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No capítulo anterior, foi visto que empresas com poder de monopólio podem escolher
preços e níveis de produção para maximizar os lucros.
O poder de monopólio não exige que uma empresa seja monopolista pura, em muitos
setores, ainda que diversas empresas estejam competindo, cada uma tem pelo menos
algum poder de monopólio: possui controle sobre o preço e pode, de maneira lucrativa,
cobrar um valor acima do seu custo marginal.
Competição monopolista
Um mercado monopolicamente competitivo é semelhante ao perfeitamente competitivo, pois
há muitas empresas e a entrada de novas empresas não é restrita.
Mas se difere da competição perfeita pelo fato dos produtos serem diferenciados, ou seja,
cada empresa vende uma marca ou versão de um produto que difere em termos de
qualidade, aparência e reputação, além de cada empresa ser produtora da sua própria
marca.
O poder de monopólio que a empresa exerce depende do seu sucesso e na diferenciação
do seu produto em relação às demais empresas. Exemplos disso são marcas de creme
dental, sabão em pó, café, etc.
Oligopólio
É um mercado no qual apenas algumas empresas competem entre si, e a entrada de novas
empresas é impedida.
A mercadoria que produzem pode ser diferenciada, como é o caso dos automóveis. Ou não,
como é o caso do aço.
O poder de monopólio e a lucratividade de setores oligopolistas dependem em partes do
modo em que as empresas interagem entre si.
Ex: se a interação tende a ser mais cooperativa do que competitiva, podem cobrar preços
muito acima dos custos marginais, obtendo mais lucros.
Cartel
Em um mercado cartelizado, algumas ou todas as empresas fazem coalizões: coordenam
os preços e níveis de produção de maneira que possam maximizar o lucro conjuntamente.
Os cartéis podem surgir em mercados que poderiam talvez ser competitivos, como o cartél
de Petróleo da OPEP, o cartel internacional da bauxita.
A primeira vista, um cartel pode se assemelhar com um monopólio puro, afinal as empresas
parecem operar como se fizessem parte de uma grande companhia. Entretanto, um cartel
se difere do monopólio em 2 aspectos importantes:
Microeconomia II
CP
Demanda negativamente inclinada - produtos diferenciados
Demanda relativamente elástica - bens substitutos
Ou seja, os lucros são máximos quando:
Rmg= Cmg →
Lucro > 0
LP
Lucros atraem novas empresas para o mercado
Produção da indústria aumenta
Demanda da empresa cai para DLp (Q e P se reproduzem)
P= Cme → Lucro = 0
P > Cmg → Poder de Mercado.
Microeconomia II
Como esta empresa é a única produtora da sua marca, ela se defronta com uma curva de
demanda descendente: o preço excede o custo marginal e ela detém poder de monopólio.
No equilíbrio de longo prazo, o preço torna-se igual ao custo médio, de tal modo que a
empresa passa a ter lucro zero, embora continue com poder de monopólio.
As ineficiências pioram as situações dos consumidores. Mas isso não faz com que a CM
seja uma estrutura indesejável por 2 razões:
1- Na maioria dos mercados monopolísticos, o poder de mercado é pequeno. Em geral, há
um número grande o suficiente de empresas concorrendo, cada qual detentora de marcas
com produtos substituíveis entre si, de forma que nenhuma delas tenha substancial poder
de monopólio. Qualquer peso morto resultante será pequeno.
BÔNUS:
Há livre entrada e saída de firmas no mercado ✅
Em contraste com os mercados puramente competitivos, o preço de equilíbrio é maior que o
custo marginal ✅
Microeconomia II
Cada modelo oferece uma perspectiva diferente sobre como a concorrência ocorre em
mercados oligopolísticos e fornece determinada compreensão sobre as estratégias
adotadas pelas empresas e seus possíveis resultados.
Semelhanças:
1. Mercados Oligopolísticos: Todos os três modelos são usados para descrever a
concorrência em mercados oligopolísticos, nos quais há um pequeno número de empresas
que interagem estrategicamente umas com as outras.
2. Interdependência: Nos três modelos, as empresas reconhecem a interdependência de
suas decisões. Elas levam em conta as reações dos concorrentes ao tomar suas próprias
decisões estratégicas.
3. Maximização de Lucros: As empresas em todos os três modelos procuram maximizar
seus lucros. No entanto, o conceito específico de lucro varia em cada modelo.
4. Equilíbrio de Nash: Os três modelos buscam identificar um equilíbrio de Nash, que é
uma situação em que nenhuma empresa tem incentivos para mudar sua estratégia
unilateralmente, dada a estratégia das outras empresas.
Diferenças:
1. Estratégia de Decisão: No modelo de Cournot, as empresas decidem a quantidade de
produção antes de seus concorrentes. No modelo de Stackelberg, há um líder que define
sua quantidade de produção primeiro, seguido pelos seguidores. No modelo de Bertrand, as
empresas competem em preço.
2. Informação: No modelo de Cournot, as empresas conhecem apenas as quantidades de
produção escolhidas pelos concorrentes, enquanto no modelo de Stackelberg, o líder
conhece a função de reação dos seguidores. No modelo de Bertrand, as empresas
conhecem os preços estabelecidos pelos concorrentes.
3. Resultados de Equilíbrio: Os modelos de Cournot e Stackelberg geralmente levam a
quantidades de produção mais altas e preços mais baixos em comparação com o modelo
de Bertrand. Isso ocorre porque, no modelo de Bertrand, as empresas competem
diretamente em preço, resultando em uma pressão competitiva intensa que tende a levar a
preços próximos aos custos marginais.
4. Assunções sobre a Concorrência: O modelo de Cournot assume que as empresas
competem em quantidades de produção, mantendo os preços fixos. O modelo de
Stackelberg assume uma liderança na indústria, com uma empresa definindo a quantidade
de produção primeiro. O modelo de Bertrand assume uma competição em preço perfeito,
onde as empresas ajustam os preços para igualar os concorrentes.
Lista 1- Questão 1
Microeconomia II