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FAZCOMEX. Drawback: o que é e como funciona?

Disponível em:
<https://www.fazcomex.com.br/drawback/>. Acesso em: 21/08/2023.
REMESSA ONLINE. Entenda o que é e como funciona o drawback.
Disponível em: <https://www.remessaonline.com.br/blog/entenda-o-que-e-e-
como-funciona-o-drawback/>. Acesso em: 21/08/2023.
ADMINISTRADORES. As vantagens e desvantagens do drawback para
micro e pequenas empresas. Disponível em:
https://administradores.com.br/artigos/as-desvantagens-do-drawback-para-as-
micro-e-pequenas-empresas. Acesso em: 20/08/2023.
Darlin Silva Cruz.
Ismael Lima Loureiro.
O Governo Federal criou em 1966, o Regime Aduaneiro Especial de
Drawback com objetivo de fomentar as exportações, concedendo benefício
tributário como suspensão, isenção e restituição de tributos.
O conceito de "drawback" representa um benefício fiscal intrinsecamente
ligado ao cenário das exportações, desempenhando um papel crucial ao
oferecer incentivos para a competitividade e expansão dos mercados
internacionais. Este programa, que ganhou destaque na arena econômica
global, permite uma abordagem atrativa aos exportadores, proporcionando uma
análise crítica fundamental sobre suas vantagens e implicações.
Portanto, o drawback se estabelece como um mecanismo de estímulo às
exportações que opera por meio de benefícios fiscais. O cerne desse programa
reside na concessão de isenção ou suspensão de impostos sobre insumos
utilizados na fabricação de produtos destinados à exportação. Tal abordagem
visa consideravelmente reduzir os custos de produção, permitindo que as
empresas possam praticar preços mais competitivos no cenário internacional.
Ao isentar tributos como Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),
Imposto de Importação (II), Adicional ao Frete para Renovação da Marinha
Mercante (AFRMM) e Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o drawback se apresenta como uma
ferramenta de relevância inegável.
Desde sua implementação em 1966, o drawback tem servido como um
motor de competitividade para as empresas nacionais em mercados
internacionais. O incentivo fiscal oferecido por esse programa não apenas
estimula as exportações, mas também desempenha um papel fundamental na
estabilização da balança comercial de um país. Através da redução de custos
de produção, as empresas se tornam capazes de ofertar produtos com preços
mais atraentes, aumentando a demanda global por suas mercadorias. Isso, por
sua vez, não apenas gera receita, mas também impulsiona a criação de
empregos e contribui para um desenvolvimento econômico mais equilibrado.
A evolução do drawback reflete a necessidade de adaptação às
mudanças nas dinâmicas do comércio internacional. Embora tenha sido criado
décadas atrás, esse programa se mantém em constante atualização para
atender às demandas cambiantes do cenário global. No entanto, seu sucesso
não é desprovido de desafios. Um dilema primordial é a potencial disparidade
entre empresas que desfrutam dos benefícios do drawback e aquelas que não
têm acesso a esse incentivo.
Essa discrepância poderia distorcer o mercado interno, desfavorecendo
setores sem acesso ao programa. Além disso, a possibilidade de evasão fiscal,
onde empresas manipulam os números de suas exportações, é um desafio a
ser enfrentado para garantir a equidade no uso do drawback.
A concessão indiscriminada do drawback pode inadvertidamente gerar
uma dependência excessiva desse benefício por parte das empresas. Em vez
de estimular a inovação e a diversificação dos negócios, essa dependência
pode levar a uma focalização excessiva nos incentivos fiscais em detrimento do
crescimento sustentável. As empresas podem priorizar o aproveitamento das
vantagens tributárias em detrimento do desenvolvimento de práticas
empresariais mais resilientes e competitivas. Assim, o desafio reside em
equilibrar os incentivos proporcionados pelo drawback com a necessidade de
fomentar uma cultura empresarial dinâmica e voltada para a inovação.
O drawback, embora comprovadamente benéfica, deve ser administrado
com sensibilidade para manter seu impacto positivo a longo prazo. A constante
evolução das políticas comerciais e as transformações no cenário global
demandam uma adaptação constante desse mecanismo.
