detido pelos 20% da população com
rendimentos mais elevados e a parte do rendimento auferido pelos 20% da população com
ƌĞŶĚŝŵĞŶƚŽƐ ŵĂŝƐ ƌĞĚƵnjŝĚŽƐ͘ ŵ ϮϬϭϵ͕ Ž ^ϴϬͬ^ϮϬ ĞƌĂ ϱ͕ ŝƐƚŽ Ġ͕ Ž ƌĞŶĚŝŵĞŶƚŽ ĚŽƐ ϮϬй ĚĂ
população com rendimentos mais elevados era 5 vezes superior ao rendimento dos 20% com
rendimentos mais reduzidos. Em 2020, esse valor aumentou para 5,7. A taxa de variação do
^ϴϬͬ^ϮϬĨŽŝϭϰй͘
(ହ, ି ହ,)
Taxa de variação = × 100 = 14%
ହ,
Pode concluir-ƐĞ͕ĂƉĂƌƚŝƌĚĂĞǀŽůƵĕĆŽĚŽşŶĚŝĐĞĚĞ'ŝŶŝĞĚŽŝŶĚŝĐĂĚŽƌ^ϴϬͬ^ϮϬĞŶƚƌĞϮϬϭϵĞ
2020, que as desigualdades sociais aumentaram em Portugal.
Para reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento e a coesão, o Estado
intervém na economia através de vários instrumentos, entre os quais as políticas económicas
e sociais.
Duas das políticas económicas e sociais poderão ser, entre outras, a política de redistribuição
dos rendimentos e a política de combate ao desemprego.
A política de combate ao desemprego promove a redução das desigualdades sociais, pois
diminui o desemprego e promove o emprego, evitando a perda de rendimentos inerente ao
desemprego. Vários instrumentos podem ser utilizados como, por exemplo, a diminuição da
idade da reforma e a implementação de cursos de formação e qualificação profissional, bem
como, o aumento do nível educacional dos indivíduos em idade ativa.
222 Editável e fotocopiável © Texto | Economia A 11.o ano
A política de redistribuição dos rendimentos atua sobre os rendimentos primários (que
surgem diretamente do mercado e do património), visando reduzir as assimetrias sociais,
promover a equidade e reforçar a coesão social.
Um dos instrumentos utilizados é a aplicação de impostos diretos progressivos (instrumento
também da política fiscal), através dos quais as famílias e as empresas com maiores
rendimentos terão de pagar ao Estado uma parcela muito mais elevada desses rendimentos,
comparativamente às famílias e empresas com menores rendimentos. Outro instrumento
desta política é a utilização das transferências sociais (pensões de velhice, reforma, invalidez,
complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção e subsídio de
desemprego, por exemplo) para as famílias mais desfavorecidas, para que estas possam viver
com dignidade. A oferta de bens públicos, como os serviços de saúde, educação e habitação
social, entre outros, constitui outro instrumento da política de redistribuição dos
rendimentos.
Relativamente ao indicador PIB per capita, entre 2000 e 2020 verificou-se que, em Portugal,
o seu valor aumentou 5,17%, enquanto na Área do Euro e na União Europeia o aumento foi
de 10,57% e 17,45%, respetivamente. Deste modo, a taxa de crescimento anual do PIB per
capita na Área do Euro foi o dobro da registada em Portugal e, na União Europeia, foi o triplo
da portuguesa. Como o valor do PIB por habitante em Portugal, em 2000, já era inferior ao da
Área do Euro e da União Europeia, essa diferença acentuou-se, em 2020.
O PIB por habitante é o indicador mais utilizado para avaliar o nível de convergência real
entre os países.
Para que haja convergência real é necessário que os valores do PIB por habitante dos vários
Estados-membros não divirjam muito e não sejam inferiores a 90% do PIB por habitante da
média da União Europeia. O PIB por habitante de Portugal, em 2020, representava 64,7% da
média europeia.
