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DIREITO

ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
Gustavo Scatolino

Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos.. ...........................................................................3


1. Introdução...................................................................................................................3
2. Classificação dos Serviços Públicos............................................................................5
2.1. Serviços Públicos e de Utilidade Pública.. ..................................................................6
2.2. Serviços Próprios e Impróprios do Estado...............................................................6
2.3. Quanto ao Objeto: Serviços Administrativos e Industriais.. ....................................... 7
2.4. Quanto à Maneira como Ocorrem para Satisfazer o Interesse Geral: Serviços
UTI Universi e UTI Singuli.................................................................................................8
3. Responsabilidade das Concessionárias de Serviço Público.. .........................................8
4. Princípios do Serviço Público.......................................................................................8
5. Formas de Prestação................................................................................................. 11
6. Espécies de Concessão. ............................................................................................. 12
7. Formas de Extinção da Concessão (Art. 35)...............................................................17
7.1. Advento do Termo Contratual................................................................................. 18
7.2. Encampação. .......................................................................................................... 18
7.3. Caducidade............................................................................................................. 18
7.4. Rescisão................................................................................................................. 19
7.5. Anulação............................................................................................................... 20
7.6. Falência ou Extinção da Empresa Concessionária e Falecimento ou Incapacidade
do Titular, no Caso de Empresa Individual.................................................................... 20
8. Parceria Público-Privada.......................................................................................... 20
8.1. Espécies de PPP. .................................................................................................... 20
Mapa Mental..................................................................................................................26
Questões de Concurso................................................................................................... 27
Gabarito........................................................................................................................55
Gabarito Comentado. .....................................................................................................56

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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LEI N. 8.987/1995 – SERVIÇOS PÚBLICOS


Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
A aula de hoje é sobre serviços públicos.
É uma matéria pequena e vamos analisar basicamente duas Leis: a Lei Geral das Conces-
sões, Lei n. 8.987/1995; e a Lei das Parcerias Público-Privadas, Lei n. 11.079/2005.
Você verá, também, que as provas perguntam quase sempre os mesmos pontos.
Vamos começar!

“Vencer a si próprio é a maior das vitórias!”

1. Introdução

O que é serviço público?


O conceito que você deve estar pensando talvez não seja o mais adequado, porque pode
estar incluindo como serviço público atividades que não são próprias dele, ou excluindo ativi-
dades que deveriam ser consideradas.
Na verdade, definir serviço público é uma tarefa muito complicada.
Vários critérios podem levar ao reconhecimento de uma atividade como serviço público.
Pode ser que a atividade seja uma necessidade ou apenas uma comodidade à sociedade, que
preencha uma insuficiência da iniciativa privada ou, até mesmo, que represente interesses fi-
cais, como no caso das loterias.
Léon Diguit nos trouxe o sentido mais amplo de serviço público, entendendo que seria toda
a atividade que devesse ser prestada pelo Estado, por ser indispensável à concretização e
ao desenvolvimento da interdependência social.1 De acordo com a doutrina do autor francês,
as atividades legislativas e judiciais estavam inseridas na concepção de serviço público; eram
todas as atividades Estatais.
Pertencente à mesma escola de Diguit, Gaston Jéze apresentou um conceito um pouco
mais restrito, entendendo como serviço público apenas aquelas atividades prestadas pelo
1
DIGUIT, Léon. Traité de Droit Constitutionnel, 2ª ed., v. II, 1923.

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Estado correspondentes às necessidades públicas. Os dois autores citados conceberam um


conceito de serviço público referente ao desempenho de atividade estatal – qualquer função
pública era serviço público, numa época em que o poder público era o único prestador. Adota-
va-se o critério subjetivo.
Esse critério lhe parece adequado?
Entende-se que não, pois é muito abrangente, muito amplo. Atualmente, deve ser compre-
endido um conceito mais restrito da expressão, pois não é o fato da atividade ser desempenha-
da pelo Estado que a transformará em serviço público propriamente dito.
Maria Sylvia ensina que, em suas origens, os autores adotavam três critérios para definir o
serviço público (Elementos do Serviço Público):

• subjetivo, que considera a pessoa jurídica prestadora da atividade: o serviço público

seria aquele prestado pelo Estado;

• material, que considera a atividade exercida: o serviço público seria a atividade que tem

por objeto a satisfação de necessidades coletivas;

• formal, que considera o regime jurídico: o serviço público seria aquele exercido sob regi-

me de direito público derrogatório e exorbitante do direito comum.

Atualmente, é impossível conjugar esses três critérios!


Assim, na falta de um conceito preciso, adota-se atualmente a teoria FORMAL ou FORMA-
LISTA para o conceito de serviço público, no sentido de que serviço público será toda atividade
que a LEI assim determinar. Ou seja, será a LEI quem definirá a atividade como serviço público.
Vamos então formular um conceito para serviço Público:

Serviço público é toda atividade que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente, ou por meio
de seus delegatários, para atender às necessidades da sociedade.

Se uma atividade é considerada (pela lei já que se adota a teoria formal) como serviço
público, deverá ser prestada pelo Estado e retirada do domínio do particular, que só poderá
executá-la se houver uma delegação do Estado.

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No Direito brasileiro, a prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou


sob o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal
de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o
exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou
mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter espe-
cial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre pre-


cedidos de licitação. Nesse caso, não há como aplicar as hipóteses de dispensa de licitação
previstas na Lei n. 8.666/1993, art.  24, pois o dispositivo constitucional não deixou espaço
para qualquer hipótese, ao contrário do art. 37, XXI, ao determinar que, ressalvados os casos
especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados me-
diante processo de licitação.
No entanto, entendemos que, desde que justificadamente, poderá haver contratação direta,
em razão de inexigibilidade de licitação, na hipótese de haver inviabilidade de competição.
Vale salientar que a licitação deve ser guiada pela Lei n. 8.666/1993, lei geral das licitações;
e pela Lei n. 8.987/1995, que contém normas específicas aos contratos de concessão.
Determina a lei que o poder concedente publicará, previamente ao edital de licitação, ato
justificando a conveniência da outorga de concessão ou permissão, caracterizando seu objeto,
área e prazo (art. 5º, Lei n. 8.987/1995).

2. Classificação dos Serviços Públicos


Outro tema complicado no Direito Administrativo é o estudo da classificação dos serviços
públicos (na verdade, estudar classificação é complicado, já que cada autor faz a sua e a banca
adota a que entender mais adequada.).

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Porém, vamos apresentar aquela que parece ser a mais aceita, levando em conta a classi-
ficação de vários autores importantes.

2.1. Serviços Públicos e de Utilidade Pública


Serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à
comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do grupo
social e do próprio Estado.

EXEMPLO
Defesa nacional, polícia e fiscalização de atividades, água, saneamento básico.

Serviços de utilidade pública são os que a Administração, reconhecendo sua conveniência


(não essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os direta-
mente ou consente que sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou
autorizatários), nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos
prestadores, mediante remuneração dos usuários. Assim, são convenientes, mas não essen-
ciais.

EXEMPLO
Telefonia, transporte etc.

2.2. Serviços Próprios e Impróprios do Estado


Serviços próprios do Estado: são aqueles que, atendendo às necessidades coletivas, o Es-
tado assume como seus e presta-os diretamente ou mediante delegação a concessionários
ou permissionários.
Serviços impróprios do Estado: são os que, embora também destinados à satisfação das
necessidades coletivas, não são assumidos nem prestados pelo Estado, seja de forma direta
ou por delegação a particulares, mas apenas autorizados, regulamentados e fiscalizados. Eles
correspondem a atividades privadas e recebem impropriamente o nome de serviços públi-
cos, porque atendem às necessidades de interesse geral. Por serem atividades privadas, são
exercidas por particulares, mas, por atenderem às necessidades coletivas, dependem de auto-
rização do Poder Público, estando sujeitas a maior ingerência do poder de polícia do Estado.

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Existe corrente doutrinária, Hely Lopes Meirelles (2009) apresenta a seguinte classificação:

Os serviços próprios são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Pú-
blico (segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) para a execução dos quais a Administração
usa de sua supremacia sobre os administrados. Por essa razão, só devem ser prestados por órgãos
ou entidades públicas, sem delegação a particulares.

E continua o autor:

Os serviços impróprios são os que não afetam necessariamente as necessidades da comunidade,


mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administração os presta, remu-
neradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas, ou delega sua realização a conces-
sionários, permissionários ou autorizatários.

Assim, na sua prova, caindo a classificação dos serviços públicos próprios e impróprios com
qualquer desses conceitos vistos acima, estará correta a questão.

2.3. Quanto ao Objeto: Serviços Administrativos e Industriais

Serviços administrativos: são os que a Administração executa para atender às suas neces-
sidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como o da
imprensa oficial; das estações experimentais e outros dessa natureza.
Serviços comerciais ou industriais: são os que produzem renda para quem os presta, me-
diante a remuneração da utilidade usada ou consumida; remuneração essa que, tecnicamente,
é denominada tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando
o serviço é prestado por seus órgãos e entidades, quer quando por concessionários, autoriza-
tários ou permissionários. Esse tipo de serviço pode ser prestado direta ou indiretamente pelo
Estado (por concessionários, autorizatários ou permissionários).

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2.4. Quanto à Maneira como Ocorrem para Satisfazer o Interesse


Geral: Serviços UTI Universi e UTI Singuli

Essa é a que mais cai! Não por ser difícil, mas por ter um nome diferente!
Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter usuários
determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação pública;
calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc.
Serviços gerais são custeados por IMPOSTOS.
Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização par-
ticular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e a energia
elétrica domiciliares.
Serviços uti singuli são custeados por TAXA, TARIFAS ou PREÇOS PÚBLICOS.

3. Responsabilidade das Concessionárias de Serviço Público

A Constituição Federal, art. 37, § 6º, consagra a responsabilidade objetiva do Estado e das


demais pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.
O STF fixou o entendimento de que as prestadoras de serviços públicos respondem obje-
tivamente pelos danos decorrentes da prestação do serviço, inclusive em relação a terceiros
não usuários (RE n. 591.874, decidido pelo Pleno do STF).

4. Princípios do Serviço Público

Esse é outro tema frequente em prova! Os princípios estão elencados no art. 6º da Lei n.
8.987/1995.
Para não esquecer, lembre-se do mnemônico: CO CO MO GE SE ATUA c/ EFICIÊNCIA.
Vamos lá!
Cortesia: por esse princípio, exige-se urbanidade no tratamento com os usuários do servi-
ço. Refere-se ao trato educado para com o público destinatário da prestação estatal. Cuidado!
Não tem a ver com gratuidade. Como regra, os serviços públicos não precisam ser gratuitos.

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Continuidade: significa que os serviços públicos não devem sofrer interrupção.


Contudo, esse princípio não tem caráter absoluto. O art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/1995
permite suspender a prestação em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações;


II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Veja que, por motivo de inadimplência, pode haver a interrupção do serviço (ex: corte de
energia).
Porém, o Superior Tribunal de Justiça entende que, se o corte de energia puder causar dano
irreversível ao usuário ou for inadimplente pessoa jurídica de direito público, não poderá ha-
ver a interrupção. Por exemplo, se um município não paga a conta perante a empresa privada
concessionária, não poderá cortar a luz do Município e ficar sem luz nas ruas, na prefeitura, no
hospital etc.
É importante se atentar para a inovação legislativa que proibiu interrupção do serviço ini-
ciando na sexta-feira, finais de semana e feriados. Veja:

Art. 6º, § 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não pode-
rá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
(Incluído pela Lei nº 1.4015, de 2020)

Outros entendimentos relevantes do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando o débito decorrer de suposta
fraude no medidor de consumo de energia, apurada unilateralmente pela concessionária
(Órgãos Julgadores: 1ª T, 2ª T – REsp 941613/SP)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder acarretar lesão irre-
versível à integridade física do usuário. (STJ – 2ª T – data da decisão: 21/09/2006 – REsp
853392/RS)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando inadimplente comunidade
simples de agricultores, na hipótese de discussão judicial da dívida e de depósito judicial
de parte do valor do débito pelos devedores. (STJ – CE – data da decisão: 20/03/2006 –
AgRg na SLS 36/CE)
É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica, após aviso prévio, quando inadim-
plente hospital, devido à prevalência do interesse público maior de proteção à vida. (STJ
– 2ª T – última decisão: 12/12/2006 – REsp 876723/PR)

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É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório no


valor de R$ 0,85 (oitenta e cinco centavos), por configurar abuso de direito e ofensa aos
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, sendo cabível a indenização do consu-
midor por danos morais. (STJ – 1ª T – data da decisão: 18/05/2006 – REsp 811690/RR)
É ilegítimo o corte no fornecimento de água em decorrência de débito pretérito relativo ao
consumo de antigo usuário do imóvel. (STJ – 1ª T – data da decisão: 21/09/2006 – REsp
631246/RJ)
O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que ori-
ginou o débito, e não sobre outros imóveis de propriedade do inadimplente. (STJ – 1ª T –
data da decisão: 06/02/2007 – REsp 662214/RS)
É legítimo o corte no fornecimento de energia elétrica por razões de ordem técnica ou de
segurança das instalações, desde que precedido de aviso prévio. (STJ – 2ª T – data da deci-
são: 17/05/2007 – AgRg no Ag 780147/RS)
É ilegítimo o corte de fornecimento de energia elétrica de ente público quando há discus-
são judicial da dívida. (STJ – 1ª T – data da decisão: 17/02/2004 – MC 3982/AC)
É ilegítimo o corte no fornecimento de água quando o inadimplemento da pessoa de
direito público se refere a débitos pretéritos, não atuais. (STJ – 2ª T – data da decisão:
27/02/2007 – REsp 299523/SP)

Modicidade: significa que, quando o serviço público for cobrado, as tarifas devem ter pre-
ços razoáveis. Não são todos os serviços que exigem contraprestação pecuniária, como, por
exemplo, saúde e educação prestadas pelo Estado, mas, se houver cobrança pela sua dispo-
sição, não deve haver, por parte do Poder Público, intuito de lucro; e, se o serviço for prestado
mediante concessão e permissão, as  tarifas cobradas devem ter valores módicos, até para
viabilizar a observância do princípio da generalidade.
Portanto, o princípio da modicidade tem estreita relação com o da generalidade, na medida
em que a imposição de cobrança de valores módicos ressalta a prestação ao maior número
possível de pessoas, sem privar aqueles que necessitam usufruir o serviço público.
Visando a atender ao princípio da modicidade das tarifas, poderá o poder concedente pre-
ver, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes prove-
nientes de receitas alternativas. (Ex.: permitir que o concessionário faça locação de espaço
para instalação de restaurante ou posto de gasolina na rodovia por ele administrada).

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Generalidade ou universalidade: a prestação deve ocorrer com a maior amplitude possível,


a fim de beneficiar maior número possível de pessoas. Ademais, não deverá haver variação das
características técnicas em relação aos usuários, ou seja, não pode haver distinção entre os
usuários que se encontram na mesma situação (regularidade).
Segurança: não deve causar danos aos usuários.
Atualidade: a atualidade compreende a modernidade das técnicas, prevista no art. 6º, § 2º,
da Lei n. 8.987/1995. Conforme essa lei, a atualidade compreende a modernidade das técni-
cas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e a expan-
são do serviço.
Eficiência: exige execução eficiente do serviço, com constante aperfeiçoamento. O prin-
cípio da eficiência está relacionado com diversos princípios do serviço público, uma vez que
a eficiência compreende a não interrupção de sua prestação, a segurança aos usuários e o
atendimento, com qualidade, ao maior número de pessoas.
Conceito de serviço é adequado: quando satisfaz as condições de regularidade, continui-
dade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
das tarifas (art. 6º, § 1º, da Lei n. 8.987/1995).

5. Formas de Prestação

Nos termos do art. 175 da CF, o Estado poderá prestar o serviço diretamente ou mediante
concessão e permissão. Estes dois institutos são contratos administrativos para a delegação
de serviço público a particular. A Lei n. 8.987/1995 regulamenta os dois institutos.
O art. 175 da CF prevê a prestação de serviços públicos como dever estatal, podendo a sua
execução ser feita diretamente pelo Estado ou mediante concessão ou permissão. A norma
Constitucional exige a edição de lei que disponha sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter espe-
cial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

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Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há também
a autorização de serviços públicos.

Concessão Permissão Autorização


Contrato administrativo Contrato administrativo Ato administrativo
Licitação – concorrência ou
Licitação – qualquer modalidade Regra: não há licitação
diálogo competitivo
Não há (precariedade)
Pode ser REVOGADO a qualquer
Prazo certo Ato discricionário (regra)
momento sem gerar direito à indeniza-
ção
Pessoas jurídicas ou consórcio de
Pessoas físicas ou jurídicas Pessoas físicas ou jurídicas
empresas podem participar
Obra e serviço ou apenas o
Somente o serviço público Somente o serviço público
serviço público

6. Espécies de Concessão
O art. 2º da Lei n. 8.987/1995 conceitua dois tipos de concessão:
• concessão de serviço público;
• concessão de serviço público precedida da execução de obra pública.

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se
encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou
permissão;
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio
de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado; (Redação dada pela Lei nº 14.133, de 2021)
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse públi-
co, delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo
competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e
amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; (Redação dada
pela Lei nº 14.133, de 2021)

A Lei n. 8.987/1995 determina que sejam aplicadas às permissões, no que couber, as dis-
posições sobre as concessões.

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Cláusulas Essenciais dos Contratos de Concessão

O art. 23 da Lei n. 8.987/1995 estabelece as cláusulas essenciais nos contratos de con-


cessão:

Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:


I – ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II – ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
III – aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
IV – ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
V  – aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e consequente
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
VI – aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII – à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execu-
ção do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
VIII – às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma
de aplicação;
IX – aos casos de extinção da concessão;
X – aos bens reversíveis;
XI – aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessioná-
ria, quando for o caso;
XII – às condições para prorrogação do contrato;
XIII – à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder
concedente;
XIV – à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
XV – ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.

Dentre as cláusulas essenciais ao contrato, está a previsão dos bens reversíveis. A rever-
são é a incorporação dos bens do concessionário, indispensáveis para a continuidade da pres-
tação do serviço, ao poder concedente.
O art. 29 da Lei n. 8.987/1995 estabelece os deveres do poder concedente que incidirão
sobre os concessionários.

I – regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;


II – aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
III – intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
IV – extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
V – homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes
e do contrato;

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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VI – cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais


da concessão;
VII – zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos
usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
VIII – declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, pro-
movendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso
em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
IX – declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa,
os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante
outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indeniza-
ções cabíveis;
X – estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio ambiente e conserva-
ção;
XI – incentivar a competitividade; e
XII – estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao ser-
viço.

Também são previstos na lei os deveres da concessionária.

Art. 31. Incumbe à concessionária:


I – prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no con-
trato;
II – manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
III – prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos
no contrato;
IV – cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
V – permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equi-
pamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
VI – promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, con-
forme previsto no edital e no contrato;
VII – zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los ade-
quadamente; e
VIII – captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço.

Subconcessão

A subconcessão é a transferência para que outra empresa execute parte do contrato.


O art. 26 da Lei n. 8.987/1995 permite a subconcessão, desde que expressamente autorizada
pelo poder concedente, exigindo que seja precedida de concorrência.

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Os contratos administrativos têm por característica serem intuito personae, na medida em


que são firmados em razão das condições pessoais do contratante. Por esse motivo, a exe-
cução do contrato deve ser feita pelo vencedor da licitação, o qual celebrou o contrato com o
poder público.
No entanto, pode haver a transferência de parte do contrato para terceiros, desde que auto-
rizado previamente pela Administração. A ausência de autorização pode acarretar em declara-
ção de caducidade por parte da Administração, provocando a extinção do contrato.
O contrato do concessionário com outras empresas privadas pressupõe o cumprimento
das normas regulamentares do serviço concedido (art. 25, § 3º). As contratações feitas pela
concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado, não se estabelecendo
qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poder concedente
(art. 25, § 2º).
A lei estabelece os seguintes requisitos para a subconcessão:

I – atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fis-
cal necessárias à assunção do serviço; e
II – comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.

“Não se confunde com a subconcessão a mera contratação de terceiros, nos termos dos
§§ 1º, 2º e 3º do art. 25 da Lei n. 8.987/95 para o “desenvolvimento de atividades inerentes,
acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos
associados”, sempre obedientes “às normas regulamentares da modalidade do serviço conce-
dido”. É certo que nisto não se poderá absorver parte importante ou significativa da prestação
do serviço, sob pena de tal “terceirização” desvirtuar o caráter intuitu personae da concessão e
fraudar o sentido da licitação que a tenha precedido.”2
Foi disposto na lei que, na contratação de terceiros, os contratos celebrados entre a con-
cessionária e os terceiros reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer re-
lação jurídica entre os terceiros e o poder concedente.

Da Intervenção na Concessão

A finalidade da concessão é a prestação de um serviço público à coletividade. Visa, então,


a atender ao interesse público. Para garantir a adequada prestação do serviço, principalmente
2
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Op. Cit., p. 724.

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a sua continuidade, é possível a intervenção na concessão. Trata-se de medida de ingerência


do poder concedente, para a verificação do cumprimento das normas contratuais, regulamen-
tares e legais.
A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do in-
terventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Exige a lei a instauração de procedimento administrativo em até trinta dias após a declara-
ção da intervenção, devendo ser concluído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de
ser considerada inválida a intervenção. Como ocorre em todos os processos administrativos,
deve ser assegurado o contraditório e a ampla defesa ao interessado.
Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamen-
tares, será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à conces-
sionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será
devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá
pelos atos praticados durante a sua gestão (art. 34).
Com a Lei n. 13.097/2015, foram revogados os §§ 2º, 3º e 4ª do art. 27 e criada a figura
da Administração Temporária, em que o poder concedente autorizará a assunção do controle
ou da administração temporária da concessionária por seus financiadores e garantidores com
quem não mantenha vínculo societário direto, para promover sua reestruturação financeira e
assegurar a continuidade da prestação dos serviços. O novo regime não alterará as obrigações
da concessionária e de seus controladores para com terceiros, poder concedente e usuários
dos serviços públicos.
A citada lei definiu os conceitos de controle e poder de administração:

§ 3º Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo, a pro-


priedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os requi-
sitos do art. 116 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
§ 4º Configura-se a administração temporária da concessionária por seus financiadores e garantido-
res quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os seguintes
poderes: (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral pelos
acionistas, nas sociedades regidas pela Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado-
res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)

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II – indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pelos acionistas ou quotistas controla-
dores em Assembleia Geral; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou quo-
tistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei
n. 13.097, de 2015)

O mais interessante é que a administração temporária não acarretará responsabilidade


aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obriga-
ções ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados (§5º,
art. 27-A).
A figura da Administração Temporária foi criada para que os controladores, muitas vezes
instituições financeiras, possam sanear as concessionárias, mas sem que tenham ações, pois,
caso contrário, teriam responsabilidade tributária, trabalhista entre outras. Assim, com inova-
ção criada pela lei, o financiador terá o poder de controlador, elegendo membros do Controle
de Administração e propondo alterações no Estatuto da empresa, mas sem deter ações da
empresa concessionária.

7. Formas de Extinção da Concessão (Art. 35)


A Lei n. 8.987/1995 somente disciplinou as formas de extinção da concessão, pois a permis-
são não tem prazo certo, podendo o contrato ser extinto a qualquer momento a critério do poder
concedente (precariedade). Contudo, se houver fixação de prazo na permissão, haverá garantia
maior para o permissionário. Assim, poderão ser aplicadas as formas de extinção da concessão.
O contrato de concessão deve ter prazo certo; portanto, chegando ao fim do prazo estipu-
lado, o contrato estará extinto. Essa é a forma natural de extinção. No entanto, outras situa-
ções podem ocorrer e levar o contrato a termo. Estabelece a lei que, se extinta a concessão,
retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao
concessionário, conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.

NOTA!
Reversão não é forma de extinguir a concessão. Trata-se do retorno ao poder concedente dos bens transferidos
ao concessionário (bens reversíveis).

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Durante a prestação do serviço, o concessionário necessitou empregar diversos bens. O po-


der concedente precisará desses bens, a fim de não interromper a prestação da atividade. Com
efeito. Durante a execução do contrato e os pagamentos feitos ao contratado, ocorrerá a amor-
tização do valor dos bens utilizados durante a concessão. Ou seja, no decorrer do período do
contrato de concessão, deve haver a retribuição pecuniária ao concessionário do valor dos bens
que serão repassados ao poder concedente. Inclusive, o prazo contratual a ser fixado deve levar
em consideração o valor dos bens reversíveis.

7.1. Advento do Termo Contratual

É a forma natural de extinção do contrato. Atingindo o prazo estipulado, sem que haja pror-
rogação, ocorre a extinção do contrato.

7.2. Encampação
É a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no contrato,
por motivo de interesse público.
Requisitos para encampação:
• interesse público;
• lei autorizativa específica;
• indenização prévia.

7.3. Caducidade
Decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente declara a ca-
ducidade, gerando a extinção do contrato.
O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta as situações para declaração de caducidade:

I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II  – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;

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IV  – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a


adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI  – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta)
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.

Vale destacar que a declaração de caducidade, geralmente, decorre de má conduta do con-


cessionário, durante o prazo contratual. No caso de descumprimento de normas contratuais
pelo poder concedente, o contratado poderá buscar a rescisão contratual.
Requisitos para declaração de caducidade:
• processo administrativo com garantia de ampla defesa;
• declaração por decreto do poder concedente;
• havendo indenização, será posterior.

ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE
Forma – Lei autorizativa específica Forma – Decreto
(depois é feito um decreto) (não precisa de lei autorizativa)
Motivo – ato irregular praticado pelo
Motivo – interesse público
concessionário – art. 38, Lei n. 8.987/95
Indenização PRÉVIA Indenização POSTERIOR (se houver)

7.4. Rescisão
A rescisão ocorrerá por iniciativa do concessionário, no caso de descumprimento das nor-
mas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para
esse fim. Quando o poder concedente pretender extinguir o contrato antes do prazo fixado,
deve valer-se da encampação, desde que preencha os requisitos legais, ou, então, da caduci-
dade, caso o contratado não cumpra o contrato corretamente.

Estabelece a lei que os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos
ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.

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7.5. Anulação
A anulação ocorrerá em caso de ilegalidade praticada no decorrer da licitação, ou mesmo
na formação do contrato de concessão.

7.6. Falência ou Extinção da Empresa Concessionária e Falecimento


ou Incapacidade do Titular, no Caso de Empresa Individual

Com a falência da empresa concessionária ou qualquer outra forma de extinção, não have-
rá possibilidade de continuidade na prestação dos serviços.

8. Parceria Público-Privada

Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutrina denomi-


na-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as concessões
regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns.
A PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n. 8.987/1995
e pela Lei n. 8.666/1993.
A Lei n. 11.079/2005 contém normas gerais, aplicáveis a todos os entes federativos (União,
Estados, DF e Municípios), dispostas nos arts. 1º a 14. Os dispositivos seguintes são normas
específicas, aplicáveis à União.
O Poder Público deve optar pela PPP quando não for possível fazer a concessão comum
(Lei n. 8.987/1995), pois na PPP haverá, necessariamente, contraprestação pecuniária do Po-
der Público, o que não ocorre nas concessões comuns, em que a remuneração do concessio-
nário é feita pela tarifa cobrada dos usuários do serviço.

8.1. Espécies de PPP

Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que


trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos

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usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Ex.: construção


de um estádio de futebol com contraprestação do Poder Público e retribuição pecuniária adi-
cional mediante tarifa cobrada dos usuários.
Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado em terreno do Poder
Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará durante 15 anos administrando o
prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para utilizar o prédio com todos os ser-
viços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado em contrato, a Administração passa a
assumir a gestão direta do edifício construído.

NOTA!
Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos
ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do
parceiro público ao parceiro privado.

Amigo(a) concurseiro(a), destaco esses artigos a seguir para leitura. São muito importantes!

Pontos Importantes da Lei n. 8.987/1995

Art. 2º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se:


I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se
encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou
permissão;
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse públi-
co, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta
e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a
exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV – permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de
serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacida-
de para seu desempenho, por sua conta e risco.

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Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licita-
ção e preservada pelas regras de revisão previstas nesta lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior.
§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.
§ 3º Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos
ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará
a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-finan-
ceiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente, à alteração.
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio
econômico-financeiro.
Art.  11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com
ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no
art. 17 desta lei.
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolu-
ção de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Explicação:
litígio entre poder concedente e concessionário podem não ser submetidos à solução do Poder Ju-
diciário e levados à Justiça arbitral – “justiça privada”).

É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que


expressamente autorizada pelo poder concedente.

§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.


§ 2º O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro
dos limites da subconcessão.

Da Intervenção na concessão
Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de
inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5º desta Lei.

Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação
na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e
legais pertinentes.

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Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação
do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar pro-
cedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabi-
lidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares,
será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem
prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a Administração do serviço será de-
volvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos
atos praticados durante a sua gestão.

Pontos Importantes da Lei das PPPs

É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada (art. 2º, § 4º):


I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada pela
Lei n. 13.529, de 2017);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.
O valor mínimo do contrato de PPP passou a ser de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) após
a modificação da Lei n. 13.529, de 2017.

NOTA!
Prazo dos contratos de PPP: de 5 a 35 anos, já com eventuais prorrogações.

Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:


I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbi-
dos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e
de outras atividades exclusivas do Estado; (Explicação: como a PPP é delegação de atividade para
particulares, essas atividades não podem ser objeto de PPP, pois são exclusivas do Estado.)
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da
Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:

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I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados,
não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;
II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimple-
mento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obriga-
ções assumidas;
III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato
do príncipe e álea econômica extraordinária;
IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais;
V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços;
VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo
de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os
ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3º e 5º do art. 56 da Lei n. 8.666, de 21 de
junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da
Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parcei-
ro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro
privado;
X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos
ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.
Art. 6º A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada po-
derá ser feita por:
I – ordem bancária;
II – cessão de créditos não tributários;
III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
V – outros meios admitidos em lei.
Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável
vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos
no contrato.
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibili-
zação do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento
da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-priva-
da.
Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria
público-privada poderão ser garantidas mediante:
I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal;
II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam controladas
pelo Poder Público;
IV  – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam
controladas pelo Poder Público;

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V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade;
VI – outros mecanismos admitidos em lei.
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 1º A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do
edital e do contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
§ 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.
§ 3º A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras pa-
dronizadas, conforme regulamento.
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo.
§ 5º A vedação prevista no § 4º deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por ins-
tituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.

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MAPA MENTAL
Cortesia
Continuidade
Modicidade das tarifas
PRINCÍPIOS Generalidade
Segurança
Atualidades
Advento do termo contratual Eficiência

Interesse público
Teoria formal
Lei autorizativa Encampação CONCEITO
Toda atividade defin
Indenização prévia

Serviços públicos e de utilidade públic


Irregularidade do concessionário

Indenização posterior Serviços próprios e impróprios do Estad


Caducidade EXTINÇÃO DA CONCESSÃO CLASSIFICAÇÃO
Com motivação Quanto ao objeto: serviços administ

Mediante processo administrativo Serviços uti universi e uti singuli

Ilegalidade Anulação
SERVIÇOS Direta pelo Estado
PÚBLICOS
o da empresa e falecimento ou incapacidade do titular
Prazo certo

Licitação – concorrência
Pela via judicial Rescisão
Concessão
Pessoa jurídica ou consó
FORMA DE PRESTAÇÃO
Obra e serviço ou serviço

Não tem prazo “precária”


omum c/ 2 fontes de receita Concessão patrocinada
PPP
Licitação – qualquer mod
ta ou indireta do serviço Concessão administrativa
Permissão
Pessoa física ou jurídica

Somente serviço público

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPE-

RIOR) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas

de outorgas e à ordenação do transporte aquaviário, julgue o seguinte item.

A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode

prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão

ou autorização.

Questão 2 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉ-

DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas

de outorgas, julgue o item seguinte.

Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades econômicas.

Questão 3 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉ-

DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas

de outorgas, julgue o item seguinte.

Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor

sobre os direitos do usuário e a política tarifária.

Questão 4 (2018/CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Acerca dos

instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização

de serviços públicos, julgue o item a seguir.


Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, poderá ser celebrado contrato de parceria público-privada na modalidade
concessão patrocinada.

Questão 5 (2018/CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Julgue o item


que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.

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De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder público
promova a retomada imediata da prestação do serviço no caso de extinção de contrato de conces-
são por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal poder realize
previamente o pagamento de indenizações devidas.

Questão 6 (2018/CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) A


concessão de serviço público
a) deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previstas
na lei de licitações.
b) transfere ao concessionário a titularidade do serviço público concedido.
c) transfere ao concessionário a responsabilidade por prejuízos causados a terceiros, que é
subjetiva nesse caso.
d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do
objeto do empreendimento.
e) pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do
valor originalmente pactuado.

Questão 7 (2018/CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA) A per-


missão, uma das formas de delegação do serviço público, ocorre quando o Estado transfere
a) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço ao particular mediante a formalização de
vínculo de natureza precária.
b) apenas a prestação de serviços públicos ao particular mediante a formalização de vínculo
de natureza precária.
c) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa jurídica ou consórcio de em-

presas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.

d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consórcio

de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.

e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-

ção de vínculo de natureza precária.

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Questão 8 (2018/CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com o enten-

dimento do STJ, atendida a necessária prévia notificação, o inadimplemento do usuário permi-

te que se efetue corte no fornecimento de serviço público essencial, ainda que tal inadimplên-

cia se refira a dívida

a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispensá-

veis à população.

b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-

tínua, para sua sobrevivência.

c) de valor irrisório.

d) não relativa ao mês de consumo.

e) decorrente de suposta irregularidade no hidrômetro ou medidor de energia elétrica apurada

unilateralmente pela concessionária.

Questão 9 (2018/CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) É causa de extinção dos

contratos administrativos de concessão de serviços públicos por caducidade

a) a falência ou a extinção da empresa concessionária.


b) a retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por motivo
de interesse público.
c) o descumprimento, pela concessionária, das cláusulas contratuais ou disposições legais
concernentes à concessão.
d) o descumprimento, pelo poder concedente, das normas contratuais estabelecidas na con-
cessão.
e) o advento do termo contratual.

Questão 10 (2018/CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A segurança pública é uma for-


ma de serviço público de natureza

a) geral.

b) administrativa.

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c) descentralizada.

d) não exclusiva.
e) individual.

Questão 11 (2018/CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CAR-


GOS 1, 2 E 3) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de concessão administrativa, a administração pública é usuária direta ou indi-
reta da prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de
tarifa dos usuários particulares.

Questão 12 (2018/CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CAR-


GOS 1, 2 E 3) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Em caso de inadimplemento do usuário, o fornecimento de serviço público pode ser interrom-
pido pelo concessionário, sendo desnecessária a notificação.

Questão 13 (2018/CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/DEMAIS ÁREAS)


Acerca da delegação de serviços públicos, prevista na Lei n. 8.987/1995, julgue os itens que
se seguem.
I – A interrupção do serviço público não se caracterizará como descontinuidade quando ocorrer
por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.
II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta
técnica, a partir de um preço fixado pelo edital.
III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.

Assinale a opção correta.


a) Nenhum item está certo.
b) Apenas os itens I e II estão certos.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Questão 14 (CESPE/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/2020)


Julgue os próximos itens, com relação a parceria público-privada.
I – Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão que pode ser celebrado
na modalidade patrocinada ou administrativa.
II – É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada caso o valor do contrato
seja inferior a dez milhões de reais e o período de prestação do serviço seja inferior a cin-
co anos.
III  – Na contratação de parceria público-privada, os  riscos do negócio ficam integralmente
por conta da contratada.
IV – A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade
pregão eletrônico.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Questão 15 (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais


da atividade econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
A prestação de serviços públicos de transporte coletivo sob o regime de permissão prescinde
de licitação, que é exigida apenas para a modalidade de concessão.

Questão 16 (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Acerca da concessão de serviços


públicos, julgue o item que se segue.
Concessão de serviço público é um contrato administrativo pelo qual a administração pública
delega a terceiro a execução de um serviço público, para que este o realize em seu próprio
nome e por sua conta e risco, sendo assegurada ao terceiro a remuneração mediante tarifa
paga pelo usuário, que é fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e não pode ser
alterada unilateralmente pelo poder público ou pela concessionária.

