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Integração Económica - 61021

Marisa Fátima Camacho Temtem Nóbrega


Aluno nº: 1200403 Turma: 2
O processo de integração económica visa unificar vários espaços económicos em regiões
económicas mais vastas, ou seja, um único espaço económico. Para que isso seja possível é
necessário eliminar impedimentos à livre troca, e estabelecer princípios de cooperação e unificação
entre as regiões ou países integrantes.

Diz-se que há integração económica nacional se se proporcionar dentro do mesmo país,


internacional se for perante um número restrito de países, e mundial se englobar um grande número
de países à escala mundial.

São muitas as possíveis vantagens a favor dos processos de integração económica entre países, e
entre elas encontram-se as economias de escala.

As economias de escala representam a relação entre o aumento do volume da produção e os


respetivos custos. Podem ser externas quando o custo por unidade depender do tamanho do sector,
ou internas quando o custo por unidade depender do tamanho da empresa.

Ambas as economias têm implicações para a estrutura do mercado, porém as economias de escala
internas originam benefícios para as grandes empresas em relação às pequenas, o que faz com que
surja competitividade imperfeita no mercado.

As economias de escala internas dividem-se em estáticas (quando têm efeito no curto prazo, os
fatores de produção são indivisíveis e a sua capacidade não está a ser totalmente utilizada), e em
dinâmicas (quando estão relacionadas à aprendizagem, baseiam-se na experiencia). Podemos ainda
verificar que as economias de escala internas estáticas provocam uma relação positiva entre o nível
de produtividade da empresa e a quantidade produzida, enquanto as economias internas dinâmicas
conduzem a aumentos na taxa de crescimento da produtividade.

Se a empresa aumentar a sua produção mantendo constante ou aumentando muito pouco os seus
custos fixos, diminuindo assim o custo médio de produção (custo total repartido pela quantidade
produzida), dizemos que estamos perante rendimentos crescentes à escala ou economias de escala.
Se por outro lado, o custo médio aumentar e a produção se mantiver estamos perante deseconomias
de escala.

As economias de escala têm como principal fonte as indivisibilidades dos fatores de produção
(independentemente da quantidade a produzir existem custos que são fixos), a especialização
agregada à divisão técnica do trabalho (atinge-se um nível eficiência maior quando há uma
decomposição das tarefas e funções desempenhadas), e ao efeito da aprendizagem (através da
experiencia a produção pode ser efetuada em menos tempo).

Os ganhos ao nível das economias de escala são limitados, existe um ponto designado por Escala
Mínima Eficiente (EME), que indica o nível ótimo de produção da empresa, ou seja, o mínimo de
produção necessária para que o custo médio seja o mais baixo possível. Importa ainda perceber o
que é o custo marginal, é o acréscimo do custo necessário para que seja possível aumentar o volume
de produção de uma unidade, por outras palavras, é o aumento de custo ocasionado pela produção
de uma unidade adicional.

As economias de escala como já vimos têm origem no alargamento do mercado e podem causar
significativos ganhos de eficiência.

Numa União Aduaneira, onde para além da livre circulação de mercadorias, há uma política
comercial coletiva em relação a países terceiros, que se traduz na aplicação de uma pauta única aos
produtos importados do exterior, as economias de escala são importantíssimas. Entre dois países, se
houver diferenças a nível de eficiência, poderá despoletar uma conquista do mercado. Com o
aumento da produção vai haver a redução do preço unitário e a conquista de mercado, assim o país
mais eficiente tornar-se-á o único fornecedor do mercado dessa união. Da relação entre países da
união aduaneira vai surgir dois casos: criação de comércio, com a deslocação da procura do país
menos eficiente para o mais eficiente, mesmo que este seja menos eficiente que o resto do mundo. E
uma redução de custos com grandes vantagens para os consumidores de ambos os países. Esta
situação vai ocasionar um aumento da procura e do excedente do consumidor. Dá-se a divisão do
trabalho e especialização do país neste produto.

Ao nível do Mercado Único Europeu, as economias de escala permitem atingir a escala mínima
eficiente em todas as atividades. Nos setores onde já existiam monopólios torna-se possível haver
vários produtores nas mesmas condições de maximização de eficiência. Conclui-se que o
alargamento do mercado fez com que houvesse concorrência onde não havia, e onde era fraca foi
reforçada. O resultado final será o aumento da dimensão média das empresas.

Com base no que já foi referido, e tendo em atenção que os recursos e tecnologias dos países são
diferentes, chegamos à conclusão que com o comércio internacional, os países produzem uma
variedade restrita de bens e que se consegue vantajosas economias de escala sem por em causa a
variedade no consumo. Em resultado das economias de escala o comércio pode ser muito benéfico,
pois cada país especializa-se na produção de uma variedade limitada de produtos, possibilitando
aumentar a sua eficiência.
Bibliografia:

MARQUES, Alfredo, Economia da União Europeia, Almedina, Coimbra.

http://www.notapositiva.com/resumos/economia/11integracaoeconomica.htm

https://direitopaulovi.files.wordpress.com/2010/04/microsoft-powerpoint-aula-1.pdf

http://www.esgt.ipt.pt/download/disciplina/2996__INTEGRA%C3%87%C3%83O%20ECON
%C3%93MICA.pdf

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