ଵ
PIB por habitante = × 100 = 64,7%
ଶ ଷ଼
Com base nos valores analisados, podemos concluir que a economia portuguesa estava, em
2020, afastada da média europeia, apresentando uma fraca convergência real com a
economia da União Europeia.
No âmbito da política regional e de coesão, os países podem beneficiar dos fundos europeus
para apoiar o financiamento de projetos e ações que concorram para o desenvolvimento das
suas regiões, aproximando-os dos países mais prósperos. Um dos fundos europeus,
destinado aos países cujo rendimento nacional bruto (RNB) per capita seja inferior a 90% da
média europeia, é o Fundo de Coesão, que se destina a financiar projetos no domínio das
infraestruturas de transportes e do ambiente.
Portugal, juntamente com mais catorze Estados-membros da UE, é um dos países que
beneficiará do Fundo de Coesão para o período 2021-2027.
ECONOMIA A
11. ANO
Ensino Digital
Guia de recursos multimédia
Abreu, Alexandre; Mendes, Hugo., et al. (2013), A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes.
Lisboa: Ed. Tinta da China.
Adda, Jacques (2004), A mundialização da economia. Lisboa: Terramar, 2004.
Amaral, João Ferreira et al. (2010), Financeirização da Economia. A Última Fase do Neoliberalismo.
Lisboa: Livre.
Amaral, João Ferreira (2013), Por que Devemos Sair do Euro? Lisboa: Lua de Papel, 2013.
Amaral, Luciano (2010), Economia Portuguesa, as Últimas Décadas. Lisboa: Fundação Francisco
Manuel dos Santos.
Banerjee, Abhijit V.; Duflo, Esther (2020), A Economia dos Pobres Repensar de modo radical a luta
contra a pobreza global. Coimbra: Conjuntura Actual Editora.
Barreto, António et al. (2001), Globalização, Desenvolvimento e Equidade. Lisboa: D. Quixote.
Beitone, Alain (dir.) (2018), Économie, Sociologie et Histoire du Monde Contemporain, Paris:
Armand Colin.
Carmo, Renato Miguel do; D'Avelar, Maria Filomena (2020) A Miséria do Tempo, Vidas Suspensas
pelo Desemprego. Lisboa: Edições Tinta-da-China.
Capucha, Luís (2005), Desafios da Pobreza. Oeiras: Celta Editora.
Casaca, Sara Falcão (coord.) (2012), Mudanças Laborais e Relações de Género. Coimbra: Almedina.
Centro de Estudos Sociais (2012), Dicionário das Crises e das Alternativas. Coimbra: CES.
Coelho, Lina (2010), Mulheres, Família e Desigualdade em Portugal, Dissertação para
Doutoramento. Coimbra: Universidade de Coimbra-Estudo Geral.
Coelho, Lina (2020), «Desigualdades em tempo de pandemia: o (des)cuidado que nos
ameaça», in Álvaro Garrido e Hermes Augusto Costa (org.), Um Vírus que nos Reúne.
Reflexões da FEUC. Porto: Grupo Editorial Vida Económica.
Coelho, Lina (2020), «Desigualdades na distribuição do rendimento, no trabalho e nas
famílias», in José Reis (org.), Como reorganizar um país vulnerável? Coimbra: Actual Editora.
Colin, Jonathan (2020), Os Grandes Pensadores de Economia. De Adam Smith a Amartya Sen.
Coimbra: Actual Editora.
Cooper, Robert (2006), Ordem e Caos No Século XXI, Lisboa: Presença.
Costa, António Firmino da (2012), Desigualdades Sociais Contemporâneas. Lisboa: Editora
Mundos Sociais, CIES, ISCTE – IUL.
Curado, Ana Paula (2017), Economia no Secundário. Como Ensinar? Lisboa: Chiado.
Crespo, Nuno; Simões, Nádia (2021), Uma Viagem ao Mundo das Ideias Económicas, 100 questões
para entender a economia, Lisboa: Actual.