Questão 17 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) A respeito do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsecutivo.

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A concorrência é a modalidade de licitação a ser adotada para concessão de serviços públi-


cos que não sejam precedidos de execução de obra pública.

Questão 18 (CESPE/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO/2019) O Ministério Públi-


co junto a determinado tribunal de contas estadual pretende celebrar parceria público-privada,
na modalidade patrocinada, pelo prazo de dez anos.
Para a celebração dessa parceria, deverá ser realizado procedimento licitatório na modalidade
a) convite, desde que haja recursos públicos e privados suficientes para o cumprimento das
obrigações acordadas em contrato.
b) concurso, desde que haja recursos públicos e privados suficientes para o cumprimento das
obrigações acordadas em contrato.
c) concorrência, desde que levantada a estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos
dez anos de vigência do contrato, além de cumpridas as demais condições legais.
d) tomada de preço, desde que o objeto da licitação esteja previsto no plano plurianual em
vigor à época da celebração do contrato.
e) pregão, desde que haja declaração do ordenador de despesa asseverando que as obriga-
ções contratuais estão em conformidade com a lei orçamentária.

Questão 19 (CESPE/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/CONTROLE EXTERNO/2019) Ten-


do em vista o regime de concessão e permissão de serviços públicos, estabelecido pela Lei n.
8.987/1995, julgue os próximos itens.
I – Havendo previsão legal específica, a cobrança da tarifa do serviço público concedido po-
derá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário.
II – A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem aprovação
do poder concedente acarretará a anulação da concessão.
III – Encampação consiste na retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da
concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.

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c) Apenas os itens I e III estão certos.


d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Questão 20 (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019)


No que concerne às parcerias público-privadas, assinale a opção correta.
a) A concessão de serviços e obras públicas, mesmo quando não envolver contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, constitui uma parceria público-privada.
b) É permitida a celebração de parceria público-privada que tem como objeto único o forne-
cimento de mão de obra.
c) Antes da celebração do contrato de parceria público-privada, é  facultada a consti-
tuição de sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da
parceria.
d) O contrato de parceria público-privada não poderá prever o pagamento ao parceiro privado
de remuneração variável.
e) Concessão administrativa é o contrato de parceria público-privada de que a administração
pública é a usuária direta ou indireta do serviço.

Questão 21 (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca de atos administrativos,


serviços públicos e intervenção do Estado na propriedade, julgue o item seguinte.
Cada Poder e cada esfera de governo devem estabelecer regulamento específico dispondo
sobre a avaliação da efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários dos serviços pú-
blicos por eles prestados, devendo a quantidade de manifestações dos usuários ser um dos
parâmetros considerado nessa avaliação.

Questão 22 (CESPE/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2019) De acordo com a Lei n. 8.987/1995


— que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos
previsto no art. 175 da Constituição Federal —, na hipótese de concessão de serviço público
precedida de execução de obra pública,
a) a subconcessão é juridicamente possível, situação que dispensa a realização de concor-
rência para a sua outorga.

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b) a concessionária não poderá contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades ine-


rentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido.
c) o julgamento da licitação deverá ser feito exclusivamente de acordo com o critério do me-
nor valor da tarifa do serviço público a ser prestado.
d) a concessão poderá ser feita a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para o
seu desempenho e a obra deverá ser realizada por conta e risco da concessionária.
e) o investimento da concessionária será remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado.

Questão 23 (CESPE/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) O fornecimento de água


a) é um serviço de utilidade pública, uti universi e delegável.
b) pode ter a respectiva taxa alterada pelo concessionário, que poderá considerar aspectos
mercadológicos para estabelecer o novo patamar a ser cobrado.
c) é um serviço de utilidade pública que não pode ser prestado por pessoa jurídica de direito
privado que não integre a administração pública.
d) não poderá gerar cobrança vinculada de tarifa mínima, sendo imperiosa a correspondência
com o efetivo consumo.
e) poderá gerar cobrança distinta de acordo com as categorias de usuários e faixas de consu-
mo.

Questão 24 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS  /PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) A respeito do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, julgue
o item subsecutivo.
A transferência de concessão ou de controle societário da concessionária sem a prévia anuên-
cia do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

Questão 25 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) À luz das disposições da Lei n. 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue o item a
seguir.
É dispensável a realização de licitação para celebração de contratos de parceria público-pri-
vada.

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Questão 26 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) À luz das disposições da Lei n. 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue o item a
seguir.
A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade de
tomada de preço, estando a abertura do processo licitatório condicionada a autorização da
autoridade competente, fundamentada em estudo técnico.

Questão 27 (CESPE/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/GOVERNAMENTAL/


2019) De acordo com a Lei n. 11.079/2004, para todos os casos em que se pretenda adotar
uma parceria público-privada (PPP), é necessário que
a) o prazo de vigência do contrato a ser firmado não ultrapasse o limite de dez anos.
b) o valor do contrato a ser firmado seja igual ou superior a dez milhões de reais.
c) a contraprestação pecuniária exclua a tarifa cobrada dos usuários do serviço público a ser
contratado.
d) as penalidades contratualmente previstas sejam restritas ao parceiro privado.
e) o objeto do contrato exclua a execução de obras pelo parceiro privado.

Questão 28 (CESPE/CGE-CE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2019) Considerando as normas


gerais para licitação e contratação de parceria público-privada, assinale a opção correta.
a) A sociedade de propósito específico deverá assumir a forma de companhia aberta.
b) O edital de contratação poderá prever leilão a viva voz, depois da abertura das propostas
escritas.
c) A administração pública deverá ser acionista majoritária da sociedade de propósito especí-
fico.
d) A contratação de parceria público-privada será precedida por processo de licitação na mo-
dalidade convite.
e) O limite de garantia concedido pela União aos estados incluirá as despesas de contratos de
parceria celebrados por toda a administração direta e indireta.

Questão 29 (CESPE/CGE-CE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2019) Assinale a opção que


apresenta exemplo de prestação direta de serviço público.

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a) coleta seletiva de lixo


b) execução de obra pública
c) serviço postal
d) serviços de radiodifusão
e) serviços de distribuição de gás natural

Questão 30 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/ENGE-


NHARIA/2019) A respeito de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsequente, de acordo com disposições da Lei n. 8.987/1995.
É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que ex-
pressamente autorizada pelo poder concedente.

Questão 31 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/ENGE-


NHARIA/2019) A respeito de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsequente, de acordo com disposições da Lei n. 8.987/1995.
Edital de licitação poderá prever a inversão na ordem das fases de habilitação e julgamento, hi-
pótese em que, verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado ven-
cedor.

Questão 32 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) À luz das


normas pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos administrativos,
serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na propriedade, julgue
o item seguinte.
Encampação é a denominação dada à rescisão unilateral de uma concessão pública antes do
prazo inicialmente estabelecido entre as partes e equivale à retomada da execução do serviço
pelo poder concedente.

Questão 33 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas
de outorgas e à ordenação do transporte aquaviário, julgue o seguinte item.
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode
prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão
ou autorização.

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Questão 34 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.
Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades econômicas.

Questão 35 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.
Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor
sobre os direitos do usuário e a política tarifária.

Questão 36 (CESPE/PGM MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Acerca dos


instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização
de serviços públicos, julgue o item a seguir.
Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, poderá ser celebrado contrato de parceria público-privada na modalidade
concessão patrocinada.

Questão 37 (CESPE/PGM MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o


item que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.
De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder pú-
blico promova a retomada imediata da prestação do serviço no caso de extinção de contrato
de concessão por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal
poder realize previamente o pagamento de indenizações devidas.

Questão 38 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


concessão de serviço público
a) deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previs-
tas na lei de licitações.
b) transfere ao concessionário a titularidade do serviço público concedido.
c) transfere ao concessionário a responsabilidade por prejuízos causados a terceiros, que é
subjetiva nesse caso.

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d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do
objeto do empreendimento.
e) pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do
valor originalmente pactuado.

Questão 39 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018) A per-


missão, uma das formas de delegação do serviço público, ocorre quando o Estado transfere
a) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço ao particular mediante a formalização de
vínculo de natureza precária.
b) apenas a prestação de serviços públicos ao particular mediante a formalização de vínculo
de natureza precária.
c) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa jurídica ou consórcio de em-
presas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consór-
cio de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
ção de vínculo de natureza precária.

Questão 40 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) De acordo com o enten-


dimento do STJ, atendida a necessária prévia notificação, o inadimplemento do usuário permi-
te que se efetue corte no fornecimento de serviço público essencial, ainda que tal inadimplên-
cia se refira a dívida
a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispen-
sáveis à população.
b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-
tínua, para sua sobrevivência.
c) de valor irrisório.
d) não relativa ao mês de consumo.
e) decorrente de suposta irregularidade no hidrômetro ou medidor de energia elétrica apurada
unilateralmente pela concessionária.

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Questão 41 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) É causa de extinção dos


contratos administrativos de concessão de serviços públicos por caducidade
a) a falência ou a extinção da empresa concessionária.
b) a retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por motivo
de interesse público.
c) o descumprimento, pela concessionária, das cláusulas contratuais ou disposições legais
concernentes à concessão.
d) o descumprimento, pelo poder concedente, das normas contratuais estabelecidas na con-
cessão.
e) o advento do termo contratual.

Questão 42 (CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A segurança pública é uma for-


ma de serviço público de natureza
a) geral.
b) administrativa.
c) descentralizada.
d) não exclusiva.
e) individual.

Questão 43 (CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS:


1, 2 E 3/2018) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de concessão administrativa, a  administração pública é usuária direta ou indi-
reta da prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de
tarifa dos usuários particulares.

Questão 44 (CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS 1,


2 E 3/2018) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Em caso de inadimplemento do usuário, o fornecimento de serviço público pode ser interrom-
pido pelo concessionário, sendo desnecessária a notificação.

Questão 45 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/DEMAIS ÁREAS/2018)


Acerca da delegação de serviços públicos, prevista na Lei n. 8.987/1995, julgue os itens que
se seguem.

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I – A interrupção do serviço público não se caracterizará como descontinuidade quando ocor-
rer por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.
II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta téc-
nica, a partir de um preço fixado pelo edital.
III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas os itens I e II estão certos.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Questão 46 (CEBRASPE/PGE-PB/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Acerca do regime de


concessão e permissão de serviços públicos previsto na Lei n. 8.987/1995, julgue os próximos
itens.
IV – Concessionários de serviço público não detêm a liberdade própria da iniciativa privada
para alterar o valor da tarifa cobrada dos usuários, já que tal tarifa se submete aos ter-
mos da lei, do edital e do contrato.
V – Concessionárias de serviços públicos podem terceirizar suas atividades-meio, mas não
suas atividades-fim.
VI – Pode haver a subconcessão do serviço público, desde que haja previsão no contrato,
haja autorização do poder concedente e seja precedida de licitação na modalidade con-
corrência.

Assinale a opção correta.


a) Apenas o item III está certo.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Questão 47 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
A legislação vigente estabelece que, extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos
os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário.

Questão 48 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
Em se tratando de concessão administrativa, adicionalmente à tarifa cobrada aos usuários, há
contraprestação pecuniária pelo parceiro público ao parceiro privado.

Questão 49 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
A caducidade é a forma de extinção de uma concessão em razão do descumprimento de cláu-
sula contratual ou inadimplemento pela concessionária.

Questão 50 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
Na modalidade patrocinada, a administração pública é a usuária principal direta ou indireta dos
serviços prestados pela concessionária.

Questão 51 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


dos contratos administrativos e de suas modalidades, julgue o item seguinte.
Denomina-se parceria público-privada o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

Questão 52 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Com o advento de termo contratual, uma concessionária de serviço pú-
blico do Distrito Federal pleiteou o ressarcimento do valor utilizado na aquisição de um equi-
pamento de ponta que não era exigido contratualmente nem fora utilizado na prestação do
serviço.

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Assertiva: O governo do Distrito Federal poderá negar-se a indenizá-la, alegando não se tratar
de bem reversível.

Questão 53 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
A declaração de caducidade do contrato por descumprimentos imputados à concessionária
independe de processo judicial prévio.

Questão 54 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
A legislação que disciplina as concessões estabelece o prazo legal máximo de trinta e cinco
anos para a concessão comum de serviços públicos, admitida uma única prorrogação.

Questão 55 (CEBRASPE/CODEVASF/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO/2021) Considerando


as normas e os princípios de direito econômico, julgue o item a seguir.
É permitida a constituição de parceria público-privada para a exploração de uma concessão
comum, desde que essa parceria não envolva uma contraprestação pecuniária do parceiro
público.

Questão 56 (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/CRÉDITO) A prestação de servi-


ços públicos pela iniciativa privada é medida
a) obrigatória nos casos de serviços públicos que permitam o regime de lucratividade, para
garantir competição e vantajosidade para o usuário.
b) passível de ser implementada mediante descentralização da Administração, outorgando-se
a titularidade e a execução sob regime de parceria público-privada.
c) que não altera a titularidade do serviço, mas permite a exploração da execução, inclusive de
forma lucrativa em determinados setores, devendo ser preservada a competitividade no certa-
me de seleção e a modicidade tarifária, em benefício dos administrados.
d) adotada pelo poder público quando celebra contrato de concessão comum ou de conces-
são patrocinada, ainda que esses modelos possam contar com aporte do poder concedente
para execução das obras.

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e) que pode ser viabilizada em contraponto à prestação direta, excluídos os serviços públicos
de caráter essencial, que são obrigatoriamente responsabilidade do titular do serviço público
em questão.

Questão 57 (2019/FCC/AFAP/AGENTE DE FOMENTO EXTERNO) A extinção antecipada de


um contrato de concessão, realizada pelo poder concedente após comprovação de que o con-
cessionário havia paralisado os serviços há determinado tempo,
a) pode exigir a delimitação dos valores devidos pelo poder concedente, impondo-lhe deman-
da judicial para o pedido, para analisar a possibilidade de prosseguir com a extinção.
b) configura hipótese de encampação da concessão, que exige autorização legislativa, na qual
será fixado eventual valor a ser pago ao concessionário.
c) enquadra-se na hipótese de caducidade, o que prescinde de lei específica para tanto, sendo
suficiente a comprovação da interrupção injustificada.
d) é faculdade do poder concedente, ainda que não haja previsão legal expressa, na medida em
que a demonstração de culpa por parte do concessionário é o único fundamento necessário
para tanto.
e) é caso de anulação do contrato, por vício de legalidade identificado pelo poder concedente,
o que exige medida judicial para fixação de indenização à Administração estadual, pois admi-
nistrativamente só é possível implementar a extinção antecipada em caso de dolo ou fraude.

Questão 58 (2019/FCC/AFAP/AGENTE DE FOMENTO EXTERNO) A Administração públi-


ca celebrou um contrato de concessão administrativa para prestação de serviços de gestão
administrativa, realização de reformas e melhorias, ampliação das edificações e manutenção
predial de unidades escolares, excluído do objeto o aspecto pedagógico referente ao ensino
público. A natureza jurídica desse contrato indica que
a) o concessionário do serviço público deverá encontrar formas de se remunerar diretamente
pela prestação dos serviços, na medida em que ao poder público só é permitido o pagamento
de eventuais obras realizadas pelo parceiro privado.
b) se trata de contrato regido pela Lei nº 8.666/1993, pois pertinente à prestação de serviços
públicos, ainda que não exclusivos e essenciais.
c) se trata de uma Parceria Público-Privada, tendo o poder concedente como usuário indireto
da prestação dos serviços, devida contraprestação ao concessionário pelas obras e serviços
prestados.

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d) há irregularidade no objeto da Parceria Público-Privada contratada, pois não poderia ter ha-
vido contratação de obras e de serviço conjuntamente, ensejando restrição à competição que
constitui premissa das licitações públicas.
e) caberia a celebração de um contrato de concessão comum, regido pela Lei nº 8.987/1995,
contemplando o pagamento de tarifa pelo poder público pelos serviços e de contraprestação
para remuneração das obras.

Questão 59 (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE /ANALISTA DE GESTÃO ADMINIS-


TRATIVA) Suponha que o Município pretenda conceder à iniciativa privada a exploração de ser-
viços de saneamento básico, considerando a ausência de recursos públicos suficientes para
realizar, no curto prazo, a necessária ampliação da infraestrutura existente bem como a
inviabilidade de aumento da tarifa cobrada tendo em vista o perfil dos usuários. Diante de tal
cenário, apresenta-se como alternativa juridicamente viável para a consecução dos fins coli-
mados pelo Município a contratação de
a) parceria público-privada, na modalidade administrativa ou patrocinada, vedado o pagamen-
to de contraprestação pecuniária pelo Município, salvo na forma de subsídio a categorias es-
pecíficas de usuários.
b) concessão administrativa, admitindo-se o repasse mensal de recursos pelo Município em
complementação à tarifa cobrada dos usuários.
c) concessão patrocinada, admitida a complementação da receita tarifária auferida pela con-
cessionária apenas na forma de subvenção para investimento aportada pelo Município.
d) concessão de serviços precedida de obra pública, com aporte de recursos do Município,
desde que após a disponibilização, pela concessionária, de parcela fruível do objeto concedido.
b) concessão patrocinada, com complementação da tarifa cobrada dos usuários mediante
contraprestação paga pelo Município.

Questão 60 (2017/FCC/TRT-11ª REGIÃO/AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-


NISTRATIVA) A educação básica obrigatória, inclusive para os que não tiveram essa oportuni-
dade na idade própria, e o transporte coletivo urbano aos maiores de 65 anos de idade são me-
didas destinadas a amparar grupos de pessoas em situação de hipossuficiência e constituem

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exemplos de aplicação de importante princípio dos serviços públicos. Trata-se do princípio


denominado
a) continuidade.
b) publicidade.
c) modicidade.
d) cortesia.
e) controle.

Questão 61 (2015/FCC/TRT-3ª REGIÃO/MG/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O estabele-


cimento de tarifas reduzidas para usuários de serviços públicos, que possuem menor poder
aquisitivo,
a) é legítimo e corresponde à aplicação do princípio da modicidade das tarifas.
b) viola o princípio da legalidade.
c) viola o princípio da igualdade dos usuários de serviços públicos, devendo o Estado promo-
ver outros meios para privilegiar tais pessoas.
d) viola o princípio da flexibilidade dos meios aos fins.
e) é legítimo e corresponde à aplicação do princípio da razoabilidade e da igualdade dos usu-
ários.

