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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Administração Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Administração Pública
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Administração Pública..................................................................................................................................................4
1. Administração Pública..............................................................................................................................................4
1.1. Conceito de Administração Pública. ...............................................................................................................4
1.2. Princípios da Administração Pública..........................................................................................................12
1.3. Admissão no Serviço Público..........................................................................................................................21
1.4. Direito de Greve e de Associação Sindical. .............................................................................................26
1.5. Remuneração dos Agentes Públicos......................................................................................................... 28
1.6. Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas..................................................................34
1.7. Licitações Públicas..............................................................................................................................................37
1.8. A Administração Tributária.............................................................................................................................39
1.9. Improbidade Administrativa...........................................................................................................................39
1.10. Responsabilidade Civil do Estado. .............................................................................................................41
1.11. Contrato de Gestão.............................................................................................................................................43
1.12. Mandato Eletivo.. .................................................................................................................................................45
2. Servidores Públicos................................................................................................................................................47
2.1. Regime Jurídico Único.........................................................................................................................................47
2.2. Medidas para Participação e Desenvolvimento dos Servidores. ..............................................49
2.3. Direitos Sociais Aplicáveis aos Servidores Públicos. .....................................................................50
2.4. Aposentadoria dos Servidores Públicos.................................................................................................51
2.5. Previdência Complementar. . ........................................................................................................................... 59
2.6. Estabilidade. . ............................................................................................................................................................61
Resumo................................................................................................................................................................................64
Questões de Concurso.................................................................................................................................................71
Gabarito...............................................................................................................................................................................86
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 87

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Diogo Surdi

Apresentação
Olá, pessoal, tudo bem? Acredito e espero que sim!!
Na aula de hoje, estudaremos a parte da Constituição Federal que mais está ligada com o
Direito Administrativo. Trata-se da Administração Pública e dos Servidores Públicos, tópicos
cujas regras estão presentes, preponderantemente, nos artigos 37 a 41 do texto constitucional.
Forte abraço a todos e bons estudos!
Diogo

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Administração Pública
1.1. Conceito de Administração Pública
Modernamente, a expressão “administração pública” pode ser conceituada por meio de
diferentes sentidos ou acepções. Da mesma forma, poderemos fazer uso da expressão em seu
sentido amplo (lato) ou em sentido estrito (stricto).

1.1.1. Administração Pública em Sentido Amplo

Dizemos que em sentido lato (ou amplo), a administração pública compreende, além da
função administrativa, os órgãos de governo, que são aqueles que exercem funções políticas.
De acordo com esta acepção, a administração pública abrange desde a elaboração e fixa-
ção das diretrizes a serem seguidas na elaboração das políticas públicas até a própria execu-
ção de todas estas políticas. A elaboração compete à função política. A execução, à função
administrativa.

EXEMPLO
Teremos a elaboração de uma política pública quando o Poder Legislativo edita uma lei deter-
minando a adoção de certas medidas com a finalidade de manutenção do bem estar coletivo
(tal como ocorre, por exemplo, com a edição de uma norma que estabelece que certos estabe-
lecimentos comerciais apenas podem permanecer abertos até determinado horário).
Teremos a execução de uma política pública quando o Poder Executivo, por meio de seus
agentes públicos, fiscaliza se a norma em questão está sendo observada pelos proprietários
de estabelecimentos comerciais.
Adotando o conceito de administração pública em sentido amplo, as duas situações são con-
sideradas “administração pública”.

Ressalta-se, no entanto, que a utilização do sentido amplo de administração pública não é


a predominante em nosso ordenamento jurídico.

1.1.2. Administração Pública em Sentido Estrito

Já a administração pública sentido estrito compreende somente os órgãos e os agentes


necessários à execução das políticas públicas, sem qualquer referência àqueles que atuam na
sua elaboração.

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É este o sentido que estará presente em todo o nosso estudo, sendo a base de toda a orga-
nização administrativa. Dele deriva, por exemplo, todas as prerrogativas (poderes) e sujeições
(obrigações) que os agentes possuem na gestão do patrimônio público.

EXEMPLO
Se tomarmos como referência o exemplo anterior, apenas a execução das atividades necessá-
rias à verificação do cumprimento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comer-
ciais é considerada administração pública. Em sentido oposto, a elaboração da mencionada lei
não entra no conceito estrito de administração.

O sentido estrito é o adotado em nosso ordenamento jurídico, de forma que apenas será
considerada administração pública as atividades destinadas à execução das políticas públicas.

1.1.3. Administração Pública em Sentido Material, Objetivo e Funcional

Em sentido material, objetivo e funcional, a administração é composta pelas atividades e


funções que normalmente são classificadas como administração pública. Por meio do critério
material, devemos nos perguntar quais as atividades que são consideradas administração pú-
blica em nosso país.
Ainda que a resposta varie muito de autor para autor, as atividades que usualmente são
reconhecidas como administração pública são: fomento, serviços públicos, polícia adminis-
trativa e intervenção.

 Obs.: Fomento: Incentivo à iniciativa privada para determinadas funções públicas (tal como
ocorre com um incentivo fiscal concedido para que uma organização social atue em
uma atividade pública, auxiliando a administração);
 Serviços Públicos: Prestação de determinadas atividades para toda a população, regi-
das pelo direito público (como o serviço postal e o serviço de telecomunicações);
 Polícia Administrativa: Restrição de algum direito particular em prol do benefício de
toda a coletividade (como a apreensão de mercadorias vencidas em um supermerca-
do, evitando uma possível intoxicação generalizada);
 Intervenção: Quando o Estado intervém em determinadas atividades privadas (tal
como ocorre quando é realizada uma desapropriação para fins de reforma agrária).

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Pelo critério material, não temos uma lista taxativa de atividades que são consideradas
administração pública, mas podemos afirmar que todas as atividades listadas acima possuem
algo em comum: são áreas importantes para o bem estar da população e para a preservação
do interesse coletivo geral.
Dessa forma, tal sentido não leva em conta quem é o responsável pela prestação da ativi-
dade, mas sim quais atividades são consideradas administração pública.
De acordo com o critério material, desta forma, uma concessionária de serviço público, ainda que
não faça parte das entidades que compõem formalmente a administração, será considerada admi-
nistração pública, uma vez que desempenha serviços públicos muitas vezes essenciais à população.
Em sentido oposto, o desempenho de certas atividades, ainda que por intermédio de uma das
entidades que compõem a administração indireta, não será considerado administração pública.
O motivo para tal, conforme já mencionado, é que o critério material apenas leva em conta
as atividades que são desempenhadas (a matéria) e não os responsáveis pela sua execução.

1.1.4. Administração Pública em Sentido Formal, Orgânico e Subjetivo

Já em sentido formal, orgânico e subjetivo, a administração pública é o conjunto de órgãos


e agentes incumbidos das mais diversas atividades administrativas. Por intermédio do critério
formal, devemos nos perguntar quem é administração pública em nosso país.
A resposta é que apenas as entidades, órgãos e agentes que o nosso ordenamento jurídico
estabelece como administração pública serão consideradas parte desta, independente da im-
portância da atividade exercida.
Pelo critério formal, que é o adotado em nosso país, fazem parte da administração pública
todos os órgãos e entidades da administração direta e da administração indireta.
Dessa forma, ainda que uma atividade não seja de suma importância para a população,
ainda assim ela será considerada administração pública pelo critério formal, bastando, para
tal, que seja exercida pela administração direta ou indireta.

EXEMPLO
Tomemos como referência a atividade financeira, desempenhada pelas empresas públicas e
pelas sociedades de economia mista.
Ainda que tal atividade não seja de extrema importância para a manutenção do bem estar cole-
tivo (e prova disso é que diversos bancos privados também a desempenham), a mesma será
considerada administração pública pelo critério formal, uma vez que desempenhada por uma
das entidades que compõem a administração indireta.

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Podemos sintetizar os quatro sentidos em que a expressão “administração pública” pode


ser utilizada por meio do seguinte quadro sinótico:
Administração pública em Abrange as atividades de elaboração e execução
sentido amplo das políticas públicas

Administração pública em Abrange apenas as atividades de execução


sentido estrito das políticas públicas

Administração pública em Compreende as atividades que


sentido material, objetivo e normalmente são classificadas, pela sua
funcional importância, como administração pública

Compreende os órgãos, agentes e


Administração pública em
entidades que o nosso ordenamento
sentido formal, subjetivo e
jurídico identifica como administração
orgânico
pública (administração direta e indireta)
Com base em tudo o que foi exposto, chegamos à conclusão de que a Administração Pú-
blica, em nosso ordenamento jurídico, é forma tanto pela Administração Direta quanto pela
Administração Indireta.
Ao passo que a Administração Direta é formada por órgãos públicos, a Administração In-
direta compõe-se de entidades públicas.

Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Ao passo que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas e
as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de direito privado.
Com relação às fundações públicas, ainda que haja entendimentos minoritários em sentido con-
trário, tais entidades são classificadas, de acordo com o STF, em pessoas jurídicas de direito público.
De fundamental importância é conhecermos o diploma constitucional referente à organi-
zação da administração indireta. Tal dispositivo encontra-se previsto no art. 37, XIX e XX, da
Constituição Federal, que assim estabelece:

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

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Estes dois incisos são preciosos para o nosso estudo. Dada sua importância, lista-se abai-
xo as informações necessárias para a correta compreensão do enunciado.
a) Para a criação de uma autarquia, é necessário apenas a edição de uma lei específica.
Para as demais entidades, ao contrário, a lei específica apenas autoriza a sua criação, sendo
necessário, ainda, que o ente político promova a inscrição dos atos respectivos no registro
público competente;
b) As autarquias adquirem personalidade jurídica com a edição da lei específica. As de-
mais entidades, com o registro público de seus atos constitutivos;
c) Um cuidado maior deve ser dado às fundações: ainda que o texto constitucional as rela-
cione ao lado das demais entidades com personalidade jurídica de direito privado (sociedades
de economia mista e empresas públicas), o STF já se posicionou no sentido de admitir que as
fundações também possam ser criadas com personalidade jurídica de direito público, oportu-
nidade em que seriam classificadas como uma espécie do gênero autarquia, mais precisamen-
te como autarquias fundacionais ou fundações autárquicas.
d) Ainda que a Constituição Federal estabeleça ser necessária autorização legislativa para
a criação de subsidiárias das entidades da administração indireta, o STF já decidiu que basta
a simples menção, na lei que cria ou autoriza a criação da entidade, de autorização para a
criação da subsidiária.

EXEMPLO
Caso um município resolva criar uma autarquia e queira, futuramente, criar subsidiárias dessa
entidade, basta que a lei específica que tenha criado a autarquia disponha, em algum de seus
artigos, que fica autorizada, desde já, a criação das respectivas subsidiárias.
Evita-se, com isso, a necessidade de nova edição de lei específica com o único propósito de
autorizar a criação das subsidiárias das entidades da administração indireta.

e) Um cuidado maior deve ser dado no que se refere à participação das entidades da ad-
ministração indireta no capital de empresas privadas. Neste caso, obrigatoriamente devemos
ter a edição de uma autorização legislativa para cada uma das situações.

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f) A parte final do artigo 37, XIX, prevê que lei complementar estabelecerá as áreas de atua-
ção das Fundações. Deve ser ressaltado que as fundações públicas podem ser tanto de direito
público quanto de direito privado. Para ambos os tipos de fundação, a regra da necessidade
de edição de uma lei complementar é aplicada.
No entanto, não podemos confundir as fundações públicas de direito privado com as fun-
dações privadas. Estas, que não fazem parte da administração pública (sendo reguladas, por
isso mesmo, pelo Direito Civil), não necessitam da edição da mencionada norma.

Já falamos sobre as autarquias e as fundações públicas. Agora, veremos as principais pecu-


liaridades das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são a parte da administração indireta
mais voltada para o direito privado, sendo chamadas, por parte da doutrina, de empresas estatais.
A primeira definição importante é que ambas as entidades (empresas públicas e sociedade
de economia mista), podem ser divididas, no que se refere à área de atuação, entre prestado-
ras de serviço público e atuantes na atividade econômica. Dessa forma, temos dois tipos de
empresas públicas e dois tipos de sociedades de economia mista.
Enquanto as empresas estatais exploradoras de atividade econômica estão regidas, no
plano constitucional, pelo art. 173, sendo sua atividade prioritariamente regida pelo direito pri-
vado, as empresas estatais prestadoras de serviço público são reguladas, no plano constitu-
cional, pelo art. 175, de forma que sua atividade é regida prioritariamente pelo direito público.
Em outras palavras, temos que todas as empresas estatais, seja ela prestadora de serviços
públicos ou exploradora de atividade econômica, possui personalidade jurídica de direito privado.
A diferença entre elas é quanto à atividade que exercem: se ela for prestadora de serviço
público, a atividade desempenhada, como não poderia deixar de ser, é regida pelo direito pú-
blico, de acordo com o artigo 175 da Constituição Federal:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

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Se ela for exploradora de atividade econômica, e como forma de evitar assim que o princí-
pio da livre concorrência seja prejudicado, tais atividades serão reguladas pelo direito privado,
conforme disposição do artigo 173 da Constituição Federal:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

EXEMPLO
Como exemplo de empresas estatais exploradoras de atividade econômica temos a Caixa Eco-
nômica Federal (empresa pública) e o Banco do Brasil (sociedade de economia mista). Como
tais entidades disputam o mercado com as demais empresas privadas, e em plena sintonia
com o princípio da livre concorrência, devem ser regidas pelo direito privado.
Como exemplo de empresas estatais prestadoras de serviços públicos temos os Correios
(empresa pública) e a Sabesp (sociedade de economia mista). Em ambas as entidades, nota-
-se que o objetivo primordial não é auferir lucros, mas sim prestar um serviço à coletividade.
Logo, nada mais natural do que tais entidades estarem regidas pelo direito público.

Ainda que a empresas públicas e as sociedades de economia mista sejam, as duas, pes-
soas jurídicas de direito privado, a doutrina identifica três importantes diferentes entre as duas
entidades:
a) a forma de constituição;
b) o modo como ocorre a formação de seu capital social;
c) a competência para o julgamento de suas ações;
Com relação à forma de constituição, as empresa públicas podem se organizar adotando
qualquer uma das formas admitidas em nosso ordenamento jurídico. Podem ainda, caso seja
necessário, serem criadas com a utilização de uma forma jurídica até então não utilizada para
as demais empresas, oportunidade em que teremos a adoção de uma forma “sui generis”, ou
seja, sem precedentes anteriores.

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Como consequência, as empresas públicas podem adotar qualquer tipo societário admi-
tido, tal como as de sociedade limitada (LTDA) ou sociedade anônima (S/A). A depender da
forma utilizada, a entidade deverá registrar seus documentos na junta comercial ou no cartório
de registro de pessoas jurídicas.
As sociedades de economia mista, por outro lado, apenas podem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima (S/A). Consequentemente, sempre serão registradas na junta
comercial, possuindo caráter mercantil e sendo regidas pelas disposições da Lei 6.404.
As empresas públicas possuem todo o seu capital formado por recursos públicos, que po-
dem ser de apenas um ente público (unipessoal) ou de mais de um ente público (pluripessoal).

EXEMPLO
Temos um exemplo de empresa pública de caráter unipessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de apenas um ente federativo (a União, por exemplo).
Temos um exemplo de empresa pública de caráter pluripessoal quando esta é constituída por
meio de recursos de mais de um ente federativo ou das respectivas entidades da administração
indireta dotadas de personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações públicas).

