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CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
Diogo Surdi
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Administração Pública..................................................................................................................................................4
1. Administração Pública..............................................................................................................................................4
1.1. Conceito de Administração Pública. ...............................................................................................................4
1.2. Princípios da Administração Pública..........................................................................................................12
1.3. Admissão no Serviço Público..........................................................................................................................21
1.4. Direito de Greve e de Associação Sindical. .............................................................................................26
1.5. Remuneração dos Agentes Públicos......................................................................................................... 28
1.6. Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas..................................................................34
1.7. Licitações Públicas..............................................................................................................................................37
1.8. A Administração Tributária.............................................................................................................................39
1.9. Improbidade Administrativa...........................................................................................................................39
1.10. Responsabilidade Civil do Estado. .............................................................................................................41
1.11. Contrato de Gestão.............................................................................................................................................43
1.12. Mandato Eletivo.. .................................................................................................................................................45
2. Servidores Públicos................................................................................................................................................47
2.1. Regime Jurídico Único.........................................................................................................................................47
2.2. Medidas para Participação e Desenvolvimento dos Servidores. ..............................................49
2.3. Direitos Sociais Aplicáveis aos Servidores Públicos. .....................................................................50
2.4. Aposentadoria dos Servidores Públicos.................................................................................................51
2.5. Previdência Complementar. . ........................................................................................................................... 59
2.6. Estabilidade. . ............................................................................................................................................................61
Resumo................................................................................................................................................................................64
Questões de Concurso.................................................................................................................................................71
Gabarito...............................................................................................................................................................................86
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 87
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Administração Pública
Diogo Surdi
Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos a parte da Constituição Federal que mais está ligada com o
Direito Administrativo. Trata-se da Administração Pública e dos Servidores Públicos, tópicos
cujas regras estão presentes, preponderantemente, nos artigos 37 a 41 do texto constitucional.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo
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Administração Pública
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Administração Pública
1.1. Conceito de Administração Pública
Modernamente, a expressão “administração pública” pode ser conceituada por meio de
diferentes sentidos ou acepções. Da mesma forma, poderemos fazer uso da expressão em seu
sentido amplo (lato) ou em sentido estrito (stricto).
Dizemos que em sentido lato (ou amplo), a administração pública compreende, além da
função administrativa, os órgãos de governo, que são aqueles que exercem funções políticas.
De acordo com esta acepção, a administração pública abrange desde a elaboração e fixa-
ção das diretrizes a serem seguidas na elaboração das políticas públicas até a própria execu-
ção de todas estas políticas. A elaboração compete à função política. A execução, à função
administrativa.
EXEMPLO
Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei deter-
minando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem estar coletivo
(tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos estabe-
lecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são con-
sideradas “administração pública”.
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É este o sentido que estará presente em todo o nosso estudo, sendo a base de toda a orga-
nização administrativa. Dele deriva, por exemplo, todas as prerrogativas (poderes) e sujeições
(obrigações) que os agentes possuem na gestão do patrimônio público.
EXEMPLO
Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessá-
rias à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comer-
ciais é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei
não entra no conceito estrito de administração.
O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.
Obs.: Fomento: Incentivo à iniciativa privada para determinadas funções públicas (tal como
ocorre com um incentivo fiscal concedido para que uma organização social atue em
uma atividade pública, auxiliando a administração);
Serviços Públicos: Prestação de determinadas atividades para toda a população, regi-
das pelo direito público (como o serviço postal e o serviço de telecomunicações);
Polícia Administrativa: Restrição de algum direito particular em prol do benefício de
toda a coletividade (como a apreensão de mercadorias vencidas em um supermerca-
do, evitando uma possível intoxicação generalizada);
Intervenção: Quando o Estado intervém em determinadas atividades privadas (tal
como ocorre quando é realizada uma desapropriação para fins de reforma agrária).
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Pelo critério material, não temos uma lista taxativa de atividades que são consideradas
administração pública, mas podemos afirmar que todas as atividades listadas acima possuem
algo em comum: são áreas importantes para o bem estar da população e para a preservação
do interesse coletivo geral.
Dessa forma, tal sentido não leva em conta quem é o responsável pela prestação da ativi-
dade, mas sim quais atividades são consideradas administração pública.
De acordo com o critério material, desta forma, uma concessionária de serviço público, ainda que
não faça parte das entidades que compõem formalmente a administração, será considerada admi-
nistração pública, uma vez que desempenha serviços públicos muitas vezes essenciais à população.
Em sentido oposto, o desempenho de certas atividades, ainda que por intermédio de uma das
entidades que compõem a administração indireta, não será considerado administração pública.
O motivo para tal, conforme já mencionado, é que o critério material apenas leva em conta
as atividades que são desempenhadas (a matéria) e não os responsáveis pela sua execução.
EXEMPLO
Tomemos como referência a atividade financeira, desempenhada pelas empresas públicas e
pelas sociedades de economia mista.
Ainda que tal atividade não seja de extrema importância para a manutenção do bem estar cole-
tivo (e prova disso é que diversos bancos privados também a desempenham), a mesma será
considerada administração pública pelo critério formal, uma vez que desempenhada por uma
das entidades que compõem a administração indireta.
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Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Ao passo que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas e
as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de direito privado.
Com relação às fundações públicas, ainda que haja entendimentos minoritários em sentido con-
trário, tais entidades são classificadas, de acordo com o STF, em pessoas jurídicas de direito público.
De fundamental importância é conhecermos o diploma constitucional referente à organi-
zação da administração indireta. Tal dispositivo encontra-se previsto no art. 37, XIX e XX, da
Constituição Federal, que assim estabelece:
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
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Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se abai-
xo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente;
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As de-
mais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional as rela-
cione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado (sociedades
de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido de admitir que as
fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de direito público, oportu-
nidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero autarquia, mais precisamen-
te como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
d) Ainda que a Constituição Federal estabeleça ser necessária autorização legislativa para
a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, o STF já decidiu que basta
a simples menção, na lei que cria ou autoriza a criação da entidade, de autorização para a
criação da subsidiária.
EXEMPLO
Caso um município resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias dessa
entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum de seus
artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito de
autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.
e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da ad-
ministração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente devemos
ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.
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f) A parte final do artigo 37, XIX, prevê que lei complementar estabelecerá as áreas de atua-
ção das Fundações. Deve ser ressaltado que as fundações públicas podem ser tanto de direito
público quanto de direito privado. Para ambos os tipos de fundação, a regra da necessidade
de edição de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as fun-
dações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas, por
isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
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Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o princí-
pio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo direito privado,
conforme disposição do artigo 173 da Constituição Federal:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
EXEMPLO
Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.
Ainda que a empresas públicas e as sociedades de economia mista sejam, as duas, pes-
soas jurídicas de direito privado, a doutrina identifica três importantes diferentes entre as duas
entidades:
a) a forma de constituição;
b) o modo como ocorre a formação de seu capital social;
c) a competência para o julgamento de suas ações;
Com relação à forma de constituição, as empresa públicas podem se organizar adotando
qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem ainda, caso seja
necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então não utilizada para
as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma forma “sui generis”, ou
seja, sem precedentes anteriores.
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Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário admi-
tido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender da
forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no cartório
de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na junta
comercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404.
As empresas públicas possuem todo o seu capital formado por recursos públicos, que po-
dem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais de um ente público (pluripessoal).
EXEMPLO
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da administração
indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações públicas).
As sociedades de economia mista, por sua vez, são constituídas obrigatoriamente com capi-
tal formado por recursos públicos e privados (daí a existência da expressão “mista” de seus no-
mes). Ressalta-se, no entanto, que a maioria do capital social deverá, necessariamente, ser cons-
tituído de recursos públicos, garantindo ao Poder Público, desta forma, o controle da sociedade.
Com relação à competência para julgamento das ações, estabelece a Constituição Fede-
ral, em seu artigo 109, I, que as ações judiciais em que as empresas públicas federais forem
interessadas na qualidade de autoras, rés, assistentes ou opoentes (com exceção às ações de
falência, às ações que envolvam acidentes de trabalho, às ações da Justiça Eleitoral e da Jus-
tiça do Trabalho) serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Federal.
Tal regra estabelece o foro privilegiado para julgamento das ações judiciais envolvendo
empresas públicas federais.
No âmbito das sociedades de economia mista federais, tal regra não prevalece, de forma
que as ações judiciais serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Estadual.
Ainda assim, ressalta-se que as ações envolvendo as sociedades de economia mista po-
derão ser levadas à análise da Justiça Federal. Para tal, deve ocorrer a intervenção da União
como assistente ou opoente, conforme entendimento do STF, expresso na Súmula 517:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 517: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a
união intervém como assistente ou opoente.
Tais regras, salienta-se, estão previstas apenas para as situações em que as entidades
envolvidas sejam da esfera federal.
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Entretanto, como a criação de entidades da administração indireta pode ser feita por to-
dos os entes federativos, as ações judicias envolvendo empresas públicas ou sociedades de
economia mista estaduais ou municipais serão processadas e julgadas pela Justiça Estadual.
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Na visão do STF, violar um princípio, por exemplo, é muito pior do que violar uma lei, haja vis-
ta que, ao infringir um princípio, se está desobedecendo a todo o ordenamento jurídico vigente.
EXEMPLO
Podemos relacionar a força normativa dos princípios com a construção de uma torre:
Inicialmente, e como forma de evitar que um futuro desabamento ocorra, devem os responsá-
veis pela construção garantir que a base seja extremamente sólida. Caso contrário, ainda que
o restante da construção seja perfeita, correrá a obra o risco de desabar, situação que deixaria
todo o trabalho posterior seriamente comprometido.
Assim também ocorre com o nosso ordenamento jurídico: Se não tivermos uma base sólida
(os Princípios), toda a construção posterior (as Leis) pode ficar comprometida.
