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Maria Carolina Cassella 2023.

Revisão G2 - ECO I
(Conceitos)

★ Temas mais importantes


- Teoria da Firma
- Mercados Competitivos (Concorrência Perfeita)
- Monopólios

1) Teoria da Firma

● A firma vai variar a quantidade utilizada de fatores de produção (capital → K;


trabalho/mão de obra → L) para variar a quantidade produzida no final.
Isso não é perfeito e varia dependendo do cenário!

- Curto prazo: Capital é constante + Lei dos Rendimentos Decrescentes


- Longo prazo: Todos os fatores são variáveis

*Lei dos Rendimentos Decrescentes → Exclusiva do curto prazo, diz que se a


quantidade de mão de obra sofre variação enquanto os outros fatores são mantidos
fixos, a produção terá taxas decrescentes.
Se a mão de obra diminui e a quantidade de máquinas continua as mesmas, terão
máquinas sobrando. A produção não estará alcançando o seu nível máximo.
Existe um ponto em que a ociosidade começa a acontecer e deixa de ser eficiência
economicamente operar desse modo.

● Produto marginal: produção extra gerada por uma unidade a mais de insumo,
ou seja, se você contratar mais um trabalhador, a sua produção irá aumentar
no volume que esse trabalhador produzir. Isso que ele produz a mais é o
produto marginal.
- Crescente
- Produtividade marginal decrescente: as variações crescem a taxas
cada vez menores, ou seja, não adianta aumentar tanto a mão de obra
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porque chega em um ponto em que o aumento no volume produzido


não aumenta na mesma proporção.

● Isoquantas: Quais são as possíveis combinações entre K e L capazes de


atingir um volume meta Y de produção?
● Isolucro: Quais são as possíveis combinações entre K e L capazes de
maximizar o lucro no curto prazo no mercado de fatores?
● Isocusto: Quais são as possíveis combinações entre K e L capazes de
minimizar os custos de uma firma?

● Taxa Marginal de substituição técnica: qual a taxa pode se substituir de um


fator de produção por outro de forma a obter o mesmo nível de produto.

● Rendimentos de escala (Teoria da Produção no Longo prazo): ritmo de


variação da produção.
- Retornos crescentes de escala: firma é jovem, produz muito.
- Retornos constantes de escala: firme é madura, mesma produção.
- Retornos decrescentes de escala: firma é obsoleta, produção é
insuficiente, de modo que não se torne eficiente economicamente
(ESP) ela continuar atuando no mercado, em geral

● Custo de oportunidade: aquilo que se deixa de ganhar quando opta por outra
produção. Aquilo que o dono da firma poderia estar ganhando se seu dinheiro
tivesse investido em outra atividade econômica
- Lucro econômico positivo: Supera o custo de oportunidade do capital,
ou seja, o dono da firma ganha mais dinheiro operando nesta atividade
do que em qualquer outra.
- Prejuízo econômico: O dono da firma ainda ganha dinheiro, mas
estaria ganhando mais se estivesse operando em outra atividade
econômica.
- Lucro econômico zero: A firma ganha exatamente o que precisa para
arcar com seus custos e estaria ganhando exatamente a mesma coisa
se estivesse operando na melhor alternativa de atividade econômica.
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● Custo marginal: o aumento dos custos totais decorrente da produção de


unidade adicional. Ou seja, produzir 3 camisas é mais barato do que 2
camisas. A diferença dos custos de produzir 3 e 2 camisas é o custo
marginal.
- Economias de escala: o custo médio no longo prazo cai com o
aumento da produção
- Escala eficiente de produção: custo total médio constante e
quantidade produzida varia
- Deseconomia de escala: custo total médio no longo prazo sobre com
os aumentos de produção

● Problemas da Firma:
- Maximização de lucros → Isolucro
- Minimização de custos → Isocustos

2) Concorrência Perfeita

● Curto prazo: cenário idealizado, não há exercício de poder, não há falhas no


mercado, as firmas tomam o preço, todas tem acesso ao mesmo nível
tecnológico e os produtos são substitutos entre si (homogêneos - não haveria
preferência entre duas marcas que vendem produtos iguais)
- Equilíbrio: onde há maximização de lucros e minimização de custos,
ou seja, onde o custo marginal intercepta a receita marginal. Neste
ponto, tem-se o preço socialmente desejável, que é igual a receita
marginal e igual ao custo marginal.