As sociedades de economia mista, por sua vez, são constituídas obrigatoriamente com capi-
tal formado por recursos públicos e privados (daí a existência da expressão “mista” de seus no-
mes). Ressalta-se, no entanto, que a maioria do capital social deverá, necessariamente, ser cons-
tituído de recursos públicos, garantindo ao Poder Público, desta forma, o controle da sociedade.
Com relação à competência para julgamento das ações, estabelece a Constituição Fede-
ral, em seu artigo 109, I, que as ações judiciais em que as empresas públicas federais forem
interessadas na qualidade de autoras, rés, assistentes ou opoentes (com exceção às ações de
falência, às ações que envolvam acidentes de trabalho, às ações da Justiça Eleitoral e da Jus-
tiça do Trabalho) serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Federal.
Tal regra estabelece o foro privilegiado para julgamento das ações judiciais envolvendo
empresas públicas federais.
No âmbito das sociedades de economia mista federais, tal regra não prevalece, de forma
que as ações judiciais serão processadas e julgadas por intermédio da Justiça Estadual.
Ainda assim, ressalta-se que as ações envolvendo as sociedades de economia mista po-
derão ser levadas à análise da Justiça Federal. Para tal, deve ocorrer a intervenção da União
como assistente ou opoente, conforme entendimento do STF, expresso na Súmula 517:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 517: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a
união intervém como assistente ou opoente.

Tais regras, salienta-se, estão previstas apenas para as situações em que as entidades
envolvidas sejam da esfera federal.

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Entretanto, como a criação de entidades da administração indireta pode ser feita por to-
dos os entes federativos, as ações judicias envolvendo empresas públicas ou sociedades de
economia mista estaduais ou municipais serão processadas e julgadas pela Justiça Estadual.

Entidade Foro competente

Empresa pública federal Justiça Federal

Sociedade de economia mista federal Justiça Estadual

Empresa pública estadual ou


Justiça Estadual
municipal

Sociedade de economia mista


Justiça Estadual
estadual ou municipal
Relacionam-se abaixo as diferenças encontradas entre as empresas públicas e as socieda-
des de economia mista:

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Totalidade do capital público Capital público e privado

Qualquer forma de organização


Obrigatoriamente S/A
societária

Causas de entidades federais Causas de entidades federais


julgadas na Justiça Federal julgadas na Justiça Estadual

1.2. Princípios da Administração Pública


Tanto a Administração Direta quando a Administração Indireta, no desempenho de suas
atribuições, devem respeitar determinados princípios norteadores de toda a atividade pública.
Como o próprio nome sugere, os princípios possuem a característica de “início”, “base”,
“pedra fundamental”. É por meio deles que todo o ordenamento jurídico se estrutura, gerando,
para a Administração, uma série de prerrogativas e sujeições que devem ser observadas para
garantir o bem estar da coletividade.
Durante muito tempo, o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) era de que a
força dos princípios era meramente integradora, de forma que o seu uso estaria restrito às
situações onde não fosse possível a resolução do conflito com a legislação vigente.
Com o passar dos anos, os princípios adquiriram força de norma jurídica, de forma que,
atualmente, possuem imperatividade e impõem condutas a serem seguidas pelos seus desti-
natários. Nos dias atuais, a doutrina majoritária possui o entendimento de que, os princípios,
por serem normas gerais e dotadas de altíssimo grau de abstração, possuem hierarquia supe-
rior, até mesmo, às demais normas jurídicas.

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Na visão do STF, violar um princípio, por exemplo, é muito pior do que violar uma lei, haja vis-
ta que, ao infringir um princípio, se está desobedecendo a todo o ordenamento jurídico vigente.

EXEMPLO
Podemos relacionar a força normativa dos princípios com a construção de uma torre:
Inicialmente, e como forma de evitar que um futuro desabamento ocorra, devem os responsá-
veis pela construção garantir que a base seja extremamente sólida. Caso contrário, ainda que
o restante da construção seja perfeita, correrá a obra o risco de desabar, situação que deixaria
todo o trabalho posterior seriamente comprometido.
Assim também ocorre com o nosso ordenamento jurídico: Se não tivermos uma base sólida
(os Princípios), toda a construção posterior (as Leis) pode ficar comprometida.

Duas são as informações essenciais sobre a força dos princípios:

De acordo com a Constituição Federal, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública Direta e Indireta de todos os entes federativos: a legalidade, a impessoa-
lidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)

1.2.1. Legalidade

O princípio da legalidade não é uma peculiaridade da atividade administrativa, estando


presente em todo o Estado Democrático de Direito. Tal princípio liga-se, basicamente, à ideia
de que toda e qualquer atividade da Administração Pública deve pautar-se na vontade popular.
E isso é bem simples de entender: Uma vez que se é a população quem escolhe seus repre-
sentantes através do voto, presume-se que ela, a população, é quem atua, ainda que indireta-
mente, através da manifestação de seus representantes.
E, como se sabe, toda e qualquer norma jurídica que inove o ordenamento deve ter a par-
ticipação dos representantes populares. Indiretamente, portanto, quem está editando leis e
inovando o ordenamento pátrio é a própria população.

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Nesse sentido se posiciona o autor Hely Lopes Meirelles:

As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública, e seus preceitos não podem ser des-
cumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários, uma
vez que contêm verdadeiros poderes-deveres, irrelegáveis pelos agentes públicos.

 Obs.: O conceito da Legalidade é o de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que
estiver previsto em lei.

Percebam que este conceito é o oposto do que é aplicado à iniciativa privada, ou seja,
enquanto aos particulares é permitido fazer tudo aquilo que não esteja proibido em lei, à admi-
nistração apenas é permitido fazer o que esta determinar ou autorizar.

Este conceito de legalidade, no entanto, não está restrito às leis propriamente ditas, de for-
ma que a doutrina majoritária chega a mencionar o termo “bloco de legalidade” para se referir
a todos os diplomas que devem ser observados na atividade administrativa.
Desta relação de diplomas normativos é que se origina o termo Juridicidade, conceito mais
amplo que o de legalidade. Segundo a Juridicidade, a atuação da Administração não fica restri-
ta à obediência das leis em sentido estrito, compreendendo também um “bloco de legalidade”
formado por diplomas que vão desde a Constituição Federal até os Princípios Gerais do Direito
e os Costumes.

Juridicidade Bloco de Legalidade

Constituição Federal,
Constituições Estaduais, Medidas
A Administração Pública deve
Provisórias, Princípios Gerais do
obedecer a diversos diplomas
Direito, Costumes, demais Atos
Normativos

1.2.2. Impessoalidade

O princípio da Impessoalidade pode ser entendido como aquele que determina que a atua-
ção da Administração Pública seja, a um mesmo momento, transparente, sem favorecimentos
para os agentes públicos e com o claro objetivo de alcançar a finalidade pública.

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Percebe-se, desta forma, que a Impessoalidade pode ser analisada sob três importan-
tes aspectos:

Decorre da impessoalidade, por exemplo, a previsão do artigo 37, § 1º, da Constituição


Federal, de seguinte teor:

Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Trata-se de aspecto de fácil compreensão e que está intimamente ligado com a teoria do
órgão, por meio da qual o agente público, no desempenho de suas atividades, não o faz com
base na sua vontade, mas sim tomando como referência a vontade da administração.

EXEMPLO
Durante o exercício de seu mandato, o prefeito Impessoal da Silva realizou diversas reformas,
construções e beneficiamentos em diversos pontos da cidade. Em todas as realizações, colo-
cou uma placa com a seguinte informação: “Obras realizadas pelo prefeito Impessoal da Silva”.
Está correta a atuação do prefeito?
De forma alguma! Para que o prefeito não descumpra o princípio da Impessoalidade, todas as
placas não devem fazer menção ao nome ou à imagem do prefeito, delas podendo constar, por
consequência, que as realizações foram feitas pela administração municipal.
Um exemplo de placa informativa que não ofenderia a Impessoalidade seria: “Obras realizadas
pela Prefeitura do Município X”.

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Administração Pública
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001. (FUNDATEC/AGS/IPE SAÚDE/DIREITO/2022) A máxima segundo a qual as realizações


públicas não podem ser tidas como feitos pessoais dos seus respectivos agentes, mas, sim,
da respectiva entidade administrativa, devendo a publicidade dos atos do Poder Público ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, “dela não podendo constar nomes, sím-
bolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”
(Art. 37, § 1º, da CRFB), corresponde ao princípio da:
a) Legalidade.
b) Impessoalidade.
c) Moralidade.
d) Publicidade.
e) Eficiência.

O enunciado da questão elenca um dos sentidos do princípio constitucional da impessoalida-


de. Desta forma, a publicidade dos atos do Poder Público ter caráter educativo, informativo ou
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracteri-
zem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Letra b.

002. (CEBRASPE/CESPE/TJ PA/ADMINISTRATIVA/2020) O artigo 37 da Constituição Fede-


ral de 1988 prevê que a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos
a) fomente a promoção pessoal de autoridades públicas.
b) seja distribuída por mídia impressa, rádio e televisão.
c) seja amplamente disseminada em termos territoriais e demográficos.
d) adote padrões de identidade visual estabelecidas pelo governo federal.
e) tenha caráter educativo, informativo ou de orientação social.

De acordo com o §1º do artigo 37 da Constituição Federal,

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”
Letra e.

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Administração Pública
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1.2.3. Moralidade

A primeira informação que temos que saber é que a Moral Administrativa difere em muitos
aspectos da moral comum.
Enquanto a Moralidade Administrativa está ligada à ideia de boa ou má administração e
aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente
na crença entre o bem e o mal.

Dessa forma, nota-se que a Moral Administrativa é um conceito bem mais amplo que o da
moral comum.
E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes
a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos
anulação ou revogação?
Nos dias atuais, já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que
dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento
de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), o
princípio é de caráter objetivo.
Como decorrência da moralidade, merece ser destacado o teor da Súmula Vinculante n. 13,
de seguinte teor:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante n. 13 A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessora-
mento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função grati-
ficada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designa-
ções recíprocas, viola a CF.

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Administração Pública
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1.2.4. Publicidade

O princípio da publicidade, de acordo com José dos Santos Carvalho Filho, pode ser assim
conceituado:

Indica que os atos da Administração devem merecer a mais ampla divulgação possível entre os
administrados, e isso porque constitui fundamento do princípio propiciar-lhes a possibilidade de
controlar a legitimidade da conduta dos agentes administrativos. Só com a transparência dessa
conduta é que poderão os indivíduos aquilatar a legalidade ou não dos atos e o grau de eficiência
de que se revestem.

Do conceito apresentado, percebe-se que dois são os sentidos em que a publicidade pode
ser compreendida:

a) Como a necessidade de que todos os atos administrativos sejam publicados para que
possam produzir seus efeitos: Nesse sentido, importante destacar que a publicidade está re-
lacionada como a eficácia do ato administrativo, ou seja, os atos administrativos só podem
produzir efeitos perante terceiros depois de serem devidamente publicados no meio oficial.
b) Como a necessidade de transparência, por parte da Administração Pública, no exer-
cício de suas funções: Aqui estamos falando de um assunto muito abordado pela mídia nos
últimos anos: a transparência no acesso à informação, por parte dos usuários, de dados pro-
duzidos pelos órgãos e entidades da Administração Pública.
Decorre da publicidade, por exemplo, a previsão (art. 39, §6º) de que “os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos”.

1.2.5. Eficiência

Basicamente, a eficiência pode ser entendida como “fazer mais com menos”. É, de acordo
com esta análise, a obrigatoriedade dos agentes públicos pautarem suas atuações de acordo
com padrões de economicidade.

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Administração Pública
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No entanto, importante salientar que o Poder Público, ao contrário do que acontece com a
iniciativa privada, nem sempre deve pautar suas escolhas tomando como base os gastos pú-
blicos realizados. Como é sabido, a finalidade primordial da Administração Pública é garantir
o bem estar da coletividade.
Logo, diante de duas situações apresentadas, e considerando que uma delas revela-se
mais econômica e a outra atende de melhor forma aos interesses coletivos, deve o Poder Pú-
blico optar pela segunda alternativa.

EXEMPLO
Caso seja realizado o procedimento licitatório para a prestação de serviço público à população,
será declarado vencedor, via de regra, o licitante que apresentar a proposta de melhor valor.
Nestas situações, a administração está agindo com economicidade e eficiência, evitando des-
perdícios de recursos públicos.
No entanto, em determinadas situações, a Lei n. 8.666 (que é a norma das licitações) esta-
belece margem de preferência para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais
resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país. Nestas situações,
o que está sendo levado em consideração é o interesse coletivo, uma vez que toda a população
resulta beneficiada com o desenvolvimento, por exemplo, de serviços que inovem a tecnologia
do país.

Para entendermos a lógica da eficiência, precisamos compreender que a década de 90 era


altamente pautada por uma Administração Burocrática, onde a maioria dos controles era feita
sobre as atividades meio e as atividades prestadas pelo Estado, por consequência, acabavam
sendo morosas e pouco dotadas de efetividade.
Com a Reforma Administrativa, tivemos grandes avanços em relação à Administração Pú-
blica: os controles passaram a ser nas atividades finalísticas da Administração e foram in-
corporadas ao Serviço Público diversas práticas gerencias de entidades da iniciativa privada.
Assim, se antes o controle era pautado apenas pela legalidade (Administração Burocráti-
ca), agora o controle é feito, também, pela eficiência (Administração Gerencial), o que possibi-
lita uma maior satisfação, por parte dos usuários, na prestação de serviços públicos.
Decorrem, preponderantemente, do princípio da eficiência, as previsões constitucionais
que autorizam a participação dos servidores e dos usuários em determinadas atividades e
setores da Administração Pública:

Art. 37, § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta
e indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
dos serviços;

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Administração Pública
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II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, obser-
vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da adminis-
tração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Em ambas as situações elencadas, estamos diante de práticas decorrentes da administra-


ção gerencial, que é, atualmente, a predominante nos órgãos e entidades públicas.
Importante destacar que, após a Emenda Constitucional n. 109/2021, passamos a contar
com uma importante obrigação para a Administração Pública.

Art. 37, §16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem
realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos
resultados alcançados, na forma da lei.

Sendo assim, a avaliação das políticas públicas, a ser realizada pelos órgãos e entidades
da Administração Pública, individual ou conjuntamente, decorre diretamente do princípio da
eficiência.

003. (FURB/ADM/PREF BLUMENAU/2022) Em um Estado de Direito, toda e qualquer atua-


ção, seja do poder público seja do particular, deve pautar-se na lei; enquanto o poder público
só pode fazer o que a lei autoriza, o particular só não pode fazer o que a lei proíbe. O período
anterior faz alusão a um dos:
a) Requisitos da administração pública.
b) Princípios da administração pública.
c) Objetivos da administração pública.
d) Elementos do ato administrativo.
e) Atributos da administração pública.

De acordo com o princípio da legalidade, o Poder Público apenas pode fazer aquilo que a lei
autoriza ou determina, ao passo que o particular, em sentido oposto, poderá fazer tudo aquilo
que a lei não proibir.
Sendo assim, o enunciado da questão faz alusão a um dos princípios da Administração Públi-
ca, mais precisamente do princípio da legalidade.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra b.

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1.3. Admissão no Serviço Público


Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, I a V, as regras relacionadas com a
forma de admissão de pessoal no âmbito do serviço público.

Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento;

Dos incisos acima expostos, conseguimos perceber que os brasileiros natos ou natura-
lizados podem ocupar qualquer cargo público, desde que para tal obedeçam aos requisitos
estipulados em lei para o respectivo exercício.
Com relação aos estrangeiros, temos como regra a impossibilidade de tais pessoas ocu-
parem cargos, empregos ou funções públicas.
No entanto, e com o objetivo de incentivar o desenvolvimento nacional em setores estraté-
gicos (tais como a pesquisa e a educação), a Constituição assegurou a possibilidade dos es-
trangeiros terem acesso às funções estatais. Para tal, basta que o ente federativo interessado
edite uma lei disciplinando a forma como se dará o exercício.

