Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Custos de Produção
Três tipos de custo: Custo Irreversível (CI) - não apresenta custo de oportunidade pois
não pode ser utilizado em outro setor - irreversível; Custo Fixo (CF) - só deixa de existir se a
empresa parar de funcionar; Custo Variável (CV) - varia conforme a produção; Custo
Marginal (CMg) - é o aumento de custo ocasionado pela produção de uma unidade adicional
de produto.
No curto prazo, a grande parte dos custos é fixa, enquanto no longo prazo, a grande
parte dos custos é variável.
● A renda econômica é a diferença entre o valor que as empresas estão dispostas a pagar
por um insumo e o menor valor necessário para adquiri-lo.
Teoria da Firma: trata-se do modelo econômico que busca explicar como as empresas
tomam decisões, visando a minimização dos custos e, como isto, impacta na variação da
produção e vice-versa.
A importância das empresas: apesar do mercado ser efetivo, o modelo empresarial permite
um maior grau de eficácia na produção de bens, na medida que existe coordenação, isto é,
um gerente empresarial direciona as atividades a serem realizadas por trabalhadores
assalariados, bem como negocia os preços, de maneira mais geral.
q = F (K,L)
Produto médio e marginal: na adição inicial de insumo trabalho, mantido o insumo capital
constante, os produtos médio e marginal se elevam. Todavia, após um ponto X, estes produtos
são decrescentes, visto que o aumento de trabalhadores não acompanhado do aumento do
capital, leva a proporção capital-trabalhador a se reduzir, o que afeta negativamente a
produtividade. Sabe-se que quando o produto marginal é maior do que o produto médio,
o produto médio é crescente.
Isoquanta: trata-se de uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos
variáveis que resultam no mesmo volume de produção. Um conjunto de isoquantas é um
mapa de isoquantas:
Custos contábeis: são as despesas correntes mais as despesas atribuídas à depreciação dos
equipamentos de capital.
Custos econômicos: são os custos para uma empresa de utilizar recursos econômicos na
produção. Para auxiliar na determinação de tais custos, é imprescindível recorrer ao conceito
de custo de oportunidade, ou seja, o custo associado à oportunidades descartadas quando os
recursos de uma empresa não são utilizados da melhor forma. Assim, pode-se dizer que o
custo econômico é igual ao custo de oportunidade.
Custos irreversíveis: tratam-se de despesas realizadas que não podem ser recuperadas, assim
devem ser ignorados quando se tomam decisões econômicas. O custo irreversível prospectivo
é o que ainda não ocorreu, sendo visto como um investimento a ser realizado - o qual deve ser
avaliado economicamente antes de ser feito.
Custos fixos (CF): não variam com o nível de produção e só podem ser eliminados se a
empresa deixar de operar.
Custos variáveis (CV): variam quando o nível de produção varia.
Amortização de custos: utilizada principalmente para custos irreversíveis, é a política de
tratamento de um gasto único como um custo anual dividido ao longo de alguns anos, sendo
útil para simplificar a análise econômica do funcionamento da empresa.
Custo Marginal (CMg): trata-se do custo incremental pela produção de uma unidade
adicional de produção. Trata-se apenas do aumento no custo variável ou o aumento no custo
total, visto que o custo fixo nunca sofre alterações.
Custo Total Médio (CTMe): é o custo por unidade de produto, composto pelo custo fixo
médio e pelo custo variável médio.
Custo de uso do capital: é o custo que se tem por possuir e usar um ativo de capital, o qual é
igual ao custo da depreciação mais os juros não recebidos. Assim é a taxa de depreciação +
taxa de juros.
Linha de isocusto: é o gráfico mostrando todas as combinações possíveis de trabalho e
capital que podem ser adquiridas para um dado custo total.
Quando o custo marginal e médio se cruzam, isto significa que o custo marginal torna-
se mais elevado que o custo médio, o que levará a seu respectivo aumento. Assim, o ponto de
luro máximo é quando a receita marginal igualar o custo marginal.
O caminho de expansão é a curva que passa pelos pontos de tangência entre as linhas
de isocustos e as isoquantas de uma empresa, apresentando as condições de trabalho e capital
pelas quais a empresa optará para minimizar seus custos em cada um dos níveis de produção.
Acerca das economias e deseconomias de escala, vale ressaltar que à medida que a
produção cresce, o custo de produção médio tende a cair (até certo ponto), pelas seguintes
razões: em uma escala maior, os funcionários podem se especializar nas atividades em que
são mais produtivos; em uma escala maior, há maior flexibilidade, permitindo uma
combinação de insumos e uma organização do processo produtivo mais eficaz e; a compra de
insumos em grandes quantidades permitem um maior poder de negociação aos
administradores, levando a uma provável redução dos preços.
Todavia, é provável que o custo de produção medio comece a aumentar junto com a
produção, pelos seguintes motivos: no curto prazo, os funcionários terão dificuldade em fazer
um trabalho eficiente por causa de fatores como espaço e maquinário; à medida que o número
de tarefas aumenta, a gestão pode-se tornar mais complexa e ineficiente e; as vantagens de
comprar em grandes quantidades desaparecem quando certo limite for atingido.