Questão 62 (2016/FCC/PGE-MT/ANALISTA/DIREITO) O Governador do Estado, por ra-


zões de interesse público, pretende outorgar a exploração de rodovia estadual à iniciativa
privada. Todavia, estudos técnicos preliminares estimam que o valor da tarifa de pedágio
a ser cobrada dos usuários, sob o regime da concessão comum, seria excessivo, a ponto
de desestimular o uso da rodovia. Diante disso, o governo estadual estuda a alternativa de
realização de concessão sob o regime de parceria público-privada, nos termos da Lei n.
11.079, de 30 de dezembro de 2004, de tal maneira que o contrato envolva contrapresta-
ção pecuniária da Administração pública ao parceiro privado. Para que tal alternativa seja
viável, há diversos requisitos legais, tais como:
I – Valor do contrato não inferior a 20 milhões de reais.
II – Objeto não consistente apenas no fornecimento de mão de obra, no fornecimento e
instalação de equipamentos e na execução de obra pública.

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III – Prazo de vigência compatível com a amortização dos investimentos realizados, não
inferior a 5 anos, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação.
IV – Repartição objetiva de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito,
força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária.
V – Previsão contratual de mecanismos para a preservação da atualidade dos serviços
prestados.

São requisitos previstos na lei o que consta em


a) III, IV e V, apenas.
b) I, II e V, apenas.
c) I, II, III e V, apenas.
d) I, II, III e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

Questão 63 (2016/FCC/PGE-MT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O princípio da continuidade


dos serviços públicos implica, essencialmente, para
a) a Administração pública, o dever de prestá-los a todos, sem interrompê-los até mesmo em
relação aos administrados que deixem de pagar a devida contraprestação em dinheiro, visto
serem considerados serviços essenciais.
b) os administrados, o direito de usufrui-los gratuitamente, inclusive quando sejam tais servi-
ços remunerados e não gratuitos, visto serem sempre essenciais.
c) os administrados, o direito de não presenciarem quaisquer greves de trabalhadores respon-
sáveis pela prestação de serviços públicos.
d) a Administração pública, o dever de não interromper a sua prestação injustificadamente,
somente podendo fazê-lo com fundamento no ordenamento jurídico.
e) a Administração pública, o dever de zelar pela celeridade na prestação dos serviços públicos.

Questão 64 (2016/FCC/PGE-MT/ANALISTA/PSICOLOGIA) Incumbe ao Poder Público a


prestação de serviços públicos
a) cuja prestação seja indelegável à iniciativa privada, com exclusão de quaisquer outros.
b) que sejam como tais reconhecidos pelo ordenamento jurídico, podendo ser prestados direta
ou indiretamente pelo Estado, nesse último caso mediante instrumentos de delegação à inicia-
tiva privada.

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c) de saúde, educação e assistência social, fundamentais e exclusivos de Estado, apenas.


d) de importância maior para a coletividade, desde que notoriamente reconhecida, indepen-
dentemente de reconhecimento pelo ordenamento jurídico.
e) cuja prestação seja delegável à iniciativa privada, o que deve ser feito preferencialmente
em caráter de exclusividade, para facilitar a amortização de investimentos e a lucratividade.

Questão 65 (2016/FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) A Lei Federal n. 8.987/1995, que


dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos (…)
a) obriga as concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados
e no Distrito Federal, a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o
mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos.
b) não se aplica no âmbito estadual, visto que se trata de lei destinada apenas a regular a con-
cessão e permissão de serviços públicos pela União.
c) veda a prestação delegada de serviços públicos por pessoas físicas, admitindo seja feita
somente por pessoas jurídicas e consórcios de empresas que demonstrem capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco.
d) admite que seja utilizada a modalidade pregão para escolha do delegatário na concessão
de serviços públicos, bem como na concessão de serviços públicos precedida da execução
de obra pública.
e) estabelece como única fonte de receitas das concessões e permissões de serviços públicos
a tarifa fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revi-
são previstas nessa lei, no edital e no contrato.

Questão 66 (2016/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DE ARRECADAÇÃO) Delegação de sua pres-


tação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pes-
soa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por
sua conta e risco e por prazo determinado.
Essa é a definição legal do regime de descentralização de serviço mediante
a) permissão.
b) autorização.

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c) concessão.
d) parceria público privada.
e) licença.

Questão 67 (2016/FCC/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Sobre as


concessões e permissões de serviços públicos considere as afirmativas abaixo.
I – Poderes concedentes são: a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município e suas au-
tarquias e fundações públicas em cuja competência se encontre o serviço público obje-
to de concessão ou permissão.
II – Concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder con-
cedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou con-
sórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado.
III – Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, independentemente de
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa físi-
ca ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
IV – Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública é a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras
de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na moda-
lidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento
da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou
da obra por prazo determinado.

Está correto o que consta APENAS em


a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.

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Questão 68 (2015/FCC/TRT-3ª REGIÃO/MG/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Estado de Minas


Gerais pretende contratar, por meio de parceria público-privada, empresa para o fornecimento
e a instalação de equipamentos, sendo a contratação estimada em trinta milhões de reais, de-
vendo perdurar por prazo superior a seis anos. Nesse caso, a parceria público-privada
a) é viável, não sendo necessário prévio procedimento licitatório.
b) não será possível em razão do valor da contratação.
c) é absolutamente viável, haja vista o preenchimento das condições legais.
d) não será possível em razão do lapso temporal do contrato.
e) não será possível em razão do objeto contratual.

Questão 69 (2016/FCC/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) O regime jurídico da pres-


tação de serviços públicos, estatuído pela Lei n. 8.987/1995 e legislação correlata, impõe a
a) inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, no procedimento da concorrência
para escolha da concessionária de serviço público.
b) reversão, em favor do poder concedente, de todos os bens utilizados pela concessionária de
serviço público para a prestação do serviço delegado.
c) instauração prévia de procedimento administrativo, assegurado o direito de ampla defesa,
para decretação de intervenção na concessionária de serviço público, por conta de falhas na
prestação contratual.
e) adoção obrigatória de arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, para
resolução de disputas decorrentes do contrato de concessão de serviço público.

Questão 70 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/


ADMINISTRAÇÃO) Considere que o Estado do Piauí pretenda ampliar e recuperar sua malha
rodoviária e transferir a exploração das referidas rodovias à iniciativa privada, mediante cobrança
de tarifa dos usuários. Entre as modalidades contratuais existentes, afigura-se adequada, para
adoção dos fins colimados,
a) concessão patrocinada, com contraprestação pecuniária paga pela contratante, em comple-
mentação à receita tarifária auferida pelo concessionário.
b) concessão administrativa, tendo a Administração como usuária direta dos serviços conce-
didos.

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c) empreitada integral, com possibilidade de obtenção de receitas acessórias para favorecer


a modicidade tarifária.
d) concessão comum, mediante complementação da receita tarifária com contraprestação
pecuniária paga pelo Estado.
e) concessão de serviços precedida de obra pública, com aporte de recursos do poder conce-
dente na fase de prestação de serviços.

Questão 71 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) A


Prefeitura de Teresina, hipoteticamente, celebrou contrato de parceria público-privada para o
gerenciamento de resíduos sólidos e do aterro sanitário do Município. Nos termos da Lei n.
11.079/2004, antes da celebração do contrato, foi constituída sociedade de propósito espe-
cífico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Admite-se, desde que preenchidos
os requisitos legais, a administração temporária da sociedade de propósito específico, pelos
financiadores e garantidores. Referida administração temporária, autorizada pelo poder con-
cedente,
a) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação, en-
cargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder con-
cedente ou empregados.
b) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
c) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação, en-
cargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
d) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
e) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores somente em relação aos com-
promissos com terceiros, cabendo ao poder concedente disciplinar sobre o prazo da adminis-
tração temporária.

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Questão 72 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ADVOGADO) Uma concessio-


nária de serviço público de transporte rodoviário finalizou recentemente as obras de am-
pliação de trecho de rodovia que lhe fora concedida, na forma da Lei n. 8.987/1995, tendo
iniciado a exploração. Essa empresa integra grupo econômico envolvido em investigações
e processos por crimes federais de desvios de verbas em obras públicas, já dando sinais
de perda de capacidade econômica. As ações da concessionária já perderam sensível va-
lor no mercado, havendo fundadas suspeitas de que não logrará êxito em obter financiamento
para finalização da obra. Preocupado com esse cenário e diante do cronograma de obra,
compatibilizado com o início das atividades de um porto cujas obras já estavam em fase
final, o poder concedente
a) pode instaurar processo administrativo para apuração da situação financeira da conces-
sionária e declarar a caducidade da concessão, arcando, nesse caso, com a responsabilidade
perante os empregados, tendo em vista que os serviços ainda não haviam se iniciado.
b) pode rescindir o contrato por motivo de interesse público, indenizando a concessionária
apenas pelos serviços executados, diante da culpa demonstrada.
c) não pode declarar a caducidade do contrato, tendo em vista que não houve descumprimen-
to do ajuste, embora seja possível cogitar da encampação, que demanda autorização legal
específica e análise de custo benefício, diante da vultosa indenização que seria devida à con-
cessionária.
d) deve encampar a concessão, com fundamento no princípio da continuidade dos serviços pú-
blicos, mediante autorização legislativa, que permite imediata assunção dos bens e materiais
pelo poder concedente, cabendo indenização à concessionária pelos serviços executados.
e) pode intervir na concessão, nomeando interventor para acompanhar todas as decisões da
concessionária e, principalmente, a gestão financeira da empresa, para possibilitar que o poder
concedente saiba antecipadamente se a higidez financeira da concessionária será comprome-
tida.

Questão 73 (2015/FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O Município X pre-


tende construir um grande ginásio poliesportivo para sediar as olimpíadas. Entretanto, não

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possui recursos para custear a totalidade da obra nem know-how para gerir adequadamente o
ginásio. A forma de contratação que deverá ser utilizada para concretizar o projeto municipal é
a) a Parceria Público-Privada − PPP.
b) o Regime Diferenciado de Contratação − RDC.
c) a Permissão de serviço público.
d) a Concessão administrativa prevista na Lei n. 11.079/2004.
e) a Contratação integrada.

Questão 74 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/ADMINISTRADOR) As


concessões de serviço público regidas pela Lei n. 8.987/1995, chamadas concessões comuns,
e as parcerias público-privadas, sob as modalidades de concessão administrativa e concessão
patrocinada, regidas pela Lei n. 11.079/2004 são formas de delegação de serviços públicos
para a iniciativa privada. Há semelhanças e distinções entre elas, como a
a) possibilidade de cobrança de tarifa do usuário pela utilização do serviço público, tanto na
concessão comum, como nas modalidades de parceria público-privada.
b) possibilidade do poder público aportar recursos na obra, para aquisição de bens reversíveis,
nas parcerias público-privadas, o que não encontra previsão legal nas concessões comuns.
c) possibilidade do parceiro privado, na concessão patrocinada e na concessão administrativa,
efetuar desapropriações, o que não está autorizado ao concessionário na concessão comum,
cabendo ao poder público o fornecimento das áreas.
d) transferência da titularidade do serviço público para os concessionários, que continua a ser
prestado, contudo, sob regime de direito público, com todas as prerrogativas a ele inerentes.
e) previsão de reequilíbrio econômico-financeiro feito exclusivamente por meio da tarifa
nas concessões comuns, enquanto que nas parcerias público-privadas também pode ser
implementado por meio de indenização e majoração das contraprestações.

Questão 75 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/ADMINISTRADOR) A


Administração pública é regida por princípios que orientam suas atividades. A atuação em
alguns setores reclama a incidência de princípios específicos, em geral pela relevância da ativi-
dade. Assim acontece com os serviços públicos, que devem ser disponibilizados à população
em geral, e com a licitação, dada a obrigação de gerir e empregar os recursos públicos da me-
lhor forma possível. O princípio da

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a) vinculação ao instrumento convocatório fundamenta a vedação a que os licitantes desis-


tam das propostas apresentadas antes da abertura dos envelopes contendo as propostas.
b) adjudicação compulsória permite ao vencedor da licitação exigir a celebração do contrato
após a adjudicação do objeto da licitação, pois constitui direito subjetivo do mesmo.
c) igualdade dos usuários impede que se estabeleça tarifa diferenciada para prestação do
mesmo serviço público a pessoas diferentes.
d) impessoalidade fundamenta a regra que impede o conhecimento da identidade dos licitan-
tes antes do julgamento objetivo das propostas em todos os procedimentos de licitação.
e) continuidade dos serviços públicos fundamenta o impedimento da rescisão administrativa
unilateral do contrato de concessão de serviço público pelo concessionário.

Questão 76 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/GESTÃO PÚBLICA) O


Município de Teresina celebrou, em um intervalo de seis meses, dois contratos de parceria
público-privadas, de objetos distintos. No primeiro deles, foi prevista a possibilidade de prorrogação
do prazo contratual, sendo que, na hipótese de prorrogação, o prazo contratual poderá superar
trinta e cinco anos. No segundo contrato, restou consignado que as obrigações pecuniárias
contraídas pela Administração pública fossem garantidas mediante garantia prestada por ins-
tituição financeira não controlada pelo Poder Público. A propósito dos fatos narrados e nos
termos da Lei n. 11.079/2004,
a) ambos os fatos narrados estão corretos e passíveis de ocorrerem nos contratos de parceria
público-privada.
b) ambos os fatos narrados estão incorretos, haja vista vedação expressa prevista na citada
Lei.
c) está correto apenas o fato narrado no primeiro contrato.
d) está correto apenas o fato narrado no segundo contrato.
e) o Município não poderia ter firmado dois contratos de parceria público-privada no intervalo de seis
meses, vez que é exigido um intervalo mínimo de um ano para tanto.

Questão 77 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/CONTADOR) Nos termos da Lei n.


11.079/2004, constitui diretriz a ser seguida na conformação dos ajustes de Parceria Público-
-Privada− PPP a

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a) repartição objetiva de riscos entre as partes.


b) assunção dos riscos exclusivamente pelo parceiro privado, porque explora o negócio por
sua conta e risco.
c) vedação de remuneração atrelada ao desempenho do parceiro privado.
d) disponibilização, pelo parceiro privado, de garantias às contraprestações devidas pelo par-
ceiro público.
e) delegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de
outras atividades exclusivas, mas não privativas do Estado.

Questão 78 (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR) No tocante aos aspectos econômicos e


tarifários das concessões de serviço público, a Lei n. 8.987/1995 dispõe:
a) Na contratação das concessões de serviços públicos, deve haver a repartição objetiva dos
riscos entre as partes.
b) O inadimplemento do usuário não é circunstância justificável para a interrupção na presta-
ção dos serviços públicos.
c) A cobrança de pedágios em rodovias públicas somente é possível por meio do oferecimen-
to de via alternativa e gratuita para o usuário.
d) Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro, vedada a revisão em período inferior a um ano.
e) A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de revisão
tarifária pela concessionária.

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GABARITO
1. E 29. a 57. c
2. C 30. C 58. c
3. C 31. C 59. e
4. E 32. C 60. c
5. E 33. E 61. e
6. a 34. C 62. e
7. b 35. C 63. d
8. a 36. E 64. b
9. c 37. E 65. a
10. a 38. a 66. c
11. C 39. b 67. d
12. E 40. a 68. e
13. b 41. c 69. d
14. a 42. a 70. a
15. E 43. C 71. d
16. E 44. E 72. c
17. C 45. b 73. a
18. c 46. b 74. b
19. c 47. C 75. e
20. e 48. E 76. d
21. C 49. C 77. a
22. e 50. E 78. e
23. e 51. C
24. C 52. C
25. E 53. C
26. E 54. E
27. b 55. E
28. b 56. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPE-
RIOR) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas
de outorgas e à ordenação do transporte aquaviário, julgue o seguinte item.
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode
prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão
ou autorização.

Errado.
A autorização de serviço público não depende de licitação, devido ao fato de que, sendo o
serviço prestado no interesse exclusivo ou predominante do beneficiário, não há viabilidade
de competição. O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta e risco, sujei-
tando-se à fiscalização pelo Poder Público. A concessão e a permissão dependem de prévia
licitação.

Questão 2 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉ-


DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.
Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades econômicas.

Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 170, § único, é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei; dessa forma, a lei pode estabelecer condições para o exercício de
certas atividades econômicas.

Questão 3 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉ-


DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.

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Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor
sobre os direitos do usuário e a política tarifária.

Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 175, caput e § único, incumbe ao Poder Público, na for-
ma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licita-
ção, a prestação de serviços públicos, sendo que a lei disporá sobre os direitos dos usuários
e a política tarifária.

Questão 4 (2018/CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Acerca dos


instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização
de serviços públicos, julgue o item a seguir.
Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, poderá ser celebrado contrato de parceria público-privada na modalidade
concessão patrocinada.

Errado.
Na verdade, trata-se de concessão administrativa e não concessão patrocinada. De acordo
com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, § 2º, a concessão administrativa é o contrato de prestação
de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envol-
va execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Tratando-se de concessão admi-
nistrativa, a administração pública é usuária direta ou indireta da prestação de serviços, en-
quanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de tarifa dos usuários particulares.

Questão 5 (2018/CESPE/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Julgue o item

que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.

De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder público

promova a retomada imediata da prestação do serviço no caso de extinção de contrato de

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concessão por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal poder

realize previamente o pagamento de indenizações devidas.

Errado.

De acordo com o entendimento do STJ, uma vez extinto o contrato de concessão por decurso

do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada imediata da prestação do serviço

até a realização de nova licitação, independentemente de prévia indenização, assegurando

a observância do princípio da continuidade do serviço público. (Jurisprudência em teses do

STJ n. 97).

Questão 6 (2018/CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) A

concessão de serviço público

a) deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previstas

na lei de licitações.

b) transfere ao concessionário a titularidade do serviço público concedido.

c) transfere ao concessionário a responsabilidade por prejuízos causados a terceiros, que é

subjetiva nesse caso.

d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do

objeto do empreendimento.

e) pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do

valor originalmente pactuado.