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Administração Pública
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Quando à investidura, temos a previsão constitucional da realização de concurso público


como critério de seleção. Dessa forma, o concurso público pode ser entendido como o proce-
dimento administrativo instaurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os candi-
datos mais aptos para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações pautadas
em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de pessoas conhecidas em
troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a realização de concurso público está
pautada na observância dos princípios da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da
legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que deverá
ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Neste ponto, merece des-
taque o fato da publicidade oficial do edital de concurso público ser condição imprescindível
para a produção de efeitos perante terceiros.
Da mesma forma, o concurso público deve sempre ser pautado em critérios objetivos de
escolha, ainda que algumas fases do certame, eventualmente, sejam constituídas por exame
de títulos ou por experiência profissional comprovada.
Consequentemente, pode-se afirmar que jamais poderemos ter um concurso público re-
alizado apenas com a fase da análise de títulos, uma vez que tal procedimento colocaria em
risco a objetividade e a lisura da seleção.
O prazo de validade de um concurso público será de, no máximo, 2 anos, de forma que a
administração pode, perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior
ao constitucionalmente previsto.
Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de uma faculdade para a adminis-
tração que o realizou. Caso, no entanto, queira prorrogar, deverá ser observado o mesmo prazo
inicialmente previsto para a validade do certame.
Neste mesmo sentido, durante o prazo inicialmente previsto para a validade do concurso,
ainda que a administração possa realizar nova seleção, os candidatos aprovados no primeiro
processo deverão ser chamados com prioridade sobre novos aprovados.

EXEMPLO
Uma autarquia realiza concurso público para provimento de cargos vagos, estabelecendo, em
seu edital, prazo de validade de 2 anos e possibilidade de prorrogação por mais 2 anos.
Tendo realizado o concurso, e estando dentro do prazo de validade de 2 anos, poderá a admi-
nistração, em tese, realizar uma nova seleção, oportunidade em que uma nova lista de aprova-
dos será gerada.
Não pode a administração, nesta situação, chamar os aprovados na segunda seleção sem que
tenha esgotado a lista do primeiro concurso realizado.

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004. (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE PE/CALCULISTA/2019) À luz da Constituição Federal de


1988, julgue o item a seguir.
Os aprovados em concurso público ainda em prazo improrrogável de convocação terão priori-
dade de convocação sobre os aprovados em concurso público posterior para o mesmo cargo
ou para emprego na mesma carreira.

Durante o prazo de validade do concurso, nada impede que a Administração Pública realize um
novo certame com o objetivo de formar cadastro de reserva de pessoal. No entanto, durante
o prazo improrrogável de validade do concurso, os aprovados na primeira seleção deverão ser
chamados com prioridade sobre os demais aprovados.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Certo.

A exceção à regra da obrigatoriedade de realização de concurso público são os cargos em


comissão declarados em lei como de livre nomeação e exoneração.
Para estes cargos, poderá a autoridade competente livremente nomear e exonerar os res-
pectivos servidores, não havendo necessidade, inclusive, de motivação dos atos respectivos.

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Administração Pública
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Importante mencionar que as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servi-


dores ocupantes de cargos efetivos, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por ser-
vidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

005. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) O prefeito do Município Beta, sensível com a situação de
Joana, pessoa extremamente competente e confiável, com elevado poder de liderança e que
se encontrava desempregada, decidiu aproveitá-la em sua gestão.
Para tanto, solicitou que sua assessoria lhe indicasse como isso poderia ser feito, sendo-lhe
respondido, corretamente, que Joana poderia ser nomeada:
a) para cargo de provimento efetivo, cargo em comissão ou função de confiança;
b) apenas para cargo em comissão ou função de confiança;
c) tão somente após a aprovação em concurso público;
d) apenas para uma função de confiança;
e) apenas para cargo em comissão.

No caso apresentado, Joana apenas poderá ser nomeada para o exercício de cargo em comis-
são. Para os cargos efetivos, há a necessidade de prévia aprovação em concurso público. Já
as funções de confiança, por sua vez, apenas podem ser exercidas por servidores ocupantes
de cargo efetivo.

Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condi-
ções e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento;
Letra e.

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006. (CEBRASPE/CESPE/ASSJ/TJ AM/”SEM ÁREA”/2019) No que concerne aos servido-


res públicos, julgue o item subsecutivo.
Funções de confiança e cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento.

Tanto as funções de confiança quanto os cargos em comissão são destinados, nos termos
da Constituição Federal, às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de dire-
ção, chefia e assessoramento;
Certo.

Como forma de observar o princípio da impessoalidade, a Constituição determina que


a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência, definindo os critérios de sua admissão.
Compete à lei estabelecer, também, os casos de contratação por tempo determinado
para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público. Nesta situação,
os agentes não ocuparão um cargo ou um emprego público, mas sim uma função pública.
Importante frisar que os agentes temporários não são regidos por um estatuto (tal como
ocorre com os servidores públicos) ou pelas normas da CLT (tal como ocorre com os empre-
gados públicos), mas sim por uma lei específica, própria de cada ente federativo.
O fato de não estarem regidos pela CLT é fundamental para determinar qual a justiça
competente para o julgamento dos seus litígios. Neste sentido, o STJ já e manifestou que
não compete a Justiça do Trabalho processar e julgas as causas relativas aos agentes
temporários, mas sim à Justiça Comum, conforme se observa do teor do Agravo Regimen-
tal 134888:

JURISPRUDÊNCIA
1. Cabe à Justiça Comum processar e julgar as causas entre a administração e seus
contratados temporários, admitidos com fundamento no art. 37, IX, da Constituição
Federal. Precedentes do STJ e do STF. Devido à característica da temporariedade, não
há necessidade de realização de concurso público para a admissão dos temporários,
bastando a utilização de processo seletivo simplificado.

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007. (CEBRASPE/CESPE/DPF/PF/2021) Foi realizado concurso para o preenchimento de va-


gas para determinado cargo público, de natureza civil, da administração direta federal.
Após a divulgação dos resultados, os aprovados foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe a Lei n. 8.112/1990, julgue o item
subsecutivo.
O concurso público seria desnecessário se a investidura se destinasse a emprego público na
administração indireta federal.

De acordo com a Constituição Federal, a investidura tanto em cargo quanto em emprego pú-
blico depende de prévia aprovação em concurso público. Logo, é incorreto afirmar que o con-
curso público é desnecessário no caso de emprego público da administração indireta federal.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego,
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração;
Errado.

1.4. Direito de Greve e de Associação Sindical


Com relação ao direito de associação sindical, estabelece a Constituição Federal, em
seu artigo 37, VI, que todos os servidores públicos civis possuem o direito de se associar a
sindicato:

Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Salienta-se que o mencionado inciso não é extensível a todos os agentes públicos, mas
sim apenas aos servidores públicos civis. Em sentido oposto, os militares não possuem o di-
reito à livre associação sindical, conforme previsão do artigo 142, IV, da Constituição Federal:

Art. 142, IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;

Importante questão refere-se à possibilidade de greve por parte dos servidores públicos.
De início, estabelece a Constituição, em seu artigo 37, VII, que “o direito de greve será exercido
nos termos e nos limites definidos em lei específica”.

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Como se observa, trata-se de uma norma de eficácia limitada, carecendo de regulamenta-


ção legal para que possa entrar em vigor. E como tal lei, até o momento, ainda não foi editada,
questionava-se se o direito à greve, por parte dos servidores públicos, poderia ser exercido.
Quando a questão chegou à análise do STF, determinou o tribunal em questão, em decisão
histórica, que o direito à greve dos servidores públicos civis não poderia ser obstado, deven-
do ser aplicado a tais agentes, até a edição da lei regulamentadora, as normas relativas à Lei
Geral da Greve (Lei n. 7.783).
Merece destaque, com relação à possibilidade de greve, passagem extraída do voto do Mi-
nistro Celso de Mello, no julgamento do MI 708, que exemplifica com maestria o entendimento
da Suprema Corte:

JURISPRUDÊNCIA
Não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado
de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omis-
são, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis - a quem se vem negando,
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo
alto significado de que se reveste a Constituição da República.

Dessa forma, os servidores públicos civis podem perfeitamente fazer uso do direito de
greve a eles assegurados, com a ressalva de que certos serviços, devido à sua essencialidade
para a coletividade, não podem ser objeto de paralisação coletiva, devendo, nestas situações,
ser mantido um contingente de servidores para evitar danos à população.
Nem todos os agentes públicos poderão fazer uso da greve. Estabelece a Constituição
Federal (artigos 142, § 3º, IV e artigo 42, §1º) que os militares das Forças Armadas (Marina,
Exército e Aeronáutica) e dos respectivos Estados, Distrito Federal e Territórios não poderão
utilizar tal direito. Por aplicação analógica, o STF possui entendimento de que os policiais civis
também estão impedidos de fazer greve.

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1.5. Remuneração dos Agentes Públicos


Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.19, ocorrida em 1998, o sistema remu-
neratório da administração pública passou a contar com três formas distintas de categorias
jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
Constitui o subsídio a forma mais transparente de remunerar os servidores públicos, uma
vez que evita as chamadas gratificações imprecisas ou pouco detalhadas. Por meio do subsí-
dio, temos um valor único fixado em lei, de forma que o valor final a ser recebido pelo servidor
já é conhecido de antemão, sem a possibilidade de recebimento gratificações ou adicionais
que se incorporem ao vencimento.
De acordo com a constituição federal, todas as classes de servidores podem receber por
meio de subsídio, desde que alterem a lei que regula a respectiva carreira funcional.
Para algumas categorias, no entanto, temos a determinação constitucional do recebimento por
meio de subsídio, sem a hipótese de alteração, ainda que por intermédio de norma legal, sendo elas:
• Agentes Políticos (Chefes do Executivo, Parlamentares, Magistrados, Ministros, Secretários);
• Membros da Advocacia Geral da União;
• Defensores Públicos;
• Procurador Geral da Fazenda Pública;
• Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal;
• Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar;
• Corpo de Bombeiros Militar;

Neste sentido, merecem destaque a previsão do artigo 39, §4º, da Constituição:

Art. 39, § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.

008. (FCC/TJ TRF4/TRF 4/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2019) Ronaldo é Mi-


nistro de Estado e Paulo é Secretário Municipal. No que concerne à remuneração de ambos os
servidores públicos e obedecido o disposto na Constituição Federal, Ronaldo
a) será remunerado exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de adicional, prêmio e verba de representação, enquanto Paulo será remunerado por subsídio
fixado em parcela única, sendo possível o acréscimo de adicional e prêmio, vedada verba de
representação.

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b) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível o
acréscimo de adicional e prêmio, vedada verba de representação.
c) e Paulo serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, veda-
do o acréscimo, dentre outras vantagens, de adicional, prêmio e verba de representação.
d) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível, den-
tre outras vantagens, o acréscimo de adicional, prêmio e verba de representação.
e) e Paulo serão remunerados por subsídio fixado em parcela única, sendo possível o
acréscimo de adicional e verba de representação e vedado prêmio.

Estabelece a Constituição Federal que os Ministros de Estado, bem como os Secretários


Estaduais e Municipais, serão remunerados por meio de subsídio. Tal forma de remunera-
ção de pessoal é feita em parcela única, sendo vedado o acréscimo, dentre outras vanta-
gens, de adicional, prêmio e verba de representação.

Art. 39, §4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
art. 37, X e XI.

Na situação narrada pela questão, tanto Ronaldo, que é Ministro de Estado, quanto Paulo,
que é Secretário Municipal, serão remunerados por meio de subsídio.
Letra c.

Também chamada de remuneração em sentido estrito, o vencimento é a recebida pe-


los servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde
ao padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias pre-
vistas em lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.
Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez
que estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se
submetidos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo
jus a todas as regras e direitos a eles garantidos.

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Em nosso ordenamento, o diploma que estabelece as regras pertinentes aos empregados


públicos, bem como aos empregados em geral, é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Importante mencionar que remuneração e o subsídio dos servidores públicos somente


poderão ser fixados ou alterados por lei específica, que deverá observar a iniciativa privati-
va, em cada caso, e assegurar a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
de índices.
Em plena sintonia com o princípio da impessoalidade, a Constituição determina que “os
vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo”.
Dada a importância dos vencimentos e dos subsídios, a Constituição Federal determina
que tais valores serão, com exceção das hipóteses expressamente previstas, irredutíveis.

É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de


função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

No âmbito da remuneração que pode ser paga aos servidores públicos, precisamos conhe-
cer o dispositivo constitucional que estabelece o teto a ser observado por todos os servidores
dos três Poderes. Assim, nos termos da Constituição Federal (artigo 37, XI), temos a seguinte
regra geral:

Art. 37, XI, A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-
mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-

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mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.

Salienta-se que não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata
o mencionado artigo constitucional, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
Para os fins do limite previsto na constituição federal, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or-
gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal
dos ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando a regra aos subsídios dos Depu-
tados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Vamos entender melhor como funciona a questão do teto e dos subtetos:
1) Existe um teto geral que deve ser observado por todos os membros e servidores de
todos os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Tal teto tem como
parâmetro o subsídio dos membros do Supremo Tribunal Federal.
2) Além do teto geral, existem subtetos a serem observados pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, sendo eles:
a) Nos Municípios, o subteto do funcionalismo será o subsídio dos Prefeitos.
b) Nos Estados e no Distrito Federal, teremos subtetos em cada um dos Poderes:
b1) no Executivo, o limite será o subsídio do Governador;
b2) no Legislativo, o limite será o subsídio dos Deputados Estaduais ou Distritais;
b3) no Judiciário, teremos como limite remuneratório o subsídio dos Desembargadores
dos Tribunais de Justiça;
3) Os Estados e o Distrito Federal possuem a faculdade de fixar como teto um limite único,
que será o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça;
4) Apenas estão excluídas do teto as parcelas de caráter indenizatório, e ainda assim des-
de que estejam previstas em lei;
5) Tais limites compreendem todas as verbas remuneratórias, independente da denomina-
ção ou características a elas concernentes.
Em outras palavras, de nada adianta determinada administração pública remunerar seus
servidores com uma parcela denominada “indenização pelos serviços prestados” quando esta
parcela for constituída de caráter remuneratório.

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Importante destacar, contudo, que, no julgamento do RE 612.975, o STF proferiu impor-


tante entendimento acerca do teto remuneratório dos servidores públicos. De acordo com o
tribunal, nas hipóteses em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto
remuneratório deve ser verificado em relação a cada um dos cargos, e não ao somatório de
ambas as verbas recebidas.

JURISPRUDÊNCIA
TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas
em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é con-
siderado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.

Assim, por exemplo, se estivermos diante de um Magistrado que também exerce as ati-
vidades de professor, o valor de cada uma das verbas recebidas será considerado de forma
isolada para fins de atingimento ou não do limite constitucional. Em outros termos, é possível
afirmar que não são mais somadas as verbas recebidas para fins de verificação do teto re-
muneratório.

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Questão interessante refere-se aos empregados das empresas públicas e das sociedades
de economia mista.
Como tais entidades, ainda que integrantes da administração indireta, são regidas, pre-
dominantemente, pelo Direito Privado, devem elas enfrentar a concorrência no âmbito de seu
campo de atuação.
Com isso, vigora a regra, em nosso ordenamento, de que os empregados públicos (tal
como os empregados da iniciativa privada) não se submetem à regra da obrigatoriedade de
observar o limite remuneratório constitucionalmente previsto.
Entretanto, caso as mencionadas entidades recebam subvenções do Poder Público para
custear suas atividades ou para auxiliar no pagamento de pessoal, a observância do teto cons-
titucional deverá ser mantida.

009. (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE PE/CALCULISTA/2019) Com base nas disposições


constitucionais relativas a cargos, empregos e funções públicas e nas disposições do Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, julgue o item seguinte.
Os empregados de sociedade de economia mista que receba recursos da União, de estado, do
Distrito Federal ou de município para o pagamento de pessoal ou para custeio em geral subme-
tem-se ao teto remuneratório previsto na Constituição Federal de 1988.

Caso a sociedade de economia mista receba recursos públicos para o pagamento de pessoal
ou para o custeio de despesas em geral, os respectivos empregados deverão, assim como
ocorre com os servidores públicos, submeter-se às regras do teto remuneratório constitucio-
nalmente previsto.
Certo.

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O STF possui entendimento sumulado de que o Poder Judiciário, por não exercer tipica-
mente a função legislativa, não pode aumentar vencimentos de servidores públicos, ainda que
sob o fundamento da isonomia.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.