De acordo com a Constituição Federal, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública Direta e Indireta de todos os entes federativos: a legalidade, a impessoa-
lidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
1.2.1. Legalidade
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As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos.
Obs.: O conceito da Legalidade é o de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que
estiver previsto em lei.
Percebam que este conceito é o oposto do que é aplicado à iniciativa privada, ou seja,
enquanto aos particulares é permitido fazer tudo aquilo que não esteja proibido em lei, à admi-
nistração apenas é permitido fazer o que esta determinar ou autorizar.
Este conceito de legalidade, no entanto, não está restrito às leis propriamente ditas, de for-
ma que a doutrina majoritária chega a mencionar o termo “bloco de legalidade” para se referir
a todos os diplomas que devem ser observados na atividade administrativa.
Desta relação de diplomas normativos é que se origina o termo Juridicidade, conceito mais
amplo que o de legalidade. Segundo a Juridicidade, a atuação da Administração não fica restri-
ta à obediência das leis em sentido estrito, compreendendo também um “bloco de legalidade”
formado por diplomas que vão desde a Constituição Federal até os Princípios Gerais do Direito
e os Costumes.
Constituição Federal,
Constituições Estaduais, Medidas
A Administração Pública deve
Provisórias, Princípios Gerais do
obedecer a diversos diplomas
Direito, Costumes, demais Atos
Normativos
1.2.2. Impessoalidade
O princípio da Impessoalidade pode ser entendido como aquele que determina que a atua-
ção da Administração Pública seja, a um mesmo momento, transparente, sem favorecimentos
para os agentes públicos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública.
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Percebe-se, desta forma, que a Impessoalidade pode ser analisada sob três importan-
tes aspectos:
Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Trata-se de aspecto de fácil compreensão e que está intimamente ligado com a teoria do
órgão, por meio da qual o agente público, no desempenho de suas atividades, não o faz com
base na sua vontade, mas sim tomando como referência a vontade da administração.
EXEMPLO
Durante o exercício de seu mandato, o prefeito Impessoal da Silva realizou diversas reformas,
construções e beneficiamentos em diversos pontos da cidade. Em todas as realizações, colo-
cou uma placa com a seguinte informação: “Obras realizadas pelo prefeito Impessoal da Silva”.
Está correta a atuação do prefeito?
De forma alguma! Para que o prefeito não descumpra o princípio da Impessoalidade, todas as
placas não devem fazer menção ao nome ou à imagem do prefeito, delas podendo constar, por
consequência, que as realizações foram feitas pela administração municipal.
Um exemplo de placa informativa que não ofenderia a Impessoalidade seria: “Obras realizadas
pela Prefeitura do Município X”.
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A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”
Letra e.
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1.2.3. Moralidade
A primeira informação que temos que saber é que a Moral Administrativa difere em muitos
aspectos da moral comum.
Enquanto a Moralidade Administrativa está ligada à ideia de boa ou má administração e
aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente
na crença entre o bem e o mal.
Dessa forma, nota-se que a Moral Administrativa é um conceito bem mais amplo que o da
moral comum.
E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes
a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos
anulação ou revogação?
Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que
dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento
de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), o
princípio é de caráter objetivo.
Como decorrência da moralidade, merece ser destacado o teor da Súmula Vinculante n. 13,
de seguinte teor:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 13 A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessora-
mento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função grati-
ficada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designa-
ções recíprocas, viola a CF.
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1.2.4. Publicidade
O princípio da publicidade, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, pode ser assim
conceituado:
Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa
conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência
de que se revestem.
Do conceito apresentado, percebe-se que dois são os sentidos em que a publicidade pode
ser compreendida:
a) Como a necessidade de que todos os atos administrativos sejam publicados para que
possam produzir seus efeitos: Nesse sentido, importante destacar que a publicidade está re-
lacionada como a eficácia do ato administrativo, ou seja, os atos administrativos só podem
produzir efeitos perante terceiros depois de serem devidamente publicados no meio oficial.
b) Como a necessidade de transparência, por parte da Administração Pública, no exer-
cício de suas funções: Aqui estamos falando de um assunto muito abordado pela mídia nos
últimos anos: a transparência no acesso à informação, por parte dos usuários, de dados pro-
duzidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública.
Decorre da publicidade, por exemplo, a previsão (art. 39, §6º) de que “os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos”.
1.2.5. Eficiência
Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.
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No entanto, importante salientar que o Poder Público, ao contrário do que acontece com a
iniciativa privada, nem sempre deve pautar suas escolhas tomando como base os gastos pú-
blicos realizados. Como é sabido, a finalidade primordial da Administração Pública é garantir
o bem estar da coletividade.
Logo, diante de duas situações apresentadas, e considerando que uma delas revela-se
mais econômica e a outra atende de melhor forma aos interesses coletivos, deve o Poder Pú-
blico optar pela segunda alternativa.
EXEMPLO
Caso seja realizado o procedimento licitatório para a prestação de serviço público à população,
será declarado vencedor, via de regra, o licitante que apresentar a proposta de melhor valor.
Nestas situações, a administração está agindo com economicidade e eficiência, evitando des-
perdícios de recursos públicos.
No entanto, em determinadas situações, a Lei n. 8.666 (que é a norma das licitações) esta-
belece margem de preferência para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais
resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país. Nestas situações,
o que está sendo levado em consideração é o interesse coletivo, uma vez que toda a população
resulta beneficiada com o desenvolvimento, por exemplo, de serviços que inovem a tecnologia
do país.
Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta
e indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços;
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
Diogo Surdi
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, obser-
vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da adminis-
tração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.
Art. 37, §16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem
realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos
resultados alcançados, na forma da lei.
Sendo assim, a avaliação das políticas públicas, a ser realizada pelos órgãos e entidades
da Administração Pública, individual ou conjuntamente, decorre diretamente do princípio da
eficiência.
De acordo com o princípio da legalidade, o Poder Público apenas pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina, ao passo que o particular, em sentido oposto, poderá fazer tudo aquilo
que a lei não proibir.
Sendo assim, o enunciado da questão faz alusão a um dos princípios da Administração Públi-
ca, mais precisamente do princípio da legalidade.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra b.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento;
Dos incisos acima expostos, conseguimos perceber que os brasileiros natos ou natura-
lizados podem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos
estipulados em lei para o respectivo exercício.
Com relação aos estrangeiros, temos como regra a impossibilidade de tais pessoas ocu-
parem cargos, empregos ou funções públicas.
No entanto, e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento nacional em setores estraté-
gicos (tais como a pesquisa e a educação), a Constituição assegurou a possibilidade dos es-
trangeiros terem acesso às funções estatais. Para tal, basta que o ente federativo interessado
edite uma lei disciplinando a forma como se dará o exercício.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
Diogo Surdi
EXEMPLO
Uma autarquia realiza concurso público para provimento de cargos vagos, estabelecendo, em
seu edital, prazo de validade de 2 anos e possibilidade de prorrogação por mais 2 anos.
Tendo realizado o concurso, e estando dentro do prazo de validade de 2 anos, poderá a admi-
nistração, em tese, realizar uma nova seleção, oportunidade em que uma nova lista de aprova-
dos será gerada.
Não pode a administração, nesta situação, chamar os aprovados na segunda seleção sem que
tenha esgotado a lista do primeiro concurso realizado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
Diogo Surdi
Durante o prazo de validade do concurso, nada impede que a Administração Pública realize um
novo certame com o objetivo de formar cadastro de reserva de pessoal. No entanto, durante
o prazo improrrogável de validade do concurso, os aprovados na primeira seleção deverão ser
chamados com prioridade sobre os demais aprovados.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Certo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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005. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) O prefeito do Município Beta, sensível com a situação de
Joana, pessoa extremamente competente e confiável, com elevado poder de liderança e que
se encontrava desempregada, decidiu aproveitá-la em sua gestão.
Para tanto, solicitou que sua assessoria lhe indicasse como isso poderia ser feito, sendo-lhe
respondido, corretamente, que Joana poderia ser nomeada:
a) para cargo de provimento efetivo, cargo em comissão ou função de confiança;
b) apenas para cargo em comissão ou função de confiança;
c) tão somente após a aprovação em concurso público;
d) apenas para uma função de confiança;
e) apenas para cargo em comissão.
No caso apresentado, Joana apenas poderá ser nomeada para o exercício de cargo em comis-
são. Para os cargos efetivos, há a necessidade de prévia aprovação em concurso público. Já
as funções de confiança, por sua vez, apenas podem ser exercidas por servidores ocupantes
de cargo efetivo.
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi-
ções e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento;
Letra e.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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Tanto as funções de confiança quanto os cargos em comissão são destinados, nos termos
da Constituição Federal, às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de dire-
ção, chefia e assessoramento;
Certo.
JURISPRUDÊNCIA
1. Cabe à Justiça Comum processar e julgar as causas entre a administração e seus
contratados temporários, admitidos com fundamento no art. 37, IX, da Constituição
Federal. Precedentes do STJ e do STF. Devido à característica da temporariedade, não
há necessidade de realização de concurso público para a admissão dos temporários,
bastando a utilização de processo seletivo simplificado.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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De acordo com a Constituição Federal, a investidura tanto em cargo quanto em emprego pú-
blico depende de prévia aprovação em concurso público. Logo, é incorreto afirmar que o con-
curso público é desnecessário no caso de emprego público da administração indireta federal.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Errado.
Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos, mas
sim apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não possuem o di-
reito à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV, da Constituição Federal:
Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores públicos.
De início, estabelece a Constituição, em seu artigo 37, VII, que “o direito de greve será exercido
nos termos e nos limites definidos em lei específica”.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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JURISPRUDÊNCIA
Não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado
de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omis-
são, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando,
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo
alto significado de que se reveste a Constituição da República.