Letra a.

a) Certa. Segundo a CF/1988, art. 175, incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente

ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, a prestação de ser-

viços públicos. A concessão e a permissão serão sempre precedidas de licitação e, por esse

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motivo, as hipóteses de dispensa descritas no art. 24 da Lei de Licitações não se aplicam às

contratações para concessão de serviços públicos.

b) Errada. A concessão de serviço público não transfere a titularidade, transfere apenas

a execução da atividade, tendo em vista que se trata de uma descentralização por cola-

boração.

c) Errada. De acordo com a CF/1988, art. 37, § 6º, as pessoas jurídicas de direito público e

as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o

responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade civil das prestadoras de serviços

públicos é objetiva.

d) Errada. Não é possível a alteração unilateral do contrato pela Administração Pública no que

se refere ao núcleo do objeto. A possibilidade de alteração unilateral do contrato pelo Poder

Público diz respeito apenas à alteração unilateral das cláusulas regulamentares, de serviço

ou de execução.

e) Errada. Ao contrário do que afirma a alternativa, é possível que haja alteração do valor ori-

ginalmente pactuado e, em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial

equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitante-

mente à alteração (Lei n. 8.987/1995, art. 9º, § 4º).

Questão 7 (2018/CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA) A per-

missão, uma das formas de delegação do serviço público, ocorre quando o Estado transfere
a) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço ao particular mediante a formalização de
vínculo de natureza precária.
b) apenas a prestação de serviços públicos ao particular mediante a formalização de vínculo
de natureza precária.
c) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa jurídica ou consórcio de em-
presas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.

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d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consórcio
de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
ção de vínculo de natureza precária.

Letra b.
a) Errada. Conforme expliquei em questão anterior, a permissão não transfere a titularidade, e
sim a execução do serviço público.
b) Certa. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de-
monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
c) Errada. A permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas. Per-
missão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
d) Errada. A permissão não transfere a titularidade, e sim a execução do serviço público. Além
do mais, a permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas.
e) Errada. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de-
monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Questão 8 (2018/CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) De acordo com o enten-


dimento do STJ, atendida a necessária prévia notificação, o inadimplemento do usuário permi-
te que se efetue corte no fornecimento de serviço público essencial, ainda que tal inadimplên-
cia se refira a dívida

a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispensá-

veis à população.

b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-

tínua, para sua sobrevivência.

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c) de valor irrisório.

d) não relativa ao mês de consumo.

e) decorrente de suposta irregularidade no hidrômetro ou medidor de energia elétrica apurada

unilateralmente pela concessionária.

Letra a.

De acordo com o entendimento do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públi-

cos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido

de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis

à população. (Jurisprudência em teses do STJ n. 13). AgRg no AREsp 412822/RJ, Rel. Ministro

MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 25/11/2013.

Questão 9 (2018/CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) É causa de extinção dos

contratos administrativos de concessão de serviços públicos por caducidade

a) a falência ou a extinção da empresa concessionária.

b) a retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por motivo

de interesse público.

c) o descumprimento, pela concessionária, das cláusulas contratuais ou disposições legais

concernentes à concessão.

d) o descumprimento, pelo poder concedente, das normas contratuais estabelecidas na con-

cessão.

e) o advento do termo contratual.

Letra c.

a) Errada. A falência ou a extinção da empresa concessionária é causa de extinção dos con-

tratos administrativos de concessão, mas não por caducidade. Caducidade é outra forma de

extinção (Lei n. 8.987/1995, art. 35, inciso VI).

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b) Errada. A retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por

motivo de interesse público diz respeito à encampação e não à caducidade. (Lei n. 8.987/1995,

art. 37).

c) Certa. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 38, § 1º, inciso II, a caducidade da concessão

poderá ser declarada pelo poder concedente quando a concessionária descumprir cláusulas

contratuais, ou disposições legais, ou regulamentares concernentes à concessão.

d) Errada. De acordo com o art. 39, da Lei n. 8.987/1995, o contrato de concessão poderá ser

rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contra-

tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim. A

caducidade é a extinção do contrato pelo descumprimento por parte da concessionária, e não

por parte do poder concedente.

e) Errada. O advento do termo contratual é causa de extinção dos contratos administrativos

de concessão por si só. A caducidade é outra forma de extinção. (Lei n. 8.987/1995, art. 35,

inciso I).

Questão 10 (2018/CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) A segurança pública é uma for-

ma de serviço público de natureza

a) geral.

b) administrativa.

c) descentralizada.

d) não exclusiva.

e) individual.

Letra a.

Os serviços públicos gerais são indivisíveis, sendo prestados a toda a coletividade, sem des-

tinatários determinados ou individualizados. A Administração presta sem ter usuários

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determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação públi-

ca; calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc. Os serviços gerais são custeados

por impostos.

Questão 11 (2018/CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CAR-


GOS 1, 2 E 3) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de concessão administrativa, a administração pública é usuária direta ou indi-
reta da prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de
tarifa dos usuários particulares.

Certo.
De acordo com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, §§ 1º e 2º, concessão patrocinada é a concessão
de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecu-
niária do parceiro público ao parceiro privado. Já a concessão administrativa é o contrato de
prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

Questão 12 (2018/CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CAR-


GOS 1, 2 E 3) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Em caso de inadimplemento do usuário, o fornecimento de serviço público pode ser interrom-
pido pelo concessionário, sendo desnecessária a notificação.

Errado.
É indispensável que seja feita a notificação e o aviso prévio ao usuário. Segundo o entendi-

mento do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando

inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação. STJ, AgRg no AREsp 412822/ RJ.

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Questão 13 (2018/CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/DEMAIS ÁREAS)

Acerca da delegação de serviços públicos, prevista na Lei n. 8.987/1995, julgue os itens que

se seguem.

I – A interrupção do serviço público não se caracterizará como descontinuidade quando ocorrer

por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.

II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta

técnica, a partir de um preço fixado pelo edital.

III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.

Assinale a opção correta.

a) Nenhum item está certo.

b) Apenas os itens I e II estão certos.


c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Letra b.
I – Certo. O STJ tem considerado legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica
em situações de emergência, ou após aviso prévio, desde que nos limites do disposto no ar-
tigo 6º, § 3º, da Lei n. 8.987/1995. Veja:

Lei n. 8.987/1995
Art. 6º
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emer-
gência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

II – Certo. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 15, inciso IV, no julgamento da licitação,

será considerado como um dos critérios a melhor proposta técnica, com preço fixado no edi-

tal.

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III – Errado. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 39, o contrato de concessão poderá

ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas

contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para

esse fim. O concessionário não poderá rescindir unilateralmente o contrato, porém o

concessionário poderá litigar judicialmente para rescindir o contrato.

Questão 14 (CESPE/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/2020)


Julgue os próximos itens, com relação a parceria público-privada.
I – Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão que pode ser celebrado
na modalidade patrocinada ou administrativa.
II – É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada caso o valor do contrato
seja inferior a dez milhões de reais e o período de prestação do serviço seja inferior a cin-
co anos.
III  – Na contratação de parceria público-privada, os  riscos do negócio ficam integralmente
por conta da contratada.
IV – A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade
pregão eletrônico.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

Letra a.
I – Certo. É o que estabelece o caput do art. 2º, da Lei n. 11.079/2004:

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patroci-


nada ou administrativa.

II – Certo. É o que dispõe os incisos I e II do art. 2º, § 4º, da Lei n. 11.079/2004:

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Art. 2º § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:


I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais:
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

III – Errado. Os riscos do negócio serão repartidos entre as partes:

Art.  5º, III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força
maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

IV – Errado. A modalidade de licitação será a concorrência:

Art.  10. A  contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

Questão 15 (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Considerando os princípios gerais


da atividade econômica previstos na Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir.
A prestação de serviços públicos de transporte coletivo sob o regime de permissão prescinde
de licitação, que é exigida apenas para a modalidade de concessão.

Errado.
O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre precedidos
de licitação. No caso de permissão, poderá qualquer modalidade de licitação.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Questão 16 (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL/2020) Acerca da concessão de serviços


públicos, julgue o item que se segue.
Concessão de serviço público é um contrato administrativo pelo qual a administração pública
delega a terceiro a execução de um serviço público, para que este o realize em seu próprio
nome e por sua conta e risco, sendo assegurada ao terceiro a remuneração mediante tarifa
paga pelo usuário, que é fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e não pode ser
alterada unilateralmente pelo poder público ou pela concessionária.

Errado.
O item foi dado como errado, porque entendeu o examinador que poderia haver alteração uni-
lateral e acredito que seja essa a fundamentação:

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Lei n. 8.987/1995. Art.  9º §  4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial
equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à al-
teração.

Porém, a questão está um tanto confusa porque a alteração de cláusula econômica de con-
trato, quanto mais de tarifas é, digamos, controversa (ou melhor complicada). O poder público
não pode impor que ele abaixe as tarifas. Não é simples assim. Até porque sua remuneração
é a tarifa paga pelo usuário. Caso isso venha a ocorrer, tem que o Estado e o concessionário
sentar à mesa e rediscutir o contrato, aumentar o prazo e ver uma solução para restabelecer o
equilíbrio econômico do contrato.

Questão 17 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) A respeito do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsecutivo.
A concorrência é a modalidade de licitação a ser adotada para concessão de serviços públi-
cos que não sejam precedidos de execução de obra pública.

Certo.
É o que se depreende do art. 2º, II, da Lei n. 8.987/1995:

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

Questão 18 (CESPE/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO/2019) O Ministério Público


junto a determinado tribunal de contas estadual pretende celebrar parceria público-privada, na
modalidade patrocinada, pelo prazo de dez anos.
Para a celebração dessa parceria, deverá ser realizado procedimento licitatório na modalidade
a) convite, desde que haja recursos públicos e privados suficientes para o cumprimento das
obrigações acordadas em contrato.
b) concurso, desde que haja recursos públicos e privados suficientes para o cumprimento das
obrigações acordadas em contrato.

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c) concorrência, desde que levantada a estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos


dez anos de vigência do contrato, além de cumpridas as demais condições legais.
d) tomada de preço, desde que o objeto da licitação esteja previsto no plano plurianual em
vigor à época da celebração do contrato.
e) pregão, desde que haja declaração do ordenador de despesa asseverando que as obriga-
ções contratuais estão em conformidade com a lei orçamentária.

Letra c.
É o que dispõe o art. 10, caput, e inciso IV, da Lei n. 11.079/2004:

Art.  10. A  contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:
IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a vigência
do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela Administração Pública;

Questão 19 (CESPE/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/CONTROLE EXTERNO/2019) Ten-


do em vista o regime de concessão e permissão de serviços públicos, estabelecido pela Lei n.
8.987/1995, julgue os próximos itens.
I – Havendo previsão legal específica, a cobrança da tarifa do serviço público concedido po-
derá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário.
II – A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem aprovação
do poder concedente acarretará a anulação da concessão.
III – Encampação consiste na retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da
concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Letra c.
I – Certo. É o que estabelece o art. 9º, § 1º, da Lei n. 8.987/1995:

Art. 9º, § 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço
público alternativo e gratuito para o usuário.

II – Errado. Segundo o art. 27 da Lei n. 8.987/1995, importará em caducidade da concessão.

Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anu-


ência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

III – Certo. Esse é o correto conceito de encampação, segundo o art. 37 da Lei n. 8.987/1995:

Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

Questão 20 (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019)


No que concerne às parcerias público-privadas, assinale a opção correta.
a) A concessão de serviços e obras públicas, mesmo quando não envolver contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, constitui uma parceria público-privada.
b) É permitida a celebração de parceria público-privada que tem como objeto único o forne-
cimento de mão de obra.
c) Antes da celebração do contrato de parceria público-privada, é facultada a constituição de
sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
d) O contrato de parceria público-privada não poderá prever o pagamento ao parceiro privado
de remuneração variável.
e) Concessão administrativa é o contrato de parceria público-privada de que a administração
pública é a usuária direta ou indireta do serviço.

Letra e.
a) Errada. É o que estabelece o Art. 2º, § 3º, da Lei n. 11.079/2004:

Art. 2º, § 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a con-


cessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

b) Errada. Segundo o art. 2º, § 4º, é vedada:

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Art. 2º, § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:


III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

c) Errada. Não é uma faculdade:

Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

d) Errada. Poderá haver essa previsão:

Art. 6, § 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vin-


culada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos
no contrato.

e) Certa. Essa é a disposição do art. 2º, § 2º:

Art. 2º, § 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administra-


ção Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens.

Questão 21 (CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2019) Acerca de atos administrativos,


serviços públicos e intervenção do Estado na propriedade, julgue o item seguinte.
Cada Poder e cada esfera de governo devem estabelecer regulamento específico dispondo
sobre a avaliação da efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários dos serviços pú-
blicos por eles prestados, devendo a quantidade de manifestações dos usuários ser um dos
parâmetros considerado nessa avaliação.

Certo.
A resposta da questão está nos arts. 23 e 24 da Lei n. 13.460, de 2017, que dispõe sobre a par-
ticipação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração
pública:

Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços pres-
tados, nos seguintes aspectos:
I – satisfação do usuário com o serviço prestado;
II – qualidade do atendimento prestado ao usuário;
III – cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços;
IV – quantidade de manifestações de usuários; e
V – medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação
do serviço.

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Art. 24. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a avaliação da
efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários.

Questão 22 (CESPE/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2019) De acordo com a Lei n. 8.987/1995


— que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos
previsto no art. 175 da Constituição Federal —, na hipótese de concessão de serviço público
precedida de execução de obra pública,
a) a subconcessão é juridicamente possível, situação que dispensa a realização de concor-
rência para a sua outorga.
b) a concessionária não poderá contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades ine-
rentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido.
c) o julgamento da licitação deverá ser feito exclusivamente de acordo com o critério do me-
nor valor da tarifa do serviço público a ser prestado.
d) a concessão poderá ser feita a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para o
seu desempenho e a obra deverá ser realizada por conta e risco da concessionária.
e) o investimento da concessionária será remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado.

Letra e.
a) Errada. De acordo com o § 1º do art. 26, a subconcessão será sempre precedida de licita-
ção na modalidade concorrência:

Art.  26. É  admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que
expressamente autorizada pelo poder concedente.
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.

b) Errada. É possível a contratação de terceiro:

Art. 25 § 1º Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá


contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares
ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados.

c) Errada. Na verdade, são vários critérios:

Art. 15. No julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios:


I – o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
II – a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão;

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III – a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos incisos I, II e VII;


IV – melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
V  – melhor proposta em razão da combinação dos critérios de menor valor da tarifa  do serviço
público a ser prestado com o de melhor técnica;
VI – melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga da con-
cessão com o de melhor técnica; ou
VII – melhor oferta de pagamento pela outorga após qualificação de propostas técnicas.

d) Errada. A concessão só poderá ser feita por pessoa jurídica ou consórcio de empresas:

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


II  – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à  pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

e) Certa. Essa é a redação do art. 2º, III:

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse públi-
co, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta
e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a
exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

Questão 23 (CESPE/TJ-BA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) O fornecimento de água

a) é um serviço de utilidade pública, uti universi e delegável.

b) pode ter a respectiva taxa alterada pelo concessionário, que poderá considerar aspectos

mercadológicos para estabelecer o novo patamar a ser cobrado.

c) é um serviço de utilidade pública que não pode ser prestado por pessoa jurídica de direito

privado que não integre a administração pública.

d) não poderá gerar cobrança vinculada de tarifa mínima, sendo imperiosa a correspondência

com o efetivo consumo.

e) poderá gerar cobrança distinta de acordo com as categorias de usuários e faixas de

consumo.

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Letra e.
a) Errada. O serviço de fornecimento de água é uti singuli, ou seja, têm usuários determinados
e utilização particular ou mensurável para cada destinatário
b) Errada. É prestado mediante tarifa, não taxa.
c) Errada. Por ser serviço de utilidade pública o Estado presta-os diretamente ou consente que
sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários).
d) Errada. Pode haver a cobrança de tarifa mínima.
e) Certa. É o que se depreende da redação da Súmula n. 407 do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
É legítima a cobrança da tarifa de água, fixada de acordo com as categorias de usuários
e as faixas de consumo.

Questão 24 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS /PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) A respeito do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsecutivo.
A transferência de concessão ou de controle societário da concessionária sem a prévia anuên-
cia do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

Certo.
A ausência de autorização pode acarretar em declaração de caducidade por parte da Adminis-
tração, provocando a extinção do contrato. Estabelece o artigo 27 da Lei n. 8.987/1995:

Art.  27. A  transferência de concessão ou do controle societário da concessionária  sem prévia


anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

Questão 25 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) À luz das disposições da Lei n. 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue o item a
seguir.
É dispensável a realização de licitação para celebração de contratos de parceria público-privada.

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Errado.
O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre precedidos
de licitação. Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutri-
na denomina-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as
concessões regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. Assim, a contratação de
parceria público-privada deverá ser precedida de licitação.
É inclusive o que determina o art. 10 da Lei n. 11.079/2004:

Art.  10. A  contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

Questão 26 (CESPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/


2019) À luz das disposições da Lei n. 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue o item a
seguir.
A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade de
tomada de preço, estando a abertura do processo licitatório condicionada a autorização da
autoridade competente, fundamentada em estudo técnico.

Errado.
Segundo a Lei n. 11.079/2004 a modalidade utilizada será a concorrência:

Art.  10. A  contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

Questão 27 (CESPE/CGE-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/GOVERNAMENTAL/


2019) De acordo com a Lei n. 11.079/2004, para todos os casos em que se pretenda adotar
uma parceria público-privada (PPP), é necessário que
a) o prazo de vigência do contrato a ser firmado não ultrapasse o limite de dez anos.
b) o valor do contrato a ser firmado seja igual ou superior a dez milhões de reais.
c) a contraprestação pecuniária exclua a tarifa cobrada dos usuários do serviço público a ser
contratado.

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d) as penalidades contratualmente previstas sejam restritas ao parceiro privado.


e) o objeto do contrato exclua a execução de obras pelo parceiro privado.

Letra b.
a) Errada. Estabelece o art. 5º da Lei n. 11.079/2004 que o prazo de vigência não será inferior
a 5, nem superior a 35 anos.

Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da


Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados,
não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;

b) Certa. Segundo a Lei n. 11.079/2004, é vedada a celebração de contrato de parceria públi-


co-privada (art. 2º, § 4º):

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada
pela Lei n. 13.529, de 2017);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

Assim, o valor mínimo do contrato de PPP passou a ser de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
reais) após a modificação da Lei n. 13.529, de 2017.
c) Errada. A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas
de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Art. 2º § 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de


que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobra-
da dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

d) Errada. Segundo a lei, as  penalidades não são restritas apenas ao parceiro privado, mas
também à Administração Pública.

Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da


Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:
II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadim-
plemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e  às
obrigações assumidas;

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e) Errada. O que é vedado é o objeto único no contrato de PPP. Segundo a Lei n. 11.079/2004,
é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada (art. 2º, § 4º):

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

Questão 28 (CESPE/CGE-CE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2019) Considerando as normas


gerais para licitação e contratação de parceria público-privada, assinale a opção correta.
a) A sociedade de propósito específico deverá assumir a forma de companhia aberta.
b) O edital de contratação poderá prever leilão a viva voz, depois da abertura das propostas
escritas.
c) A administração pública deverá ser acionista majoritária da sociedade de propósito
específico.
d) A contratação de parceria público-privada será precedida por processo de licitação na
modalidade convite.
e) O limite de garantia concedido pela União aos estados incluirá as despesas de contratos de
parceria celebrados por toda a administração direta e indireta.

Letra b.
a) Errada. Segundo a Lei, poderá assumir essa forma, não sendo obrigatório.

Art. 9º § 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com
valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.

b) Certa. A  PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n.
8.987/1995 e pela Lei n. 8.666/1993. A Lei n. 11.079/2005 contém normas gerais, aplicáveis
a todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios), dispostas nos arts. 1º a 14.
Segundo o art. 12 da referida lei:

Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao procedimento


previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos e também ao seguinte:
III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas, admitindo-se:
a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou
b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;

c) Errada. Pelo contrário, é vedado à Administração Pública ser sócia majoritária.

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Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades
de que trata este Capítulo.

d) Errada. Será utilizada a modalidade concorrência.

Art.  10. A  contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

e) Errada. Estão excluídas as empresas estatais não dependentes.

Art.  28. A  União não poderá conceder garantia ou realizar transferência voluntária aos Estados,
Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto
das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a 5% (cinco por cento)
da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10
(dez) anos subsequentes excederem a 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida projetada
para os respectivos exercícios.
§  1º Os Estados, o  Distrito Federal e os Municípios que contratarem empreendimentos por in-
termédio de parcerias público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e à Secretaria do
Tesouro Nacional, previamente à contratação, as  informações necessárias para cumprimento do
previsto no caput deste artigo.
§ 2º Na aplicação do limite previsto no caput deste artigo, serão computadas as despesas deriva-
das de contratos de parceria celebrados pela administração pública direta, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, dire-
ta ou indiretamente, pelo respectivo ente, excluídas as empresas estatais não dependentes.

Questão 29 (CESPE/CGE-CE/CONHECIMENTOS BÁSICOS/2019) Assinale a opção que


apresenta exemplo de prestação direta de serviço público.
a) coleta seletiva de lixo
b) execução de obra pública
c) serviço postal
d) serviços de radiodifusão
e) serviços de distribuição de gás natural

Letra a.
Serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à comu-
nidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do grupo social
e do próprio Estado. Por exemplo: Defesa nacional, polícia e fiscalização de atividades, água,
saneamento básico. Dito isso, a coleta de lixo de enquadra em serviço prestado diretamente
pela Administração por envolver saneamento básico.

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Questão 30 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/ENGE-


NHARIA/2019) A respeito de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsequente, de acordo com disposições da Lei n. 8.987/1995.
É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que ex-
pressamente autorizada pelo poder concedente.

Certo.
A subconcessão é a transferência para que outra empresa execute parte do contrato. O art. 26
da Lei n. 8.987/1995 permite a subconcessão, desde que expressamente autorizada pelo po-
der concedente, exigindo que seja precedida de concorrência.

Questão 31 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/ENGE-


NHARIA/2019) A respeito de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, jul-
gue o item subsequente, de acordo com disposições da Lei n. 8.987/1995.
Edital de licitação poderá prever a inversão na ordem das fases de habilitação e julgamento,
hipótese em que, verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado
vencedor.

Certo.
Estabelece o art. 18–A da Lei n. 8.987:

Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipó-
tese em que:
I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o in-
vólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do
atendimento das condições fixadas no edital;
II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor;
III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do
licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um lici-
tante classificado atenda às condições fixadas no edital;
IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições
técnicas e econômicas por ele ofertadas.

Questão 32 (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019) À luz das


normas pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos administrativos,

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serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na propriedade, julgue o item


seguinte.
Encampação é a denominação dada à rescisão unilateral de uma concessão pública antes do
prazo inicialmente estabelecido entre as partes e equivale à retomada da execução do serviço
pelo poder concedente.

Certo.
Encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no
contrato, por motivo de interesse público. Requisitos para encampação:
• interesse público;
• lei autorizativa específica;
• indenização prévia.

Questão 33 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas
de outorgas e à ordenação do transporte aquaviário, julgue o seguinte item.
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode
prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão
ou autorização.

Errado.
A autorização de serviço público não depende de licitação, devido ao fato de que sendo o serviço
prestado no interesse exclusivo ou predominante do beneficiário, não há viabilidade de compe-
tição. O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta e risco, sujeitando-se à
fiscalização pelo Poder Público. A concessão e a permissão dependem de prévia licitação.

Questão 34 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.
Lei pode estabelecer condições para o exercício de certas atividades econômicas.

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Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 170, § único, é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei, dessa forma, a lei pode estabelecer condições para o exercício de
certas atividades econômicas.

Questão 35 (CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/


2018) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
de outorgas, julgue o item seguinte.
Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor
sobre os direitos do usuário e a política tarifária.

Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 175, caput e § único, incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação,
a prestação de serviços públicos, sendo que a lei disporá sobre os direitos dos usuários e a
política tarifária.

Questão 36 (CESPE/PGM MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Acerca dos


instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização
de serviços públicos, julgue o item a seguir.
Quando se tratar da prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, poderá ser celebrado contrato de parceria público-privada na modalidade
concessão patrocinada.

Errado.
Na verdade trata-se de concessão administrativa e não concessão patrocinada. De acordo
com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, § 2º, a concessão administrativa é o contrato de prestação
de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução

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de obra ou fornecimento e instalação de bens. Tratando-se de concessão administrativa, a ad-


ministração pública é usuária direta ou indireta da prestação de serviços, enquanto, no caso de

concessão patrocinada, há cobrança de tarifa dos usuários particulares.

Questão 37 (CESPE/PGM MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018) Julgue o

item que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.

De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder pú-

blico promova a retomada imediata da prestação do serviço no caso de extinção de contrato

de concessão por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal

poder realize previamente o pagamento de indenizações devidas.

Errado.
De acordo com o entendimento do STJ, uma vez extinto o contrato de concessão por decurso
do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada imediata da prestação do serviço até a
realização de nova licitação, independentemente de prévia indenização, assegurando a obser-
vância do princípio da continuidade do serviço público. (Jurisprudência em teses do STJ n. 97).

Questão 38 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/2018) A


concessão de serviço público
a) deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previstas
na lei de licitações.
b) transfere ao concessionário a titularidade do serviço público concedido.
c) transfere ao concessionário a responsabilidade por prejuízos causados a terceiros, que é
subjetiva nesse caso.
d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do
objeto do empreendimento.
e) pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do
valor originalmente pactuado.

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Letra a.
a) Certa. Segundo a CF/1988, art. 175, incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de ser-
viços públicos. A concessão e a permissão serão sempre precedidas de licitação e, por este
motivo, as hipóteses de dispensa descritas no art. 24 da Lei de Licitações não se aplicam às
contratações para concessão de serviços públicos.
b) Errada. A concessão de serviço público não transfere a titularidade, transfere apenas a exe-
cução da atividade, tendo em vista que se trata de uma descentralização por colaboração.
c) Errada. De acordo com a CF/1988, art.  37, §  6º, as  pessoas jurídicas de direito público
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade civil das prestadoras de serviços
públicos é objetiva.
d) Errada. Não é possível a alteração unilateral do contrato pela Administração Pública no que
se refere ao núcleo do objeto. A possibilidade de alteração unilateral do contrato pelo Poder
Público diz respeito apenas à alteração unilateral das cláusulas regulamentares, de serviço ou
de execução.
e) Errada. Ao contrário do que afirma a alternativa, é possível que haja alteração do valor origi-
nalmente pactuado e, em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equi-
líbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à
alteração (Lei n. 8.987/1995, art. 9º, § 4º).

Questão 39 (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018) A per-


missão, uma das formas de delegação do serviço público, ocorre quando o Estado transfere
a) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço ao particular mediante a formalização de
vínculo de natureza precária.
b) apenas a prestação de serviços públicos ao particular mediante a formalização de vínculo
de natureza precária.
c) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa jurídica ou consórcio de em-
presas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.

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d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consórcio
de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
ção de vínculo de natureza precária.

Letra b.
a) Errada. Conforme expliquei em questão anterior, a permissão não transfere a titularidade e
sim a execução do serviço público.
b) Certa. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
c) Errada. A permissão de serviço público não pode ser feira a consórcio de empresas. Per-
missão de serviço público é a delegação, a  título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
d) Errada. A permissão não transfere a titularidade e sim a execução do serviço público. Além
do mais, a permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas.
e) Errada. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Questão 40 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) De acordo com o enten-


dimento do STJ, atendida a necessária prévia notificação, o inadimplemento do usuário permi-
te que se efetue corte no fornecimento de serviço público essencial, ainda que tal inadimplên-
cia se refira a dívida
a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispen-
sáveis à população.
b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-
tínua, para sua sobrevivência.

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c) de valor irrisório.
d) não relativa ao mês de consumo.
e) decorrente de suposta irregularidade no hidrômetro ou medidor de energia elétrica apurada
unilateralmente pela concessionária.

Letra a.
De acordo com o entendimento do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públi-
cos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido
de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis
à população. (Jurisprudência em teses do STJ n. 13). AgRg no AREsp 412822/RJ, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 25/11/2013.

Questão 41 (CESPE/PC-MA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) É causa de extinção dos


contratos administrativos de concessão de serviços públicos por caducidade
a) a falência ou a extinção da empresa concessionária.
b) a retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por motivo
de interesse público.
c) o descumprimento, pela concessionária, das cláusulas contratuais ou disposições legais
concernentes à concessão.
d) o descumprimento, pelo poder concedente, das normas contratuais estabelecidas na
concessão.
e) o advento do termo contratual.

Letra c.
a) Errada. A falência ou a extinção da empresa concessionária é causa de extinção dos con-
tratos administrativos de concessão, mas não por caducidade. Caducidade é outra forma de
extinção (Lei n. 8.987/1995, art. 35, inciso VI).
b) Errada. A retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por
motivo de interesse público diz respeito à encampação e não caducidade. (Lei n. 8.987/1995,
art. 37).

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c) Certa. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 38, § 1º, inciso II, a caducidade da concessão
poderá ser declarada pelo poder concedente quando a concessionária descumprir cláusulas
contratuais, ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão.
d) Errada. De acordo com o art. 39, da Lei n. 8.987/1995, o contrato de concessão poderá ser
rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contra-
tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
A caducidade é a extinção do contrato pelo descumprimento por parte da concessionária e
não por parte do poder concedente.
e) Errada. O advento do termo contratual é causa de extinção dos contratos administrativos
de concessão por si só. A caducidade é outra forma de extinção. (Lei n. 8.987/1995, art. 35,
inciso I).

Questão 42 (CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A segurança pública é uma for-


ma de serviço público de natureza
a) geral.
b) administrativa.
c) descentralizada.
d) não exclusiva.
e) individual.

Letra a.
Os serviços públicos gerais são indivisíveis, sendo prestados a toda a coletividade, sem des-
tinatários determinados ou individualizados. A Administração presta sem ter usuários deter-
minados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação pública;
calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc. Os serviços gerais são custeados por
impostos.

Questão 43 (CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS 1,


2 E 3/2018) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.

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Tratando-se de concessão administrativa, a  administração pública é usuária direta ou indi-


reta da prestação de serviços, enquanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de
tarifa dos usuários particulares.

Certo.
De acordo com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, §§ 1º e 2º, concessão patrocinada é a concessão
de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecu-
niária do parceiro público ao parceiro privado. Já a concessão administrativa é o contrato de
prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

Questão 44 (CESPE/CGM DE JOÃO PESSOA-PB/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS 1,


2 E 3/2018) A respeito de concessão administrativa, julgue o item subsecutivo.
Em caso de inadimplemento do usuário, o fornecimento de serviço público pode ser interrom-
pido pelo concessionário, sendo desnecessária a notificação.

Errado.
É indispensável que seja feita a notificação e o aviso prévio ao usuário. Segundo o entendimen-
to do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadim-
plente o usuário, desde que precedido de notificação. STJ, AgRg no AREsp 412822/ RJ.

Questão 45 (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS - DEMAIS ÁREAS/2018) Acerca


da delegação de serviços públicos, prevista na Lei n. 8.987/1995, julgue os itens que se seguem.
I – A interrupção do serviço público não se caracterizará como descontinuidade quando ocor-
rer por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.
II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta téc-
nica, a partir de um preço fixado pelo edital.
III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.
Assinale a opção correta.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
Gustavo Scatolino

a) Nenhum item está certo.


b) Apenas os itens I e II estão certos.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Letra b.
I – Certo. O STJ tem considerado legitima a interrupção do fornecimento de energia elétrica em
situações de emergência ou após aviso prévio desde que nos limites do disposto no artigo 6º,
§ 3º, da Lei n. 8.987/1995. Veja:

Lei n. 8.987/1995, Art. 6º, § 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrup-
ção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

II – Certo. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 15, inciso IV, no julgamento da licitação será
considerado como um dos critérios a melhor proposta técnica, com preço fixado no edital.
III – Errado. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 39, o contrato de concessão poderá ser
rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contra-
tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
O  concessionário não poderá rescindir unilateralmente o contrato, porém o concessionário
poderá litigar judicialmente para rescindir o contrato.

Questão 46 (CEBRASPE/PGE-PB/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Acerca do regime de


concessão e permissão de serviços públicos previsto na Lei n. 8.987/1995, julgue os próximos
itens.
I – Concessionários de serviço público não detêm a liberdade própria da iniciativa privada
para alterar o valor da tarifa cobrada dos usuários, já que tal tarifa se submete aos ter-
mos da lei, do edital e do contrato.
II – Concessionárias de serviços públicos podem terceirizar suas atividades-meio, mas não
suas atividades-fim.
III – Pode haver a subconcessão do serviço público, desde que haja previsão no contrato,
haja autorização do poder concedente e seja precedida de licitação na modalidade con-
corrência.

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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Assinale a opção correta.


a) Apenas o item III está certo.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Letra b.
I – Certo.

Lei n. 8.987/1995, Art. 29. Incumbe ao poder concedente:


V – homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes
e do contrato;

II – Errado. Segundo o julgamento do ADPF 324 o STF entendeu que é lícita a terceirização de
toda e qualquer atividade, meio ou fim, não se configurando relação de emprego entre a con-
tratante e o empregado da contratada.
III – Certo.

Lei n. 8.987/1995, Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de conces-
são, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente.
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.

Questão 47 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
A legislação vigente estabelece que, extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos
os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário.

Certo.
É o que estabelece o art. 35, § 1º, da Lei n. 8.987/1995:

Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios
transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.

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Questão 48 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
Em se tratando de concessão administrativa, adicionalmente à tarifa cobrada aos usuários, há
contraprestação pecuniária pelo parceiro público ao parceiro privado.

Errado.
A questão trouxe o conceito de concessão patrocinada:

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocina-


da ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata
a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pú-
blica seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e insta-
lação de bens.

Questão 49 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
A caducidade é a forma de extinção de uma concessão em razão do descumprimento de cláu-
sula contratual ou inadimplemento pela concessionária.

Certo.
A caducidade decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente de-
clara a caducidade, gerando a extinção do contrato. O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta
as situações para declaração de caducidade:

I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;

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IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a


adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta)
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.

Vale destacar que a declaração de caducidade, geralmente, decorre de má conduta do conces-


sionário, durante o prazo contratual. No caso de descumprimento de normas contratuais pelo
poder concedente, o contratado poderá buscar a rescisão contratual.

Questão 50 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


das modalidades e da extinção das concessões, julgue o item a seguir.
Na modalidade patrocinada, a administração pública é a usuária principal direta ou indireta dos
serviços prestados pela concessionária.

Errado.
A concessão patrocinada é quando há contraprestação pecuniária do parceiro público ao par-
ceiro privado.

Lei n. 11.079/1994, Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na


modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata
a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Questão 51 (CEBRASPE/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) Acerca


dos contratos administrativos e de suas modalidades, julgue o item seguinte.
Denomina-se parceria público-privada o contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa.

Certo.
É o que dispõe a redação do art. 2º da Lei n. 11.079/1994:

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Lei n. 11.079/1994, Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na


modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata
a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Públi-
ca seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instala-
ção de bens.

Questão 52 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Com o advento de termo contratual, uma concessionária de serviço pú-
blico do Distrito Federal pleiteou o ressarcimento do valor utilizado na aquisição de um equi-
pamento de ponta que não era exigido contratualmente nem fora utilizado na prestação do
serviço.
Assertiva: O governo do Distrito Federal poderá negar-se a indenizá-la, alegando não se tratar
de bem reversível.

Certo.
É o que se depreende do art. 38 da Lei n. 8.987/1995:

Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos in-
vestimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido
realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

Questão 53 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
A declaração de caducidade do contrato por descumprimentos imputados à concessionária
independe de processo judicial prévio.

Certo.
De acordo com o art. 38, § 2º, da Lei 8.987/1995, a declaração da caducidade depende de pro-
cesso administrativo, mais não judicial.

Art. 38, § 2º A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da ina-
dimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.

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Questão 54 (CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2021)


Acerca da concessão comum de serviços públicos, julgue o item a seguir.
A legislação que disciplina as concessões estabelece o prazo legal máximo de trinta e cinco
anos para a concessão comum de serviços públicos, admitida uma única prorrogação.

Errado.
Tal prazo é para as parcerias público-privadas da Lei n. 11.079/1994. A Lei 8.987/1995 não
estabelece prazo as concessões.

