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Mini teste

1. Explique a importância renovada da clusterização e cooperação na sustentação


da competitividade empresarial.
Os cluster permitem promover dinâmicas de cooperação como estratégia que permite às
empresas alcançarem sinergias que dificilmente conseguiriam desenvolver se trabalhassem
de forma isolada dos seus parceiros-concorrentes.
Esta cooperação é designada em termos económicos por cluster. Um cluster é constituído
por empresas que estão ligadas através de relações empresariais numa determinada
região. As relações entre as empresas podem ser verticais ou horizontais.
A concentração geográfica de empresas que operam no mesmo setor mostra-se vantajosa
na medida que promove a inovação e a competitividade. Mas, a formação de clusters
apresenta mais vantagens.A integração num cluster é muitas vezes um meio para que as
PME alcancem economias de escala que de outra forma não estariam ao seu alcance.

A importância da clusterização consiste na formação de alianças estratégicas entre


empresas que desenvolvem a sua atividade no mesmo setor, independentemente da
posição que ocupem para reduzirem a incerteza inerente ao negócio e que traduz-se em
ganhos comuns maiores do que os ganhos individuais que poderiam obter.

As vantagens competitivas dos clusters estão relacionadas com o fácil acesso a


fornecedores de componentes, ao desenvolvimento de canais de informação privilegiados,
à captação de mão-de-obra especializada, ao desenvolvimento de curvas de aprendizagem
mais curtas e também ao desenvolvimento e acesso à tecnologia.

Hollywood é um exemplo de cluster muito reconhecido por ser a base da indústria


cinematográfica. Em Portugal, destacamos o cluster dos colchões, localizado em São João
da Madeira. Também na região norte do país está localizado o cluster português do
calçado.

PP:O conceito de clusterização está associado à aglomeração ou polarização geográfica de


empresas e atividades. As empresas estão expostas a um ambiente competitivo, no entanto
existe uma procura específica para este ambiente dinâmico. Com contacto mais direto com
inputs especializados e de qualidade e a cooperação formal ou informal entre empresas,
acresce o acesso a conhecimento tácito. A clusterização pode ser vista como uma cadeia
de criação e cumulativa de valor, onde diversas atividades podem ser complementadas e
subcontratadas.

A política industrial teve de se adaptar às mudanças da estrutura produtiva para garantir a


sua eficiência, a sua atuação pode ser horizontal, apoiando de forma alargada os sectores,
vertical, apoiando determinada indústria ou empresa ou estrutural apoiando uma atividade
específica. A clusterização parte do princípio da utilização comum de infra-estruturas e
complementaridades a política industrial deve actuar no sentido de promover externalidades
positivas e facilitar as infraestruturas para incentivar as empresas e contribuir para o
ambiente económico. Podem também ser criadas economias de escala através da
clusterização e permitir uma ligação mais forte entre as indústria e infraestruturas.
2. “ A produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo…” Comenta.
A capacidade de um país de melhorar o nível de vida no longo prazo depende da sua
capacidade de aumentar a sua produção por trabalhador.

Esta frase escrita por Paul Krugman,ganhou o prêmio Nobel da Economia em 2008.
Introduz um dos tópicos mais debatidos na atualidade assim como um dos grandes
obstáculos às economias dos países ocidentais: a estagnação do crescimento da
produtividade.

Primeiro é importante perceber qual a importância da produtividade e qual a razão pela qual
Krugman destaca tanto o seu peso no futuro da prosperidade de uma economia. um país
produz maior quantidade de bens e serviços, o seu PIB aumentará e, por sua vez, quanto
maior for este, maior será o PIB per capita(caso a população não cresça
exponencialmente). Por sua vez, um maior PIB per capita representa de forma geral uma
melhor qualidade de vida da população, caso não haja um nível elevadíssimo de
desigualdade. Assim sendo, aumentar o valor da produção final de um país é indispensável
para que a sua população melhore a qualidade de vida ao longo do tempo. Este aumento
poderá ser feito de duas principais formas: aumento da quantidade de trabalho ou da
qualidade do trabalho. (Em relação à quantidade de trabalho, atualmente não nos sobra
grande espaço para melhorias dado que em 2017, a taxa de desemprego portuguesa se
encontrava nos 8,9% e os portugueses trabalham em média 39 horas por semana.)Quanto
ao aumento da qualidade do trabalho, esta sim é a principal fonte de possíveis aumentos do
PIB e prende-se com a capacidade produtiva dos trabalhadores, ou seja, a produtividade.
(Surge então uma questão: com o desenvolvimento tecnológico que se tem experienciado
nesta era digital, o que estará por detrás desta estagnação e como poderá ela ser evitada?)

Aumentar o valor da produção final de um país é indispensável para que a sua população
melhor a qualidade de vida ao longo do tempo.

Tanto nos Estados Unidos como na Europa, o crescimento da produtividade tem vindo a
diminuir e atualmente os valores aproximam-se de mínimos históricos

Portugal segue o mesmo caminho que o Resto do Mundo, chegando mesmo a apresentar
valores negativos do crescimento de produtividade, como foi o caso do ano de 2017.

PP:

A produtividade surge como um motor de crescimento (intensivo e extensivo) económico, está


claramente associada aos acrescimentos de eficiência querendo a extração dos melhores
resultados possíveis com os recursos disponíveis. Distinguem-se dois significados, a
produtividade física e valor, associada ao valor percebido. A produtividade vai depender da
procura e da globalização. No entanto a produtividade está associada à competitividade, onde é
necessário ter em consideração a forma sustentada de gerar rendimentos e emprego quando as
empresas estão expostas a um ambiente concorrencial. A competitividade, para além da
produtividade, é afecta a outros factores como a rendibilidade, quota de mercado, margem bruta
e EBIT.