Dessa forma, os servidores públicos civis podem perfeitamente fazer uso do direito de
greve a eles assegurados, com a ressalva de que certos serviços, devido à sua essencialidade
para a coletividade, não podem ser objeto de paralisação coletiva, devendo, nestas situações,
ser mantido um contingente de servidores para evitar danos à população.
Nem todos os agentes públicos poderão fazer uso da greve. Estabelece a Constituição
Federal (artigos 142, § 3º, IV e artigo 42, §1º) que os militares das Forças Armadas (Marina,
Exército e Aeronáutica) e dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão
utilizar tal direito. Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis
também estão impedidos de fazer greve.
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Administração Pública
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Art. 39, § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
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Administração Pública
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b) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível o
acréscimo de adicional e prêmio, vedada verba de representação.
c) e Paulo serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, veda-
do o acréscimo, dentre outras vantagens, de adicional, prêmio e verba de representação.
d) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível, den-
tre outras vantagens, o acréscimo de adicional, prêmio e verba de representação.
e) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível o
acréscimo de adicional e verba de representação e vedado prêmio.
Art. 39, §4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, X e XI.
Na situação narrada pela questão, tanto Ronaldo, que é Ministro de Estado, quanto Paulo,
que é Secretário Municipal, serão remunerados por meio de subsídio.
Letra c.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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No âmbito da remuneração que pode ser paga aos servidores públicos, precisamos conhe-
cer o dispositivo constitucional que estabelece o teto a ser observado por todos os servidores
dos três Poderes. Assim, nos termos da Constituição Federal (artigo 37, XI), temos a seguinte
regra geral:
Art. 37, XI, A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-
mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-
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Administração Pública
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mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.
Salienta-se que não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata
o mencionado artigo constitucional, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Para os fins do limite previsto na constituição federal, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or-
gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
dos ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando a regra aos subsídios dos Depu-
tados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Vamos entender melhor como funciona a questão do teto e dos subtetos:
1) Existe um teto geral que deve ser observado por todos os membros e servidores de
todos os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Tal teto tem como
parâmetro o subsídio dos membros do Supremo Tribunal Federal.
2) Além do teto geral, existem subtetos a serem observados pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, sendo eles:
a) Nos Municípios, o subteto do funcionalismo será o subsídio dos Prefeitos.
b) Nos Estados e no Distrito Federal, teremos subtetos em cada um dos Poderes:
b1) no Executivo, o limite será o subsídio do Governador;
b2) no Legislativo, o limite será o subsídio dos Deputados Estaduais ou Distritais;
b3) no Judiciário, teremos como limite remuneratório o subsídio dos Desembargadores
dos Tribunais de Justiça;
3) Os Estados e o Distrito Federal possuem a faculdade de fixar como teto um limite único,
que será o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça;
4) Apenas estão excluídas do teto as parcelas de caráter indenizatório, e ainda assim des-
de que estejam previstas em lei;
5) Tais limites compreendem todas as verbas remuneratórias, independente da denomina-
ção ou características a elas concernentes.
Em outras palavras, de nada adianta determinada administração pública remunerar seus
servidores com uma parcela denominada “indenização pelos serviços prestados” quando esta
parcela for constituída de caráter remuneratório.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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JURISPRUDÊNCIA
TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas
em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é con-
siderado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
Assim, por exemplo, se estivermos diante de um Magistrado que também exerce as ati-
vidades de professor, o valor de cada uma das verbas recebidas será considerado de forma
isolada para fins de atingimento ou não do limite constitucional. Em outros termos, é possível
afirmar que não são mais somadas as verbas recebidas para fins de verificação do teto re-
muneratório.
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Administração Pública
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Questão interessante refere-se aos empregados das empresas públicas e das sociedades
de economia mista.
Como tais entidades, ainda que integrantes da administração indireta, são regidas, pre-
dominantemente, pelo Direito Privado, devem elas enfrentar a concorrência no âmbito de seu
campo de atuação.
Com isso, vigora a regra, em nosso ordenamento, de que os empregados públicos (tal
como os empregados da iniciativa privada) não se submetem à regra da obrigatoriedade de
observar o limite remuneratório constitucionalmente previsto.
Entretanto, caso as mencionadas entidades recebam subvenções do Poder Público para
custear suas atividades ou para auxiliar no pagamento de pessoal, a observância do teto cons-
titucional deverá ser mantida.
Caso a sociedade de economia mista receba recursos públicos para o pagamento de pessoal
ou para o custeio de despesas em geral, os respectivos empregados deverão, assim como
ocorre com os servidores públicos, submeter-se às regras do teto remuneratório constitucio-
nalmente previsto.
Certo.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
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O STF possui entendimento sumulado de que o Poder Judiciário, por não exercer tipica-
mente a função legislativa, não pode aumentar vencimentos de servidores públicos, ainda que
sob o fundamento da isonomia.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
Ainda com relação à remuneração dos agentes públicos, duas previsões da Constituição
Federal merecem ser destacadas:
a) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
b) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constituição Federal apresenta,
ainda, três outras situações em que a acumulação é considerada lícita, sendo elas:
• Cargo de juiz com outro de magistério;
• Cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério;
• Cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servidor eleito;
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Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.
Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso
sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.
DICA
Para fins de prova, devemos memorizar que, atualmente, o mi-
litar do Distrito Federal e dos Estados poderá acumular:
a) um cargo de professor com outro militar;
b) um cargo militar com outro técnico ou científico;
c) um cargo militar com outro da saúde com profissão regu-
lamentada;
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Como regra geral, é vedada a percepção simultânea, por parte do servidor público, de pro-
ventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou função pública. No entan-
to, o texto da Constituição Federal apresenta, em caráter de exceção, três situações em que
poderemos ter o recebimento de valores decorrentes de aposentadoria com a remuneração
pelo exercício da função pública, sendo elas:
a) os cargos acumuláveis;
b) os cargos eletivos;
c) os cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra b.
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Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamen-
tadas;
Letra d.
Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condi-
ções a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
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Administração Pública
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E para normatizar e detalhar a regra constitucional é que foi promulgada a Lei n. 8.666/1993
e, posteriormente, a Lei n. 14.133/2021, que estabelecem como regra a realização do procedi-
mento, e como exceções as possibilidades de termos uma licitação dispensável, dispensada
ou inexigível.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.
EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir
pão e demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola
pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666 confere à administração a possibili-
dade de dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar mais
conveniente.
A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de compe-
tição, de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. Em tais situa-
ções, a única alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os particulares.
EXEMPLO
Seria o caso da administração pública necessitar de uma máquina que só seja fabricada por
uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer a licitação,
uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.
EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender
um imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação
em pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).
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Administração Pública
Diogo Surdi
Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida an-
teriormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não
poderá realizar tal procedimento através de licitação.
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Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
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Administração Pública
Diogo Surdi
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
De início, temos que analisar que as pessoas que estão obrigadas a responder pelos danos
causados a particulares podem ser divididas em dois grupos:
a) pessoas jurídicas de direito público: toda a administração direta, as autarquias e fundações
públicas e as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos.
b) pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos: são as delegatá-
rias de serviço público (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).
Enquanto as empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de ativida-
de econômica, ainda que integrantes da administração pública indireta, não respondem com base
na teoria do risco administrativo perante terceiros, as concessionárias, permissionárias e autori-
zatárias, mesmo que não integrem a administração pública, respondem com base em tal teoria.
Logo, nas situações em que ocorrer danos aos particulares decorrentes de ação do Poder
Público, a teoria a ser aplicada será a do risco administrativo.
A teoria do risco administrativo é considerada uma teoria objetiva, pois não leva em conta
quem foi o agente que praticou o dano, mas sim se o mesmo foi cometido pela administração
pública no âmbito do direito público.
Neste sentido, a doutrina aponta que o termo agente públicos deve ser entendido em seu sen-
tido lato, amplo, abrangendo não apenas aqueles formalmente investidos de cargos públicos, mas
sim todos que, mesmo transitoriamente ou sem remuneração, desempenhem funções públicas.
No entanto, é fator imprescindível para restar configurada a responsabilidade estatal que
o agente público, ao praticar o dano, assim o faça devido a sua condição de agente, ainda que
extrapole suas atribuições.
EXEMPLO
Vamos imaginar um policial que, ao sair da repartição e ainda estando com o uniforme de tra-
balho, verifica um assalto sendo praticado e não pensa duas vezes antes de atirar com o obje-
tivo de acertar o assaltante.
Nesta situação, suponhamos que a bala tenha acertado um pedestre que ali passeava, e que,
devido ao tiro, teve sérios ferimentos.
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Administração Pública
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Não há dúvidas, no caso narrado, de que a atuação do policial se deu em razão da sua condição
de agente público, não é mesmo?
Assim, ainda que não mais estivesse no horário de trabalho, deverá o Estado indenizar o parti-
cular lesado dos danos a ele causados.
Situação diferente ocorreria, por exemplo, se o policial, estando em seu dia de folga, utilizasse
a arma da repartição para acertar algum inimigo pessoal seu.
Vejam que, ainda que a arma utilizada seja a da repartição e que a pessoa que tenha atirado
seja um policial, o mesmo não se encontra na condição de agente público, mas sim movido por
motivos de ordem pessoal, alheios as suas atribuições funcionais.
Ainda com base na análise do mencionado artigo, temos a previsão, na parte final do dispositivo,
de que será “assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Desta maneira, a administração possui assegurado para si o direito de impetrar uma ação
regressiva contra o servidor público que causar dano a algum particular, mas isso somente
será possível no caso de dolo (intenção do agente) ou culpa.
EXEMPLO
Inicialmente, o agente público, agindo em nome do Estado, pratica uma ação (independente-
mente de ser ou não com dolo ou culpa) que resulta em dano ao particular.