Lei n. 11.079/1994, Art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao dis-
posto no art. 23 da Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados,
não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;

Questão 55 (CEBRASPE/CODEVASF/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO/2021) Considerando


as normas e os princípios de direito econômico, julgue o item a seguir.
É permitida a constituição de parceria público-privada para a exploração de uma concessão
comum, desde que essa parceria não envolva uma contraprestação pecuniária do parceiro
público.

Errado.
Segundo o que estabelece o art. 2º, § 3º, da Lei n. 11.079/2004:

Lei n. 11.079/2004, Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na


modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de
serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 (con-
cessão comum), quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado.

Questão 56 (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/CRÉDITO) A prestação de servi-


ços públicos pela iniciativa privada é medida
a) obrigatória nos casos de serviços públicos que permitam o regime de lucratividade, para
garantir competição e vantajosidade para o usuário.

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b) passível de ser implementada mediante descentralização da Administração, outorgando-se


a titularidade e a execução sob regime de parceria público-privada.
c) que não altera a titularidade do serviço, mas permite a exploração da execução, inclusive de
forma lucrativa em determinados setores, devendo ser preservada a competitividade no certa-
me de seleção e a modicidade tarifária, em benefício dos administrados.
d) adotada pelo poder público quando celebra contrato de concessão comum ou de conces-
são patrocinada, ainda que esses modelos possam contar com aporte do poder concedente
para execução das obras.
e) que pode ser viabilizada em contraponto à prestação direta, excluídos os serviços públicos
de caráter essencial, que são obrigatoriamente responsabilidade do titular do serviço público
em questão.

Letra c.
No Direito brasileiro, a prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou sob
o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal
de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o
exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou
mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter espe-
cial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

O Estado é o titular do serviço público. A delegação aos particulares não transfere a titularida-
de, apenas a sua execução.

Questão 57 (2019/FCC/AFAP/AGENTE DE FOMENTO EXTERNO) A extinção antecipada de


um contrato de concessão, realizada pelo poder concedente após comprovação de que o con-
cessionário havia paralisado os serviços há determinado tempo,

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a) pode exigir a delimitação dos valores devidos pelo poder concedente, impondo-lhe deman-
da judicial para o pedido, para analisar a possibilidade de prosseguir com a extinção.
b) configura hipótese de encampação da concessão, que exige autorização legislativa, na qual
será fixado eventual valor a ser pago ao concessionário.
c) enquadra-se na hipótese de caducidade, o que prescinde de lei específica para tanto, sendo
suficiente a comprovação da interrupção injustificada.
d) é faculdade do poder concedente, ainda que não haja previsão legal expressa, na medida em
que a demonstração de culpa por parte do concessionário é o único fundamento necessário
para tanto.
e) é caso de anulação do contrato, por vício de legalidade identificado pelo poder concedente,
o que exige medida judicial para fixação de indenização à Administração estadual, pois admi-
nistrativamente só é possível implementar a extinção antecipada em caso de dolo ou fraude.

Letra c.
A caducidade decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente de-
clara a caducidade, gerando a extinção do contrato.
O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta as situações para declaração de caducidade:

I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;
IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a
adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta)
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.

Vale destacar que a declaração de caducidade, geralmente, decorre de má conduta do conces-


sionário, durante o prazo contratual. No caso de descumprimento de normas contratuais pelo

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poder concedente, o contratado poderá buscar a rescisão contratual. Requisitos para declara-
ção de caducidade:
• processo administrativo com garantia de ampla defesa;
• declaração por decreto do poder concedente;
• havendo indenização, será posterior.

Questão 58 (2019/FCC/AFAP/AGENTE DE FOMENTO EXTERNO) A Administração públi-


ca celebrou um contrato de concessão administrativa para prestação de serviços de gestão
administrativa, realização de reformas e melhorias, ampliação das edificações e manutenção
predial de unidades escolares, excluído do objeto o aspecto pedagógico referente ao ensino
público. A natureza jurídica desse contrato indica que
a) o concessionário do serviço público deverá encontrar formas de se remunerar diretamente
pela prestação dos serviços, na medida em que ao poder público só é permitido o pagamento
de eventuais obras realizadas pelo parceiro privado.
b) se trata de contrato regido pela Lei nº 8.666/1993, pois pertinente à prestação de serviços
públicos, ainda que não exclusivos e essenciais.
c) se trata de uma Parceria Público-Privada, tendo o poder concedente como usuário indireto
da prestação dos serviços, devida contraprestação ao concessionário pelas obras e serviços
prestados.
d) há irregularidade no objeto da Parceria Público-Privada contratada, pois não poderia ter ha-
vido contratação de obras e de serviço conjuntamente, ensejando restrição à competição que
constitui premissa das licitações públicas.
e) caberia a celebração de um contrato de concessão comum, regido pela Lei nº 8.987/1995,
contemplando o pagamento de tarifa pelo poder público pelos serviços e de contraprestação
para remuneração das obras.

Letra c.
Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutrina denomina-
-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as concessões

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regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. Os contratos de PPP são contratos de
concessão de serviços públicos. O Poder Público deve optar pela PPP quando não for possível
fazer a concessão comum (Lei n. 8.987/1995), pois na PPP haverá, necessariamente, contra-
prestação pecuniária do Poder Público, o que não ocorre nas concessões comuns, em que a
remuneração do concessionário é feita pela tarifa cobrada dos usuários do serviço. Há duas
espécies:
• Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de
que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à
tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado. Ex.: construção de um estádio de futebol com contraprestação do Poder Públi-
co e retribuição pecuniária adicional mediante tarifa cobrada dos usuários;
• Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administra-
ção Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado
em terreno do Poder Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará durante
15 anos administrando o prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para
utilizar o prédio com todos os serviços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado
em contrato, a Administração passa a assumir a gestão direta do edifício construído.

Questão 59 (2019/FCC/PREFEITURA DE RECIFE-PE /ANALISTA DE GESTÃO ADMINIS-


TRATIVA) Suponha que o Município pretenda conceder à iniciativa privada a exploração de ser-
viços de saneamento básico, considerando a ausência de recursos públicos suficientes para
realizar, no curto prazo, a necessária ampliação da infraestrutura existente bem como a
inviabilidade de aumento da tarifa cobrada tendo em vista o perfil dos usuários. Diante de tal
cenário, apresenta-se como alternativa juridicamente viável para a consecução dos fins coli-
mados pelo Município a contratação de
a) parceria público-privada, na modalidade administrativa ou patrocinada, vedado o pagamen-
to de contraprestação pecuniária pelo Município, salvo na forma de subsídio a categorias es-
pecíficas de usuários.
b) concessão administrativa, admitindo-se o repasse mensal de recursos pelo Município em
complementação à tarifa cobrada dos usuários.

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c) concessão patrocinada, admitida a complementação da receita tarifária auferida pela con-


cessionária apenas na forma de subvenção para investimento aportada pelo Município.
d) concessão de serviços precedida de obra pública, com aporte de recursos do Município,
desde que após a disponibilização, pela concessionária, de parcela fruível do objeto concedido.
b) concessão patrocinada, com complementação da tarifa cobrada dos usuários mediante
contraprestação paga pelo Município.

Letra e.
Os contratos Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A dou-
trina denomina-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina
as concessões regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. O Poder Público deve
optar pela PPP quando não for possível fazer a concessão comum (Lei n. 8.987/1995), pois na
PPP haverá, necessariamente, contraprestação pecuniária do Poder Público, o que não ocorre
nas concessões comuns, em que a remuneração do concessionário é feita pela tarifa cobrada
dos usuários do serviço. Há duas espécies:
• Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de
que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente
à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao par-
ceiro privado. Ex.: construção de um estádio de futebol com contraprestação do Poder
Público e retribuição pecuniária adicional mediante tarifa cobrada dos usuários;
• Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administra-
ção Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado
em terreno do Poder Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará durante
15 anos administrando o prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para
utilizar o prédio com todos os serviços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado
em contrato, a Administração passa a assumir a gestão direta do edifício construído.

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Questão 60 (2017/FCC/TRT-11ª REGIÃO/AM E RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMI-


NISTRATIVA) A educação básica obrigatória, inclusive para os que não tiveram essa oportuni-
dade na idade própria, e o transporte coletivo urbano aos maiores de 65 anos de idade são me-
didas destinadas a amparar grupos de pessoas em situação de hipossuficiência e constituem
exemplos de aplicação de importante princípio dos serviços públicos. Trata-se do princípio
denominado
a) continuidade.
b) publicidade.
c) modicidade.
d) cortesia.
e) controle.

Letra c.
Não concordo 100% com esse gabarito, pois a meu ver mais se aproxima do princípio da gene-
ralidade, no sentido de que o serviço público deve atender a todos.
Mas a FCC exigiu o entendimento do autor José dos Santos Carvalho Filho (30a Edição. p.
354). Segundo ele o princípio da modicidade significa

Que os serviços devem ser remunerados a preços módicos, devendo o Poder Público avaliar o po-
der aquisitivo do usuário para que, por dificuldades financeiras, não seja ele alijado do universo de
beneficiários do serviço.

Ainda segundo o autor:

Existem alguns serviços que alcançam o mais alto patamar no que concerne ao princípio da mo-
dicidade, isto é, são previstos como serviços gratuitos. Como exemplo, temos a educação básica
obrigatória, inclusive para os que não tiveram essa oportunidade na idade própria (art. 208, I, CF)
e o transporte coletivo urbano aos maiores de 65 anos (art. 230, § 2, CF). O fundamento dessa
garantia repousa, em linha de princípio, na necessidade de amparar hipossuficientes, que, sem as
respectivas normas de coerção, dificilmente teriam como exercer seus direitos.

Questão 61 (2015/FCC/TRT-3ª REGIÃO/MG/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O estabele-


cimento de tarifas reduzidas para usuários de serviços públicos, que possuem menor poder
aquisitivo,
a) é legítimo e corresponde à aplicação do princípio da modicidade das tarifas.

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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b) viola o princípio da legalidade.


c) viola o princípio da igualdade dos usuários de serviços públicos, devendo o Estado promover
outros meios para privilegiar tais pessoas.
d) viola o princípio da flexibilidade dos meios aos fins.
e) é legítimo e corresponde à aplicação do princípio da razoabilidade e da igualdade dos usu-
ários.

Letra e.
A Lei n. 8.987/1995 faculta essa possibilidade.

Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

Questão 62 (2016/FCC/PGE-MT/ANALISTA/DIREITO) O Governador do Estado, por ra-


zões de interesse público, pretende outorgar a exploração de rodovia estadual à iniciativa
privada. Todavia, estudos técnicos preliminares estimam que o valor da tarifa de pedágio
a ser cobrada dos usuários, sob o regime da concessão comum, seria excessivo, a ponto
de desestimular o uso da rodovia. Diante disso, o governo estadual estuda a alternativa de
realização de concessão sob o regime de parceria público-privada, nos termos da Lei n.
11.079, de 30 de dezembro de 2004, de tal maneira que o contrato envolva contrapresta-
ção pecuniária da Administração pública ao parceiro privado. Para que tal alternativa seja
viável, há diversos requisitos legais, tais como:
I – Valor do contrato não inferior a 20 milhões de reais.
II – Objeto não consistente apenas no fornecimento de mão de obra, no fornecimento e
instalação de equipamentos e na execução de obra pública.
III – Prazo de vigência compatível com a amortização dos investimentos realizados, não
inferior a 5 anos, nem superior a 35 anos, incluindo eventual prorrogação.
IV – Repartição objetiva de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito,
força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária.
V – Previsão contratual de mecanismos para a preservação da atualidade dos serviços
prestados.

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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São requisitos previstos na lei o que consta em


a) III, IV e V, apenas.
b) I, II e V, apenas.
c) I, II, III e V, apenas.
d) I, II, III e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

Letra e.
Todos são requisitos que contas na Lei n. 11.079/2005.
Perceba que a questão afirmou que não seria viável contrato de concessão comum, pois com
o preço elevado das tarifas poderia não haver interessados. Assim, tem que ser feita uma PPP.

Questão 63 (2016/FCC/PGE-MT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O princípio da continuidade


dos serviços públicos implica, essencialmente, para
a) a Administração pública, o dever de prestá-los a todos, sem interrompê-los até mesmo em
relação aos administrados que deixem de pagar a devida contraprestação em dinheiro, visto
serem considerados serviços essenciais.
b) os administrados, o direito de usufrui-los gratuitamente, inclusive quando sejam tais ser-
viços remunerados e não gratuitos, visto serem sempre essenciais.
c) os administrados, o direito de não presenciarem quaisquer greves de trabalhadores res-
ponsáveis pela prestação de serviços públicos.
d) a Administração pública, o dever de não interromper a sua prestação injustificadamente,
somente podendo fazê-lo com fundamento no ordenamento jurídico.
e) a Administração pública, o dever de zelar pela celeridade na prestação dos serviços públi-
cos.

Letra d.
a) Errada. A Lei n. 8.987/1995 admite a interrupção do serviço por motivo de inadimplência
do usuário.
b) Errada. Não há direito de usufruir gratuitamente os serviços públicos. O que determina a
legislação é que seja observado o princípio da modicidade das tarifas.

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c) Errada. O direito de greve aos servidores públicos foi admitido pelo STF. No entanto, enten-
deu o Tribunal que os dias paralisados em razão da greve serão descontados do pagamento,
pois houve suspensão do “contrato de trabalho”.
d) Certa. Para haver a suspensão deve haver justificativa e só pode haver nas hipóteses legais.
Art. 6, da Lei n. 8.987/1995.
e) Errada. Princípio da continuidade não se relaciona com celeridade, mas sim com a não in-
terrupção injustificada.

Questão 64 (2016/FCC/PGE-MT/ANALISTA/PSICOLOGIA) Incumbe ao Poder Público a


prestação de serviços públicos
a) cuja prestação seja indelegável à iniciativa privada, com exclusão de quaisquer outros.
b) que sejam como tais reconhecidos pelo ordenamento jurídico, podendo ser prestados direta
ou indiretamente pelo Estado, nesse último caso mediante instrumentos de delegação à inicia-
tiva privada.
c) de saúde, educação e assistência social, fundamentais e exclusivos de Estado, apenas.
d) de importância maior para a coletividade, desde que notoriamente reconhecida, indepen-
dentemente de reconhecimento pelo ordenamento jurídico.
e) cuja prestação seja delegável à iniciativa privada, o que deve ser feito preferencialmente em
caráter de exclusividade, para facilitar a amortização de investimentos e a lucratividade.

Letra b.
a) Errada. Seja delegável ou indelegável o serviço, incumbe ao Poder Público prestá-los, direta-
mente ou mediante concessão ou permissão.
b) Certa. Art. 175 da CF.
c) Errada. Cabe ao Poder Público de um modo geral a prestação de todos os serviços públicos,
mas pode prestá-los direta ou indiretamente.
d) Errada. O Poder Público somente pode prestar os serviços públicos assim reconhecidos
pelo ordenamento jurídico. Lembre-se de que se adota a teoria FORMAL, ou seja, serviço públi-
co é a atividade que a lei assim vier a definir. Se não for serviço público a atividade poderá ser
prestada pelo particular.
e) Errada. A delegação em regra NÃO terá caráter de exclusividade.

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Questão 65 (2016/FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO) A Lei Federal n. 8.987/1995, que


dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos (…)

a) obriga as concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados

e no Distrito Federal, a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o

mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos.

b) não se aplica no âmbito estadual, visto que se trata de lei destinada apenas a regular a con-

cessão e permissão de serviços públicos pela União.

c) veda a prestação delegada de serviços públicos por pessoas físicas, admitindo seja feita

somente por pessoas jurídicas e consórcios de empresas que demonstrem capacidade para

seu desempenho, por sua conta e risco.

d) admite que seja utilizada a modalidade pregão para escolha do delegatário na concessão

de serviços públicos, bem como na concessão de serviços públicos precedida da execução de

obra pública.
e) estabelece como única fonte de receitas das concessões e permissões de serviços públicos
a tarifa fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revi-
são previstas nessa lei, no edital e no contrato.

Letra a.
a) Certa. Lei n. 8.987/1995.

Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e no
Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento,
o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos.

b) Errada. A Lei n. 8.987/1995 regulamenta o art. 175 da CF e se aplica a todos os Entes da


Federação.

Art. 1º As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públi-


cos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais
pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e as
adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as peculiari-
dades das diversas modalidades dos seus serviços.

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c) Errada. A PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS pode ser conferida a pessoas físicas.

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se
encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou
permissão;
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, de-
legada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica
ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco,
de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a explora-
ção do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV – permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de
serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacida-
de para seu desempenho, por sua conta e risco.

d) Errada. A concessão será precedida sempre de CONCORRÊNCIA.


e) Errada. Pode haver fontes alternativas de receita.

Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente pre-
ver, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes
de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclu-
sividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Questão 66 (2016/FCC/SEGEP-MA/TÉCNICO DE ARRECADAÇÃO) Delegação de sua pres-


tação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pes-
soa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por
sua conta e risco e por prazo determinado.
Essa é a definição legal do regime de descentralização de serviço mediante
a) permissão.
b) autorização.
c) concessão.
d) parceria público privada.
e) licença.

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Letra c.
Trata-se do conceito de concessão.

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, de-
legada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica
ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco,
de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a explora-
ção do serviço ou da obra por prazo determinado;

Questão 67 (2016/FCC/SEGEP-MA/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Sobre as


concessões e permissões de serviços públicos considere as afirmativas abaixo.
I – Poderes concedentes são: a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município e suas au-
tarquias e fundações públicas em cuja competência se encontre o serviço público obje-
to de concessão ou permissão.
II – Concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder con-
cedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou con-
sórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado.
III – Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, independentemente de
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa físi-
ca ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
IV – Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública é a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras
de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na moda-
lidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento
da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou
da obra por prazo determinado.

Está correto o que consta APENAS em


a) I e II.
b) II e III.

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c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.

Letra d.
Todas as alternativas são respondidas pelo art. 2º, da Lei n. 8.987/1995:

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:


I – poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se
encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou
permissão;
II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, me-
diante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III – concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse públi-
co, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta
e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a
exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;

Questão 68 (2015/FCC/TRT-3ª REGIÃO/MG/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Estado de Minas


Gerais pretende contratar, por meio de parceria público-privada, empresa para o fornecimento
e a instalação de equipamentos, sendo a contratação estimada em trinta milhões de reais, de-
vendo perdurar por prazo superior a seis anos. Nesse caso, a parceria público-privada
a) é viável, não sendo necessário prévio procedimento licitatório.
b) não será possível em razão do valor da contratação.
c) é absolutamente viável, haja vista o preenchimento das condições legais.
d) não será possível em razão do lapso temporal do contrato.
e) não será possível em razão do objeto contratual.