FALTA O LONGO PRAZO


3. As falhas microeconômicas constituem um fundamento essencial para a necessidade
da intervenção do Estado na economia em materias da promoção de afectação mais
eficiente dos recursos e, portanto, para as politicas estruturais de base microeconómica .
Identifique e caracterize uma das falhas fundamentais neste domínio , dando um exemplo
concreto da mesma e da forma como a política pública procura a sua correção.

Apesar de constituírem um mecanismo poderoso de afetação de recursos numa sociedade, os


mercados têm duas limitações importantes ao nível microeconômico - as limitações na
eficiência, as chamadas, falhas microeconómicas de mercado, e as limitações na equidade, que
consiste nos níveis de bem-estar resultantes do mercado e depende da distribuição inicial dos
recursos, isto é, dos direitos de propriedade. Por isso é necessário a intervenção do estado na
economia para melhorar a eficiência na afetação de recursos.

Um exemplo de falha neste domínio é a existência de externalidades. Uma externalidade


negativa(positiva) gera um custo (beneficio) marginal externo que é o custo (beneficio) adicional,
para todos os agentes economicos afetados pela externalidade, de se produzir mais uma
unidade do bem. Neste caso a intervenção do estado consiste na atribuição de subsidios no
caso de externalidades positivas e imposição de impostos específicos no caso das
externalidades negativas.

PP: As falhas microeconómicas afectam o comportamento dos agentes empresariais e


mercados individuais. As politicas devem atuar de forma garantir o bom funcionamento dos
mesmos, corrigindo falhas e estabelecendo a equidade à partida e chegada. Para que a
eficiência do mesmo seja garantida é necessário ter em conta os bens públicos, as
externalidades (positivas e negativas), a informação assimétrica e a concorrência imperfeita.

O bens públicos não têm rivalidade nem exclusão de consumo, isto é, a sua utilização por parte
de uma agente não impossibilita outro agente de o consumir, importante referir que a não
exclusão tem custos, quanto mais agentes maior o custo ou menor o mais repartido será o
incentivo. Um exemplo de bem publico é a defesa nacional, que tem por objetivo proteger todos
os cidadãos sem exclusão ou preço a pagar.

Também as externalidades têm como objectivo a eficiência, a sua atuação é fulcral quando a
ação de um agente afecta significativamente o bem estar de outro agente, mas não transmitido
através de um sistema de preço, ter efeitos positivos ou negativos. Como exemplo, temos o
caso do tabaco cujo consumo afecta o bem estar da sociedade através da poluição, neste caso
as externalidades são negativas com aplicação de impostos para inibir o consumo. Como
externalidade positiva existem os subsídios por exemplo de formação e mestrados, para
incentivar o aumento da escolaridade.

O caso extremo de concorrência imperfeita é a situação d monopólio onde uma empresa possui
o poder total de um sector, como exemplo a Galp na refinação em Portugal. Estes casos é
necessária a regulação do estado para garantir que o preço não é superior às quantidades
transacionais.

A informação assimétrica consiste noutra falha, em que não é garantida a seleção correta da
informação, a defesa do consumidor surge como exemplo de possível atuação.

4. distingue competitividade de custo com competitividade de não-custo


A noção de competitividade é um conceito de dimensão muito complexa e alargada. Para
entender este conceito é importante fazer uma articulação das visões mais tradicionais da
“competitividade custo” com as visões mais modernas da “competitividade não-custo”.

→ A “competitividade custo” consiste na eficiência da combinação dos fatores produtivos;


acrescenta valor porque há um elevado volume de vendas, elevado nivel de produção e
custos e preços mais baixos - margens mais baixas.

→ Por outro lado, “competitividade não-custo” é uma combinação de eficiência com eficácia.
Tem preços e margens mais elevadas e as quantidades podem ser elevadas ou nao. O
valor joga-se na margem porque a empresa tem um produto único aos olhos do
consumidor. então o consumidor está disposto a pagar por ele.

PP:

A competitividade está associada à capacidade de uma economia gerar riqueza e emprego


quando exposta a concorrência internacional e numa base de utilização sustentável de
recursos. A sua capacidade de produtividade pode ter uma estratégia de competitividade
custo ou não custo, isto é:

- a competitividade custo tende para a criação de volume, preços mais baixos assim
como os custos e margens, está em função dos preços dos inputs e a combinação
eficiente dos mesmos.

- A competitividade valor está associada à marca, onde se pretende uma estratégia de


diferenciação, design, inovação, e aos custos, a qualidade dos recursos humanos e as
competências podem também ser motivo de ponderação.

5. Quais as características mais salientes do processo de inovação e que implicações


daí resultam para a política industrial e de inovação?

As características da Inovação são:


-O processo de inovação é cumulativo
-Os processos de inovação são incertos e não lineares

Implicações:
-A política industrial deve evitar concentrar-se exclusivamente num subconjunto de
actividades high-tech.

- O estabelecimento de redes e de cooperação na I&D deve ser encorajado

-As autoridades públicas devem estimular as articulações entre o sistema científico e a I&D
de base industrial
-A política pública deve promover um quadro institucional que consolide e amplifique o stock
de conhecimento da economia.

As políticas devem fortalecer este tipo de vantagens e atenuando o risco e incerteza, no


entanto sem intervir nos resultados. São importantes políticas adaptativas e flexíveis que
não prejudiquem a inovação, mas sim incentivem.

