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Esta frase escrita por Paul Krugman,ganhou o prêmio Nobel da Economia em 2008.
Introduz um dos tópicos mais debatidos na atualidade assim como um dos grandes
obstáculos às economias dos países ocidentais: a estagnação do crescimento da
produtividade.
Primeiro é importante perceber qual a importância da produtividade e qual a razão pela qual
Krugman destaca tanto o seu peso no futuro da prosperidade de uma economia. um país
produz maior quantidade de bens e serviços, o seu PIB aumentará e, por sua vez, quanto
maior for este, maior será o PIB per capita(caso a população não cresça
exponencialmente). Por sua vez, um maior PIB per capita representa de forma geral uma
melhor qualidade de vida da população, caso não haja um nível elevadíssimo de
desigualdade. Assim sendo, aumentar o valor da produção final de um país é indispensável
para que a sua população melhore a qualidade de vida ao longo do tempo. Este aumento
poderá ser feito de duas principais formas: aumento da quantidade de trabalho ou da
qualidade do trabalho. (Em relação à quantidade de trabalho, atualmente não nos sobra
grande espaço para melhorias dado que em 2017, a taxa de desemprego portuguesa se
encontrava nos 8,9% e os portugueses trabalham em média 39 horas por semana.)Quanto
ao aumento da qualidade do trabalho, esta sim é a principal fonte de possíveis aumentos do
PIB e prende-se com a capacidade produtiva dos trabalhadores, ou seja, a produtividade.
(Surge então uma questão: com o desenvolvimento tecnológico que se tem experienciado
nesta era digital, o que estará por detrás desta estagnação e como poderá ela ser evitada?)
Aumentar o valor da produção final de um país é indispensável para que a sua população
melhor a qualidade de vida ao longo do tempo.
Tanto nos Estados Unidos como na Europa, o crescimento da produtividade tem vindo a
diminuir e atualmente os valores aproximam-se de mínimos históricos
Portugal segue o mesmo caminho que o Resto do Mundo, chegando mesmo a apresentar
valores negativos do crescimento de produtividade, como foi o caso do ano de 2017.
PP:
O bens públicos não têm rivalidade nem exclusão de consumo, isto é, a sua utilização por parte
de uma agente não impossibilita outro agente de o consumir, importante referir que a não
exclusão tem custos, quanto mais agentes maior o custo ou menor o mais repartido será o
incentivo. Um exemplo de bem publico é a defesa nacional, que tem por objetivo proteger todos
os cidadãos sem exclusão ou preço a pagar.
Também as externalidades têm como objectivo a eficiência, a sua atuação é fulcral quando a
ação de um agente afecta significativamente o bem estar de outro agente, mas não transmitido
através de um sistema de preço, ter efeitos positivos ou negativos. Como exemplo, temos o
caso do tabaco cujo consumo afecta o bem estar da sociedade através da poluição, neste caso
as externalidades são negativas com aplicação de impostos para inibir o consumo. Como
externalidade positiva existem os subsídios por exemplo de formação e mestrados, para
incentivar o aumento da escolaridade.
O caso extremo de concorrência imperfeita é a situação d monopólio onde uma empresa possui
o poder total de um sector, como exemplo a Galp na refinação em Portugal. Estes casos é
necessária a regulação do estado para garantir que o preço não é superior às quantidades
transacionais.
A informação assimétrica consiste noutra falha, em que não é garantida a seleção correta da
informação, a defesa do consumidor surge como exemplo de possível atuação.
→ Por outro lado, “competitividade não-custo” é uma combinação de eficiência com eficácia.
Tem preços e margens mais elevadas e as quantidades podem ser elevadas ou nao. O
valor joga-se na margem porque a empresa tem um produto único aos olhos do
consumidor. então o consumidor está disposto a pagar por ele.
PP:
- a competitividade custo tende para a criação de volume, preços mais baixos assim
como os custos e margens, está em função dos preços dos inputs e a combinação
eficiente dos mesmos.
Implicações:
-A política industrial deve evitar concentrar-se exclusivamente num subconjunto de
actividades high-tech.
-As autoridades públicas devem estimular as articulações entre o sistema científico e a I&D
de base industrial
-A política pública deve promover um quadro institucional que consolide e amplifique o stock
de conhecimento da economia.
PP:
→ Os fatores básicos são recursos genéricos, transaccionáveis ou acessíveis. São aspectos mais
quantitativos associados à produção física. EX: Capital físico (instalações e equipamentos produtivos,
redes de infra-estruturas básicas, ...); Acesso aos“inputs” materiais para a produção e distribuição;
Disponibilidade (quantidade e custo) do factor “trabalho” (qualificações básicas e intermédias);
Mobilidade de pessoas e mercadorias; Acesso a crédito e a serviços financeiros; …
Grupo II
1.Concorda com afirmação que as indústrias “locais” são tão relevantes para a
competitividade de um país quando as indústrias de bens transacionáveis
Alguns especialistas notaram que os agrupamentos regionais podem com sucesso
satisfazer a procura de bens públicos globais que emergiu com a globalização (por
exemplo, normas comuns, uma moeda única ou acordos visando a estabilidade monetária,
medidas conjuntas para manter a actividade económica, protecção ambiental).