Comprovado o dano, o Estado deve indenizar o particular pelos prejuízos causados, conforme
ação de indenização proposta por este.
Tendo indenizado o particular, o Poder Público pode, nos casos em que tiver ocorrido dolo ou
culpa do agente público, ajuizar a competente ação regressiva.
Logo, temos que enquanto a ação de indenização proposta pelo particular lesado possui na-
tureza objetiva (uma vez que independe de dolo ou culpa do agente público para a sua configu-
ração), a ação regressiva possui natureza subjetiva (de forma que apenas poderá ser proposta
caso o Estado comprove que o seu agente praticou a ação com dolo (intenção) ou culpa).
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Administração Pública
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012. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) João, motorista do Município Alfa, durante o horário de
expediente, utilizando o veículo da repartição e no pleno exercício de suas funções, atropelou
uma pessoa, causando-lhe lesões.
O procurador do Município, ao tomar conhecimento dos fatos, disse, corretamente, que:
a) o Município Alfa, observados os demais requisitos, poderia responder pelo dano, ainda que
não provada a culpa de João;
b) tanto o Município Alfa como João são responsáveis, desde que provada a culpa deste último;
c) apenas João poderia ser responsabilizado, ainda que não provada a sua culpa;
d) o Município Alfa responderia pelo dano, desde que provado o dolo de João;
e) apenas João poderia ser responsabilizado, desde que provada a sua culpa.
Na situação apresentada, compete ao Município Alfa responder pelo dano, momento em que
não serão levados em conta o dolo ou a culpa do servidor João. Posteriormente, caso algum
destes elementos sejam identificados (dolo ou culpa) poderá o Poder Público ajuizar uma ação
regressiva contra o agente estatal.
Letra a.
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Administração Pública
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EXEMPLO
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o propósi-
to de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessidade
de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a presta-
ção da atividade.
Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo em
que a administração direta encontra-se dos dois lados.
Por isso mesmo, o mais correto seria a menção ao termo “convênio”, que possui como
característica a busca de interesses comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo con-
trato será utilizado, uma vez que é o adotado pelas bancas organizadoras.
Importante frisar que os efeitos da celebração do contrato de gestão são opostos a de-
pender de estarmos diante de um vínculo celebrado com órgãos e entidades públicas ou com
organizações sociais.
Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com enti-
dades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que tais órgãos
ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar suas atribuições.
Em contrapartida, exige-se deles a eficiência na prestação da atividade pública. Quando
alguma das entidades da administração indireta for uma autarquia ou uma fundação pública,
estas, após a celebração do contrato de gestão, passam a ser qualificadas como agências
executivas.
Ocorrendo a celebração com as organizações sociais, que são entidades privadas e sem
fins lucrativos, a autonomia funcional, em sentido oposto, será restringida.
O motivo para tal é que tais entidades não integram a administração pública, podendo,
antes da celebração contratual, exercer suas atividades de acordo com o seu estrito interesse.
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Administração Pública
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Com a celebração contratual, as organizações sociais passam a contar com uma maior fisca-
lização por parte da administração, uma vez que devem, obrigatoriamente, cumprir com todas as
obrigações contratualmente estabelecidas, encontrando-se sujeitas à fiscalização do Poder Público.
Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
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Administração Pública
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d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
e) na hipótese do servidor ser segurado de regime próprio de previdência social, permane-
cerá filiado a esse regime no ente federativo de origem.
No caso do servidor ser eleito para o cargo de Vice-Prefeito, devem ser aplicadas as mesmas
regras vigentes para o cargo de Prefeito. Logo, o servidor será afastado do cargo, emprego ou
função, podendo optar pela remuneração que irá receber.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
Errado.
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Administração Pública
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2. Servidores Públicos
2.1. Regime Jurídico Único
O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos. É por meio do re-
gime jurídico, por exemplo, que conhecemos todas as vantagens e benefícios que um servidor
público pode usufruir ao longo de sua carreira.
Ainda que a imensa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário como
forma de regular a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há a obrigação,
por parte de um determinado ente, da utilização de um regime jurídico específico.
Entretanto, há a obrigação da adoção de um regime jurídico único por parte de cada um
dos entes federados. No âmbito da União e dos Estados, o regime utilizado é o estatutário,
instituído por lei e conferindo aos seus agentes a ocupação de cargos públicos.
Com a entrada em vigor da Constituição Federal, ficou estabelecido, em seu artigo 39, que
todos os entes federativos deveriam adotar um regime jurídico único:
Art. 39, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-
tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta,
das autarquias e das fundações públicas.
Assim, tanto a União quanto os demais entes federativos poderiam escolher um regime
jurídico, desde que tal regime fosse aplicado a todos os servidores daquele respectivo ente. Foi
com base neste dispositivo, por exemplo, que a União editou a Lei n. 8.112, que, desde então, é
a norma que disciplina a relação jurídica dos servidores públicos civis federais.
Ocorre que com a Emenda Constitucional n. 19/1998, o regime jurídico único foi revogado,
fazendo com que cada ente federativo pudesse ter em seu quadro funcional, ao mesmo tempo,
servidores de mais de um regime jurídico.
A redação do artigo 39 da Constituição Federal, após a entrada em vigor da emenda em
questão, ficou assim:
Art. 39, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de admi-
nistração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
Percebam que não mais se fazia menção a um regime jurídico único, sendo que tal pecu-
liaridade, ainda que existente em muitos entes, deixou de ser obrigatória. A partir de então, inú-
meros entes da federação (principalmente os Municípios) começaram a contratar servidores,
ainda que por meio de concurso público (pois essa regra não foi modificada), mas regendo-os
pelas disposições da CLT.
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Administração Pública
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Tal situação perdurou até o ano de 2007, sendo esta a razão de ainda encontrarmos, nos
dias atuais, Municípios com servidores regidos por ambos os regimes jurídicos.
Em 2007, porém, o STF declarou que a Emenda Constitucional n. 19 padecia de inconstitu-
cionalidade, uma vez que foi aprovada sem respeitar o rito estabelecido pela Constituição Fe-
deral. A decisão do STF garantiu eficácia ex-nunc, com efeitos prospectivos, sendo que apenas
a partir da decisão é que o regime jurídico funcional voltaria a ser único.
Para facilitar a compreensão, podemos ordenar os fatos que determinaram a obrigatorie-
dade da adoção de um regime jurídico único, bem como a existência, atualmente, de agentes
públicos regidos por diferentes regimes jurídicos:
1º) Inicialmente, cada ente federativo podia escolher o regime jurídico que adotaria para
reger seus servidores, sendo que a única regra que devia ser observada é que o regime esco-
lhido fosse único para todos os servidores daquele ente;
2º) Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, o regime jurídico único foi revo-
gado, de forma que passou a ser possível, para todos os entes federativos, reger seus servi-
dores por regimes jurídicos diferentes;
3º) Com a suspensão da aplicabilidade da EC/19, ocorrida em 2007, o regime jurídico úni-
co passou a vigorar novamente, mas apenas a partir da decisão do STF, ou seja, sem efeitos
retroativos, de forma que todas as contratações realizadas na vigência da EC/19 permaneciam
válidas e em vigor;
4º) Nos dias atuais, os entes da federação apenas podem admitir servidores pelo regime
jurídico único (à escolha de cada ente), mas podemos encontrar, em diversas unidades da
federação, agentes públicos sendo regidos por regimes diferentes do atual, uma vez que os
mesmos foram contratados no período de vigência da EC/19;
O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei de
cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios publicam
uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí os direitos e as
obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
Na esfera federal, temos a Lei n. 8.112/1990, que estatui o regime jurídico dos servidores
públicos civis da união.
Sendo o estatuto um regime legal, pode ser modificado, por lei, pela pessoa política insti-
tuidora (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), desde que respeitados os direitos já
adquiridos pelos servidores. Estes, depois de empossados nos seus cargos (e não empregos),
ingressam em situação jurídica legalmente definida.
As principais características de um regime jurídico estatutário são a estabilidade, o estágio
probatório, o regime próprio de previdência e as diversas licenças e adicionais. Servidores es-
tatutários são agentes públicos detentores de cargo público.
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Administração Pública
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de admi-
nistração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
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Administração Pública
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II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aper-
feiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os
entes federados.
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Administração Pública
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Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Agentes temporários
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Administração Pública
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Ainda que a regra de submissão ao regime próprio de previdência seja um direito dos servi-
dores públicos estatutários de todos os entes federativos, diversos Municípios, devido à preca-
riedade da máquina administrativa, optam por não instituir regime próprio. Nestas situações,
o regime que irá reger os seus servidores é o geral, tal como ocorre com os trabalhadores da
iniciativa privada.
Tal medida não afasta os direitos e garantias atribuídos por lei aos servidores, tais como
a estabilidade e as diversas licenças e concessões. Contudo, o limite com que tais servidores
poderão se aposentar será o estabelecido, no momento da aposentadoria, para o teto das apo-
sentadorias regidas pelo regime geral.
EXEMPLO
Determinado Município, por não contar com uma grande estrutura administrativa, opta por não
instituir regime próprio de previdência para os seus servidores estatutários.
Neste caso, todos os servidores do município, quando atingirem as condições previstas em
estatuto para a aposentadoria, poderão solicitar tal providência, com a ressalva de que o valor
máximo do benefício será o referente ao teto das aposentadorias regidas pelo regime geral,
aplicável também a todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá ca-
ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insus-
cetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma
de lei do respectivo ente federativo;
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
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Administração Pública
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A aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho veio para substituir a antiga
aposentadoria por invalidez. Agora, de acordo com as novas regras, observa-se que a ideia do
legislador foi a de aproximar o máximo possível o procedimento adotado na iniciativa privada
para os servidores públicos.
Desta forma, o servidor apenas será aposentado por incapacidade permanente para o tra-
balho quando a limitação ocorrida não puder dar ensejo à qualquer tipo de readaptação.