PP:

Na teoria evolucionista defende um conceito processo dinâmico, onde a inovação cria


expansão económica e as novas tecnologias contribuem para o crescimento. Este processo
evolutivo é caracterizado pela incerteza e ritmo da evolução. A inovação não se limita aos
sectores da alta tecnologia é o resultado da pesquisa científica, com universidades,
empresas e institutos de pesquisa, e tecnologia, onde entre outras formulações deve haver
cooperação, processos sistémico e natureza cumulativa de conhecimento. A vantagem
competitiva resume-se ao elevado grau de especialização resultante e a interação entre
diversos recursos. As políticas devem fortalecer este tipo de vantagens e atenuando o risco
e incerteza, no entanto sem intervir nos resultados. São importantes políticas adaptativas e
flexíveis que não prejudiquem a inovação, mas sim incentivem.

EXAME E.R. 24/06/2009

A competitividade constitui uma referência incontornável para as modernas políticas


industriais

1. apresente 3 fatores da noção de “competitividade”(justifica a sua escolha)

→ Uma “economia competitiva” comporta, necessariamente, um nível elevado de eficiência


e de eficácia traduzido numa capacidade efectiva de criação de emprego e de remuneração
dos factores produtivos, isto é, numa capacidade de melhorar, de forma sustentada, o nível
de vida médio da população quando exposta à concorrência internacional. (REGAN)
→ A competitividade é multidimensional, dinâmica e é uma noção comparativa.
É muito difícil medir por isso recorre-se a indicadores sintéticos.
Dinâmico porque constrói-se continuamente. A competitividade deve ser avaliada como um
processo e não como um estado. Em aspectos quantitativos pode ser avaliado através da
eficácia e eficiência na transformação de resultados, e nos aspectos qualitativos pode ser
avaliado através da diferenciação de trajetórias no saber fazer.
A noção é comparativa porque é avaliada por resultados, como as quotas de mercado, a
captação de investimento, etc.
→ A “competitividade a nível empresarial” consiste em gerar resultados para os acionistas numa base
sustentável. A competitividade é a característica ou capacidade de qualquer organização em
cumprir a sua missão, com mais êxito que outras organizações competidoras.
2.Tendo em conta a noção de competitividade de custo e de competitividade de não-
custo, fatores conjunturais e estratégicos, fatores básicos e avançados , apresenta
um diagnóstico da situação portuguesa atual identificando os pontos fortes e fracos.
→ Os factores avançados são recursos específicos, especializados, escassos e
localizados. Aspectos qualitativos associados à criação de valor e à satisfação de dinâmicas
de procura progressivamente diferenciadas e crescentemente exigentes em matéria de
tempo de resposta. Ex: Pessoas educadas e qualificadas portadoras de competências;
Sistemas estruturados de inovação, de ciência & tecnologia e de informação & comunicação
com componentes integradas; infraestruturas sofisticadas de prestação de serviços de
apoio ao desenvolvimento de produtos e soluçõe, redes de fornecedores especializados,
presença de actividades complementares, opções alargadas de outsourcing, acesso a
plataformas logísticas de “resposta rápida”; mercado de capitais maduro, disponibilidade de
serviços financeiros avançados, capital de risco; …

→ Os fatores básicos são recursos genéricos, transaccionáveis ou acessíveis. São aspectos mais
quantitativos associados à produção física. EX: Capital físico (instalações e equipamentos produtivos,
redes de infra-estruturas básicas, ...); Acesso aos“inputs” materiais para a produção e distribuição;
Disponibilidade (quantidade e custo) do factor “trabalho” (qualificações básicas e intermédias);
Mobilidade de pessoas e mercadorias; Acesso a crédito e a serviços financeiros; …

→ A noção de competitividade é um conceito de dimensão muito complexa e alargada.


Para entender este conceito é importante fazer uma articulação das visões mais tradicionais
da “competitividade custo” com as visões mais modernas da “competitividade não-custo”. A
“competitividade custo” consiste na eficiência da combinação dos fatores produtivos;
acrescenta valor porque há um elevado volume de vendas, de produção a custos e preços
mais baixos - margens mais baixas. Por outro lado, “competitividade não-custo” é uma
combinação de eficiência com eficácia. Tem preços e margens mais elevadas e as
quantidades podem ser elevadas ou nao. O valor joga-se na margem porque a empresa
tem um produto único aos olhos do consumidor. então o consumidor está disposto a pagar
por ele.

→ Diagnóstico de portugal: Podemos considerar o dinamismo do setor do turismo um ponto forte


de Portugal. No entanto, a falta de poder de compra, os preço dos combustíveis e a falta de
recursos humanos são alguns dos fatores que explicam a perda de competitividade do
turismo português nos últimos anos. Por isso, o turismo, apesar de ser considerado um
ponto forte, tem vindo cada vez mais a perder o seu peso na economia portuguesa. Como
pontos fracos da competitividade portuguesa podemos destacar o facto de o PIB 'per
capita' do país ser o mais baixo da zona euro. O elevado endividamento, público e privado,
e as condições precárias de acesso a crédito "vão continuar a ser um grande impedimento
para a aceleração do crescimento", fazendo também com que "o investimento continue
fraco, tendo em conta o aumento da incerteza política e uma fraca procura global".
3. Refletindo sobre a realidade europeia e privilegiando os desafios colocados pelas
novas pressões da globalização, explique o caminho mais adequado para construir
uma política industrial que tenha a “estratégia de Lisboa” como seu grande
referencial, indicando, nomeadamente, os principais objetivos e instrumentos que
escolheria.
“Política industrial é qualquer tipo de intervenção ou política governamental que tente
melhorar o ambiente de negócios ou alterar a estrutura da atividade económica em direção
a setores, tecnologias ou tarefas que devem oferecer melhores perspectivas de crescimento
económico ou bem-estar social do que ocorreria na ausência de tal intervenção”.