EXAME 2018
Grupo I
1. Na sua opinião, que fatores e evoluções passadas têm estado na base do
desenvolvimento do processo de globalização da economia mundial a que se
refere o excerto anterior.
A globalização permitiu a expansão à escala global das relações entre os sistemas
ecónomicos e sociais através de instituições economicas privadas.
Os fatores passados que tem estado na base do desenvolvimento da globalização
foram a crescente abertura internacional, expondo as economias nacionais a choque
externos e a maior interdependência entre economias..
Razões para a multinacionalização das empresas:
1. Penetrar em mercados em expansão
2. Adaptar os produtos à procura local
3. Baixar custos de transporte e evitar barreiras aduaneiras
4. Baixar custos de produção
5. Aumentar exportações
6. Aceder a novas tecnologias
Causas da globalização
Progresso técnico nos meios de transporte e comunicação, redução de custos de
transporte, alargamento das possibilidades de comunicação à distância,
possibilidades de especialização, as opções de localização e de estratégia
organizativa das empresas, elasticidade preço da procura e da oferta
Política económica:
•eliminação de obstáculos ao comércio e à circulação de factores produtivos (... e
diminuição tarifas, convertibilidade das moedas)
•alargamento do capitalismo a novas grandes áreas geográficas
Grupo II
1. O mercado de concorrência perfeita tem muita importância na teoria económica, pois
conduz à eficiência económica e à maximização do bem-estar da sociedade.Por
eficiência entende-se a capacidade de extrair o melhor resultado possível a partir
dos recursos produtivos disponíveis.Esta noção de eficiência na afectação de
recursos remete-nos para o conceito de Óptimo de Pareto.Diz-se que um estado da
sociedade é “óptimo à Pareto“ se quando se passa desse estado para qualquer
outro, não é possível melhorar a situação de nenhum dos seus membros sem que
outro fique pior.Para além de assegurar a eficiência económica, a estrutura de
mercado de concorrência perfeita também assegura que o bem-estar de uma
sociedade seja máximo.O bem-estar é máximo quando um mercado perfeitamente
competitivo se encontra em equilíbrio, pois é maximizada a soma do excedente do
consumidor com o excedente do produtor.Apesar do mercado de concorrência
perfeita constituir um mecanismo muito importante de afectação de recursos numa
sociedade, há situações em que se verificam as chamadas falhas de mercado, que
conduzem a limitações na eficiência. Quando há falhas de mercado isso significa
que há ineficiências económicas que têm de ser corrigidas. Como exemplos de
falhas de mercado podemos apontar a não verificação dos pressupostos da
concorrência perfeita, a existência de bens públicos, as externalidades, as falhas de
informação, … Portanto, as diferentes formas de concorrência imperfeita nunca
produzem equilibrios eficientes em matéria de afetação de recursos
4.a) o grau em que ela consegue, em condições de mercado livres e justas, produzir
bens e serviços capazes de superar o teste da concorrência internacional e permitir,
ao mesmo tempo, aumentar o rendimento real dos cidadãos. A competitividade, ao
nível nacional, baseia-se numa performance superior da produtividade numa base
sustentável.
GLOBALIZAÇÃO vs PORTUGAL
O crescimento continuado dos fluxos de comércio internacional e dos movimentos de capital
observado ao longo das últimas décadas, conjugado com a alteração do seu padrão de
evolução no sentido de uma crescente diversidade e complexidade, evidencia a importância
da dinâmica de globalização das economias e das sociedades e configura desafios e
oportunidades determinantes para Portugal, especialmente tendo em conta as suas
consequências estruturais em termos de concorrência internacional nas dimensões
correspondentes aos fluxos comerciais, de capitais, de pessoas e de informação.
Os principais efeitos desta dinâmica ocorrem em termos geo-estratégicos
(marcados pelo papel que neste contexto vem sendo desempenhado pelas
economias norte-americana e europeia e pelas posições crescentemente
importantes de economias asiáticas e sul-americanas) e sectoriais (com relevo para
a competição pelo factor preço, em actividades com maior intensidade de utilização do
factor trabalho, nomeadamente em domínios de menor valor acrescentado e menos
exigentes em qualificações, bem como para a competição em actividades mais intensivas
em conhecimento e menos dependentes da localização).
Neste quadro, e tendo em conta as crescentes dificuldades em competir nos mercados
internacionais com base em actividades de baixo valor acrescentado, as economias de
desenvolvimento intermédio, como a portuguesa, são confrontadas com os desafios
impostos pelas economias mais desenvolvidas, em que a importância relativa das
actividades baseadas no conhecimento e na utilização de tecnologias inovadoras é
significativa, e pelas economias emergentes, onde se verificam trajectórias de rápida subida
nas cadeias de valor das indústrias e serviços globalizados e onde as restrições
decorrentes da localização são progressivamente menos significativas e que,
consequentemente, beneficiam de importantes novos projectos de IDE e de
deslocalizações.