Em outros termos, uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor,
em um primeiro momento, ser readaptado. Neste mesmo sentido, inclusive, é a previsão do
§13 do artigo 37 da Constituição Federal:
Art. 37, § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua ca-
pacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível
de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público.
Antes da entrada da Emenda Constitucional n. 88, ocorrida em 2015, a idade em que a
aposentadoria compulsória ocorria era aos 70 anos de idade. Com a mencionada emenda,
passamos a contar com a possibilidade de lei complementar estabelecer o prazo de 75 anos
para a aposentadoria compulsória.
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Administração Pública
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JURISPRUDÊNCIA
A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar
sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma
regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União.
Regulamentando a emenda constitucional, foi editada a Lei Complementar 152, que, por
trata-se de uma norma nacional, é de observância obrigatória por todos os entes federativos.
Por intermédio de tal lei, os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios serão aposentados compulsoriamente aos 75 anos de idade.
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Administração Pública
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Os proventos decorrentes da aposentadoria dos servidores públicos não poderão ser infe-
riores ao valor do salário mínimo, nem superiores ao limite máximo estabelecido para o Regi-
me Geral de Previdência Social. Esta, inclusive, foi uma da mudanças mais substanciais da re-
forma, haja vista que, até então, os servidores públicos que estavam no regime próprio podiam
se aposentar com valores superiores máximo estabelecido para a iniciativa privada (RGPS).
Como regra geral, é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para conces-
são de benefícios em regime próprio de previdência social. No entanto, a Constituição Federal
estabelece situações excepcionais, hipóteses em que os servidores poderão ser aposentados
de acordo com critérios diferenciados de concessão. Basicamente, podemos dividir estas si-
tuações excepcionais em três diferentes hipóteses, a saber:
a) servidores professores: Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima para
a aposentadoria reduzida em 5 anos, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo.
Tomando como base a regra geral da idade mínima, é correto afirmar que o servidor que
desempenhe as atividades de professor irá se aposentar, sendo homem, com a idade mínima
de 60 anos. No caso de servidoras professoras, a idade mínima é de 57 anos.
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Além da idade, como não poderia ser diferente, os demais requisitos devem ser observa-
dos, sendo eles:
• 25 anos de contribuição;
• Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;
Art. 40, § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente peni-
tenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do
art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.
Logo, devemos identificar as classes de agentes que estão contempladas com esta possi-
bilidade, sendo elas:
• Agentes Penitenciários;
• Agentes Socioeducativos;
• Policial Legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
• Policiais Federais;
• Policiais Rodoviários Federais;
• Policiais Ferroviários Federais;
• Policiais Civis do Distrito Federal;
Os servidores destas categorias, para poderem se aposentar, deverão atender aos seguin-
tes requisitos: 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de efetivo exercício em
cargo dessas carreiras, regras estas que são aplicadas para os servidores de ambos os sexos.
c) servidores que desempenham atividades especiais: Poderão ser estabelecidos, desde
que por meio de lei complementar do respectivo ente federativo, idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação des-
ses agentes, sendo vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Sendo servidor público federal, deverá o agente atender aos seguintes requisitos para con-
cessão da aposentadoria:
• Idade mínima de 60 anos;
• 25 anos de efetiva exposição e contribuição;
• 10 anos de efetivo exercício de serviço público;
• 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;
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Aqui, é importante destacar que as regras diferenciadas não serão aplicadas por catego-
ria profissional ou ocupação, mas sim por servidor. Assim, por exemplo, se estivermos diante
de um servidor cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde, isso, por si só, não implica em afirmar que todos os demais servidores
da categoria terão direito às regras diferenciadas. Em outros termos, apenas os servidores
que efetivamente tenham contato, em suas atividades, com as mencionadas substâncias
químicas é que terão direito a tal diferenciação.
d) servidores portadores de deficiência: De acordo com o texto da Constituição Federal,
poderão ser estabelecidos, desde que por meio de lei complementar do respectivo ente fe-
derativo, idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multi-
profissional e interdisciplinar.
Até que a lei discipline a forma como ocorrerá a aposentadoria da pessoa com deficiência,
deverão ser observados os critérios utilizados na Lei Complementar n. 142/2013.
Não há necessidade de adentrarmos no estudo desta lei. Para fins de prova, devemos me-
morizar que os servidores com deficiência poderão ser aposentados, desde que atendidos os
demais requisitos legais, caso tenha sido atendido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo exer-
cício no serviço público e de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria.
Para termos uma visão geral das novas regras de aposentadoria dos servidores públicos,
iremos fazer uso do seguinte quadro:
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h) O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua
a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remunera-
ção do cargo de origem.
i) A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de
cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará
o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
j) É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por
morte a seus dependentes que não seja decorrente do regime de previdência complementar
ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.
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Obs.: Explicando melhor, o regime de previdência complementar pode ser constituído nas
modalidades aberta ou fechada.
EXEMPLO
Como exemplos, podemos citar os planos oferecidos para os trabalhadores de uma empresa, para
os membros de uma associação ou, ainda, para os servidores de um determinado ente federativo.
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Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocu-
pantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto no § 16.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios so-
mente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência
complementar.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado
ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar.
2.6. Estabilidade
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, se não fosse a estabilidade, poderiam condicionar
determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Destaca-se que a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e não do cargo em que
o servidor encontra-se investigo. Neste sentido, merece destaque o entendimento de José
dos Santos Carvalho Filho:
A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.
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De acordo com as disposições do artigo 41, “são estáveis após três anos de efetivo exercí-
cio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.
Entretanto, deve ser ressaltado que, como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para tal finalidade.
Fazendo uso do caput do artigo 41, bem como de seu §4º, chegamos à resposta da questão.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desem-
penho por comissão instituída para essa finalidade.
Letra d.
Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a ad-
ministração sem a possibilidade de demissão. Assim sendo, os servidores estáveis somente
poderão perder os respectivos cargos públicos nas seguintes situações:
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
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Decorrem da estabilidade uma série de institutos legais. Para fins de prova de Direito Cons-
titucional, duas disposições da presente norma devem ser, se possível, memorizadas pelos
candidatos.
a) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indeniza-
ção, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço.
Sempre que o servidor, tendo sido demitido, não concordar com a penalidade aplicada,
poderá ele ajuizar uma ação judicial com o objetivo de invalidar a sentença.
Sendo esta deferida pelo Poder Judiciário, deverá ele ser reintegrado ao cargo que ante-
riormente ocupava. Caso tal cargo já esteja provido, e eventual ocupante da vaga deverá ser,
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro
cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
b) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em dispo-
nibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo.
Tendo sido o cargo público extinto, ou então em caso de declarada a sua desnecessidade,
o servidor, sendo estável, ficará em disponibilidade aguardando um futuro aproveitamento.
Durante a disponibilidade, o servidor receberá remuneração proporcional ao tempo
de serviço.
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RESUMO
A Administração Pública, em nosso ordenamento jurídico, é forma tanto pela Administra-
ção Direta quanto pela Administração Indireta.
Ao passo que a Administração Direta é formada por órgãos públicos, a Administração In-
direta compõe-se de entidades públicas.
Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Na medida em que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de
direito privado.
De acordo com a Constituição Federal, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública Direta e Indireta de todos os entes federativos: a legalidade, a impessoa-
lidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
O particular pode fazer tudo que não estiver proibido
Legalidade pela lei; A Administração só pode fazer o que a lei
autoriza ou determina;
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O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição para a parti-
cipação em concurso público apenas é válido quando decorrer das necessidades das atribui-
ções do cargo que será exercido.
O exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, ten-
do por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a
possibilidade de reexame.
Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero
exercício de função pública.
Com a aprovação dos candidatos e a homologação do respectivo concurso, os aprovados
dentro do número inicial de vagas previstas no edital possuem, segundo entendimento do STF,
direito subjetivo à nomeação.
A comprovação do atendimento dos requisitos exigidos no edital deve ser feita no momen-
to da posse, e não na inscrição ou na data de realização das provas.
O prazo de validade de um concurso público será de, no máximo, 2 anos, de forma que a
administração pode, perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior
ao constitucionalmente previsto.
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Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.19, ocorrida em 1998, o sistema remu-
neratório da administração pública passou a contar com três formas distintas de categorias
jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
O vencimento, também chamado de remuneração em sentido estrito, é a parcela recebida
pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde ao
padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas em
lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
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Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez que
estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se submeti-
dos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus a todas as
regras e direitos a eles garantidos.
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Obs.: Caso o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional seja eleito
para o desempenho de mandato eletivo, devem ser aplicadas uma série de regras,
sendo elas:
a) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen-
do-lhe facultado optar pela sua remuneração. Esta regra também é aplicável, na visão
do STF, ao servidor investido no cargo de Vice Prefeito.
c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
e) na hipótese do servidor ser segurado de regime próprio de previdência social, per-
manecerá filiado a esse regime no ente federativo de origem.
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. Os servidores estáveis somente poderão
perder os respectivos cargos públicos nas seguintes situações:
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Três são as formas distintas com que o servidor público estatutário poderá se aposentar:
a) por incapacidade permanente para o trabalho;
b) compulsoriamente;
c) voluntariamente;
Uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor, em um primeiro
momento, ser readaptado. Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria
na presente modalidade. Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até
então, na aposentadoria por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avalia-
ções periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão
da aposentadoria.
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público. Atualmente, a idade limite é aos 75 anos.