Grupo II
1.Concorda com afirmação que as indústrias “locais” são tão relevantes para a
competitividade de um país quando as indústrias de bens transacionáveis
Alguns especialistas notaram que os agrupamentos regionais podem com sucesso
satisfazer a procura de bens públicos globais que emergiu com a globalização (por
exemplo, normas comuns, uma moeda única ou acordos visando a estabilidade monetária,
medidas conjuntas para manter a actividade económica, protecção ambiental).

Consequentemente, o multilateralismo é visto como o limite para o qual se pode progredir


através de sucessivos alargamentos das uniões regionais.
Por fim, a integração regional é mais profunda, indo para além da mera liberalização
comercial e de outras questões puramente económicas.

Numa envolvente marcada pelo aprofundamento da globalização, as interdependências


entre as economias nacionais acentuam-se – influenciando portanto, em termos globais, o
desempenho económico das regiões e determinando, naturalmente, o seu necessário
envolvimento na prossecução de objectivos e de prioridades comuns, partilhadas em termos
supranacionais.

Afasta-se assim a dicotomia entre políticas públicas nacionais e regionais de


desenvolvimento, em que as primeiras assumem os objectivos da competitividade e as
segundas os da coesão – para consagrar a partilha das responsabilidades pelo crescimento
e pela solidariedade, prosseguindo coerentemente os objectivos da competitividade e da
coesão do País e das regiões.

Políticas estruturais de base microeconomico: função de afetação para corrigir falhas


de eficiencia e função de redistribuição para corrigir falhas na equidade
- politica industrial
- -politica da inovação
- -politica concorrencial
- -politica de educação ao longo da vida
- redução de custos publicos
- provisão de serviços publicos e de infraestruturas
- flexibilização dos mercados de trabalho
Politicas macroeconómicas de base conjuntural: função de estabilização e de
redistribuição dos rendimentos
- politica de orcamento fiscal
- politica cambial
- politica monetaria

EXAME 2018
Grupo I
1. Na sua opinião, que fatores e evoluções passadas têm estado na base do
desenvolvimento do processo de globalização da economia mundial a que se
refere o excerto anterior.
A globalização permitiu a expansão à escala global das relações entre os sistemas
ecónomicos e sociais através de instituições economicas privadas.
Os fatores passados que tem estado na base do desenvolvimento da globalização
foram a crescente abertura internacional, expondo as economias nacionais a choque
externos e a maior interdependência entre economias..
Razões para a multinacionalização das empresas:
1. Penetrar em mercados em expansão
2. Adaptar os produtos à procura local
3. Baixar custos de transporte e evitar barreiras aduaneiras
4. Baixar custos de produção
5. Aumentar exportações
6. Aceder a novas tecnologias

Causas da globalização
Progresso técnico nos meios de transporte e comunicação, redução de custos de
transporte, alargamento das possibilidades de comunicação à distância,
possibilidades de especialização, as opções de localização e de estratégia
organizativa das empresas, elasticidade preço da procura e da oferta
Política económica:
•eliminação de obstáculos ao comércio e à circulação de factores produtivos (... e
diminuição tarifas, convertibilidade das moedas)
•alargamento do capitalismo a novas grandes áreas geográficas

2. Tendo em consideração o aprendido nesta disciplina e o excerto do texto ,


situe os fatores estruturais e conjunturais que, na sua opinião, tiveram na base
do comportamento menos dinâmico no passado recente da economia
portuguesa.

Grupo II
1. O mercado de concorrência perfeita tem muita importância na teoria económica, pois
conduz à eficiência económica e à maximização do bem-estar da sociedade.Por
eficiência entende-se a capacidade de extrair o melhor resultado possível a partir
dos recursos produtivos disponíveis.Esta noção de eficiência na afectação de
recursos remete-nos para o conceito de Óptimo de Pareto.Diz-se que um estado da
sociedade é “óptimo à Pareto“ se quando se passa desse estado para qualquer
outro, não é possível melhorar a situação de nenhum dos seus membros sem que
outro fique pior.Para além de assegurar a eficiência económica, a estrutura de
mercado de concorrência perfeita também assegura que o bem-estar de uma
sociedade seja máximo.O bem-estar é máximo quando um mercado perfeitamente
competitivo se encontra em equilíbrio, pois é maximizada a soma do excedente do
consumidor com o excedente do produtor.Apesar do mercado de concorrência
perfeita constituir um mecanismo muito importante de afectação de recursos numa
sociedade, há situações em que se verificam as chamadas falhas de mercado, que
conduzem a limitações na eficiência. Quando há falhas de mercado isso significa
que há ineficiências económicas que têm de ser corrigidas. Como exemplos de
falhas de mercado podemos apontar a não verificação dos pressupostos da
concorrência perfeita, a existência de bens públicos, as externalidades, as falhas de
informação, … Portanto, as diferentes formas de concorrência imperfeita nunca
produzem equilibrios eficientes em matéria de afetação de recursos

2. A política de concorrência atua através da liberalização de mercados (removendo


as barreiras à entrada/saída) e a abertura internacional (espaços de integração
económica e globalização) através da regulação e/ou das empresa públicas, a fim
de prosseguir com a afetação ótima de recursos (otimo de pareto).
A regulação, no sentido estrito, são as medidas de controlo direto, com os quais o
Estado, ou outros organismos públicos, de forma abstrata (legislação) ou substancial
(ação executiva) influi na conduta dos agentes privados num dado setor ecómico ou
em certas circunstâncias. Os objetivos da regulação podem ser variados e estar
relacionados com a obtenção da eficiência (estática ou dinâmica) para promover
inovação, salvaguardar e gerir a concorrência, limitando as externalidades negativas
e estimular as positivas ou com a equidade (redistribuição).