Ainda com relação à remuneração dos agentes públicos, duas previsões da Constituição
Federal merecem ser destacadas:
a) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
b) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

1.6. Acumulação de Cargos, Empregos e Funções Públicas


Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públi-
cas, vedação esta que se abrange, de acordo com a previsão constitucional, as autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e socieda-
des controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
Devem observar a regra da vedação à acumulação de cargos, empregos ou funções pú-
blicas todos os órgãos e entidades da Administração Pública de todos os entes federativos.
Em caráter de exceção, a Constituição Federal apresenta as situações em que a acumula-
ção será lícita. Para tal, deverá ser observada, em todos os casos, a compatibilidade de horários.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

Além das hipóteses elencadas pelo mencionado artigo, a Constituição Federal apresenta,
ainda, três outras situações em que a acumulação é considerada lícita, sendo elas:
• Cargo de juiz com outro de magistério;
• Cargo de membro do Ministério Público com outro de magistério;
• Cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servidor eleito;

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Em todas as situações, conforme já afirmado, deve ser observada a regra da compatibili-


dade de horários para que a acumulação seja considerada lícita. Logo, é correto afirmar que a
acumulação de cargos, empregos ou funções públicas apenas será possível quando as jorna-
das forem passíveis de exercício em horários distintos.
As hipóteses que configuram exceção à regra da impossibilidade de acumulação de cargos,
empregos ou funções públicas podem ser mais bem visualizadas por meio do gráfico a seguir:

Importante destacar que, com a edição da Emenda Constitucional n. 102/2019, o §3º do


artigo 42 da Constituição Federal passou a constar com a seguinte redação:

Art. 42, § 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no
art. 37, inciso XVI, com prevalência da atividade militar.

Com isso, abriu-se a possibilidade dos militares do Distrito Federal, dos Estados e, caso
sejam instituídos, dos Territórios, acumularem cargos públicos.

DICA
Para fins de prova, devemos memorizar que, atualmente, o mi-
litar do Distrito Federal e dos Estados poderá acumular:
a) um cargo de professor com outro militar;
b) um cargo militar com outro técnico ou científico;
c) um cargo militar com outro da saúde com profissão regu-
lamentada;

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Como regra geral, é vedada a percepção simultânea, por parte do servidor público, de pro-
ventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou função pública. No entan-
to, o texto da Constituição Federal apresenta, em caráter de exceção, três situações em que
poderemos ter o recebimento de valores decorrentes de aposentadoria com a remuneração
pelo exercício da função pública, sendo elas:
a) os cargos acumuláveis;
b) os cargos eletivos;
c) os cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

010. (CEBRASPE/CESPE/SUP C QUAL/IBGE/2021) Sérgio é servidor técnico-administrativo


de uma universidade federal em estágio probatório e passou no concurso para supervisor de
coleta e qualidade do IBGE. Assinale a opção correta acerca dessa situação hipotética.
a) Sérgio só poderá acumular os dois cargos se houver compatibilidade de horários.
b) Mesmo que haja compatibilidade de horários entre os dois cargos, Sérgio não poderá
acumulá-los.
c) Sérgio só poderia acumular os dois cargos se o cargo de supervisor de coleta e qualidade
fosse comissionado.
d) Se Sérgio solicitar licença do cargo na universidade para tratar de interesses particulares,
poderá exercer o cargo de supervisor de coleta e qualidade enquanto durar a licença.
e) Como o cargo de supervisor de coleta e qualidade é por tempo determinado, Sérgio poderá
acumular os dois cargos públicos.

Na situação apresentada, não estamos diante de cargos públicos em que há a possibilidade


de acumulação. As possibilidades de acumulação, que são exceções em nosso ordenamento
jurídico, constam no texto da Constituição Federal, com a seguinte redação:

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra b.

011. (FCC/TGP/SPPREV/2019) Segundo o que estabelece a Constituição Federal, é vedada


a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto nos casos que especifica, dentre os
quais o de
a) um cargo de professor com outro técnico, independentemente de haver compatibilidade
de horários.

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b) dois cargos de professor com outro de confiança, independentemente de haver compatibi-


lidade de horários.
c) cargos de professor, independentemente da quantidade, desde que haja compatibilidade
de horários.
d) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamenta-
das, quando houver compatibilidade de horários.
e) um cargo de professor com outro científico, independentemente de haver compatibilidade
de horários.

As exceções à regra da vedação à acumulação de cargos, empregos e funções públicas estão


expressas no artigo 37, XVI, da Constituição Federal. Importante destacar que a acumulação,
mesmo nas hipóteses autorizadas, apenas será possível se houver compatibilidade de horários.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamen-
tadas;
Letra d.

1.7. Licitações Públicas


O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promulgação da
Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra mais bem detalhada
para as compras e demais aquisições que envolvessem recursos públicos, possibilitando, as-
sim, que houvesse um maior controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais
de Contas.
Tal previsão pode ser visualizada por meio da leitura do artigo 37, XXI, da Constituição Fe-
deral, de seguinte redação:

Art. 37, XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condi-
ções a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas
as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de licitação, ou seja,


toda a administração pública de todas as esferas de governo, ressalvadas algumas poucas
exceções, estão obrigadas a licitar.

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E para normatizar e detalhar a regra constitucional é que foi promulgada a Lei n. 8.666/1993
e, posteriormente, a Lei n. 14.133/2021, que estabelecem como regra a realização do procedi-
mento, e como exceções as possibilidades de termos uma licitação dispensável, dispensada
ou inexigível.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir bens ou servi-
ços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar diretamente com os particula-
res. Para tal, as situações devem estar previamente estabelecidas em lei.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar a situação onde uma determinada Prefeitura precisa adquirir
pão e demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as crianças de uma escola
pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que proceder a
uma nova licitação. Ainda, temos que considerar que tais gêneros são perecíveis, o que pode-
ria resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em um curto espaço de tempo, em
alimentos fora das condições necessárias para a alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666 confere à administração a possibili-
dade de dispensar o procedimento, contratando diretamente com a empresa que achar mais
conveniente.

A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabilidade de compe-
tição, de forma que a realização de licitação encontra-se seriamente prejudicada. Em tais situa-
ções, a única alternativa cabível para o Poder Público é a contratação direta com os particulares.

EXEMPLO
Seria o caso da administração pública necessitar de uma máquina que só seja fabricada por
uma determinada empresa. Neste caso, não há a menor possibilidade de ocorrer a licitação,
uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para ofertar à administração.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados, sempre, os princí-
pios que norteiam toda a atividade administrativa.

Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos específicos


e normalmente relacionados com repartições públicas. Nestas situações, previstas no artigo
17 da Lei n. 8.666, a administração, assim como ocorre nas hipóteses de licitação inexigível,
está impedida de realizar o procedimento.

EXEMPLO
Como exemplo, podemos citar a situação onde um determinado órgão público resolve vender
um imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamento (podemos entender dação
em pagamento como uma forma de pagamento que substitui a anteriormente contratada).

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Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma dívida an-
teriormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por alienar tal imóvel, não
poderá realizar tal procedimento através de licitação.

1.8. A Administração Tributária


No âmbito da Administração Pública, a intitulada “administração tributária” exerce um pa-
pel de extrema importância para cada um dos entes federativos.
E isso acontece na medida em que é por meio da administração tributária que a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios conseguem instituir tributos e arrecadar recursos
para a realização das políticas públicas constitucionalmente e legalmente previstas.
No âmbito constitucional, duas são as previsões que devem ser memorizadas pelos can-
didatos, sendo elas:
a) a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de com-
petência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
b) as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de for-
ma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
forma da lei ou convênio.

1.9. Improbidade Administrativa


Para compreendermos as disposições relacionadas com a improbidade administrativa,
devemos, em um primeiro momento, entender a origem da prática dos atos de improbidade.
Assim, devemos fazer menção ao princípio da moralidade, que, em sentido amplo, compor-
ta os subprincípios da probidade, decoro e boa-fé.

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Como é sabido, a moralidade é um princípio constitucionalmente estabelecido, de forma a


ser observado pelos órgãos e entidades de todos os entes federativos, independente de estar-
mos no âmbito do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. Assim, não respeitar a moralida-
de ou qualquer um de seus subprincípios acarreta a anulação do ato administrativo praticado.

Neste sentido, para conferir maior segurança ao respeito do subprincípio da probidade, é


que a Constituição Federal estabelece a seguinte previsão:

Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Tal artigo, no entanto, trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, carecendo,


quando da promulgação da Constituição Federal, de regulamentação para a produção de efei-
tos jurídicos.
Dessa forma, foi com a edição, em 1992, da Lei n. 8.429, conhecida como lei da improbida-
de administrativa, que o legislador infraconstitucional estabeleceu as regras e procedimentos
a serem observados quando da prática de atos de improbidade.
Importante salientar que a Lei n. 8.429 é uma lei nacional, sendo, por isso mesmo, de ob-
servância obrigatória por parte da administração direta e indireta de todos os entes federati-
vos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

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1.10. Responsabilidade Civil do Estado


Em linhas gerais, a responsabilidade da Administração Pública trata-se da possibilidade do
particular, se sentido lesado com alguma ação ou omissão estatal, exigir a reparação por meio
do pagamento de determinados valores em razão do eventual dano causado.
Neste sentido, estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 37, §6º, a regra geral a ser
observada com relação à responsabilidade civil do Estado.

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

De início, temos que analisar que as pessoas que estão obrigadas a responder pelos danos
causados a particulares podem ser divididas em dois grupos:
a) pessoas jurídicas de direito público: toda a administração direta, as autarquias e fundações
públicas e as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos.
b) pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos: são as delegatá-
rias de serviço público (concessionárias, permissionárias e autorizatárias).
Enquanto as empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de ativida-
de econômica, ainda que integrantes da administração pública indireta, não respondem com base
na teoria do risco administrativo perante terceiros, as concessionárias, permissionárias e autori-
zatárias, mesmo que não integrem a administração pública, respondem com base em tal teoria.
Logo, nas situações em que ocorrer danos aos particulares decorrentes de ação do Poder
Público, a teoria a ser aplicada será a do risco administrativo.
A teoria do risco administrativo é considerada uma teoria objetiva, pois não leva em conta
quem foi o agente que praticou o dano, mas sim se o mesmo foi cometido pela administração
pública no âmbito do direito público.
Neste sentido, a doutrina aponta que o termo agente públicos deve ser entendido em seu sen-
tido lato, amplo, abrangendo não apenas aqueles formalmente investidos de cargos públicos, mas
sim todos que, mesmo transitoriamente ou sem remuneração, desempenhem funções públicas.
No entanto, é fator imprescindível para restar configurada a responsabilidade estatal que
o agente público, ao praticar o dano, assim o faça devido a sua condição de agente, ainda que
extrapole suas atribuições.

EXEMPLO
Vamos imaginar um policial que, ao sair da repartição e ainda estando com o uniforme de tra-
balho, verifica um assalto sendo praticado e não pensa duas vezes antes de atirar com o obje-
tivo de acertar o assaltante.
Nesta situação, suponhamos que a bala tenha acertado um pedestre que ali passeava, e que,
devido ao tiro, teve sérios ferimentos.

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Não há dúvidas, no caso narrado, de que a atuação do policial se deu em razão da sua condição
de agente público, não é mesmo?
Assim, ainda que não mais estivesse no horário de trabalho, deverá o Estado indenizar o parti-
cular lesado dos danos a ele causados.
Situação diferente ocorreria, por exemplo, se o policial, estando em seu dia de folga, utilizasse
a arma da repartição para acertar algum inimigo pessoal seu.
Vejam que, ainda que a arma utilizada seja a da repartição e que a pessoa que tenha atirado
seja um policial, o mesmo não se encontra na condição de agente público, mas sim movido por
motivos de ordem pessoal, alheios as suas atribuições funcionais.

Ainda com base na análise do mencionado artigo, temos a previsão, na parte final do dispositivo,
de que será “assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Desta maneira, a administração possui assegurado para si o direito de impetrar uma ação
regressiva contra o servidor público que causar dano a algum particular, mas isso somente
será possível no caso de dolo (intenção do agente) ou culpa.

EXEMPLO
Inicialmente, o agente público, agindo em nome do Estado, pratica uma ação (independente-
mente de ser ou não com dolo ou culpa) que resulta em dano ao particular.
Comprovado o dano, o Estado deve indenizar o particular pelos prejuízos causados, conforme
ação de indenização proposta por este.
Tendo indenizado o particular, o Poder Público pode, nos casos em que tiver ocorrido dolo ou
culpa do agente público, ajuizar a competente ação regressiva.

Logo, temos que enquanto a ação de indenização proposta pelo particular lesado possui na-
tureza objetiva (uma vez que independe de dolo ou culpa do agente público para a sua configu-
ração), a ação regressiva possui natureza subjetiva (de forma que apenas poderá ser proposta
caso o Estado comprove que o seu agente praticou a ação com dolo (intenção) ou culpa).

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012. (FGV/INV POL/PC RJ/2022) João, motorista do Município Alfa, durante o horário de
expediente, utilizando o veículo da repartição e no pleno exercício de suas funções, atropelou
uma pessoa, causando-lhe lesões.
O procurador do Município, ao tomar conhecimento dos fatos, disse, corretamente, que:
a) o Município Alfa, observados os demais requisitos, poderia responder pelo dano, ainda que
não provada a culpa de João;
b) tanto o Município Alfa como João são responsáveis, desde que provada a culpa deste último;
c) apenas João poderia ser responsabilizado, ainda que não provada a sua culpa;
d) o Município Alfa responderia pelo dano, desde que provado o dolo de João;
e) apenas João poderia ser responsabilizado, desde que provada a sua culpa.

O §6º do artigo 37 estabelece que

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Na situação apresentada, compete ao Município Alfa responder pelo dano, momento em que
não serão levados em conta o dolo ou a culpa do servidor João. Posteriormente, caso algum
destes elementos sejam identificados (dolo ou culpa) poderá o Poder Público ajuizar uma ação
regressiva contra o agente estatal.
Letra a.

1.11. Contrato de Gestão


O contrato de gestão, também conhecido como acordo-programa, pode ser conceituado
como o vínculo estabelecido entre a administração direta com outros órgãos da administra-
ção, com entidades da administração indireta ou ainda com as organizações sociais, entida-
des do terceiro setor.
Nota-se, dessa forma, que a administração direta sempre será um dos polos da relação
contratual firmada. Salienta-se, no entanto, que parte da doutrina critica a possibilidade de ce-
lebração de contrato entre a administração direta e seus próprios órgãos.
Isso porque o contrato possui como característica os interesses antagônicos, ou seja, cada
uma das partes possui objetivos distintos com a celebração contratual.

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EXEMPLO
Quando a administração celebra um contrato administrativo com um particular com o propósi-
to de este prestar serviços ao Poder Público, temos interesses distintos:
Para a administração, o objetivo é o recebimento dos serviços contratados sem a necessidade
de utilização de seu quadro funcional. Para o particular, o objetivo é auferir lucro com a presta-
ção da atividade.

Da mesma forma, temos que os órgãos que compões a administração direta não possuem
personalidade jurídica, de forma que, em última análise, a celebração do contrato de gestão
entre a administração direta e alguns de seus órgãos é a instrumentalização de um vínculo em
que a administração direta encontra-se dos dois lados.
Por isso mesmo, o mais correto seria a menção ao termo “convênio”, que possui como
característica a busca de interesses comuns entre os participantes. Ainda assim, o termo con-
trato será utilizado, uma vez que é o adotado pelas bancas organizadoras.

Importante frisar que os efeitos da celebração do contrato de gestão são opostos a de-
pender de estarmos diante de um vínculo celebrado com órgãos e entidades públicas ou com
organizações sociais.
Quanto o contrato de gestão é celebrado com órgãos da administração direta ou com enti-
dades da administração indireta, temos um aumento da autonomia, de forma que tais órgãos
ou entidades passam a contar com uma maior liberdade para desempenhar suas atribuições.
Em contrapartida, exige-se deles a eficiência na prestação da atividade pública. Quando
alguma das entidades da administração indireta for uma autarquia ou uma fundação pública,
estas, após a celebração do contrato de gestão, passam a ser qualificadas como agências
executivas.
Ocorrendo a celebração com as organizações sociais, que são entidades privadas e sem
fins lucrativos, a autonomia funcional, em sentido oposto, será restringida.
O motivo para tal é que tais entidades não integram a administração pública, podendo,
antes da celebração contratual, exercer suas atividades de acordo com o seu estrito interesse.