Torna-se crucial que os governos monitorem atentamente a implementação
do drawback, garantindo que ele seja utilizado de maneira ética e de acordo
com os critérios legais. A manutenção de um equilíbrio entre o incentivo às
exportações e a salvaguarda dos interesses comerciais e fiscais é uma questão
chave para garantir a sustentabilidade desse programa.
Neste artigo (publicação), os autores explanam sobre o drawback
permitindo uma apreciação aprofundada de sua natureza multifacetada, sendo
um instrumento de estímulo às exportações das empresas brasileiras, bem
como, o aperfeiçoamento e a modernização de seus produtos, permitindo aos
fabricantes/exportadores, importar insumos destinados à fabricação,
beneficiamento ou a composição de um outro produto a exportar, ou que já
foram exportados, sem impostos e taxas.
O objetivo precípuo do drawback é promover o incremento das
exportações, pela possibilidade de maior colocação da produção nacional no
mercado externo, o que, evidentemente, irá traduzir-se no desenvolvimento de
determinados setores produtivos do país. Outro objetivo desse incentivo é dar
maior competitividade ao produto exportado. Caracterizado como incentivo,
compreende suspensão ou isenção do recolhimento de taxas e impostos,
incidentes sobre a importação de mercadorias utilizadas na industrialização, ou
acondicionamento de produtos exportados ou a exportar.
Conforme abordado, tais mecanismos são possíveis por meio das
modalidades de suspensão, isto é, o exportador solicitará a suspensão dos
impostos na importação de insumos a serem utilizados na fabricação de um
produto destinado à exportação, antes da ocorrência da importação de tais
insumos, devendo cumprir sua exportação dentro do prazo determinado. E há a
Restituição total e/ou parcial, dos tributos que hajam sido pagos na importação
da mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação,
complementação ou acondicionamento de outra exportada. Ocorre nos casos
de empresas que exportam produtos com insumos importados, mas que não
desejam repor os seus estoques por meio da modalidade Isenção. Preferem a
restituição dos impostos federais incidentes na importação de insumos
anteriormente efetuada.
Observando os artigos escritos por diversos autores, temos uma
equação que não se conclui, uma vez que há desvantagens e vantagens
quanto a utilização do drawback, isto é, um processo complexo que requer
investimento inicial considerável, além de um conhecimento especializado, bem
como, capital para a terceirização de laudos técnicos e controles fiscais.
Requer altos níveis de controle sobre os processos de produção e controle
fiscal empresarial, tendo suas margens regulatórias extremamente baixas.
Nisto, também é possível visualizar suas vantagens pois há a redução
dos custos de produção, melhor qualidade do produto, aperfeiçoamento das
tecnologias, maior participação nos mercados, conquista de novas frentes de
trabalho, através da exportação, bem como, utilização mais eficiente da
capacidade da produção, e, aproveitamento dos incentivos que o governo
concede, como financiamentos específicos e amparo em todas as etapas do
processo de produção e comercialização.
Suas nuances transcorrem em derivativos desde o alto grau de
conhecimento sobre o comércio exterior e gerenciamento extremo dos
processos internos quanto ao processo produtivo e o processo fiscal na
utilização do Drawback até o aumento na melhoria da qualidade do produto e a
busca intrínseca a Excelência da Gestão empresarial, fator altamente benéfico,
a qual a empresa acaba se submetendo na utilização do processo de
Drawback. Por fim, a opção ou não a adesão ao processo de Drawback não
esta só motivada às questões como vantagens e desvantagens do processo,
mas sim ao foco e objetivos que o empresário espera atingir versus seu grau
de conhecimento e instrução em seu negócio, sobre tudo em relação a
Exportação.
Para tanto, a análise detalhada quanto aos benefícios, desafios e
equilíbrios inerentes ao drawback oferece insights valiosos sobre seu papel no
cenário global de comércio, proporcionando uma base sólida para decisões
informadas e políticas que promovam o crescimento econômico sustentável e a
competitividade das nações no mercado internacional.

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