3.Entregues a si próprias, as empresas privadas investiram demasiado pouco em


inovação porque escolhem um nível que maximize os seus lucros privados
ignorando o benefício social decorrentes para a economia como um todo. Nestas
condições, o apoio público permitiria garantir efeitos positivos de spillover, desde
que não discrimina entre as diferentes setores para não criar distorções.
Existem 2 situações que justificam as intervenções das políticas públicas na
inovação. Por um lado, o elevado grau de INCERTEZA leva que as empresas
privadas não assegurem objetivos sociais havendo uma elevada necessidade da
intervenção pública (como é o caso da investigação médica). Por outro lado, existe a
necessidade de imprimir orientações às atividades de inovação a que o setor privado
nao chega espontaneamente por falta de incentivo - SELETIVIDADE - dependendo
do objetivo das Políticas públicas e das escolhas sociais

4.a) o grau em que ela consegue, em condições de mercado livres e justas, produzir
bens e serviços capazes de superar o teste da concorrência internacional e permitir,
ao mesmo tempo, aumentar o rendimento real dos cidadãos. A competitividade, ao
nível nacional, baseia-se numa performance superior da produtividade numa base
sustentável.

b) A noção de competitividade é um conceito de dimensão muito complexa e


alargada. Para entender este conceito é importante fazer uma articulação das visões
mais tradicionais da “competitividade custo” com as visões mais modernas da
“competitividade não-custo”. A “competitividade custo” consiste na eficiência da
combinação dos fatores produtivos ; tende para a criação de volume, preços mais
baixos assim como os custos e margens, está em função dos preços dos inputs e a
combinação eficiente dos mesmos. O desempenho concorrencial das empresas que
têm por base uma competitividade centrada no custo e que se preocupam
principalmente com a aquisição de economias de escala, estão muitas vezes
limitadas no que toca à capacidade de inovar uma vez que possuem recursos
genéricos e competências insuficientes e o facto do seu foco dar primazia às
economias de escala significa que não existem elementos diferenciadores que
permitam às empresas competir eficazmente quando expostas à concorrência
internacional.
Por outro lado, “competitividade não-custo” é uma combinação de eficiência com
eficácia. Tem preços e margens mais elevadas e as quantidades podem ser
elevadas ou nao. O valor joga-se na margem porque a empresa tem um produto
único aos olhos do consumidor. então o consumidor está disposto a pagar por ele.
Está associada à marca, onde se pretende uma estratégia de diferenciação, design,
inovação, e aos custos com a qualidade. Estes são factores intangíveis de
competitividade. As empresas, neste tipo de competitividade, procuram adaptar-se
às dinâmicas de resposta a procuras globais.
As políticas estruturais de base microeconomicas têm efeitos de médio/longo prazo.
Pretendem a promoção da eficiência e de eficácia, da concorrência entre mercados
e da inovação favorecendo as externalidades do conhecimento. Este tipo de
políticas estão mais vocacionadas para a competitividade não custo.
Um exemplo destas políticas é, por exemplo, o fomento de networking entre
empresas (ex: financiamento sob condições de consórcio) que fará com que as
economias do conhecimento se expandem e consequentemente se promovam
factores intangíveis de competitividade.

6. A Produtividade Total dos Fatores (PTF) é mais importante que o aumento do


stock de capital físico por trabalhador umas vez que, no caso de o país "A" ter uma
PTF mais elevada que o país "B” isso indica que, caso os dois países tivessem as
mesmas quantidades de capital físico e capital humano, o país A conseguiria gerar
mais produto – e portanto teria uma renda per capita mais elevada. É como se a
tecnologia do país A fosse superior.
É difícil estimar o crescimento pela produtividade total dos fatores, porém esse
índice é essencial para avaliar o desempenho económico passado e potencial dos
países.
A produtividade total dos fatores (PTF), tem a pretensão de indicar a eficiência com
que a economia combina a totalidade de seus recursos para gerar produto. A partir
desta conceituação, a dinâmica do indicador seria resultado do progresso
tecnológico da economia.
No entanto, de forma diametralmente oposta à produtividade do trabalho, a aparente
simplicidade da interpretação da dinâmica da PTF traz consigo a grande dificuldade
do indicador, qual seja, seu cálculo. Realmente, a identificação de todos os recursos
da economia, a mensuração de cada um deles e a determinação da forma como tais
recursos são combinados com vistas à atividade produtiva estão longe de
constituírem tarefas triviais. Esta construção faz que o cálculo da PTF seja bastante
sensível a diferentes procedimentos visando à execução de tais tarefas.