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Com a celebração contratual, as organizações sociais passam a contar com uma maior fisca-
lização por parte da administração, uma vez que devem, obrigatoriamente, cumprir com todas as
obrigações contratualmente estabelecidas, encontrando-se sujeitas à fiscalização do Poder Público.

A possibilidade de celebração de contrato de gestão está expressa no artigo 37, § 9º, da


Constituição Federal, que apresenta a seguinte redação:

Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.

1.12. Mandato Eletivo


Caso o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional seja eleito para o
desempenho de mandato eletivo, devem ser aplicadas uma série de regras, sendo elas:
a) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu car-
go, emprego ou função;
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
-lhe facultado optar pela sua remuneração. Esta regra também é aplicável, na visão do STF, ao
servidor investido no cargo de Vice Prefeito.
c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

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d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
e) na hipótese do servidor ser segurado de regime próprio de previdência social, permane-
cerá filiado a esse regime no ente federativo de origem.

013. (CEBRASPE/CESPE/ASSJ/TJ AM/”SEM ÁREA”/2019) No que concerne aos servidores


públicos, julgue o item subsecutivo.
Servidor público investido em mandato de vice-prefeito exercerá as funções e perceberá as
vantagens de ambos os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.

No caso do servidor ser eleito para o cargo de Vice-Prefeito, devem ser aplicadas as mesmas
regras vigentes para o cargo de Prefeito. Logo, o servidor será afastado do cargo, emprego ou
função, podendo optar pela remuneração que irá receber.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
Errado.

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2. Servidores Públicos
2.1. Regime Jurídico Único
O regime jurídico pode ser conceituado como o conjunto de regras que disciplinam os
direitos e as obrigações de uma determinada categoria de agentes públicos. É por meio do re-
gime jurídico, por exemplo, que conhecemos todas as vantagens e benefícios que um servidor
público pode usufruir ao longo de sua carreira.

2.1.1. Obrigatoriedade do Regime Jurídico Único

Ainda que a imensa maioria dos entes federativos utilize o regime jurídico estatutário como
forma de regular a vida funcional de seus agentes, deve-se salientar que não há a obrigação,
por parte de um determinado ente, da utilização de um regime jurídico específico.
Entretanto, há a obrigação da adoção de um regime jurídico único por parte de cada um
dos entes federados. No âmbito da União e dos Estados, o regime utilizado é o estatutário,
instituído por lei e conferindo aos seus agentes a ocupação de cargos públicos.
Com a entrada em vigor da Constituição Federal, ficou estabelecido, em seu artigo 39, que
todos os entes federativos deveriam adotar um regime jurídico único:

Art. 39, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-
tência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta,
das autarquias e das fundações públicas.

Assim, tanto a União quanto os demais entes federativos poderiam escolher um regime
jurídico, desde que tal regime fosse aplicado a todos os servidores daquele respectivo ente. Foi
com base neste dispositivo, por exemplo, que a União editou a Lei n. 8.112, que, desde então, é
a norma que disciplina a relação jurídica dos servidores públicos civis federais.
Ocorre que com a Emenda Constitucional n. 19/1998, o regime jurídico único foi revogado,
fazendo com que cada ente federativo pudesse ter em seu quadro funcional, ao mesmo tempo,
servidores de mais de um regime jurídico.
A redação do artigo 39 da Constituição Federal, após a entrada em vigor da emenda em
questão, ficou assim:

Art. 39, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de admi-
nistração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

Percebam que não mais se fazia menção a um regime jurídico único, sendo que tal pecu-
liaridade, ainda que existente em muitos entes, deixou de ser obrigatória. A partir de então, inú-
meros entes da federação (principalmente os Municípios) começaram a contratar servidores,
ainda que por meio de concurso público (pois essa regra não foi modificada), mas regendo-os
pelas disposições da CLT.

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Tal situação perdurou até o ano de 2007, sendo esta a razão de ainda encontrarmos, nos
dias atuais, Municípios com servidores regidos por ambos os regimes jurídicos.
Em 2007, porém, o STF declarou que a Emenda Constitucional n. 19 padecia de inconstitu-
cionalidade, uma vez que foi aprovada sem respeitar o rito estabelecido pela Constituição Fe-
deral. A decisão do STF garantiu eficácia ex-nunc, com efeitos prospectivos, sendo que apenas
a partir da decisão é que o regime jurídico funcional voltaria a ser único.
Para facilitar a compreensão, podemos ordenar os fatos que determinaram a obrigatorie-
dade da adoção de um regime jurídico único, bem como a existência, atualmente, de agentes
públicos regidos por diferentes regimes jurídicos:
1º) Inicialmente, cada ente federativo podia escolher o regime jurídico que adotaria para
reger seus servidores, sendo que a única regra que devia ser observada é que o regime esco-
lhido fosse único para todos os servidores daquele ente;
2º) Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, o regime jurídico único foi revo-
gado, de forma que passou a ser possível, para todos os entes federativos, reger seus servi-
dores por regimes jurídicos diferentes;
3º) Com a suspensão da aplicabilidade da EC/19, ocorrida em 2007, o regime jurídico úni-
co passou a vigorar novamente, mas apenas a partir da decisão do STF, ou seja, sem efeitos
retroativos, de forma que todas as contratações realizadas na vigência da EC/19 permaneciam
válidas e em vigor;
4º) Nos dias atuais, os entes da federação apenas podem admitir servidores pelo regime
jurídico único (à escolha de cada ente), mas podemos encontrar, em diversas unidades da
federação, agentes públicos sendo regidos por regimes diferentes do atual, uma vez que os
mesmos foram contratados no período de vigência da EC/19;

2.1.2 Regime Jurídico Estatutário

O regime estatutário caracteriza-se, basicamente, por ser estabelecido por meio de lei de
cada ente federativo. Assim, tanto a União como os diversos Estados e Municípios publicam
uma lei que regula toda a atividade funcional de seus servidores, incluindo aí os direitos e as
obrigações e os critérios gerais de diversos outros institutos.
Na esfera federal, temos a Lei n. 8.112/1990, que estatui o regime jurídico dos servidores
públicos civis da união.
Sendo o estatuto um regime legal, pode ser modificado, por lei, pela pessoa política insti-
tuidora (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios), desde que respeitados os direitos já
adquiridos pelos servidores. Estes, depois de empossados nos seus cargos (e não empregos),
ingressam em situação jurídica legalmente definida.
As principais características de um regime jurídico estatutário são a estabilidade, o estágio
probatório, o regime próprio de previdência e as diversas licenças e adicionais. Servidores es-
tatutários são agentes públicos detentores de cargo público.

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2.1.3. Regime Jurídico Celetista

Já o regime celetista é o utilizado pela iniciativa privada e, no âmbito da administração


pública, pelas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista).
Tal regime possui como base normativa a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as-
segura aos seus funcionários uma relação de emprego, que pode ser na iniciativa privada ou,
como mencionado, em uma empresa estatal.
Neste último caso, dizemos que o seu ocupante é detentor de um emprego público, tendo
como principais características o fato de ser uma relação contratual e assegurar direitos como
o FGTS (Fundo de garantia por tempo de serviço) e multa em caso de demissão imotivada.

Regime Jurídico Estatutário Regime Jurídico Celetista

Regidos por um estatuto Regidos pela CLT

Normas de Direito Público Normas de Direito Privado

Servidores públicos Empregados públicos

Garantias da estabilidade Direitos como o FGTS

2.2. Medidas para Participação e Desenvolvimento dos Servidores


Duas são as principais medidas que serão adotadas pelos entes federativos com a finalida-
de de possibilitar a participação e o desenvolvimento dos servidores públicos.
A primeira delas trata-se da instituição de um Conselho de Política de Administração e Re-
muneração de pessoal, que, de acordo com a Constituição Federal, será integrado por servido-
res designados pelos respectivos Poderes. Neste sentido, a fixação dos padrões de vencimen-
to e dos demais componentes do sistema remuneratório observará os seguintes aspectos:
a) a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de
cada carreira;
b) os requisitos para a investidura;
c) as peculiaridades dos cargos.
A segunda medida trata-se da manutenção de Escola de Governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou con-
tratos entre os entes federados.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de admi-
nistração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;

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II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aper-
feiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os
entes federados.

Ainda com relação ao desenvolvimento do servidor, a Constituição determina que caberá


à lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinar a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação nas seguintes áreas:
a) desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade;
b) treinamento e desenvolvimento;
c) modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a for-
ma de adicional ou prêmio de produtividade.

2.3. Direitos Sociais Aplicáveis aos Servidores Públicos


De acordo com o artigo 39, § 3º, da Constituição Federal, diversos direitos sociais atribu-
ídos aos trabalhadores em geral são estendidos aos servidores públicos. Tal lista comporta,
atualmente, quatorze direitos, que podem ser mais bem visualizados por meio da divisão a
seguir proposta:
1) Três direitos referem-se ao termo “salário”:
a) Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-
sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem
o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
b) Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
c) Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos ter-
mos da lei;
2) Sete direitos são referentes aos “direitos comuns”, facilmente identificados na maioria
das relações trabalhistas:
a) Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
b) Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
c) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
d) Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à
do normal;
e) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salá-
rio normal;
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f) Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias;
g) Licença paternidade, nos termos fixados em lei;
3) Três direitos referem-se à isonomia e à proteção à segurança:
a) Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos ter-
mos da lei;
b) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
c) Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
4) Por fim, temos um direito bastante específico e tipicamente utilizado nas relações pri-
vadas, motivo pelo qual pode ensejar a dúvida de inúmeros candidatos:
a) Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro sema-
nais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou con-
venção coletiva de trabalho;

2.4. Aposentadoria dos Servidores Públicos


Ao entrar em exercício, os servidores públicos efetivos passam a ser regidos por um regi-
me próprio de previdência social (RPPS), que, em diversos aspectos, se diferencia do regime
geral de previdência social (RGPS), aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada.
Salienta-se, em um primeiro momento, que não são todos os agentes públicos que se sub-
metem às regras do regime próprio de previdência, mas sim apenas os servidores públicos
estatutários. Em sentido oposto, os servidores que ocupem exclusivamente cargo em comis-
são, os empregados públicos, os agentes temporários e os titulares de mandato eletivo estão
regidos pelas regras do regime geral de previdência social.

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

Regime próprio de previdência Regime geral de previdência


social social

Servidores públicos estatutários Empregados públicos

Ocupantes de cargo em comissão

Agentes temporários

Titulares de mandatos eletivos

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Ainda que a regra de submissão ao regime próprio de previdência seja um direito dos servi-
dores públicos estatutários de todos os entes federativos, diversos Municípios, devido à preca-
riedade da máquina administrativa, optam por não instituir regime próprio. Nestas situações,
o regime que irá reger os seus servidores é o geral, tal como ocorre com os trabalhadores da
iniciativa privada.
Tal medida não afasta os direitos e garantias atribuídos por lei aos servidores, tais como
a estabilidade e as diversas licenças e concessões. Contudo, o limite com que tais servidores
poderão se aposentar será o estabelecido, no momento da aposentadoria, para o teto das apo-
sentadorias regidas pelo regime geral.

EXEMPLO
Determinado Município, por não contar com uma grande estrutura administrativa, opta por não
instituir regime próprio de previdência para os seus servidores estatutários.
Neste caso, todos os servidores do município, quando atingirem as condições previstas em
estatuto para a aposentadoria, poderão solicitar tal providência, com a ressalva de que o valor
máximo do benefício será o referente ao teto das aposentadorias regidas pelo regime geral,
aplicável também a todos os trabalhadores da iniciativa privada.

De acordo com a Constituição Federal, já de acordo com as alterações promovidas pela


Reforma da Previdência (EC 103/2019) três são as formas distintas com que o servidor público
estatutário poderá se aposentar:
a) por incapacidade permanente para o trabalho;
b) compulsoriamente;
c) voluntariamente;

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá ca-
ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insus-
cetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma
de lei do respectivo ente federativo;
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.

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2.4.1. Aposentadoria por Incapacidade Permanente para o Trabalho

A aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho veio para substituir a antiga
aposentadoria por invalidez. Agora, de acordo com as novas regras, observa-se que a ideia do
legislador foi a de aproximar o máximo possível o procedimento adotado na iniciativa privada
para os servidores públicos.
Desta forma, o servidor apenas será aposentado por incapacidade permanente para o tra-
balho quando a limitação ocorrida não puder dar ensejo à qualquer tipo de readaptação.
Em outros termos, uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor,
em um primeiro momento, ser readaptado. Neste mesmo sentido, inclusive, é a previsão do
§13 do artigo 37 da Constituição Federal:

Art. 37, § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua ca-
pacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível
de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.

Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria na presente modalidade.


Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até então, na aposentadoria
por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avaliações periódicas para ve-
rificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria.

2.4.2. Aposentadoria Compulsória

A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público.
Antes da entrada da Emenda Constitucional n. 88, ocorrida em 2015, a idade em que a
aposentadoria compulsória ocorria era aos 70 anos de idade. Com a mencionada emenda,
passamos a contar com a possibilidade de lei complementar estabelecer o prazo de 75 anos
para a aposentadoria compulsória.
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Vejamos o mencionado texto constitucional, já com as alterações promovidas pela EC


88/2015 (art. 40, § 1, II):

II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)


anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

Trata-se o artigo exposto de uma norma constitucional de eficácia limitada, carecendo de


lei complementar para a sua regulamentação. Neste sentido, importante frisar que a compe-
tência para a edição da mencionada lei é do Congresso Nacional, uma vez que o STF possui
entendimento consolidado no sentido de que cabe à União legislar sobre a previdência dos ser-
vidores públicos, conforme se observa, por exemplo, da leitura do Mandado de Injunção 1898:

JURISPRUDÊNCIA
A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar
sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma
regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União.

Regulamentando a emenda constitucional, foi editada a Lei Complementar 152, que, por
trata-se de uma norma nacional, é de observância obrigatória por todos os entes federativos.
Por intermédio de tal lei, os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios serão aposentados compulsoriamente aos 75 anos de idade.

2.4.3. Aposentadoria Voluntária

A aposentadoria voluntária é a que mais sofreu alterações em razão da edição da Reforma


da Previdência. Antes de conhecermos as previsões, devemos compreender que as regras
estabelecidas no texto da Constituição Federal são aplicadas, em relação à idade mínima,
apenas aos servidores públicos da União.
Para os servidores dos demais entes federativos (Estado, Distrito Federal e Municípios), a
idade mínima para a aposentadoria dos servidores será definida mediante emenda às respecti-
vas Constituições e Leis Orgânicas. Com relação ao tempo de contribuição e aos demais requi-
sitos, deverão estes ser estabelecidos em lei complementar de cada um dos entes federados.
No âmbito da União, a idade mínima para se aposentar é aos 62 anos de idade, para as
mulheres, e aos 65 anos de idade, para os homens.
Além disso, devem os servidores reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos para a
aposentadoria voluntária:
a) 25 anos de contribuição;
b) tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
c) tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;

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Os proventos decorrentes da aposentadoria dos servidores públicos não poderão ser infe-
riores ao valor do salário mínimo, nem superiores ao limite máximo estabelecido para o Regi-
me Geral de Previdência Social. Esta, inclusive, foi uma da mudanças mais substanciais da re-
forma, haja vista que, até então, os servidores públicos que estavam no regime próprio podiam
se aposentar com valores superiores máximo estabelecido para a iniciativa privada (RGPS).

Os proventos de aposentadoria dos servidores não podem ser inferiores a 1 salário-mínimo ou


superiores ao teto do Regime Geral da Previdência Social.

Como regra geral, é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para conces-
são de benefícios em regime próprio de previdência social. No entanto, a Constituição Federal
estabelece situações excepcionais, hipóteses em que os servidores poderão ser aposentados
de acordo com critérios diferenciados de concessão. Basicamente, podemos dividir estas si-
tuações excepcionais em três diferentes hipóteses, a saber:
a) servidores professores: Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima para
a aposentadoria reduzida em 5 anos, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo.
Tomando como base a regra geral da idade mínima, é correto afirmar que o servidor que
desempenhe as atividades de professor irá se aposentar, sendo homem, com a idade mínima
de 60 anos. No caso de servidoras professoras, a idade mínima é de 57 anos.