A responsabilidade das políticas públicas na transformação destes desafios em efectivas
oportunidades reveste uma dimensão determinante, implicando necessariamente a
focalização dos seus instrumentos de intervenção (em particular no quadro da política de
coesão) em actuações dirigidas ao reforço dos factores de competitividade como a
qualificação do potencial humano, o desenvolvimento científico e tecnológico, a inovação
nos processos produtivos, nos produtos e nas formas de organização, o estímulo à
constituição e à participação em redes de empresas e de centros do conhecimento, a
minimização dos custos públicos de contexto e a generalização da utilização das
tecnologias de informação e comunicação.
As Políticas económicas têm como objectivo definir o melhor caminho para se atingir fins
económicos (Produção, distribuição e consumo de bens e serviços) e consequentemente
fins sociais uma vez que permite a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Essas
políticas podem ser de varias formas, no âmbito estrutural e conjuntural.
O que são então reformas conjunturais? são politicas que visam a restruturação e ou
implementação de variáveis económicas ligadas a inflação, níveis de preço, relações
económicas com outros países, nível de desemprego, Despesas do estado, Divida publica,
a taxa de formação Bruta de capital e outros são variáveis que quando alteradas podem
acelerar ou abrandar o crecimento económico.
As Reformas estruturais, são as que levam ao desenvolvimento económico, porque
permitem que os países façam investimento para catapultar o crescimento económico, e
esses investimentos normalmente estão ligados aos três sectores económico, o Primário
(desenvolvimento da actividade agricultura e a extractiva), Secundário (desenvolvimento da
actividade fabril através da criação de industrias e ou Polos industriais) e o Terciário
( sector de serviço que engloba o comercio e os transportes) é importante que se destaque
a construção de escolas, hospitais e outras infra-estruturas de suporte como as estradas e
caminhos de ferros como parte dessas reformas, pois, para se fazer as transacções
comerciais dentro do território deve existir infra-estruturas que permitam a circulação de
pessoas e bens com flexibilidade. Elas têm impacto no longo prazo e o investimento é de
capital, ou seja, é necessário muito dinheiro para a sua realização.
As políticas públicas portuguesas devem ser fortemente focalizadas, de forma a
contribuírem com eficácia para os ajustamentos estruturais indutores dos aumentos de
produtividade e dos ganhos de capacidade concorrencial que, num quadro de coesão social
e territorial, contribuam para melhorar significativamente o posicionamento internacional de
Portugal.
O reforço da coordenação das políticas macroeconómicas (conjunturais) por um lado, e
estruturais de base microeconómica por outro, por forma a prosseguir rigorosamente os
esforços de consolidação orçamental e de melhoria da eficácia e selectividade na gestão
dos fundos estruturais e do investimento público, alinhadas com uma plena e realista
inserção na Estratégia de Lisboa - isto é, dirigidos a uma profunda renovação do modelo
competitivo da economia portuguesa – constituem necessariamente o núcleo central da
agenda portuguesa das políticas económicas numa Europa alargada
Conceito de competitividade
Uma “economia competitiva” comporta, necessariamente, um nível elevado de eficiência e
de eficácia traduzido numa capacidade efectiva de:
- criação de emprego;
- de remuneração dos factores produtivos
- capacidade de melhorar, de forma sustentada, o nível de vida médio da população.
O ganho de relevância da noção de competitividade fez-se, no entanto, através de um
processo evolutivo. O percurso é, em grande medida, um percurso marcado pelas
realidades dos países mais desenvolvidos, Estados Unidos na América, Alemanha na
Europa e Japão na Ásia. A experiência destas economias revela, com clareza, que a
manutenção de uma elevada capacidade de criar riqueza constitui um processo que se vai
tornando progressivamente mais exigente.
Posteriormente, nos anos 90 como "a nossa capacidade para produzir bens e serviços que
passem o teste da concorrência internacional enquanto os nossos cidadãos possam
desfrutar de níveis de vida que sejam, simultaneamente, crescentes e sustentáveis”5 .
Não há política sem uma boa análise. A política só tem bons efeitos se for coerente (mas
muitas vezes é rara e influencia o comportamento dos agentes económicos).
Princípio de Mundell:
Cada instrumento disponível deve ser afetado ao controlo do objetivo em relação ao qual
detenha uma maior eficácia relativa, isto é, cada instrumento deve ser dirigido para o
objetivo sobre o qual produz mais efeitos ou impactos.
Princípio de Meade
-Especialização dos decisores políticos, ou seja, cada decisor deve estar especializado na
concretização de determinado tipo de política, dependendo da área. (Banco central europeu
a conduzir o mercado cambial porque têm boas competências para o fazerem).
O combate a falhas de mercado assume muitas vezes:
-Correção de externalidades
-Provisão de bens públicos
- Regulação (evitar abusos de posição dominantes; evitar processos exclusivos que
desvirtuam a concorrência; Evitar preços e rentabilidades excessivos; evitar situações de
vendas abaixo do custos de produção