7. Os cluster permitem promover dinâmicas de cooperação como estratégia que permite às


empresas alcançarem sinergias que dificilmente conseguiriam desenvolver se trabalhassem
de forma isolada dos seus parceiros-concorrentes.
Esta cooperação é designada em termos económicos por cluster. Um cluster é constituído
por empresas que estão ligadas através de relações empresariais numa determinada
região.
A concentração geográfica de empresas que operam no mesmo setor mostra-se vantajosa
na medida que promove a inovação e a competitividade. Mas, a formação de clusters
apresenta mais vantagens.A integração num cluster é muitas vezes um meio para que as
PME alcancem economias de escala que de outra forma não estariam ao seu alcance.
A importância da clusterização consiste na formação de alianças estratégicas entre
empresas que desenvolvem a sua atividade no mesmo setor, independentemente da
posição que ocupem para reduzirem a incerteza inerente ao negócio e que traduz-se em
ganhos comuns maiores do que os ganhos individuais que poderiam obter.
As vantagens competitivas dos clusters estão relacionadas com o fácil acesso a
fornecedores de componentes, ao desenvolvimento de canais de informação privilegiados,
à captação de mão-de-obra especializada, ao desenvolvimento de curvas de aprendizagem
mais curtas e também ao desenvolvimento e acesso à tecnologia.
Um setor consiste num agrupamento de atividades que se dedicam à produção de bens
semelhantes
A Estratégia Europa 2020 é a proposta da UE para o crescimento e o emprego para a
década em curso, colocando a tónica no crescimento inteligente, sustentável e inclusivo,
procurando melhorar a competitividade e produtividade das economias europeias e
assegurar uma economia social de mercado sustentável.

GLOBALIZAÇÃO vs PORTUGAL
O crescimento continuado dos fluxos de comércio internacional e dos movimentos de capital
observado ao longo das últimas décadas, conjugado com a alteração do seu padrão de
evolução no sentido de uma crescente diversidade e complexidade, evidencia a importância
da dinâmica de globalização das economias e das sociedades e configura desafios e
oportunidades determinantes para Portugal, especialmente tendo em conta as suas
consequências estruturais em termos de concorrência internacional nas dimensões
correspondentes aos fluxos comerciais, de capitais, de pessoas e de informação.
Os principais efeitos desta dinâmica ocorrem em termos geo-estratégicos
(marcados pelo papel que neste contexto vem sendo desempenhado pelas
economias norte-americana e europeia e pelas posições crescentemente
importantes de economias asiáticas e sul-americanas) e sectoriais (com relevo para
a competição pelo factor preço, em actividades com maior intensidade de utilização do
factor trabalho, nomeadamente em domínios de menor valor acrescentado e menos
exigentes em qualificações, bem como para a competição em actividades mais intensivas
em conhecimento e menos dependentes da localização).
Neste quadro, e tendo em conta as crescentes dificuldades em competir nos mercados
internacionais com base em actividades de baixo valor acrescentado, as economias de
desenvolvimento intermédio, como a portuguesa, são confrontadas com os desafios
impostos pelas economias mais desenvolvidas, em que a importância relativa das
actividades baseadas no conhecimento e na utilização de tecnologias inovadoras é
significativa, e pelas economias emergentes, onde se verificam trajectórias de rápida subida
nas cadeias de valor das indústrias e serviços globalizados e onde as restrições
decorrentes da localização são progressivamente menos significativas e que,
consequentemente, beneficiam de importantes novos projectos de IDE e de
deslocalizações.
A responsabilidade das políticas públicas na transformação destes desafios em efectivas
oportunidades reveste uma dimensão determinante, implicando necessariamente a
focalização dos seus instrumentos de intervenção (em particular no quadro da política de
coesão) em actuações dirigidas ao reforço dos factores de competitividade como a
qualificação do potencial humano, o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação
nos processos produtivos, nos produtos e nas formas de organização, o estímulo à
constituição e à participação em redes de empresas e de centros do conhecimento, a
minimização dos custos públicos de contexto e a generalização da utilização das
tecnologias de informação e comunicação.

O conceito de bem-estar económico está ligado ao conceito de equilíbrio geral da


economia, ou seja, de uma situação em que os preços de todos os bens e serviços
em todos os mercados são tais que estes se encontram em equilíbrio, ou seja, não
há incentivos para que os agentes económicos, tanto do lado da oferta como da
procura, alterem os seus comportamentos.
A economia ou teoria do bem-estar assenta numa visão do equilíbrio geral
associada ao conceito de "mão invisível". Ao conceito de "mão invisível
corresponde" o teorema fundamental da economia do bem-estar. Por outras
palavras, numa situação de concorrência,o equilíbrio dos mercados constitui um
ótimo de Pareto, ou seja, uma situação em que não há incentivo para que as partes
envolvidas alterem as suas posições, pelo que o bem-estar dos consumidores é
máximo.

Segundo o teorema “fundamental” da economia de bem estar, primeiro, em


mercados completos (ausência de externalidades,...) e de concorrência perfeita,
havendo um equilíbrio, é ótimo de pareto e não pode ser único. No entanto, estas
são características muito restritivas e pouco realistas.
Uma situação otimo de Pareto pode ser alcançado como um equilíbrio concorrencial
se forem garantidas certas condições.O equilibrio que se obtem depende da
distribuição inicial dos recursos.
Entre vários estados alternativos, eficientes à Pareto, alguns podem não ser
desejaveis (desigualdade social ou situações ditatoriais). Havendo mais que um
equilibrio, é pssivel escolher uma situação eficiente (com base em criterios de
equidade) de modo a evitar resultados socialmente indesejaveis (sem prescindir da
eficiencia)
O equilíbrio concorrencial é uma situação não necessariamente única ou estável, em
que há um conjunto de preços ta que o excesso da procura é igual a zero em todos
os mercados. É neste sentido que o mercado concorrencial é ótimo a pareto.

As Políticas económicas têm como objectivo definir o melhor caminho para se atingir fins
económicos (Produção, distribuição e consumo de bens e serviços) e consequentemente
fins sociais uma vez que permite a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Essas
políticas podem ser de varias formas, no âmbito estrutural e conjuntural.