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Além da idade, como não poderia ser diferente, os demais requisitos devem ser observa-
dos, sendo eles:
• 25 anos de contribuição;
• Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;

b) servidores da segurança pública: Inicialmente, vejamos a previsão do artigo 40, §4º-B,


da Constituição Federal:

Art. 40, § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente peni-
tenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do
art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

Logo, devemos identificar as classes de agentes que estão contempladas com esta possi-
bilidade, sendo elas:
• Agentes Penitenciários;
• Agentes Socioeducativos;
• Policial Legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
• Policiais Federais;
• Policiais Rodoviários Federais;
• Policiais Ferroviários Federais;
• Policiais Civis do Distrito Federal;

Os servidores destas categorias, para poderem se aposentar, deverão atender aos seguin-
tes requisitos: 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de efetivo exercício em
cargo dessas carreiras, regras estas que são aplicadas para os servidores de ambos os sexos.
c) servidores que desempenham atividades especiais: Poderão ser estabelecidos, desde
que por meio de lei complementar do respectivo ente federativo, idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação des-
ses agentes, sendo vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Sendo servidor público federal, deverá o agente atender aos seguintes requisitos para con-
cessão da aposentadoria:
• Idade mínima de 60 anos;
• 25 anos de efetiva exposição e contribuição;
• 10 anos de efetivo exercício de serviço público;
• 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;

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Aqui, é importante destacar que as regras diferenciadas não serão aplicadas por catego-
ria profissional ou ocupação, mas sim por servidor. Assim, por exemplo, se estivermos diante
de um servidor cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde, isso, por si só, não implica em afirmar que todos os demais servidores
da categoria terão direito às regras diferenciadas. Em outros termos, apenas os servidores
que efetivamente tenham contato, em suas atividades, com as mencionadas substâncias
químicas é que terão direito a tal diferenciação.
d) servidores portadores de deficiência: De acordo com o texto da Constituição Federal,
poderão ser estabelecidos, desde que por meio de lei complementar do respectivo ente fe-
derativo, idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multi-
profissional e interdisciplinar.
Até que a lei discipline a forma como ocorrerá a aposentadoria da pessoa com deficiência,
deverão ser observados os critérios utilizados na Lei Complementar n. 142/2013.
Não há necessidade de adentrarmos no estudo desta lei. Para fins de prova, devemos me-
morizar que os servidores com deficiência poderão ser aposentados, desde que atendidos os
demais requisitos legais, caso tenha sido atendido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo exer-
cício no serviço público e de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria.
Para termos uma visão geral das novas regras de aposentadoria dos servidores públicos,
iremos fazer uso do seguinte quadro:

Categoria Requisitos

Idade mínima de 65 anos, se homem, e de 62


anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Regra Geral (Servidores
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no
Públicos Federais)
serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício no
cargo em que for concedida a aposentadoria;

Idade mínima de 60 anos, se home, e de 57 anos,


se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Professores Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no
serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que
for concedida a aposentadoria;

Idade mínima de 55 anos;


Servidores da segurança Tempo mínimo de 30 anos de contribuição;
pública Tempo mínimo de 25 anos de efetivo exercício em
cargo dessas carreiras;

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Categoria Requisitos

Idade mínima de 60 anos;


Tempo mínimo de 25 anos de efetiva exposição e
Servidores que contribuição;
desempenham atividades Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício de
especiais serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que
for concedida a aposentadoria;

Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no


serviço público;
Servidores portadores de
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que
deficiência
for concedida a aposentadoria.
Demais regras serão estabelecidas em lei.
Com relação à aposentadoria dos servidores, e considerando que as questões de concurso
tendem a exigir, em provas de Direito Constitucional, a literalidade dos respectivos dispositi-
vos, devemos conhecer as seguintes informações:
a) É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter perma-
nente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.
b) O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins
de aposentadoria, observado os requisitos constitucionais, e o tempo de serviço correspon-
dente será contado para fins de disponibilidade.
c) A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribui-
ção fictício.
d) Serão observados, em regime próprio de previdência social, no que couber, os requisitos
e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.
e) Observados os critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o
servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria vo-
luntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade
para aposentadoria compulsória.
f) É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um
órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes,
órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos em lei complementar.
g) É vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complemen-
tar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funciona-
mento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:
• Requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Pre-
vidência Social;

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• Modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;


• Fiscalização pela União e controle externo e social;
• Definição de equilíbrio financeiro e atuarial;
• Condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária e para vinculação a
ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer
natureza;
• Mecanismos de equacionamento do déficit atuarial;
• Estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacio-
nados com governança, controle interno e transparência;
• Condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições
relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime;
• Condições para adesão a consórcio público;
• Parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições
ordinárias e extraordinárias.

h) O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua
a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remunera-
ção do cargo de origem.
i) A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de
cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará
o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.
j) É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por
morte a seus dependentes que não seja decorrente do regime de previdência complementar
ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.

2.5. Previdência Complementar


Para termos uma correta compreensão acerca do regime de previdência complementar,
temos que, em um primeiro momento, conhecer os diversos regimes de previdência existentes
em nosso ordenamento jurídico.
De acordo com as disposições da Constituição Federal, três são os regimes previdenciá-
rios existentes, sendo eles:
a) Regime geral de previdência social (RGPS): Trata-se do regime que é aplicado, como o
próprio nome sugere, a todos os trabalhadores, incluindo os da iniciativa privada, os emprega-
dos públicos celetistas e os demais contribuintes do INSS.
b) Regime próprio de previdência social (RPPS): O regime próprio é instituído por cada um
dos entes federativos, sendo que apenas os servidores titulares de cargos públicos (e regidos
por um estatuto funcional) daquele ente é que podem participar deste regime.

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c) Regime de previdência complementar: Os regimes de previdência complementar são


aqueles que objetivam complementar a aposentadoria dos seus participantes. Ao contrário do
regime próprio, que é exclusivo dos servidores de determinados entes da federação, o regime
complementar pode, a depender da modalidade, ser oferecido a toda a população ou apenas
a determinados grupos de pessoas.

 Obs.: Explicando melhor, o regime de previdência complementar pode ser constituído nas
modalidades aberta ou fechada.

Quando estivermos diante da modalidade aberta, todos os interessados, independente do car-


go, função ou emprego ocupado, podem vir a contratar o serviço. Para isso, devem se dirigir até uma
instituição financeira e verificar qual o plano que melhor se encaixa nas suas necessidades.
Em sentido diverso, quando estivermos diante da previdência complementar na modali-
dade fechada, a participação apenas será possível para as pessoas que pertençam aquele
determinado grupo.

EXEMPLO
Como exemplos, podemos citar os planos oferecidos para os trabalhadores de uma empresa, para
os membros de uma associação ou, ainda, para os servidores de um determinado ente federativo.

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Estabelece a Constituição Federal que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-


cípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência
complementar para os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo. A grande peculiaridade
da previdência complementar, após a reforma da previdência, é que o valor máximo das apo-
sentadorias decorrentes deste regime será limitado ao valor máximo recebido, a título de
benefício, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social.

Art. 40, § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocu-
pantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto no § 16.
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios so-
mente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência
complementar.
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado
ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar.

Em sintonia com o princípio da segurança jurídica, o regime de previdência complementar


apenas poderá ser aplicado aos servidores que ingressaram no serviço público antes da data
de publicação do ato de instituição das mencionadas regras mediante sua prévia e expressa
opção. Logo, podem eles optar entre permanecer no RPPS (regime próprio) ou aderir ao regime
de previdência complementar.

2.6. Estabilidade
A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos estatutários.
Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atribuições sem a
coação das autoridades superiores, que, se não fosse a estabilidade, poderiam condicionar
determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo público.
Destaca-se que a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e não do cargo em que
o servidor encontra-se investigo. Neste sentido, merece destaque o entendimento de José
dos Santos Carvalho Filho:

A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.

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De acordo com as disposições do artigo 41, “são estáveis após três anos de efetivo exercí-
cio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.
Entretanto, deve ser ressaltado que, como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para tal finalidade.

014. (FUNDATEC/AGS/IPE SAÚDE/ADMINISTRAÇÃO/2022) Conforme previsto na Cons-


tituição Federal Brasileira de 1988, o servidor _______________ para cargo de provimento
____________ em virtude de concurso público adquire estabilidade após ______ anos de efetivo
serviço. Ainda, para a aquisição da estabilidade, tem-se a ______________ de avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
a) indicado – provisório – dois – obrigatoriedade
b) nomeado – provisório – três – possibilidade
c) indicado – efetivo – dois – possibilidade
d) nomeado – efetivo – três – obrigatoriedade
e) nomeado – efetivo – dois – obrigatoriedade

Fazendo uso do caput do artigo 41, bem como de seu §4º, chegamos à resposta da questão.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desem-
penho por comissão instituída para essa finalidade.
Letra d.

Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a ad-
ministração sem a possibilidade de demissão. Assim sendo, os servidores estáveis somente
poderão perder os respectivos cargos públicos nas seguintes situações:
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.

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Decorrem da estabilidade uma série de institutos legais. Para fins de prova de Direito Cons-
titucional, duas disposições da presente norma devem ser, se possível, memorizadas pelos
candidatos.
a) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indeniza-
ção, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço.
Sempre que o servidor, tendo sido demitido, não concordar com a penalidade aplicada,
poderá ele ajuizar uma ação judicial com o objetivo de invalidar a sentença.
Sendo esta deferida pelo Poder Judiciário, deverá ele ser reintegrado ao cargo que ante-
riormente ocupava. Caso tal cargo já esteja provido, e eventual ocupante da vaga deverá ser,
se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro
cargo, ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
b) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em dispo-
nibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveita-
mento em outro cargo.
Tendo sido o cargo público extinto, ou então em caso de declarada a sua desnecessidade,
o servidor, sendo estável, ficará em disponibilidade aguardando um futuro aproveitamento.
Durante a disponibilidade, o servidor receberá remuneração proporcional ao tempo
de serviço.

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RESUMO
A Administração Pública, em nosso ordenamento jurídico, é forma tanto pela Administra-
ção Direta quanto pela Administração Indireta.
Ao passo que a Administração Direta é formada por órgãos públicos, a Administração In-
direta compõe-se de entidades públicas.

Quatro são as entidades que podem vir a constituir a Administração Indireta, sendo elas:
autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista.
Na medida em que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, em sentido oposto, são pessoas jurídicas de
direito privado.
De acordo com a Constituição Federal, são princípios que devem ser observados pela Ad-
ministração Pública Direta e Indireta de todos os entes federativos: a legalidade, a impessoa-
lidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
O particular pode fazer tudo que não estiver proibido
Legalidade pela lei; A Administração só pode fazer o que a lei
autoriza ou determina;

Possui três sentidos:


Como Finalidade de toda a função pública, que é o bem
comum da coletividade;
Como a necessidade dos agentes públicos tratarem
Impessoalidade
todas as pessoas da mesma forma,
Como Vedação à promoção pessoal do agente,
devendo a publicidade das realizações ser feita em
nome da Administração, e não do Servidor.

Está ligada aos conceitos de probidade, decoro e


boa-fé.
Difere da moral comum;
Moralidade
Está ligada ao conceito de não juridicização, através
do qual os agentes não devem obedecer apenas à
legalidade.

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Possui dois sentidos:


• Como a necessidade de que todos os atos
administrativos sejam publicados para que possam
Publicidade
produzir seus efeitos;
• Como a necessidade de transparência, por parte da
Administração Pública, no exercício de suas funções;

Está ligada aos conceitos de economicidade e às


relações de custo x benefício.
Eficiência
Traduz as características da Administração Gerencial no
âmbito da Administração Pública.
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição para a parti-
cipação em concurso público apenas é válido quando decorrer das necessidades das atribui-
ções do cargo que será exercido.
O exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, ten-
do por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a
possibilidade de reexame.
Viola o princípio constitucional da isonomia norma que estabelece como título o mero
exercício de função pública.
Com a aprovação dos candidatos e a homologação do respectivo concurso, os aprovados
dentro do número inicial de vagas previstas no edital possuem, segundo entendimento do STF,
direito subjetivo à nomeação.
A comprovação do atendimento dos requisitos exigidos no edital deve ser feita no momen-
to da posse, e não na inscrição ou na data de realização das provas.
O prazo de validade de um concurso público será de, no máximo, 2 anos, de forma que a
administração pode, perfeitamente, realização concurso público com prazo de validade inferior
ao constitucionalmente previsto.

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Trata-se a prorrogação do prazo de validade do concurso de uma faculdade para a adminis-


tração que o realizou. Caso, no entanto, queira prorrogar, deverá ser observado o mesmo prazo
inicialmente previsto para a validade do certame.

A exceção à regra da obrigatoriedade de realização de concurso público são os cargos em


comissão declarados em lei como de livre nomeação e exoneração. Para estes cargos, poderá
a autoridade competente livremente nomear e exonerar os respectivos servidores, não haven-
do necessidade, inclusive, de motivação dos atos respectivos.
Importante mencionar que as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servi-
dores ocupantes de cargos efetivos, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por ser-
vidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n.19, ocorrida em 1998, o sistema remu-
neratório da administração pública passou a contar com três formas distintas de categorias
jurídicas, sendo elas o subsídio, os vencimentos e o salário.
O subsídio caracteriza-se por ser a forma de pagamento realizado em parcela única, sendo
vedado o acréscimo de qualquer tipo de gratificação, adicional ou verba de representação.
O vencimento, também chamado de remuneração em sentido estrito, é a parcela recebida
pelos servidores públicos estatutários. Compreende o vencimento básico, que corresponde ao
padrão que cada servidor ocupa na carreira, acrescido das vantagens pecuniárias previstas em
lei, tais como as gratificações, os adicionais, os abonos e as ajudas de custo.

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Por salário devemos entender o valor que é pago aos empregados públicos, uma vez que
estes, ainda que integrantes das entidades da administração indireta, encontram-se submeti-
dos ao mesmo regime jurídico dos trabalhadores da iniciativa privada, fazendo jus a todas as
regras e direitos a eles garantidos.

Como regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções públi-


cas, vedação esta que se estende, de acordo com a previsão constitucional, às subsidiárias e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. Em caráter de exceção, a
Constituição Federal apresenta as situações em que a acumulação será lícita. Para tal, deverá
ser observada, em todos os casos, a compatibilidade de horários.
São hipóteses de acumulação previstas na Constituição Federal: a) a de dois cargos
de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamenta-
das; d) Cargo de juiz com outro de magistério; e) Cargo de membro do Ministério Público
com outro de magistério; f) Cargo eletivo de vereador com o cargo ocupante pelo servi-
dor eleito;

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Administração Pública
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Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a


perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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 Obs.: Caso o servidor público da administração direta, autárquica e fundacional seja eleito
para o desempenho de mandato eletivo, devem ser aplicadas uma série de regras,
sendo elas:
 a) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu
cargo, emprego ou função;
 b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen-
do-lhe facultado optar pela sua remuneração. Esta regra também é aplicável, na visão
do STF, ao servidor investido no cargo de Vice Prefeito.
 c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
 d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
 e) na hipótese do servidor ser segurado de regime próprio de previdência social, per-
manecerá filiado a esse regime no ente federativo de origem.

São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. Os servidores estáveis somente poderão
perder os respectivos cargos públicos nas seguintes situações:
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Três são as formas distintas com que o servidor público estatutário poderá se aposentar:
a) por incapacidade permanente para o trabalho;
b) compulsoriamente;
c) voluntariamente;
Uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor, em um primeiro
momento, ser readaptado. Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria
na presente modalidade. Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até
então, na aposentadoria por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avalia-
ções periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão
da aposentadoria.
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público. Atualmente, a idade limite é aos 75 anos.