*Receita Marginal: receita que ganha com uma unidade produzida. Ou seja, se você
vende 3 blusas ao invés de 2, você ganha mais dinheiro. Esse a mais que você
ganhou da outra blusa vendida é a receita marginal.

● Para perceber se a firma vai ter lucro ou prejuízo econômico, dado o


equilíbrio da firma, ele deve ser comparado com o *custo total médio.
* Custos fixos + custos variável : quantidade produzida
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- Se os custos superam a receita marginal, a firma tem lucro contábil,


mas prejuízo econômico.
- Se os custos são menores do que a receita marginal, a firma tem lucro
contábil e lucro econômico positivo.

● Para descobrir se na transição do curto para o longo prazo, onde o fator


capital se tornará variável, a firma conseguirá reverter essa posição é preciso
analisar o *custo variável médio.
*Custo variável : quantidade produzida
- Condição de encerramento da firma: P < CVMe
- Condição para a firma continuar operando: P > CVMe

● Oferta da firma no curto prazo = sua própria curva de custo marginal


● Demanda da firma no curto prazo = sua própria curva de receita marginal

● Oferta da Firma no Longo Prazo: envolve a situação de mercado e de


indústria.
- O encerramento da firma no longo prazo = P < CTMe

3) Monopólios

Monopólios existem porque operam em economias de escala, sendo exemplos


patentes, concessões do governo, a propriedade exclusiva dos meios de produção
ou quando uma grande empresa realiza atos de fusão/aquisição/incorporações.

As firmas monopolistas formam os preços de mercado, que são supracompetitivos


(acima do custo marginal), tendem a explorar mercados inelásticos e a demanda da
firma é a própria demanda do mercado que ela atua. Portanto, a receita média da
firma é o preço cobrado pela firma (receita marginal será inferior ao preço e a
demanda)

● Equilíbrio do monopólio: Pm x Q* (Sendo Pm → preço de monopólio = preço


supracompetitivo = preço maior que Custo Marginal)
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● Aplicações de Monopólio
- 3o Grau: monopolista cobra preços diferentes em seus diversos
mercados, cobrando preço mais alto no mercado menos elástico.
Atitude passível de ilicitude
- 1o Grau: O monopolista cobra o *preço de reserva dos seus
consumidores, se apropriando totalmente do excedente do
consumidor. Perfeita

*preço de reserva: preço máximo que o consumidor está disposto a pagar

● Monopólio x Concorrência Perfeita: Na transição da concorrência perfeita


para o monopólio, os consumidores têm uma perda de bem-estar, uma vez
que o monopólio cobra um preço mais alto (supra competitivo) e nem todos
os consumidores têm capacidade de arcar com esses custos. Logo, a
quantidade produzida e vendida por um monopolista é menor ao nível
socialmente eficiente.
- Triângulo de Harberger: área do peso morto gerado.

● Monopólios naturais: quando o governo concede ao setor privado o direito de


promover um serviço, eles são regulados por agências reguladoras, as quais
tem características de monopólios e enfrentam trade-offs:
- Eficiência alocativa → Firma vai ter que cobrar preço socialmente
desejável → Solução Primeiro-Melhor (maximiza bem estar para os
consumidores)
- Eficiência produtiva → Firma pode cobrar valor supracompetitivo, mas
com um limite → Solução Segundo-Melhor (gera peso morto, ou seja,
perda de bem-estar para os consumidores)

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