O que são então reformas conjunturais? são politicas que visam a restruturação e ou
implementação de variáveis económicas ligadas a inflação, níveis de preço, relações
económicas com outros países, nível de desemprego, Despesas do estado, Divida publica,
a taxa de formação Bruta de capital e outros são variáveis que quando alteradas podem
acelerar ou abrandar o crecimento económico.
As Reformas estruturais, são as que levam ao desenvolvimento económico, porque
permitem que os países façam investimento para catapultar o crescimento económico, e
esses investimentos normalmente estão ligados aos três sectores económico, o Primário
(desenvolvimento da actividade agricultura e a extractiva), Secundário (desenvolvimento da
actividade fabril através da criação de industrias e ou Polos industriais) e o Terciário
( sector de serviço que engloba o comercio e os transportes) é importante que se destaque
a construção de escolas, hospitais e outras infra-estruturas de suporte como as estradas e
caminhos de ferros como parte dessas reformas, pois, para se fazer as transacções
comerciais dentro do território deve existir infra-estruturas que permitam a circulação de
pessoas e bens com flexibilidade. Elas têm impacto no longo prazo e o investimento é de
capital, ou seja, é necessário muito dinheiro para a sua realização.
As políticas públicas portuguesas devem ser fortemente focalizadas, de forma a
contribuírem com eficácia para os ajustamentos estruturais indutores dos aumentos de
produtividade e dos ganhos de capacidade concorrencial que, num quadro de coesão social
e territorial, contribuam para melhorar significativamente o posicionamento internacional de
Portugal.
O reforço da coordenação das políticas macroeconómicas (conjunturais) por um lado, e
estruturais de base microeconómica por outro, por forma a prosseguir rigorosamente os
esforços de consolidação orçamental e de melhoria da eficácia e selectividade na gestão
dos fundos estruturais e do investimento público, alinhadas com uma plena e realista
inserção na Estratégia de Lisboa - isto é, dirigidos a uma profunda renovação do modelo
competitivo da economia portuguesa – constituem necessariamente o núcleo central da
agenda portuguesa das políticas económicas numa Europa alargada

NOÇÃO DE POLÍTICA ECONÓMICA


"Conjungação deliberada de certos meios para alcançar determinados fins" (TINBERGEN,
1961);
· "Área económica da política" "Processo pelo qual o governo hierarquiza certos objectivos,
à luz dos seus fins de política económica geral e usa instrumentos ou alterações
institucionais para os alcançar" (KIRSCHEN, 1974);
· "Conjunto de decisões coerentes tomadas pelos poderes públicos visando alcançar certos
objectivos relativos à situação económica de um conjunto nacional, infranacional ou
supranacional, através de diversos instrumentos e num quadro de maior ou menor prazo"
(MOSSÉ, 1978).
· "Conjunto das decisões dos poderes públicos visando orientar a actividade económica
num sentido julgado desejável aos olhos de todos" (GREFFE, 1989);
· "Disciplina que investiga as regras de conduta tendentes a influenciar os fenómenos
económicos com vista a orientá-los num sentido desejado" (BALDUCCI/CANDELA, 1991);

A política económica exprime uma forma específica de articulação entre a "economia" e a


"política".
A política económica surge como expressão de escolhas políticas mais vastas (relativas ao
modelo de sociedade, à dimensão das áreas de solidariedade e livre iniciativa dos cidadãos,
ao papel e responsabilidades do Estado e dos agentes económicos, por exemplo)
assumidas, com maior ou menor clareza ideológica, pelos seus responsáveis ou decisores,
que as utilizam para a identificação de objectivos, para a escolha de instrumentos ou para a
própria operacionalização das acções de regulação ou estabilização. As realizações da
política económica condicionam, pelo seu lado, a evolução política e o sentido das escolhas
eleitorais;

Conceito de competitividade
Uma “economia competitiva” comporta, necessariamente, um nível elevado de eficiência e
de eficácia traduzido numa capacidade efectiva de:
- criação de emprego;
- de remuneração dos factores produtivos
- capacidade de melhorar, de forma sustentada, o nível de vida médio da população.
O ganho de relevância da noção de competitividade fez-se, no entanto, através de um
processo evolutivo. O percurso é, em grande medida, um percurso marcado pelas
realidades dos países mais desenvolvidos, Estados Unidos na América, Alemanha na
Europa e Japão na Ásia. A experiência destas economias revela, com clareza, que a
manutenção de uma elevada capacidade de criar riqueza constitui um processo que se vai
tornando progressivamente mais exigente.

A competitividade surge na experiência norte-americana associada, primeiro, nos anos 80,


como “o grau em que ela consegue, em condições de mercado livres e justas, produzir bens
e serviços capazes de superar o teste dos mercados internacionais e permitir, ao mesmo
tempo, aumentar o rendimento real dos cidadãos. A competitividade, ao nível nacional,
baseia-se numa performance superior da produtividade”

Posteriormente, nos anos 90 como "a nossa capacidade para produzir bens e serviços que
passem o teste da concorrência internacional enquanto os nossos cidadãos possam
desfrutar de níveis de vida que sejam, simultaneamente, crescentes e sustentáveis”5 .

A Emergência da “Competitividade”: o Impulso da Globalização


A “competitividade” como referencial das políticas públicas e das práticas empresariais é
indissociável da aceleração do processo de aprofundamento da integração económica
mundial, conhecido através da “globalização”.