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Com relação à aposentadoria voluntária, as regras gerais de concessão, bem como as res-
pectivas exceções, podem ser mais bem visualizadas da seguinte forma:
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MAPA MENTAL
Administração Direta
(Órgãos Públicos)
Composição Autarquias
Administração Indireta Fundações Públicas
(Entidades Públicas) Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista
Legalidade
Impessoalidade
Princípios
LIMPE Moralidade
Expressos
Publicidade
Administração Eficiência
Pública
Prazo de validade de até 2
anos
Realizada por
Possibilidade de prorrogação,
meio de concurso
uma vez, por igual prazo
público
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Subteto nos
Subsídio do Prefeito
Municípios
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CETAP/ASS ADM/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federati-
va do Brasil, as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei:
a) devem ser preenchidos por meio de processo seletivo interno realizado no próprio órgão.
b) devem ser preenchidos pelos membros mais antigos da carreira.
c) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
d) devem obedecer o percentual das funções de confiança e cargos em comissão, que não
pode ultrapassar 60% (sessenta por cento) dos cargos efetivos.
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b) princípio da legalidade
c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência
006. (FGV/TNS/SSP AM/2022) O Governador do Estado Alfa informou a sua assessoria que
tencionava criar uma autarquia para a execução de atividades típicas de Administração Públi-
ca e desejava saber a forma a ser observada.
A assessoria respondeu corretamente que o referido ente deve
a) ser criado por lei ordinária específica.
b) ser criado por lei complementar específica.
c) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei ordinária.
d) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei complementar.
e) ter sua atividade regulamentada em lei complementar e sua criação autorizada em lei ordi-
nária e efetivada por decreto.
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012. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Antônio é servidor público ocupante de cargo da Admi-
nistração direta estadual e Bruno é servidor público ocupante de cargo da Administração au-
tárquica estadual. Ambos exercerão mandato eletivo estadual. De acordo com a Constituição
Federal, durante o exercício do mandato,
a) nenhum dos dois será afastado de seu cargo, se houver compatibilidade de horários, sem
prejuízo de remuneração do mandato eletivo.
b) apenas Antônio ficará afastado de seu cargo.
c) apenas Bruno ficará afastado de seu cargo.
d) nenhum dos dois ficará afastado de seu cargo, tendo em vista que ambos são servidores
públicos estaduais e exercerão mandato eletivo estadual.
e) Antônio e Bruno ficarão afastados de seus respectivos cargos.
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b) 1 ano.
c) 2 anos.
d) 5 anos.
e) 10 anos.
016. (FCC/AG SUP/SEDU ES/2022) O tempo de efetivo exercício, necessário para que os ser-
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público sejam
considerados estáveis, segundo a Constituição da República, é de
a) quatro anos.
b) dois anos.
c) três anos.
d) um ano.
e) cinco anos.
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b) perderá seus direitos políticos e será suspenso da função pública que exerce, além de seus
atos implicarem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
c) terá suspensos seus direitos políticos e perderá a função pública, além de seus atos impli-
carem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) será suspenso da função pública por ele exercida, haja ou não o ressarcimento ao erário
do dano que causou com seus atos de improbidade, mas não terá suspensos os seus direitos
políticos, nem os perderá.
e) deverá ressarcir ao erário o prejuízo causado, não podendo perder ou ter suspensa a função
pública que exerce por força de aprovação em concurso público, e terá suspensos seus direi-
tos políticos.
022. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) João, servidor público, informou à sua amiga Maria que
ele somente perderia o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo ou, na forma da lei complementar, mediante avaliação periódica de
desempenho. Isso significa dizer que João
a) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
três anos de efetivo exercício.
b) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
dois anos de efetivo exercício.
c) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, independente do lapso
temporal desde a posse.
d) ocupa cargo público, de natureza não eletiva, e conta com mais de dois anos de efetivo
exercício.
e) exerce função pública, independente do cargo ocupado e da forma de provimento.
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027. (FGV/AFCTE/SEFAZ AM/2022) Maria foi convidada para integrar a Administração Públi-
ca direta do Município Beta. Embora tenha ficado muito empolgada com o convite, já que, até
então, não lograra êxito em ser aprovada em um concurso para ocupar um cargo de provimen-
to efetivo, teve sérias dúvidas em relação ao respectivo regime previdenciário, caso viesse a
desempenhar trabalho temporário ou a ocupar cargo em comissão.
Ao se inteirar sobre a temática, Maria foi corretamente informada de que estaria sujeita ao
a) regime próprio de previdência social, se viesse a desempenhar trabalho temporário e, ao
regime geral de previdência social, caso viesse a ocupar cargo em comissão.
b) regime próprio de previdência social, se viesse a ocupar cargo em comissão e, ao regime
geral de previdência social, caso viesse a desempenhar trabalho temporário.
c) regime próprio de previdência social, em ambos os casos, se o Município Beta o tivesse
criado até a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 103/2019.
d) regime próprio ou geral de previdência social, conforme a opção realizada por Maria no mo-
mento da nomeação.
e) regime geral de previdência social, em ambos os casos, o que não poderia ser excepcionado
pelo Município Beta.
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028. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Carlos Eduardo será nomeado servidor público para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Atendidas as demais condições,
de acordo com a Constituição Federal, Carlos Eduardo adquirirá estabilidade após
a) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
b) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
c) cinco anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
d) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado.
e) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
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037. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
A aprovação em concurso público é requisito básico para a investidura em cargos públicos,
ressalvados apenas os cargos eletivos, que dependem de sufrágio para a escolha de seus
ocupantes.
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039. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Acerca dos servidores públicos, julgue o
item a seguir.
Para que o servidor público seja considerado como estável, é necessária, além dos três anos
de efetivo serviço, a realização de avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.
042. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor
efetivo, desde que já tenha cumprido o período de estágio probatório e adquirido a devida es-
tabilidade.
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Administração Pública
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c) será afastado do cargo de Técnico, sendo-lhe vedado optar pela sua remuneração.
d) perceberá as vantagens de ambos os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.
e) será posto em disponibilidade e seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, inclusive para promoção por merecimento.
045. (DEIP PMPI/CAB/PM PI/2021) São princípios básicos da administração pública confor-
me o texto Constitucional:
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e deficiência.
b) Legalidade, pessoalidade, probidade, publicidade e eficiência.
c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..
d) Impessoalidade, legitimidade, moralidade, sigilo e eficiência.
e) Pessoalidade, moralidade, sigilo, eficácia e legitimidade.
046. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao dispor sobre a criação de cargos em comissão, o legis-
lador deve observar as normas constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
nessa matéria, segundo as quais
a) a criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais, pressupondo necessária relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o servidor nomeado.
b) cabe à lei que os instituir definir, objetivamente, suas atribuições, podendo, todavia, delegar essa
competência ao administrador, para que discipline a matéria por meio de ato regulamentar, uma vez
que a Constituição Federal não veda a delegação de competências entre os Poderes.
c) pode a lei do ente federativo facultar aos servidores públicos ocupantes exclusivamente de
cargo público em comissão a opção entre aderir ao Regime Geral de Previdência Social ou ao
Regime Próprio de Previdência Social.
d) os servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo público em comissão devem
aposentar-se compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade ou, na forma da lei comple-
mentar federal, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) é inconstitucional, por violação à norma constitucional que permite a livre nomeação pelo
administrador público, norma estadual que estabeleça requisito de formação, em curso de ní-
vel superior, para o preenchimento de cargo em comissão.
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Administração Pública
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047. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Três anos após ter sido aprovado em concurso público
de provas, cujo prazo de validade inicial de dois anos havia sido prorrogado uma vez por igual
período, Fabrício é convocado, nomeado e empossado em cargo efetivo junto a órgão da Ad-
ministração direta de determinado Município. Alguns anos mais tarde, em razão de reestrutu-
ração do órgão, ele passa a exercer função de confiança, por meio da qual é encarregado das
atribuições de chefia da seção em que foi lotado. Nessa mesma ocasião, Adélia é nomeada
e empossada em cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, para
exercer atribuições de assessoramento à direção superior do referido órgão, independente-
mente de aprovação prévia em concurso público. Nessas circunstâncias, a investidura de Fa-
brício no cargo efetivo é
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de admissão de
Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro,
pelo Tribunal de Contas respectivo.
b) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança, mas não a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de ad-
missão de Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins
de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
c) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato de
admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
d) incompatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de
confiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato
de admissão de Adélia sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
e) incompatível com a Constituição Federal, assim como, por consequência, a assunção por
ele de função de confiança, embora a nomeação de Adélia para o cargo em comissão seja
legítima, estando apenas o ato de admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua le-
galidade, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
048. (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) À luz das normas constitucionais que regem a Adminis-
tração pública,
a) a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela podendo constar símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades, desde que distintos dos utili-
zados durante a campanha eleitoral.
b) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públi-
cos responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, desde que comprovado
dolo ou culpa.
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Administração Pública
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053. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Após cinco anos de efetivo exercício no cargo para o
qual havia sido nomeada em virtude de aprovação em concurso público, à determinada servi-
dora pública da Administração direta municipal é aplicada pena de demissão, ao fim de proces-
so administrativo no qual não lhe foi assegurada ampla defesa. Estando assim vago, o cargo
é em seguida preenchido, em virtude de concurso de remoção interna, por outro servidor está-
vel. A demissão, contudo, é posteriormente invalidada por sentença judicial, sendo a servidora
reintegrada e o ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem indenização. Nessa
hipótese, a reintegração da servidora deu-se de modo
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a recondução do ocupante da vaga ao
cargo de origem.
b) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga somente poderia ter sido
reconduzido ao cargo de origem mediante indenização.
c) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga deveria ter sido aproveita-
do em outro cargo, e não reconduzido ao de origem, sem indenização.
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Administração Pública
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d) incompatível com a Constituição Federal, e o ocupante da vaga deveria ter sido posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, diferentemente da recondução do ocupante da
vaga ao cargo de origem, que se deu nos termos previstos constitucionalmente.