Letra e.

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocina-


da ou administrativa.
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);

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II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou


III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

Questão 69 (2016/FCC/SEGEP-MA/PROCURADOR DO ESTADO) O regime jurídico da pres-


tação de serviços públicos, estatuído pela Lei n. 8.987/1995 e legislação correlata, impõe a
a) inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, no procedimento da concorrência
para escolha da concessionária de serviço público.
b) reversão, em favor do poder concedente, de todos os bens utilizados pela concessionária de
serviço público para a prestação do serviço delegado.
c) instauração prévia de procedimento administrativo, assegurado o direito de ampla defesa,
para decretação de intervenção na concessionária de serviço público, por conta de falhas na
prestação contratual.
e) adoção obrigatória de arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, para
resolução de disputas decorrentes do contrato de concessão de serviço público.

Letra d.
a) Errada. A inversão das fases é uma faculdade, e não uma imposição.

Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento

b) Errada. A reversão não será de todos os bens utilizados pela concessionária, mas apenas
daqueles que serão transferidos ao concessionário para continuar a prestação do serviço.

Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham
sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

c) Errada. A instauração do procedimento administrativo não é previamente. Ocorrerá no prazo


de 30 dias após a decretação da intervenção.

Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar pro-
cedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsa-
bilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamenta-
res será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária,
sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.

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d) indenização da concessionária de serviço público, no advento do termo contratual, caso haja


bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo
de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

d) Certa.

Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos in-
vestimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido
realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

e) Errada. A instituição de arbitragem é uma faculdade.

Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolu-
ção de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Incluído pela
Lei n. 11.196, de 2005)

Questão 70 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/


ADMINISTRAÇÃO) Considere que o Estado do Piauí pretenda ampliar e recuperar sua malha
rodoviária e transferir a exploração das referidas rodovias à iniciativa privada, mediante cobrança
de tarifa dos usuários. Entre as modalidades contratuais existentes, afigura-se adequada, para
adoção dos fins colimados,
a) concessão patrocinada, com contraprestação pecuniária paga pela contratante, em comple-
mentação à receita tarifária auferida pelo concessionário.
b) concessão administrativa, tendo a Administração como usuária direta dos serviços conce-
didos.
c) empreitada integral, com possibilidade de obtenção de receitas acessórias para favorecer a
modicidade tarifária.
d) concessão comum, mediante complementação da receita tarifária com contraprestação
pecuniária paga pelo Estado.
e) concessão de serviços precedida de obra pública, com aporte de recursos do poder conce-
dente na fase de prestação de serviços.

Letra a.
No entanto, não concordo com o gabarito, pois para ser concessão patrocinada a questão de-
veria informar que o concessionário teria duas fontes de receita: dos usuários e outra adicional
paga pelo poder público.

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Sendo assim, se tem apenas uma fonte de receita (tarifa paga pelo usuário) deveria ser uma
concessão comum. Porém, a letra d também não está correta, pois fala de concessão comum
com duas fontes de receita, sendo que na concessão comum é uma única fonte de receita.
A meu ver não teria gabarito correto, mas a banca deu a letra a como correta.

Questão 71 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA DE ORÇAMENTO) A


Prefeitura de Teresina, hipoteticamente, celebrou contrato de parceria público-privada para o
gerenciamento de resíduos sólidos e do aterro sanitário do Município. Nos termos da Lei n.
11.079/2004, antes da celebração do contrato, foi constituída sociedade de propósito espe-
cífico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. Admite-se, desde que preenchidos
os requisitos legais, a administração temporária da sociedade de propósito específico, pelos
financiadores e garantidores. Referida administração temporária, autorizada pelo poder con-
cedente,
a) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação, en-
cargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder con-
cedente ou empregados.
b) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, exceto com o poder
concedente ou empregados.
c) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação, en-
cargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
d) não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
e) acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores somente em relação aos com-
promissos com terceiros, cabendo ao poder concedente disciplinar sobre o prazo da adminis-
tração temporária.

Letra d.
Trata-se de uma disposição incluída na Lei n. 8.987/1995 na qual admite que os financiado-
res e garantidores (muitas vezes grandes instituições financeiras) passem a administrar

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temporariamente a empresa concessionária a fim de promover sua reestruturação financeira e


assegurar a continuidade da prestação dos serviços SEM acarretar nenhuma responsabilidade
aos financiadores e garantidores.

Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente autorizará a
assunção do controle ou da administração temporária da concessionária por seus financiadores e
garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, para promover sua reestruturação
financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços. (Incluído pela Lei n. 13.097, de
2015)
§ 1º Na hipótese prevista no caput, o poder concedente exigirá dos financiadores e dos garantidores
que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou dispensar os demais
requisitos previstos no inciso I do parágrafo único do art. 27. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
§ 2º A assunção do controle ou da administração temporária autorizadas na forma do caput deste
artigo não alterará as obrigações da concessionária e de seus controladores para com terceiros,
poder concedente e usuários dos serviços públicos. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
§ 3º Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo, a
propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os
requisitos do art. 116 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pela Lei n. 13.097, de
2015)
§ 4º Configura-se a administração temporária da concessionária por seus financiadores e ga-
rantidores quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os
seguintes poderes: (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral pelos
acionistas, nas sociedades regidas pela Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado-
res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pelos acionistas ou quotistas contro-
ladores em Assembleia Geral; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou quo-
tistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos no
caput deste artigo; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela
Lei n. 13.097, de 2015)
§ 5º A administração temporária autorizada na forma deste artigo não acarretará responsabilidade
aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações ou
compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados. (Incluído pela Lei
n. 13.097, de 2015)
§ 6º O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da administração temporária. (Incluído pela
Lei n. 13.097, de 2015)

Questão 72 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ADVOGADO) Uma concessioná-


ria de serviço público de transporte rodoviário finalizou recentemente as obras de ampliação

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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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de trecho de rodovia que lhe fora concedida, na forma da Lei n. 8.987/1995, tendo iniciado
a exploração. Essa empresa integra grupo econômico envolvido em investigações e pro-
cessos por crimes federais de desvios de verbas em obras públicas, já dando sinais de
perda de capacidade econômica. As ações da concessionária já perderam sensível valor
no mercado, havendo fundadas suspeitas de que não logrará êxito em obter financiamen-
to para finalização da obra. Preocupado com esse cenário e diante do cronograma de
obra, compatibilizado com o início das atividades de um porto cujas obras já estavam em
fase final, o poder concedente
a) pode instaurar processo administrativo para apuração da situação financeira da conces-
sionária e declarar a caducidade da concessão, arcando, nesse caso, com a responsabilidade
perante os empregados, tendo em vista que os serviços ainda não haviam se iniciado.
b) pode rescindir o contrato por motivo de interesse público, indenizando a concessionária
apenas pelos serviços executados, diante da culpa demonstrada.
c) não pode declarar a caducidade do contrato, tendo em vista que não houve descumprimen-
to do ajuste, embora seja possível cogitar da encampação, que demanda autorização legal
específica e análise de custo benefício, diante da vultosa indenização que seria devida à con-
cessionária.
d) deve encampar a concessão, com fundamento no princípio da continuidade dos serviços pú-
blicos, mediante autorização legislativa, que permite imediata assunção dos bens e materiais
pelo poder concedente, cabendo indenização à concessionária pelos serviços executados.
e) pode intervir na concessão, nomeando interventor para acompanhar todas as decisões da
concessionária e, principalmente, a gestão financeira da empresa, para possibilitar que o poder
concedente saiba antecipadamente se a higidez financeira da concessionária será comprome-
tida.

Letra c.
No entanto, discordo totalmente uma vez que não seria caso de rescisão, e sim, de ENCAMPA-
ÇÃO. Isso porque, por questões de interesse público poderia encampar o contrato, indenizando
previamente o concessionário dos prejuízos suportados. Desde que tenha autorização legisla-
tiva para a encampação.
Não seria caso de caducidade, pois para isso tem que haver a perda da capacidade econômica
e a questão afirmou que a empresa apenas “dá sinais” de perda. Então, não poderia ser cadu-
cidade.

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Infelizmente, é uma questão que quem estudou erra e quem não sabe muita coisa pode até
acertar.

Questão 73 (2015/FCC/TCE-CE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) O Município X pre-


tende construir um grande ginásio poliesportivo para sediar as olimpíadas. Entretanto, não
possui recursos para custear a totalidade da obra nem know-how para gerir adequadamente o
ginásio. A forma de contratação que deverá ser utilizada para concretizar o projeto municipal é
a) a Parceria Público-Privada − PPP.
b) o Regime Diferenciado de Contratação − RDC.
c) a Permissão de serviço público.
d) a Concessão administrativa prevista na Lei n. 11.079/2004.
e) a Contratação integrada.

Letra a.
A melhor opção é fazer uma PPP patrocinada.

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocina-


da ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata
a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos
usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Públi-
ca seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instala-
ção de bens.

Questão 74 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/ADMINISTRADOR) As


concessões de serviço público regidas pela Lei n. 8.987/1995, chamadas concessões comuns,
e as parcerias público-privadas, sob as modalidades de concessão administrativa e concessão
patrocinada, regidas pela Lei n. 11.079/2004 são formas de delegação de serviços públicos
para a iniciativa privada. Há semelhanças e distinções entre elas, como a
a) possibilidade de cobrança de tarifa do usuário pela utilização do serviço público, tanto na
concessão comum, como nas modalidades de parceria público-privada.
b) possibilidade do poder público aportar recursos na obra, para aquisição de bens reversíveis,
nas parcerias público-privadas, o que não encontra previsão legal nas concessões comuns.
c) possibilidade do parceiro privado, na concessão patrocinada e na concessão administrativa,
efetuar desapropriações, o que não está autorizado ao concessionário na concessão comum,
cabendo ao poder público o fornecimento das áreas.

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d) transferência da titularidade do serviço público para os concessionários, que continua a ser


prestado, contudo, sob regime de direito público, com todas as prerrogativas a ele inerentes.
e) previsão de reequilíbrio econômico-financeiro feito exclusivamente por meio da tarifa
nas concessões comuns, enquanto que nas parcerias público-privadas também pode ser
implementado por meio de indenização e majoração das contraprestações.

Letra b.
a) Errada. A possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários existe no caso das concessões
comuns, regidas pela Lei n. 8.987/1995, e também em se tratando de parceria público-privada,
na modalidade de concessão patrocinada, nos termos do art. 2º, § 1º, Lei n. 11.079/2004. Essa
possibilidade não ocorre, contudo, na hipótese da concessão administrativa.
b) Certa. Com efeito, a Lei n. 11.079/2004, em seu art. 6º, § 2º, expressamente autoriza o apor-
te de recursos em favor do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens
reversíveis, desde que autorizado no edital de licitação. E inexiste, de fato, semelhante permis-
sivo legal no âmbito da Lei n. 8.987/1995.
c) Errada. Ao contrário do afirmado nesta opção, a Lei n. 8.987/1995 permite que o poder con-
cedente delegue a promoção de desapropriações pelos concessionários, como se extrai do
teor de seu art. 29, VIII, parte final. Logo, incorreta, no ponto, esta afirmativa.
d) Errada. Em se tratando de delegação de serviços públicos, opera-se tão somente a transfe-
rência da execução do serviço, mas não a sua titularidade, a qual permanece nas “mãos” do
poder concedente. Tanto assim que, ao final do prazo contratual, a princípio, o serviço retorna
para o Estado, salvo se houver nova licitação, seguida da celebração de novo contrato.
e) Errada. No âmbito das concessões comuns, a Lei n. 8.987/1995 é expressa ao estabelecer,
em seu art. 11, caput, a possibilidade de instituição, em favor do concessionário, de outras
fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos asso-
ciados, até mesmo para fins de proporcionar a desejada modicidade das tarifas.

Questão 75 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/ADMINISTRADOR) A


Administração pública é regida por princípios que orientam suas atividades. A atuação em
alguns setores reclama a incidência de princípios específicos, em geral pela relevância da ativi-
dade. Assim acontece com os serviços públicos, que devem ser disponibilizados à população

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em geral, e com a licitação, dada a obrigação de gerir e empregar os recursos públicos da me-
lhor forma possível. O princípio da
a) vinculação ao instrumento convocatório fundamenta a vedação a que os licitantes desis-
tam das propostas apresentadas antes da abertura dos envelopes contendo as propostas.
b) adjudicação compulsória permite ao vencedor da licitação exigir a celebração do contrato
após a adjudicação do objeto da licitação, pois constitui direito subjetivo do mesmo.
c) igualdade dos usuários impede que se estabeleça tarifa diferenciada para prestação do
mesmo serviço público a pessoas diferentes.
d) impessoalidade fundamenta a regra que impede o conhecimento da identidade dos licitan-
tes antes do julgamento objetivo das propostas em todos os procedimentos de licitação.
e) continuidade dos serviços públicos fundamenta o impedimento da rescisão administrativa
unilateral do contrato de concessão de serviço público pelo concessionário.

Letra e.
a) Errada. Nessa parte das concessões, ela rege-se pela Lei n. 8.666, a qual permite a desistên-
cia da proposta antes da abertura dos envelopes.
b) Errada. Não há direito a celebração do contrato, apenas expectativa de direito.
c) Errada.

Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.

d) Errada. Não há impedimento para que se conheça a identidade do licitante antes do julga-
mento. Com efeito, quando ele apresenta a proposta já fica conhecida sua identidade.
e) Certa. A Lei n. 8.987/1995 prevê que a rescisão será sempre pela via judicial.

Questão 76 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/ANALISTA/GESTÃO PÚBLICA) O


Município de Teresina celebrou, em um intervalo de seis meses, dois contratos de parceria
público-privadas, de objetos distintos. No primeiro deles, foi prevista a possibilidade de prorro-
gação do prazo contratual, sendo que, na hipótese de prorrogação, o prazo contratual poderá

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superar trinta e cinco anos. No segundo contrato, restou consignado que as obrigações pecu-
niárias contraídas pela Administração pública fossem garantidas mediante garantia prestada
por instituição financeira não controlada pelo Poder Público. A propósito dos fatos narrados e
nos termos da Lei n. 11.079/2004,
a) ambos os fatos narrados estão corretos e passíveis de ocorrerem nos contratos de parce-
ria público-privada.
b) ambos os fatos narrados estão incorretos, haja vista vedação expressa prevista na citada
Lei.
c) está correto apenas o fato narrado no primeiro contrato.
d) está correto apenas o fato narrado no segundo contrato.
e) o Município não poderia ter firmado dois contratos de parceria público-privada no intervalo de seis
meses, vez que é exigido um intervalo mínimo de um ano para tanto.

Letra d.
a) Errada. Primeira opção errada porque não há possibilidade de prazo maior do que 35 anos
nos contratos de PPP.
b) Errada. O segundo contrato foi celebrado corretamente.
c) Errada. Está correto apenas o fato narrado no segundo contrato.
d) Certa.

Lei n. 11.079/2004
Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria
público-privada poderão ser garantidas mediante:
IV – garantia prestada por organismos internacionais OU instituições financeiras que não sejam
controladas pelo Poder Público;

e) Errada. Não há esse impedimento na lei.

Questão 77 (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/CONTADOR) Nos termos da Lei n.


11.079/2004, constitui diretriz a ser seguida na conformação dos ajustes de Parceria Público-
-Privada− PPP a
a) repartição objetiva de riscos entre as partes.

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b) assunção dos riscos exclusivamente pelo parceiro privado, porque explora o negócio por
sua conta e risco.
c) vedação de remuneração atrelada ao desempenho do parceiro privado.
d) disponibilização, pelo parceiro privado, de garantias às contraprestações devidas pelo par-
ceiro público.
e) delegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de
outras atividades exclusivas, mas não privativas do Estado.

Letra a.
Lei n. 11.079/2004 das PPPs.

Art. 4º Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:


I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incum-
bidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de
outras atividades exclusivas do Estado; (Letra e ERRADA)
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; (Letra a CERTA e letra b ERRADA)
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria
Art. 6, § 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável
vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos
no contrato (Letra c ERRADA)
Art. 11. Parágrafo único. O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contrapresta-
ção do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado (Letra d ERRADA)

Questão 78 (2016/FCC/PGE-MT/PROCURADOR) No tocante aos aspectos econômicos e


tarifários das concessões de serviço público, a Lei n. 8.987/1995 dispõe:
a) Na contratação das concessões de serviços públicos, deve haver a repartição objetiva dos
riscos entre as partes.
b) O inadimplemento do usuário não é circunstância justificável para a interrupção na pres-
tação dos serviços públicos.
c) A cobrança de pedágios em rodovias públicas somente é possível por meio do oferecimento
de via alternativa e gratuita para o usuário.

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d) Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro, vedada a revisão em período inferior a um ano.
e) A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de revisão
tarifária pela concessionária.

Letra e.
a) Errada. Na contratação das concessões de serviços públicos, deve haver a repartição obje-
tiva dos riscos entre as partes.

Art. 2º, II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder conceden-
te, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas
que demonstre capacidade para seu desempenho, POR SUA CONTA E RISCO e por prazo determi-
nado;

b) Errada. O inadimplemento do usuário não é circunstância justificável para a interrupção na


prestação dos serviços públicos.

Art. 6, § 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de


emergência ou após prévio aviso, quando:
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

c) Errada. A cobrança de pedágios em rodovias públicas somente é possível por meio do ofe-
recimento de via alternativa e gratuita para o usuário.

Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da lici-
tação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expres-
samente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público
alternativo e gratuito para o usuário.

d) Errada. Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se
o equilíbrio econômico-financeiro, vedada a revisão em período inferior a um ano.
Não consta vedação na lei. Art. 9,

§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilí-
brio econômico-financeiro.

e) Certa. A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de
revisão tarifária pela concessionária.

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Gustavo Scatolino
Atualmente é procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-assessor de ministro do STJ. Aprovado em vários concursos
públicos, dentre eles, analista judiciário do STJ, exercendo essa função durante cinco anos, e procurador
do Estado do Espírito Santo.

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