Assim, uma empresa apresenta economias de escala quando é capaz de duplicar a
produção com menos do que o dobro dos custos e apresenta deseconomias de escala quando
necessita mais do que o dobro de recursos para duplicar a produção. Apesar de semelhante, as
economias de escala não são idênticas aos rendimentos de escala crescentes, pois pode
haver mudança na proporção de insumos no caso das economias de escala. Para ser
considerada uma economia de escala interna, uma empresa deve obter ganhos de escala
independentemente do mercado e da indústria. Isso significa que a empresa pode reduzir seu
custo médio e aumentar a produção. Já a economia de escala externa diz respeito aos
resultados de ações fora da empresa, ou seja, não se trata dos esforços internos da companhia,
mas de fatores externos. Quanto maior for a empresa, maior será a sua influência no mercado
e, consequentemente, mais acentuada se torna a economia externa. Um exemplo disso é a
isenção de impostos oferecida a certas empresas devido à sua influência na indústria. Essa
medida é restrita ao curto prazo.
As curvas de transformação de produto mostram as várias combinações possíveis
de dois diferentes produtos que podem ser produzidos com dado conjunto de insumos. Neste
ponto, existem economias de escopo que ocorrem quando a produção conjunta de uma única
empresa é maior do que aquilo que poderia ser produzido por duas empresas diferentes, cada
uma das quais fabricando um único produto. Por sua vez, as deseconomias de escopo são o
exato inverso. Isto é medido pelo grau das economias de escopo (GES), a porcentagem de
economia nos custos quando dois ou mais produtos são produzidos em conjunto em vez de
serem fabricados individualmente.
Ademais, é preciso destacar a curva de aprendizagem, que relaciona as quantidades
de insumos necessários para produzir uma unidade de produto à medida que aumenta a
produção acumulada da empresa.
A partir de tais dados, podemos discutir quanto uma empresa deve produzir. Para isso,
tomamos um mercado perfeitamente competitivo (as empresas são tomadoras de preços, há
homogeneidade do produto e há livre entrada e saída de empresas).
Todavia, antes de refletir sobre a quantidade ideal de produção para gerar a
maximização do lucro, é preciso destacar as formas alternativas de organização econômica.
Uma destas é a cooperativa, uma associação de negócios ou pessoas cuja propriedade e
gerenciamento se dão de forma conjunta pelos membros visando ao benefício mútuo. Um
outro exemplo é o condomínio, uma unidade habitacional particular, mas que fornece acesso
a instalações comuns que são pagas e controladas em conjunto por uma associação de
condôminos.
Retornando ao ponto inicial, o lucro é a diferença entre a receita total e o custo total.
A receita total (R) de uma empresa é o preço do produto (P) multiplicado pelo número de
unidades vendidas (q). Assim, tanto a Receita (R), o Custo (C) e o Lucro (π) são determinados
pelo nível de produção (q). Logo, para maximizar lucros, a empresa opta pelo nível de
produção para o qual a diferença entre receita e custo seja máxima. Para entender isto,
compreende-se o conceito de receita marginal: a mudança na receita resultante do aumento de
uma unidade na produção. A regra de ouro é de que o lucro é maximizado quando a receita
marginal é igual ao custo marginal. Assim, em uma empresa tomadora de preços, a regra
geral para maximização de lucros pode ser simplificada, ela deve escolher seu nível de
produção de tal forma que seu custo marginal seja igual ao preço. Logo, o lucro é
maximizado quanto a receita marginal é igual ao preço.
Quando o preço de um insumo se eleva, o custo marginal é elevado também, de modo
que a quantidade produzida é reduzida, para que a empresa não incorra em juros.
Como o excedente do consumidor, o excedente do produtor é a soma das diferenças
entre o preço de mercado e o custo marginal de produção relativos a todas as unidades
produzidas pelas empresas. Apesar de estar relacionado com o lucro, ele não é o lucro, pois
no curto prazo, o excedente do produto é igual a receita menos o custo variável, enquanto o
lucro é a receita menos todos os custos (tanto variáveis como fixos).
Em uma situação de equilíbrio em longo prazo, as empresas do ramo não desejam sair
e outras não desejam entrar, visto que há um lucro econômico zero, o qual ocorre quando
uma empresa obtém um retorno normal sobre os investimentos, ou seja, quando tem um
resultado tão bom quanto teria se investisse os seus recursos em outra atividade. Assim, a
renda econômica é definida como a diferença entre o valor que as empresas estão dispostas a
pagar por um insumo e o menor valor necessário para adquirí-lo - em mercados competitivos,
é frequentemente um valor positivo. Lembremo-nos de que, enquanto a renda econômica se
refere a fatores de produção, o excedente do produtor refere-se ao produto, todavia, no longo
prazo, o excedente do produtor obtido por uma empresa por meio do produto que vende
consiste na renda econômica que todos os seus insumos escassos lhe proporcionam.
Podem haver setores de custo constante (os preços de todos os insumos mantêm-se
constantes - a curva de oferta é horizontal), crescente (os preços de alguns ou de todos os
insumos de sobem à medida que o setor se expande e aumenta a demanda por estes - a curva
de oferta é ascendente) e decrescente (os preços de alguns ou de todos os insumos reduzem à
medida que o setor se expande - a curva de demanda é descendente). Uma vez que os preços
aumentam, o número de empresas participando do setor se reduz, aumentando a oferta de uma
única empresa - mesmo que a oferta esteja constante para o mercado.
Michelle Miltons
No longo prazo, não existem retornos decrescentes, visto que todos os insumos
variam.