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Administração Pública
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GABARITO
1. c 37. E
2. d 38. E
3. c 39. C
4. e 40. E
5. c 41. b
6. a 42. E
7. C 43. c
8. b 44. a
9. c 45. c
10. C 46. a
11. C 47. c
12. e 48. d
13. c 49. e
14. a 50. b
15. c 51. e
16. c 52. e
17. b 53. a
18. c 54. b
19. d 55. e
20. b
21. c
22. a
23. a
24. C
25. c
26. c
27. e
28. a
29. E
30. E
31. C
32. E
33. C
34. E
35. C
36. E
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Administração Pública
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GABARITO COMENTADO
001. (CETAP/ASS ADM/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federati-
va do Brasil, as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei:
a) devem ser preenchidos por meio de processo seletivo interno realizado no próprio órgão.
b) devem ser preenchidos pelos membros mais antigos da carreira.
c) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
d) devem obedecer o percentual das funções de confiança e cargos em comissão, que não
pode ultrapassar 60% (sessenta por cento) dos cargos efetivos.
Nos termos da Constituição Federal, o prazo de validade do concurso público será de até 2
anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.
Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Letra d.
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Administração Pública
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a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade tem-
porária de excepcional interesse público.
Letra c.
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Administração Pública
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Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a neces-
sidade temporária de excepcional interesse público;
Letra c.
006. (FGV/TNS/SSP AM/2022) O Governador do Estado Alfa informou a sua assessoria que
tencionava criar uma autarquia para a execução de atividades típicas de Administração Públi-
ca e desejava saber a forma a ser observada.
A assessoria respondeu corretamente que o referido ente deve
a) ser criado por lei ordinária específica.
b) ser criado por lei complementar específica.
c) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei ordinária.
d) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei complementar.
e) ter sua atividade regulamentada em lei complementar e sua criação autorizada em lei ordi-
nária e efetivada por decreto.
A criação de uma autarquia é medida que é feita diretamente com a edição de lei específica. E
tendo em vista que o texto constitucional nada menciona acerca da necessidade de edição de
uma lei complementar, a criação da entidade ocorrerá por meio de uma lei ordinária.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra a.
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Administração Pública
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A questão está de acordo com o entendimento sumulado do STF, segundo o qual apenas por
lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 44 – STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilita-
ção de candidato a cargo público.
Certo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra b.
São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
Letra c.
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Administração Pública
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A questão está correta, retratando duas das situações em que o servidor público, mesmo já
sendo estável, poderá vir a perder o cargo público ocupado.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas;
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público;
Certo.
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Administração Pública
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012. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Antônio é servidor público ocupante de cargo da Admi-
nistração direta estadual e Bruno é servidor público ocupante de cargo da Administração au-
tárquica estadual. Ambos exercerão mandato eletivo estadual. De acordo com a Constituição
Federal, durante o exercício do mandato,
a) nenhum dos dois será afastado de seu cargo, se houver compatibilidade de horários, sem
prejuízo de remuneração do mandato eletivo.
b) apenas Antônio ficará afastado de seu cargo.
c) apenas Bruno ficará afastado de seu cargo.
d) nenhum dos dois ficará afastado de seu cargo, tendo em vista que ambos são servidores
públicos estaduais e exercerão mandato eletivo estadual.
e) Antônio e Bruno ficarão afastados de seus respectivos cargos.
Tanto Antônio quanto Bruno, por expressa previsão constitucional, ficarão afastados de seus
respectivos cargos durante o exercício de mandato eletivo estadual.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
Letra e.
O prazo de validade dos concursos públicos é de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma vez,
por igual período.
Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Letra c.
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Administração Pública
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Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Letra a.
016. (FCC/AG SUP/SEDU ES/2022) O tempo de efetivo exercício, necessário para que os ser-
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público sejam
considerados estáveis, segundo a Constituição da República, é de
a) quatro anos.
b) dois anos.
c) três anos.
d) um ano.
e) cinco anos.
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Administração Pública
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O tempo de efetivo exercício necessário para que o servidor público adquira a estabilidade é,
nos termos constitucionais, de 3 anos.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Letra c.
Apenas na Letra B encontramos uma exceção à regra geral da vedação à acumulação renume-
rada de cargos públicos. No caso, estamos diante da acumulação de um cargo de professor
com outro técnico ou científico (o de Procurador do Município). Importante destacar que as
hipóteses de acumulação apenas poderão ser efetivadas mediante a comprovação da compa-
tibilidade de horários.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra b.
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Administração Pública
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A Administração Pública pode ser definida como todo o aparelhamento do Estado destinado
à realização de seus serviços, objetivando com isso a satisfação das necessidades coletivas.
Letra c.
os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
Letra d.
Para responder a questão, devemos fazer uso do mencionado artigo 37, X, do texto da Consti-
tuição Federal, que apresenta a seguinte redação:
Art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somen-
te poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Letra b.
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Administração Pública
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022. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) João, servidor público, informou à sua amiga Maria que
ele somente perderia o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo ou, na forma da lei complementar, mediante avaliação periódica de
desempenho. Isso significa dizer que João
a) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
três anos de efetivo exercício.
b) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
dois anos de efetivo exercício.
c) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, independente do lapso
temporal desde a posse.
d) ocupa cargo público, de natureza não eletiva, e conta com mais de dois anos de efetivo
exercício.
e) exerce função pública, independente do cargo ocupado e da forma de provimento.
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Administração Pública
Diogo Surdi
Na situação narrada, João informou as três hipóteses de perda do cargo por parte dos servido-
res públicos estáveis. Logo, é correto inferir que João ocupa cargo de provimento efetivo, ten-
do sido aprovado mediante concurso público, e conta com mais de 3 anos de efetivo exercício,
que é condição para a aquisição da estabilidade.
Letra a.
JURISPRUDÊNCIA
STF - RE 602043 - Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acu-
mulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de
cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
Certo.
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Administração Pública
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No âmbito da União, o servidor público abrangido por regime próprio de previdência social será
aposentado aos 62 anos de idade, se mulher, e aos 65 anos de idade, se homem.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá ca-
ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
Letra c.
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Nos itens 1, 2 e 3, encontramos situações nas quais o servidor, ainda que estável, poderá vir a
perder o cargo público ocupado.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Letra c.
027. (FGV/AFCTE/SEFAZ AM/2022) Maria foi convidada para integrar a Administração Públi-
ca direta do Município Beta. Embora tenha ficado muito empolgada com o convite, já que, até
então, não lograra êxito em ser aprovada em um concurso para ocupar um cargo de provimen-
to efetivo, teve sérias dúvidas em relação ao respectivo regime previdenciário, caso viesse a
desempenhar trabalho temporário ou a ocupar cargo em comissão.
Ao se inteirar sobre a temática, Maria foi corretamente informada de que estaria sujeita ao
a) regime próprio de previdência social, se viesse a desempenhar trabalho temporário e, ao
regime geral de previdência social, caso viesse a ocupar cargo em comissão.
b) regime próprio de previdência social, se viesse a ocupar cargo em comissão e, ao regime
geral de previdência social, caso viesse a desempenhar trabalho temporário.
c) regime próprio de previdência social, em ambos os casos, se o Município Beta o tivesse
criado até a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 103/2019.
d) regime próprio ou geral de previdência social, conforme a opção realizada por Maria no mo-
mento da nomeação.
e) regime geral de previdência social, em ambos os casos, o que não poderia ser excepcionado
pelo Município Beta.
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Letra e.
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028. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Carlos Eduardo será nomeado servidor público para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Atendidas as demais condições,
de acordo com a Constituição Federal, Carlos Eduardo adquirirá estabilidade após
a) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
b) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
c) cinco anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
d) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado.
e) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.
Na medida em que Carlos Eduardo será nomeado servidor público para cargo de provimento
efetivo em virtude de aprovação em concurso público, a estabilidade será alcançada, nos ter-
mos da Constituição Federal, após 3 anos de efetivo exercício.
Após a aquisição da estabilidade, Carlos Eduardo apenas poderá perder o cargo público nas
seguintes hipóteses: em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento de avalia-
ção periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Letra a.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Diferente do que afirmado, a avaliação especial de desempenho constitui requisito para que o
servidor público alcance a estabilidade.
Art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Errado.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Errado.
De acordo com o entendimento do STF, os servidores públicos que atuam diretamente na área
de segurança pública não podem fazer uso do direito de greve.
JURISPRUDÊNCIA
STF. ARE 654432/GO - O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade,
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na
área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação
instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art.
165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria.
Certo.
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O direito de greve não implica em falta grave, ainda que o servidor esteja em estágio probató-
rio. Em sentido oposto, a greve pode ser livremente exercida pelos servidores públicos civis,
ainda que estes estejam no período de estágio probatório.
Neste sentido, merece ser destacada a súmula 316 do STF, de seguinte redação:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 316 – STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.
Errado.
Uma série de direitos sociais são estendidos aos servidores públicos, conforme previsão do
artigo 39, §3º da Constituição Federal.
Art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º, IV - salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-
sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves-
tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Certo.
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O Governador, por ser um ocupante de Poder, realmente receberá por meio de subsídio. No
entanto, esta forma de pagamento veda o acréscimo de adicionais e gratificações, diferente do
que informado pela questão.
Art. 39, 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Errado.
De acordo com a Constituição Federal, uma série de direitos sociais são aplicáveis aos servido-
res públicos. Dentre eles, não consta o reconhecimento de convenções e acordos coletivos de
trabalho, direito este que está intimamente relacionado com os trabalhadores regidos pela CLT.
Art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Certo.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Diferente do que afirmado, o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, pror-
rogável uma vez, por igual período.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Errado.
037. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
A aprovação em concurso público é requisito básico para a investidura em cargos públicos, ressal-
vados apenas os cargos eletivos, que dependem de sufrágio para a escolha de seus ocupantes.