Deaton, Angus (2016), A Grande Evasão – Saúde, Riqueza e as Origens da Desigualdade. Lisboa:
Editorial Presença.
Farinha, Rodrigues, Carlos; Figueiras, Rita; Junqueira, Vítor (2016), Desigualdade de Rendimento e
Pobreza em Portugal, Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.
© Texto | Economia A 11.o ano 235
Félix Ribeiro, J.M. (2014), Portugal, A Economia de Uma Nação Rebelde, Lisboa: Guerra e Paz.
Fernandes, António, et. al. (2017), Introdução à Economia. Lisboa: Edições Sílabo.
Ferreira, A. J. de (2013), Igualdades e Perspetivas dos Cidadãos. Portugal e a Europa. Lisboa: Ed.
Mundos Sociais, ISCTE.
Ferreira do Amaral, João; Almeida Serra, António; Estevão, João (2008), Economia do Crescimento,
Coimbra: Almedina.
Ferreira, Eduardo Paz (coord.) (2013), A Austeridade Cura? A Austeridade Mata? Lisboa: AAFDL,
«Lisbon Law School Edition».
Ferreira, Eduardo Paz (coord.), (2016), União Europeia. Reforma ou declínio. Lisboa: Nova Veja.
Ferreira, Eduardo Paz (2020), Ensaio sobre Finanças Públicas, Coimbra: Almedina.
Ferreira, Virgínia (organiz.) (2010), A Igualdade de Mulheres e Homens no Trabalho e no Emprego
em Portugal. Políticas e Circunstâncias. Lisboa: CITE.
Ferreira, Virgínia; Monteiro, Rosa (2013), TRABALHO, IGUALDADE E DIÁLOGO SOCIAL - Estratégias
e desafios de um percurso. Lisboa: CITE
Friedman, George (2012), A Próxima Década. Lisboa: D. Quixote.
Galbraith, John Kenneth (1972), A Crise Económica de 1929. Lisboa: D. Quixote.
Giddens, Anthony (2007), A Europa na Era Global. Lisboa: Editorial Presença.
Gomes, Rui Machado (2015), Fuga de Cérebros, Retratos da Emigração Portuguesa Qualificada.
Lisboa: Bertrand Ed.
Gray, John (2000), Falso Amanhecer, Universidade de Aveiro/ Gradiva.
Harford, Tim (2014), O Economista Disfarçado Contra-Ataca, Lisboa: Presença.
Keynes, John Maynard (1936), A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, Lisboa: Relógio
d´Água, edição de 2010.
Krugman, Paul (2012), Acabem com Esta Crise, Já! Lisboa: Editorial Presença.
Krugman, Paul; Piketty, Thomas; Stiglitz, Joseph (2015), Debate sobre a Desigualdade e o Futuro
da Economia. Lisboa: Relógio D´Água.
Lança, Isabel Salavisa et al. (org.) (2007), Inovação e Globalização. Porto: Campo das Letras.
Lopes, José Silva (1996), A Economia Portuguesa desde 1960. Lisboa: Ed. Gradiva.
Louçã, Francisco; Castro Caldas, José (2010), Economia(s). Porto: Afrontamento.
Louçã, Francisco e Mortágua, Mariana (2012), A Dividadura. Lisboa: Ed. Bertrand.
Louçã, Francisco; Ferreira do Amaral, J (2014), O Novo Escudo. Alfragide: Lua de Papel.
Louçã, Francisco e Mortágua, Mariana (2021), Manual de Economia Política, Bertrand Editora.
Mortágua, Mariana (2021), No Sonho Selvagem do Alquimista, Lisboa: Tinta da China.
Mamede, Ricardo Paes (2015), O Que Fazer com Este País. Barcarena: Ed. Presença, Marcador.
Mamede, Ricardo Paes; Adão e Silva, Pedro (coord.) (2020), O Estado da Nação 2020: Valorizar as
Políticas Públicas. Lisboa: IPPS – ISCTE.