A globalização gerou, com efeito, um quadro crescentemente concorrencial, onde a


restrição da competitividade se tende a impor progressivamente, de forma mais dura ou
mais branda, a todas as empresas e a difundir, em maior ou menor profundidade, a todos
os espaços de localização das actividades económicas, processo que se desenvolve:
• Seja através do nivelamento dos preços dos bens transaccionáveis (enquanto
“commodities”, isto é, matérias-primas, bens intermédios e bens e serviços acabados que
são objecto de comércio e/ou investimento internacional), no domínio da afirmação da
competitividade pelos custos, embora deixando margem para uma maior dispersão do custo
do capital e, sobretudo, dos níveis salariais;
• Seja através da difusão de novas formas de organização da produção e de gestão
empresarial que, no essencial, assentam numa progressiva valorização de uma adaptação
“fina” da produção a procuras segmentadas e complexas (isto é, que se expressam não só
em combinações de quantidade e qualidade, mas também em combinações de suportes
tangíveis e componentes intangíveis) traduzida, nomeadamente, na expansão e
segmentação da gama de produtos e serviços, na redução do tempo de percepção e
resposta às necessidades manifestadas nos mercados (“time to market”) e na expansão
acelerada de redes de subcontratação e de comercialização, no domínio da afirmação da
competitividade pelo valor criado.

A articulação entre a “competitividade” e a “globalização” é decisiva

A identificação de uma situação de maior ou menor competitividade corresponde sempre ao


resultado de um análise comparativa, isto é, por exemplo, corresponde a uma empresa que
ganha ou perde quotas de mercado em relação aos seus concorrentes, a uma região que
ganha ou perde investimentos em relação a outras regiões.
Aula Política (16/05/2019)

-Falhas de mercado e de Estado


-Falhas sistêmicas
→ tudo isto remete para necessidade da política pública coordenada ao nível global e supranacional
Está politica publica tem por um lado afetação para a correção de falhas de mercado
(regulação da concorrência imperfeita, informação assimétrica,...). Por outro lado, a função
de redistribuição (a forma como distribuímos a riqueza em igualdade de circunstâncias -
saúde, educação). E ao nível da estabilização da economia.

Para ter política pública preciso de :


-Diagnosticar a realidade;
definir os problemas e falhas (hierarquizar)
-Formulação de objetivos (reduzir o desemprego não é um objetivo; objetivo é o que tem
metas ex: reduzir o desemprego para 4%. Se não tiver metas definidas não sei se estou a
chegar aos objetivos) (hierarquizar)
- Formulação de instrumentos para atingir os objetivos definidos devidamente
calendarizadas e quantificados; Após é necessários verificar grau de cumprimento dos
objetivos. Se isto não acontecer é necessário voltar a diagnosticar a realidade (voltar ao
início)

Política economia ← → Análise económica (fundamental para diagnosticar e analisar se as métricas


estão a ser cumpridas ou não)

Não há política sem uma boa análise. A política só tem bons efeitos se for coerente (mas
muitas vezes é rara e influencia o comportamento dos agentes económicos).

Importante entender quais as consequências ao manipular determinadas instrumentos.

Os modelos económicos quanto mais próximos forem da realidade, mais complexos e


difíceis são de trabalhar e analisar. Quando mais simples, mais afastados são da realidade.

A passagem dos modelos para os objetivos são muito importantes.

Princípios de política económica (tinbergen)


- Tanto mais efetiva quanto o nº de instrumentos >= nº de objetivos

Princípio de Mundell:
Cada instrumento disponível deve ser afetado ao controlo do objetivo em relação ao qual
detenha uma maior eficácia relativa, isto é, cada instrumento deve ser dirigido para o
objetivo sobre o qual produz mais efeitos ou impactos.

Princípio de Meade
-Especialização dos decisores políticos, ou seja, cada decisor deve estar especializado na
concretização de determinado tipo de política, dependendo da área. (Banco central europeu
a conduzir o mercado cambial porque têm boas competências para o fazerem).
O combate a falhas de mercado assume muitas vezes:
-Correção de externalidades
-Provisão de bens públicos
- Regulação (evitar abusos de posição dominantes; evitar processos exclusivos que
desvirtuam a concorrência; Evitar preços e rentabilidades excessivos; evitar situações de
vendas abaixo do custos de produção

→ Tudo isto traduz-se em incentivos financeiros de apoio ao investimento em inovação, I&D,


internacionalização e formação profissional.
por exemplo em áreas de I&D se não existir apoios financeiros a indústria não avança (caso
da indústria farmacêutica em que o estado investe milhões - portugal 2020)
Isto são áreas de risco e incertezas mas o retorno social certamente é maior que o retorno
privado. Isto tudo para diminuir as externalidade,...
→ incentivos fiscais nas mesmas áreas na fase de exploração de incentivos
→ Outra ação que o Estado tem é o desenvolvimento e investigação pré-competitivo nos laboratórios,
no estado e nas universidades.
Fomentar a cooperação empresarial e com as entidades do sistema científico e tecnológico
(sct) nacional e regional;
→ dar formação académica e ao longo da vida, isto é, competências para facilitar a vida das empresas
para a competitividade.
→ seletividade (políticas de compra pública)
→ políticas de concorrência - garantir que o mercado único e europeu seja concorrencial com as suas
4 liberdades (bens públicos, serviços, pessoas e capitais)

Trabalho sobre políticas industriais:


Background
as políticas industriais está aplicado em diversos paises. Cada pais aplicou a sua politica
industrial (por exemplo a holanda aplicou as suas politicas na agricultura)
O crescimento e declínio da manufatura nos paises da OCDE:
o que tem acontecido é que as empresas na parte mais baixa do grafico tem apostado mais
no outsourcing dos serviços.
A china é dos poucos paises que aposta mais na manufatura, comportamento oposto aos
restantes paises da OCDE.
Definição de politica industrial:
- abordagem focada na manufatura;
- definição mais abrangente que se foca tanto na manufatura como em outros setores.

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