Os cargos eletivos não são a única exceção à regra do concurso público. A título de exemplo,
podemos citar os servidores ocupantes de cargos em comissão, cuja investidura independe da
realização de concurso público. No caso dos cargos em comissão, a nomeação e exoneração
são livres à autoridade competente.
Errado.
Não há possibilidade de acumulação para todos os cargos eletivos, ao contrário do que men-
cionado pela questão. A possibilidade de acumulação ocorre apenas em relação ao cargo
eletivo de Vereador, e, ainda assim, desde que haja compatibilidade de horários.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as van-
tagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
039. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Acerca dos servidores públicos, julgue o
item a seguir.
Para que o servidor público seja considerado como estável, é necessária, além dos três anos
de efetivo serviço, a realização de avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.
A questão está correta, exigindo os requisitos a serem observados para que o servidor público
adquira a estabilidade no serviço público.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desem-
penho por comissão instituída para essa finalidade.
Certo.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Errado.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superio-
res aos pagos pelo Poder Executivo.
e) É vedada a contratação por tempo determinado, mesmo na hipótese de se atender às neces-
sidades temporárias e de excepcional interesse público.
a) Errada. Estabelece o inciso VI do artigo 37 que “é garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical”.
b) Certa. A alterativa está correta, nos termos da Constituição Federal:
Art. 37, XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
c) Errada. Os cargos, empregos e funções públicas também são acessíveis aos estrangeiros,
na forma disciplinada por lei.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade tem-
porária de excepcional interesse público.
Letra b.
042. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor efetivo,
desde que já tenha cumprido o período de estágio probatório e adquirido a devida estabilidade.
O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor,
ainda que este, ao contrário do que afirmado pela questão, esteja no período de estágio pro-
batório. Dito de outra forma, tanto os servidores estáveis quanto os não estáveis poderão ser
afastados em virtude do desempenho de mandato eletivo.
Errado.
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Como estamos diante de um mandato eletivo estadual, Mário será afastado do cargo de Téc-
nico, passando a receber a remuneração do cargo eletivo. Neste caso, não há possibilidade do
servidor optar pela remuneração, diferente do que ocorre, por exemplo, com a eleição para o
cargo de Prefeito.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
Letra c.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra a.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
045. (DEIP PMPI/CAB/PM PI/2021) São princípios básicos da administração pública confor-
me o texto Constitucional:
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e deficiência.
b) Legalidade, pessoalidade, probidade, publicidade e eficiência.
c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..
d) Impessoalidade, legitimidade, moralidade, sigilo e eficiência.
e) Pessoalidade, moralidade, sigilo, eficácia e legitimidade.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra c.
046. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao dispor sobre a criação de cargos em comissão, o legis-
lador deve observar as normas constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
nessa matéria, segundo as quais
a) a criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais, pressupondo necessária relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o servidor nomeado.
b) cabe à lei que os instituir definir, objetivamente, suas atribuições, podendo, todavia, dele-
gar essa competência ao administrador, para que discipline a matéria por meio de ato regu-
lamentar, uma vez que a Constituição Federal não veda a delegação de competências entre
os Poderes.
c) pode a lei do ente federativo facultar aos servidores públicos ocupantes exclusivamente de
cargo público em comissão a opção entre aderir ao Regime Geral de Previdência Social ou ao
Regime Próprio de Previdência Social.
d) os servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo público em comissão devem
aposentar-se compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade ou, na forma da lei comple-
mentar federal, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) é inconstitucional, por violação à norma constitucional que permite a livre nomeação pelo
administrador público, norma estadual que estabeleça requisito de formação, em curso de ní-
vel superior, para o preenchimento de cargo em comissão.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Certa. Nos termos da Constituição Federal, os cargos em comissão, assim como ocorre com
as funções de confiança, são destinados às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
047. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Três anos após ter sido aprovado em concurso público
de provas, cujo prazo de validade inicial de dois anos havia sido prorrogado uma vez por igual
período, Fabrício é convocado, nomeado e empossado em cargo efetivo junto a órgão da Ad-
ministração direta de determinado Município. Alguns anos mais tarde, em razão de reestrutu-
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ração do órgão, ele passa a exercer função de confiança, por meio da qual é encarregado das
atribuições de chefia da seção em que foi lotado. Nessa mesma ocasião, Adélia é nomeada
e empossada em cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, para
exercer atribuições de assessoramento à direção superior do referido órgão, independente-
mente de aprovação prévia em concurso público. Nessas circunstâncias, a investidura de Fa-
brício no cargo efetivo é
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de admissão de
Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro,
pelo Tribunal de Contas respectivo.
b) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança, mas não a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de ad-
missão de Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins
de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
c) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato de
admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
d) incompatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de
confiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato
de admissão de Adélia sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
e) incompatível com a Constituição Federal, assim como, por consequência, a assunção por
ele de função de confiança, embora a nomeação de Adélia para o cargo em comissão seja
legítima, estando apenas o ato de admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua le-
galidade, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento;
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por fim, é importante destacar que todos os atos de nomeação ou designação, como regra
geral, devem ser apreciados, sob a ótica da legalidade, pelo Tribunal de Contas. Uma das exce-
ções a esta apreciação é a relacionada com as nomeações para os cargos em comissão, que,
por serem de livre nomeação e exoneração da autoridade competente, não são apreciadas.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato Concessório;
Letra c.
048. (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) À luz das normas constitucionais que regem a Adminis-
tração pública,
a) a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela podendo constar símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades, desde que distintos dos utili-
zados durante a campanha eleitoral.
b) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos res-
ponderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, desde que comprovado dolo ou culpa.
c) o servidor público investido no mandato de Deputado Estadual, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remune-
ração do cargo eletivo.
d) é permitida a acumulação remunerada de um cargo público de professor com outro cargo
público técnico, quando houver compatibilidade de horários.
e) o prazo de validade do concurso público será de até 3 anos, prorrogável uma vez, por
igual período.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
c) Errada. Eleito para o cargo eletivo de Deputado Estadual, o servidor deverá ser afastado do
cargo efetivo.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
d) Certa. Aqui, estamos diante de uma das situações em que a Constituição Federal admite,
desde que haja a compatibilidade de horários, a acumulação de cargos públicos.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para AGENILSON VELOSO DE OLIVEIRA - 81774621215, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para responder a questão, façamos uso das disposições do artigo 38 da Constituição Federal:
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não haven-
do compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
Desta forma, ao ser investido no mandato Vereador, poderá o servidor, desde que haja compatibilida-
de de horário, receber as vantagens do cargo eletivo sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo.
Letra e.
I – Considerando que a servidora foi eleita para um cargo eletivo, deve ela ser afastada, durante
o mandato, do cargo efetivo.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para AGENILSON VELOSO DE OLIVEIRA - 81774621215, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
E como o cargo aprovado é destinado a prestar suporte administrativo em uma autarquia esta-
dual, não estamos, no caso, diante de um cargo técnico ou científico.
Letra b.
Apenas a Letra E reproduz uma diferença existente entre os servidores titulares de cargos efe-
tivos e os ocupantes de cargos em comissão.
Nos termos da Constituição Federal, o servidor ocupante de cargo exclusivamente em comis-
são estará submetido ao Regime Geral de Previdência Social. Já os ocupantes de cargo efetivo
se submetem às regras do Regime Próprio.
Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Letra e.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para AGENILSON VELOSO DE OLIVEIRA - 81774621215, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
b) a instituição da autarquia por ato do Prefeito deverá ser autorizada por lei, cabendo previa-
mente à lei complementar definir a área de sua atuação.
c) o Prefeito poderá criar a autarquia por ato próprio, independentemente de autorização legis-
lativa, desde que lei complementar defina a área de sua atuação.
d) o Prefeito não poderá criar a autarquia, nem ser autorizado por lei a tanto, pois Municípios
não podem criar autarquias.
e) a autarquia somente poderá ser criada por lei específica.
A criação de autarquias é medida que apenas pode ser realizada por lei específica. Assim,
ao contrário do que ocorre com as demais entidades da Administração Pública, onde a
lei apenas autoriza a criação, as autarquias são criadas diretamente com a edição da lei
específica.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra e.
053. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Após cinco anos de efetivo exercício no cargo para o
qual havia sido nomeada em virtude de aprovação em concurso público, à determinada servi-
dora pública da Administração direta municipal é aplicada pena de demissão, ao fim de proces-
so administrativo no qual não lhe foi assegurada ampla defesa. Estando assim vago, o cargo
é em seguida preenchido, em virtude de concurso de remoção interna, por outro servidor está-
vel. A demissão, contudo, é posteriormente invalidada por sentença judicial, sendo a servidora
reintegrada e o ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem indenização. Nessa
hipótese, a reintegração da servidora deu-se de modo
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a recondução do ocupante da vaga ao
cargo de origem.
b) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga somente poderia ter sido
reconduzido ao cargo de origem mediante indenização.
c) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga deveria ter sido aproveita-
do em outro cargo, e não reconduzido ao de origem, sem indenização.
d) incompatível com a Constituição Federal, e o ocupante da vaga deveria ter sido posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, diferentemente da recondução do ocupante da
vaga ao cargo de origem, que se deu nos termos previstos constitucionalmente.
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Para que pudesse ser demitida, o processo administrativo deveria ter assegurado à servidora
as garantias do contraditório e da ampla defesa.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Tendo a demissão sido invalidada, o que acontecerá é a reintegração da servidora. Nesta situ-
ação, o eventual ocupante da vaga deverá ser reconduzido ao cargo de origem.
Art. 41, § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo
de serviço.
Letra a.
Quando o servidor é eleito para o cargo de Vereador, poderá ele, caso haja compatibilidade de
horário, receber ambas as remunerações. Caso não haja compatibilidade, deve o agente esta-
tal optar por uma das duas remunerações.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra e.
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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