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WIZARD, Carlos Matins.

Do zero ao milhão: como transformar seu sonho em


um negócio milionário. Curitiba: BUZZ, LTDA. 2018.
Darlin Silva Cruz
Ismael Lima Loureiro
O conceito de "drawback" representa um benefício fiscal intrinsecamente ligado
ao cenário das exportações, desempenhando um papel crucial ao oferecer
incentivos para a competitividade e expansão dos mercados internacionais.
Este programa, que ganhou destaque na arena econômica global, permite uma
abordagem atrativa aos exportadores, proporcionando uma análise crítica
fundamental sobre suas vantagens e implicações. Nesta resenha,
exploraremos a complexidade do drawback como um mecanismo de estímulo
às exportações, considerando tanto suas potenciais vantagens quanto desafios
intrínsecos. Abordaremos as bases conceituais do drawback, analisando sua
aplicação no contexto brasileiro e destacando as modalidades que o compõem.
Através dessa análise crítica, buscaremos entender como o drawback se
posiciona no panorama comercial contemporâneo e quais são os aspectos
cruciais a serem considerados em sua avaliação.
2 DESENVOLVIMENTO
O drawback se estabelece como um mecanismo de estímulo às exportações
que opera por meio de benefícios fiscais. O cerne desse programa reside na
concessão de isenção ou suspensão de impostos sobre insumos utilizados na
fabricação de produtos destinados à exportação. Tal abordagem visa
consideravelmente reduzir os custos de produção, permitindo que as empresas
possam praticar preços mais competitivos no cenário internacional. Ao isentar
tributos como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de
Importação (II), Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante
(AFRMM) e Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS), o drawback se apresenta como uma ferramenta de
relevância inegável.
Desde sua implementação em 1966, o drawback tem servido como um motor
de competitividade para as empresas nacionais em mercados internacionais. O
incentivo fiscal oferecido por esse programa não apenas estimula as
exportações, mas também desempenha um papel fundamental na
estabilização da balança comercial de um país. Através da redução de custos
de produção, as empresas se tornam capazes de ofertar produtos com preços
mais atraentes, aumentando a demanda global por suas mercadorias. Isso, por
sua vez, não apenas gera receita, mas também impulsiona a criação de
empregos e contribui para um desenvolvimento econômico mais equilibrado.
A evolução do drawback reflete a necessidade de adaptação às mudanças nas
dinâmicas do comércio internacional. Embora tenha sido criado décadas atrás,
esse programa se mantém em constante atualização para atender às
demandas cambiantes do cenário global. No entanto, seu sucesso não é
desprovido de desafios. Um dilema primordial é a potencial disparidade entre
empresas que desfrutam dos benefícios do drawback e aquelas que não têm
acesso a esse incentivo. Essa discrepância poderia distorcer o mercado
interno, desfavorecendo setores sem acesso ao programa. Além disso, a
possibilidade de evasão fiscal, onde empresas manipulam os números de suas
exportações, é um desafio a ser enfrentado para garantir a equidade no uso do
drawback.

A concessão indiscriminada do drawback pode inadvertidamente gerar uma


dependência excessiva desse benefício por parte das empresas. Em vez de
estimular a inovação e a diversificação dos negócios, essa dependência pode
levar a uma focalização excessiva nos incentivos fiscais em detrimento do
crescimento sustentável. As empresas podem priorizar o aproveitamento das
vantagens tributárias em detrimento do desenvolvimento de práticas
empresariais mais resilientes e competitivas. Assim, o desafio reside em
equilibrar os incentivos proporcionados pelo drawback com a necessidade de
fomentar uma cultura empresarial dinâmica e voltada para a inovação.
O drawback, embora comprovadamente benéfico, deve ser administrado com
sensibilidade para manter seu impacto positivo a longo prazo. A constante
evolução das políticas comerciais e as transformações no cenário global
demandam uma adaptação constante desse mecanismo. Torna-se crucial que
os governos monitorem atentamente a implementação do drawback, garantindo
que ele seja utilizado de maneira ética e de acordo com os critérios legais. A
manutenção de um equilíbrio entre o incentivo às exportações e a salvaguarda
dos interesses comerciais e fiscais é uma questão chave para garantir a
sustentabilidade desse programa.

3. CONCLUSÃO
Esta resenha sobre o drawback permite uma apreciação aprofundada de sua
natureza multifacetada. Enquanto esse benefício fiscal oferece oportunidades
para o crescimento das exportações e o desenvolvimento econômico, também
enfrenta desafios que requerem abordagens ponderadas. A análise detalhada
dos benefícios, desafios e equilíbrios inerentes ao drawback oferece insights
valiosos sobre seu papel no cenário global de comércio, proporcionando uma
base sólida para decisões informadas e políticas que promovam o crescimento
econômico sustentável e a competitividade das nações no mercado
internacional.

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