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Com relação à aposentadoria voluntária, as regras gerais de concessão, bem como as res-
pectivas exceções, podem ser mais bem visualizadas da seguinte forma:

Categoria Requisitos

Idade mínima de 65 anos, se homem, e de


62 anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Regra Geral (Servidores Tempo mínimo de 10 anos de efetivo
Públicos Federais) exercício no serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos de efetivo
exercício no cargo em que for concedida a
aposentadoria;

Idade mínima de 60 anos, se home, e de 57


anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Professores Tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo
em que for concedida a aposentadoria;

Idade mínima de 55 anos;


Servidores da segurança Tempo mínimo de 30 anos de contribuição;
pública Tempo mínimo de 25 anos de efetivo
exercício em cargo dessas carreiras;

Idade mínima de 60 anos;


Tempo mínimo de 25 anos de efetiva
Servidores que exposição e contribuição;
desempenham atividades Tempo mínimo de 10 anos de efetivo
especiais exercício de serviço público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo
em que for concedida a aposentadoria;

Tempo mínimo de 10 anos de efetivo


exercício no serviço público;
Servidores portadores de
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo
deficiência
em que for concedida a aposentadoria.
Demais regras serão estabelecidas em lei.

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MAPA MENTAL
Administração Direta
(Órgãos Públicos)
Composição Autarquias
Administração Indireta Fundações Públicas
(Entidades Públicas) Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista

Legalidade
Impessoalidade
Princípios
LIMPE Moralidade
Expressos
Publicidade
Administração Eficiência
Pública
Prazo de validade de até 2
anos

Realizada por
Possibilidade de prorrogação,
meio de concurso
uma vez, por igual prazo
público

Provas ou Provas e Títulos


Admissão dos
servidores
públicos
Funções de Exercidas exclusivamente por servidores
Confiança ocupantes de cargo efetivo

Preenchidos por servidores de carreira nos


Cargos em
casos, condições e percentuais mínimos
Comissão
previstos em lei

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Todos os servidores podem


receber por meio de
Pode ser realizada subsíbio
por meio de Membro de Poder;
subsídio, salário ou
remuneração Determinados agentes Detentor de mandato eletivo;
apenas podem receber por Ministros de Estado;
meio de subsídio
Secretários Estaduais e
Municipais;
Lei da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos
Os Poderes Executivo, Legislativo e
Municípios poderá
Judiciário publicarão anualmente os
estabelecer a relação entre a
valores do subsídio e da remuneração
Remuneração dos maior e a menor
dos cargos e empregos públicos
agentes públicos remuneração dos servidores
públicos

O teto remuneratório geral é o Poder Executivo: subsídio do


subsídio dos Ministros do STF Governador

Poder Legislativo: subsídio


Subteto nos Estados e no
dos Deputados Estaduais ou
DF
Distritais
Teto
remuneratório
Poder Judiciário: subsídio dos
Desembargadores do Tribunal
de Justiça

Subteto nos
Subsídio do Prefeito
Municípios

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CETAP/ASS ADM/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federati-
va do Brasil, as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei:
a) devem ser preenchidos por meio de processo seletivo interno realizado no próprio órgão.
b) devem ser preenchidos pelos membros mais antigos da carreira.
c) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
d) devem obedecer o percentual das funções de confiança e cargos em comissão, que não
pode ultrapassar 60% (sessenta por cento) dos cargos efetivos.

002. (AOCP/ASS PREV/IPE PREV/2022) Analise o seguinte caso hipotético:


O Estado do Rio Grande do Sul, diante de inúmeros cargos vagos no seu quadro de servido-
res efetivos, realizará concurso público para o preenchimento de 200 (duzentas) vagas para
cargos de nível médio e superior. Nesse cenário, de acordo com o que dispõe a Constituição
Federal, o prazo de validade do concurso público será de
a) um ano, prorrogável uma vez, por igual período.
b) dois anos, improrrogáveis.
c) três anos, prorrogável uma vez, por igual período.
d) até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
e) até três anos, improrrogáveis.

003. (SELECON/ANA/PREF SÃO GONÇALO/PROCESSUAL/2022) Amanda Ota é secretária


municipal de Administração do município CB. Verifica a necessidade de contratação de pesso-
al para atender emergência criada pela destruição de várias construções públicas e estradas
locais por enchentes provocadas por excesso de chuvas, consideradas imprevisíveis. Nos ter-
mos da Constituição, a Administração Pública poderá, nos termos da lei, estabelecer casos de
contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional:
a) urgência temporal
b) indicação política
c) interesse público
d) perigo iminente

004. (CEBRASPE/CESPE/TDP/DPE RO/OFICIAL DE DILIGÊNCIA/2022) Assinale a opção


que apresenta o princípio constitucional que obriga a administração pública a manter ou am-
pliar a qualidade dos serviços prestados à população, evitando desperdícios e buscando sem-
pre a máxima excelência na prestação de seus serviços.
a) princípio da publicidade dos atos da administração pública

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b) princípio da legalidade
c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência

005. (CEBRASPE/CESPE/TDP/DPE RO/OFICIAL DE DILIGÊNCIA/2022) Nos termos da CF, a


contratação por tempo determinado na administração pública é
a) inadmissível.
b) admitida em épocas eleitorais, haja vista a proibição de nomeação, contratação ou admis-
são do servidor público nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos.
c) admitida para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
d) admitida em qualquer circunstância, uma vez que não há vedação constitucional.
e) admitida somente nos casos estabelecidos em lei complementar.

006. (FGV/TNS/SSP AM/2022) O Governador do Estado Alfa informou a sua assessoria que
tencionava criar uma autarquia para a execução de atividades típicas de Administração Públi-
ca e desejava saber a forma a ser observada.
A assessoria respondeu corretamente que o referido ente deve
a) ser criado por lei ordinária específica.
b) ser criado por lei complementar específica.
c) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei ordinária.
d) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei complementar.
e) ter sua atividade regulamentada em lei complementar e sua criação autorizada em lei ordi-
nária e efetivada por decreto.

007. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item a seguir, consideran-


do as disposições constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca
do direito administrativo.
Apenas por lei se pode sujeitar o candidato a exame psicotécnico para habilitação em car-
go público.

008. (FURB/AG/PREF BLUMENAU/ADMINISTRATIVO/2022) É o princípio da administração


pública que consagra o dever administrativo de manter a transparência em seus comporta-
mentos. A característica acima se refere ao Princípio da:
a) Razoabilidade.
b) Publicidade.
c) Proporcionalidade.
d) Soberania.
e) Eficácia.

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009. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) Os servidores nomeados para cargo de provi-


mento efetivo em virtude de concurso público são estáveis após três anos, contados da data
a) da nomeação.
b) da posse.
c) de efetivo exercício.
d) de registro da matrícula funcional.

010. (CEBRASPE/CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Com


base na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito da organização
dos poderes e da organização do Estado.
Em que pese a estabilidade dos servidores e servidoras em efetivo exercício três anos após
a nomeação para cargo de provimento efetivo em virtude da aprovação em concurso público,
estes poderão perder o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado e mediante
processo administrativo que observe a ampla defesa.

011. (CEBRASPE/CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Com


base na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito da organização
dos poderes e da organização do Estado.
A regra de vedação à acumulação remunerada de cargos públicos abrange autarquias, funda-
ções, empresas públicas, sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público
e as sociedades de economia mista bem como suas subsidiárias.

012. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Antônio é servidor público ocupante de cargo da Admi-
nistração direta estadual e Bruno é servidor público ocupante de cargo da Administração au-
tárquica estadual. Ambos exercerão mandato eletivo estadual. De acordo com a Constituição
Federal, durante o exercício do mandato,
a) nenhum dos dois será afastado de seu cargo, se houver compatibilidade de horários, sem
prejuízo de remuneração do mandato eletivo.
b) apenas Antônio ficará afastado de seu cargo.
c) apenas Bruno ficará afastado de seu cargo.
d) nenhum dos dois ficará afastado de seu cargo, tendo em vista que ambos são servidores
públicos estaduais e exercerão mandato eletivo estadual.
e) Antônio e Bruno ficarão afastados de seus respectivos cargos.

013. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) O prazo de validade de concursos públicos, o qual pode ser


prorrogável uma vez, por igual período, e que está explicitado no artigo 37 da Constituição Fe-
deral do Brasil, é de até:
a) 6 meses.

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b) 1 ano.
c) 2 anos.
d) 5 anos.
e) 10 anos.

014. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) O artigo 37 da Constituição Federal do Brasil garante ao ser-


vidor público civil o direito à:
a) livre associação sindical.
b) associação somente em sindicato oficial.
c) associação somente em sindicatos patronais.
d) associação somente em sindicatos de âmbito municipal.
e) associação somente em sindicatos internacionais.

015. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) Analise o trecho abaixo extraído do artigo 39 da Constitui-


ção Federal do Brasil.
“É ___________________ a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) incentivada
b) oficializada
c) vedada
d) estimulada
e) recomendada

016. (FCC/AG SUP/SEDU ES/2022) O tempo de efetivo exercício, necessário para que os ser-
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público sejam
considerados estáveis, segundo a Constituição da República, é de
a) quatro anos.
b) dois anos.
c) três anos.
d) um ano.
e) cinco anos.

017. (FCC/TNS/PREF TERESINA/FISCAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS/2022) Nos termos da


Constituição Federal, é vedada a acumulação de cargos públicos, EXCETO:
a) a de dois cargos de professor, independentemente da compatibilidade de horários, desde
que autorizada pela chefia imediata.
b) a de um cargo de professor com outro de procurador do município, quando houver compa-
tibilidade de horários.

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c) a de um cargo de promotor de justiça e de procurador do estado, quando houver compatibi-


lidade de horários.
d) a de um cargo de professor com outro de fiscal de rendas, independentemente da compati-
bilidade de horários, desde que autorizada pela chefia mediata.
e) a de presidente de fundação pública municipal e presidente de sociedade de economia mis-
ta controlada pela União, quando houver compatibilidade de horários.

018. (UNIFIL/AAD/PARANACITY/PREF PARANACITY/2022) De acordo com Meirelles


(2001), numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado
preordenado à
a) condução política dos negócios públicos.
b) realização de atos de governo, visando à satisfação das necessidades próprias.
c) realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
d) atuar mediante atos de soberania ou, pelo menos, de autonomia política na condução dos
negócios públicos.

019. (INSTITUTO MAIS/ANA/CM SANTOS/RECURSOS HUMANOS/2022) Com base no arti-


go 37 inciso XII da Constituição Federal, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo(a)
a) Senado Federal.
b) Câmara Federal dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Poder Executivo.

020. (METROCAPITAL/GM/PREF NOVA ODESSA/NÍVEL III/2022) O inciso X do artigo 37º


da CRFB discorre que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º
do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre:
a) para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
b) na mesma data e sem distinção de índices.
c) nos termos e nos limites definidos em lei ou convenções específicas.
d) às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
e) em concurso público de provas ou de provas e títulos.

021. (FCC/TJ TRT9/TRT 9/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2022) Frederico, ser-


vidor público, foi condenado por sentença transitada em julgado pela prática de atos de impro-
bidade administrativa que causaram prejuízo ao erário.
Nesse caso, Frederico
a) perderá seus direitos políticos, mas não será suspenso da função pública por ele exercida,
nem a perderá, desde que haja o ressarcimento ao erário do dano causado pelos atos de im-
probidade que praticou.
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b) perderá seus direitos políticos e será suspenso da função pública que exerce, além de seus
atos implicarem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
c) terá suspensos seus direitos políticos e perderá a função pública, além de seus atos impli-
carem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) será suspenso da função pública por ele exercida, haja ou não o ressarcimento ao erário
do dano que causou com seus atos de improbidade, mas não terá suspensos os seus direitos
políticos, nem os perderá.
e) deverá ressarcir ao erário o prejuízo causado, não podendo perder ou ter suspensa a função
pública que exerce por força de aprovação em concurso público, e terá suspensos seus direi-
tos políticos.

022. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) João, servidor público, informou à sua amiga Maria que
ele somente perderia o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo ou, na forma da lei complementar, mediante avaliação periódica de
desempenho. Isso significa dizer que João
a) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
três anos de efetivo exercício.
b) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
dois anos de efetivo exercício.
c) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, independente do lapso
temporal desde a posse.
d) ocupa cargo público, de natureza não eletiva, e conta com mais de dois anos de efetivo
exercício.
e) exerce função pública, independente do cargo ocupado e da forma de provimento.

023. (CETAP/TGINF/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federativa


do Brasil, o dever de publicar anualmente os valores dos subsídios e das remunerações:
a) abrange os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
b) abrange apenas os cargos públicos do Poder Executivo.
c) abrange os cargos e empregos públicos somente do Poder Executivo.
d) deve ser observado apenas pelos Poderes Executivo e Legislativo.

024. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item a seguir, consideran-


do as disposições constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca
do direito administrativo.
Em situações jurídicas em que a CF autorize a acumulação de cargos, o teto remuneratório
será considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório das re-
munerações.

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025. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) No âmbito da União, o servidor público abrangi-


do por regime próprio de previdência social será aposentado aos
a) 62 (sessenta e dois) anos de idade, se homem.
b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, se mulher.
c) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem.
d) 60 (sessenta) anos de idade, se mulher.

026. (SUGEP UFRPE/ASS/UFRPE/ADMINISTRAÇÃO/2022) A Constituição Federal, em seu


Art. 41, Parágrafo 1º, Seção III, Capítulo VII, Título III, estabelece que o servidor público estável
só perderá o cargo:
1) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
3) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complemen-
tar, assegurada ampla defesa.
4) em razão de 2 (duas) faltas injustificadas.
Está(ão) correto(s) apenas:
a) 1, 2 e 4.
b) 2 e 3.
c) 1, 2 e 3.
d) 1, 3 e 4.
e) 2.

027. (FGV/AFCTE/SEFAZ AM/2022) Maria foi convidada para integrar a Administração Públi-
ca direta do Município Beta. Embora tenha ficado muito empolgada com o convite, já que, até
então, não lograra êxito em ser aprovada em um concurso para ocupar um cargo de provimen-
to efetivo, teve sérias dúvidas em relação ao respectivo regime previdenciário, caso viesse a
desempenhar trabalho temporário ou a ocupar cargo em comissão.
Ao se inteirar sobre a temática, Maria foi corretamente informada de que estaria sujeita ao
a) regime próprio de previdência social, se viesse a desempenhar trabalho temporário e, ao
regime geral de previdência social, caso viesse a ocupar cargo em comissão.
b) regime próprio de previdência social, se viesse a ocupar cargo em comissão e, ao regime
geral de previdência social, caso viesse a desempenhar trabalho temporário.
c) regime próprio de previdência social, em ambos os casos, se o Município Beta o tivesse
criado até a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 103/2019.
d) regime próprio ou geral de previdência social, conforme a opção realizada por Maria no mo-
mento da nomeação.
e) regime geral de previdência social, em ambos os casos, o que não poderia ser excepcionado
pelo Município Beta.

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028. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Carlos Eduardo será nomeado servidor público para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Atendidas as demais condições,
de acordo com a Constituição Federal, Carlos Eduardo adquirirá estabilidade após
a) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
b) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
c) cinco anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
d) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado.
e) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.

029. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias


fundamentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Fede-
ral de 1988, julgue o item a seguir.
A avaliação especial de desempenho não constitui requisito para que o servidor público alcan-
ce a estabilidade, uma vez que ela se aplica unicamente aos servidores em estágio probatório.

030. (CEBRASPE/CESPE/DPF/PF/2021) Foi realizado concurso para o preenchimento de va-


gas para determinado cargo público, de natureza civil, da administração direta federal.
Após a divulgação dos resultados, os aprovados foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe a Lei n. 8.112/1990, julgue o item
subsecutivo.
Os aprovados no referido concurso público serão investidos em cargos em comissão median-
te posse e somente adquirirão estabilidade se, após três anos de efetivo exercício, forem apro-
vados no estágio probatório.

031. (CEBRASPE/CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do direito de greve e de serviços essen-


ciais, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
É vedado o exercício do direito de greve a todos os servidores públicos que atuem diretamente
na área de segurança pública.

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Administração Pública
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032. (CEBRASPE/CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do direito de greve e de serviços essen-


ciais, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
O exercício, ainda que não abusivo, do direito de greve por servidor público civil em estágio
probatório é falta grave e suficiente para sua imediata exoneração pela autoridade competente,
haja vista a inexistência de estabilidade.

033. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias


fundamentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Fede-
ral de 1988, julgue o item a seguir.
O salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, é direito tanto do trabalhador da ini-
ciativa privada quanto do servidor público civil, podendo a lei estabelecer, para o servidor públi-
co, requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo assim exigir.

034. (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE PE/CALCULISTA/2019) Ainda à luz da Constituição Fe-


deral de 1988, julgue o item subsecutivo.
Governador de estado será remunerado por subsídio fixado em parcela única, com o devido
acréscimo do respectivo adicional de gratificação de função.

035. (CEBRASPE/CESPE/ASSIST/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2018) Acerca do conceito de


Constituição, dos princípios e dos direitos fundamentais, bem como das disposições sobre os
servidores públicos na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue.
O reconhecimento de convenções e acordos coletivos de trabalho é um direito fundamental
social que não se aplica aos servidores ocupantes de cargo público.

036. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Quanto à Administração Pública e a suas


disposições gerais, julgue o item a seguir.
O prazo de validade dos concursos públicos para a investidura em cargos da Administração
Pública, nos termos da Constituição Federal de 1988, é de dois anos, prorrogável, uma única
vez, por um período de até um ano.

037. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
A aprovação em concurso público é requisito básico para a investidura em cargos públicos,
ressalvados apenas os cargos eletivos, que dependem de sufrágio para a escolha de seus
ocupantes.

038. (QUADRIX/CONT/CRF AP/2021) No que se refere a normas específicas de gestão fiscal,


financeira e orçamentária, julgue o item.
Determinado servidor público concursado poderá acumular o exercício do cargo público com
a investidura em mandato eletivo federal, estadual ou municipal.
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Administração Pública
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039. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Acerca dos servidores públicos, julgue o
item a seguir.
Para que o servidor público seja considerado como estável, é necessária, além dos três anos
de efetivo serviço, a realização de avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.

040. (QUADRIX/ASS/CRBM 4/PA RO/GESTÃO/2021) No que se refere aos servidores públi-


cos, julgue o item a seguir.
Conforme a Constituição Federal de 1988, são estáveis após 24 meses de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Con-
tudo, o servidor estável poderá perder o cargo após procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla defesa.

041. (VUNESP/ESC/CODEN/2021) A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, entre outros, também,
ao seguinte:
a) É vedado ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
b) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público.
c) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos, e vedados, em qualquer hipótese, aos estrangeiros.
d) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superio-
res aos pagos pelo Poder Executivo.
e) É vedada a contratação por tempo determinado, mesmo na hipótese de se atender às neces-
sidades temporárias e de excepcional interesse público.

042. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor
efetivo, desde que já tenha cumprido o período de estágio probatório e adquirido a devida es-
tabilidade.

043. (INSTITUTO AOCP/TEC MP/MPE RS/2021) Analise o seguinte caso hipotético:


Mário, servidor público em estágio probatório ocupante do cargo de Técnico do Ministério
Público do Estado do Rio Grande do Sul, foi eleito Deputado Federal. À luz da Constituição Fe-
deral, Mário
a) será exonerado do cargo de Técnico, pois ainda não goza de estabilidade.
b) será afastado do cargo de Técnico, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

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Administração Pública
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c) será afastado do cargo de Técnico, sendo-lhe vedado optar pela sua remuneração.
d) perceberá as vantagens de ambos os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.
e) será posto em disponibilidade e seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, inclusive para promoção por merecimento.

044. (INSTITUTO IBDO/PROC M/PREF IGUABA GDE/2021) A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos seus princípios básicos. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que seja um prin-
cípio básico da administração pública, expresso pela Constituição Federal de 88.
a) Motivo.
b) Impessoalidade.
c) Publicidade.
d) Eficiência.

045. (DEIP PMPI/CAB/PM PI/2021) São princípios básicos da administração pública confor-
me o texto Constitucional:
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e deficiência.
b) Legalidade, pessoalidade, probidade, publicidade e eficiência.
c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..
d) Impessoalidade, legitimidade, moralidade, sigilo e eficiência.
e) Pessoalidade, moralidade, sigilo, eficácia e legitimidade.

046. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao dispor sobre a criação de cargos em comissão, o legis-
lador deve observar as normas constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
nessa matéria, segundo as quais
a) a criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais, pressupondo necessária relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o servidor nomeado.
b) cabe à lei que os instituir definir, objetivamente, suas atribuições, podendo, todavia, delegar essa
competência ao administrador, para que discipline a matéria por meio de ato regulamentar, uma vez
que a Constituição Federal não veda a delegação de competências entre os Poderes.
c) pode a lei do ente federativo facultar aos servidores públicos ocupantes exclusivamente de
cargo público em comissão a opção entre aderir ao Regime Geral de Previdência Social ou ao
Regime Próprio de Previdência Social.
d) os servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo público em comissão devem
aposentar-se compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade ou, na forma da lei comple-
mentar federal, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) é inconstitucional, por violação à norma constitucional que permite a livre nomeação pelo
administrador público, norma estadual que estabeleça requisito de formação, em curso de ní-
vel superior, para o preenchimento de cargo em comissão.

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047. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Três anos após ter sido aprovado em concurso público
de provas, cujo prazo de validade inicial de dois anos havia sido prorrogado uma vez por igual
período, Fabrício é convocado, nomeado e empossado em cargo efetivo junto a órgão da Ad-
ministração direta de determinado Município. Alguns anos mais tarde, em razão de reestrutu-
ração do órgão, ele passa a exercer função de confiança, por meio da qual é encarregado das
atribuições de chefia da seção em que foi lotado. Nessa mesma ocasião, Adélia é nomeada
e empossada em cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, para
exercer atribuições de assessoramento à direção superior do referido órgão, independente-
mente de aprovação prévia em concurso público. Nessas circunstâncias, a investidura de Fa-
brício no cargo efetivo é
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de admissão de
Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro,
pelo Tribunal de Contas respectivo.
b) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança, mas não a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de ad-
missão de Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins
de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
c) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato de
admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
d) incompatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de
confiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato
de admissão de Adélia sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
e) incompatível com a Constituição Federal, assim como, por consequência, a assunção por
ele de função de confiança, embora a nomeação de Adélia para o cargo em comissão seja
legítima, estando apenas o ato de admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua le-
galidade, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.

048. (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) À luz das normas constitucionais que regem a Adminis-
tração pública,
a) a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela podendo constar símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades, desde que distintos dos utili-
zados durante a campanha eleitoral.
b) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públi-
cos responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, desde que comprovado
dolo ou culpa.
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c) o servidor público investido no mandato de Deputado Estadual, havendo compatibilidade de


horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remune-
ração do cargo eletivo.
d) é permitida a acumulação remunerada de um cargo público de professor com outro cargo
público técnico, quando houver compatibilidade de horários.
e) o prazo de validade do concurso público será de até 3 anos, prorrogável uma vez, por
igual período.

049. (FCC/OET/DETRAN SP/2019) Determinado servidor público da Administração direta es-


tadual, ocupante de cargo efetivo, pretende candidatar-se a Vereador no próximo pleito local.
Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal de 1988, referido servidor:
a) deverá exonerar-se de seu cargo, até seis meses antes do pleito, podendo retomar o exercí-
cio, caso não seja eleito.
b) se eleito, ficará afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, independen-
temente de haver compatibilidade de horários.
c) se eleito, será afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, se não houver
compatibilidade de horários, sendo-lhe vedado optar pela remuneração do cargo.
d) terá o tempo de serviço contado, para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por
antiguidade ou merecimento, na hipótese de ser eleito para o mandato e afastado de seu cargo.
e) se eleito, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo ele-
tivo, durante o exercício do mandato, desde que haja compatibilidade de horários.

050. (FCC/AJ TRF4/TRF 4/APOIO ESPECIALIZADO/INFRAESTRUTURA EM TECNOLOGIA


DA INFORMAÇÃO/2019) Considere as seguintes situações hipotéticas:
I – Servidora pública, ocupante de cargo efetivo na Administração direta estadual, elege-se
para exercer mandato de Deputada Estadual;
II – Professor de ensino fundamental da rede pública municipal é aprovado em concurso públi-
co para exercer cargo de suporte administrativo em autarquia estadual.
Nessas hipóteses, considerada a disciplina da matéria na Constituição Federal,
a) ambos estarão impedidos de cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com
as novas ocupações respectivas, devendo pedir exoneração caso pretendam assumi-las.
b) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor
estará impedido de cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
c) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor es-
tará autorizado a cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso, se
houver compatibilidade de horários.
d) a servidora estará autorizada a cumular o exercício do cargo atual com o do mandato, se
houver compatibilidade de horários, mas o professor estará impedido de cumular o cargo atual
com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
e) ambos estarão autorizados a cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com
o das novas ocupações respectivas, desde que haja compatibilidade de horários.

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Administração Pública
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051. (FCC/AG ADM/CM FORTALEZA/2019) A Constituição Federal de 1988 estabelece algu-


mas diferenciações de tratamento entre o servidor titular de cargo efetivo e o servidor ocupan-
te de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, sendo um aspecto em que ocorre
esse tratamento diferenciado
a) a submissão ao teto remuneratório.
b) a possibilidade de exercício do direito de greve.
c) a irredutibilidade dos vencimentos.
d) a possibilidade de associação sindical.
e) o regime previdenciário.

052. (FCC/AG ADM/CM FORTALEZA/2019) Prefeito de determinado município pretende dar


cumprimento a item constante do programa de governo pelo qual se elegeu, relativo à des-
centralização na execução de determinados serviços de competência municipal, por meio da
criação de uma autarquia. À luz da Constituição Federal de 1988,
a) o Prefeito poderá criar a autarquia, por ato próprio, independentemente de autorização
legislativa.
b) a instituição da autarquia por ato do Prefeito deverá ser autorizada por lei, cabendo previa-
mente à lei complementar definir a área de sua atuação.
c) o Prefeito poderá criar a autarquia por ato próprio, independentemente de autorização legis-
lativa, desde que lei complementar defina a área de sua atuação.
d) o Prefeito não poderá criar a autarquia, nem ser autorizado por lei a tanto, pois Municípios
não podem criar autarquias.
e) a autarquia somente poderá ser criada por lei específica.

053. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Após cinco anos de efetivo exercício no cargo para o
qual havia sido nomeada em virtude de aprovação em concurso público, à determinada servi-
dora pública da Administração direta municipal é aplicada pena de demissão, ao fim de proces-
so administrativo no qual não lhe foi assegurada ampla defesa. Estando assim vago, o cargo
é em seguida preenchido, em virtude de concurso de remoção interna, por outro servidor está-
vel. A demissão, contudo, é posteriormente invalidada por sentença judicial, sendo a servidora
reintegrada e o ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem indenização. Nessa
hipótese, a reintegração da servidora deu-se de modo
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a recondução do ocupante da vaga ao
cargo de origem.
b) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga somente poderia ter sido
reconduzido ao cargo de origem mediante indenização.
c) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga deveria ter sido aproveita-
do em outro cargo, e não reconduzido ao de origem, sem indenização.

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d) incompatível com a Constituição Federal, e o ocupante da vaga deveria ter sido posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, diferentemente da recondução do ocupante da
vaga ao cargo de origem, que se deu nos termos previstos constitucionalmente.

054. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Em conformidade com a Constituição Federal, será


afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração, o
a) servidor público da administração autárquica investido no mandato de Deputado Estadual.
b) servidor público da administração direta investido no mandato de Vereador, quando não
houver compatibilidade de horários.
c) servidor público da administração fundacional investido no mandato de Deputado Federal.
d) Prefeito nomeado para cargo em comissão na administração direta estadual.
e) servidor público da administração direta investido em mandato eletivo distrital, quando hou-
ver compatibilidade de horários.

055. (FCC/ASS TD/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) A acumula-


ção remunerada de cargos públicos é, por regra, proibida. A Constituição da República contu-
do, de maneira excepcional, permite expressamente, entre outras hipóteses, havendo compati-
bilidade de horários, a acumulação de
a) um cargo de jornada parcial com outro de assessoria especial.
b) dois cargos destinados a profissionais da segurança pública.
c) um cargo de policial com outro de serventuário da Justiça.
d) até três cargos de professor, desde que mantidos por entes federativos diversos.
e) dois cargos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.

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GABARITO
1. c 37. E
2. d 38. E
3. c 39. C
4. e 40. E
5. c 41. b
6. a 42. E
7. C 43. c
8. b 44. a
9. c 45. c
10. C 46. a
11. C 47. c
12. e 48. d
13. c 49. e
14. a 50. b
15. c 51. e
16. c 52. e
17. b 53. a
18. c 54. b
19. d 55. e
20. b
21. c
22. a
23. a
24. C
25. c
26. c
27. e
28. a
29. E
30. E
31. C
32. E
33. C
34. E
35. C
36. E

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GABARITO COMENTADO
001. (CETAP/ASS ADM/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federati-
va do Brasil, as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei:
a) devem ser preenchidos por meio de processo seletivo interno realizado no próprio órgão.
b) devem ser preenchidos pelos membros mais antigos da carreira.
c) destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
d) devem obedecer o percentual das funções de confiança e cargos em comissão, que não
pode ultrapassar 60% (sessenta por cento) dos cargos efetivos.

Estabelece a Constituição Federal (art. 5º, V) que

as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e


os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento.
Letra c.

002. (AOCP/ASS PREV/IPE PREV/2022) Analise o seguinte caso hipotético:


O Estado do Rio Grande do Sul, diante de inúmeros cargos vagos no seu quadro de servido-
res efetivos, realizará concurso público para o preenchimento de 200 (duzentas) vagas para
cargos de nível médio e superior. Nesse cenário, de acordo com o que dispõe a Constituição
Federal, o prazo de validade do concurso público será de
a) um ano, prorrogável uma vez, por igual período.
b) dois anos, improrrogáveis.
c) três anos, prorrogável uma vez, por igual período.
d) até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
e) até três anos, improrrogáveis.

Nos termos da Constituição Federal, o prazo de validade do concurso público será de até 2
anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.

Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Letra d.

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003. (SELECON/ANA/PREF SÃO GONÇALO/PROCESSUAL/2022) Amanda Ota é secretária


municipal de Administração do município CB. Verifica a necessidade de contratação de pesso-
al para atender emergência criada pela destruição de várias construções públicas e estradas
locais por enchentes provocadas por excesso de chuvas, consideradas imprevisíveis. Nos ter-
mos da Constituição, a Administração Pública poderá, nos termos da lei, estabelecer casos de
contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional:
a) urgência temporal
b) indicação política
c) interesse público
d) perigo iminente

O inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal estabelece que

a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade tem-
porária de excepcional interesse público.
Letra c.

004. (CEBRASPE/CESPE/TDP/DPE RO/OFICIAL DE DILIGÊNCIA/2022) Assinale a opção


que apresenta o princípio constitucional que obriga a administração pública a manter ou am-
pliar a qualidade dos serviços prestados à população, evitando desperdícios e buscando sem-
pre a máxima excelência na prestação de seus serviços.
a) princípio da publicidade dos atos da administração pública
b) princípio da legalidade
c) princípio da impessoalidade
d) princípio da moralidade
e) princípio da eficiência

De acordo com o princípio da eficiência, a administração pública deve manter ou ampliar a


qualidade dos serviços prestados à população, evitando desperdícios e buscando sempre a
máxima excelência. Dito de outra forma, a eficiência é sinônimo de economicidade, prezando
pela relação de custo x benefício nos serviços prestados.
Letra e.

005. (CEBRASPE/CESPE/TDP/DPE RO/OFICIAL DE DILIGÊNCIA/2022) Nos termos da CF, a


contratação por tempo determinado na administração pública é
a) inadmissível.
b) admitida em épocas eleitorais, haja vista a proibição de nomeação, contratação ou admis-
são do servidor público nos três meses que antecedem o pleito até a posse dos eleitos.

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c) admitida para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.


d) admitida em qualquer circunstância, uma vez que não há vedação constitucional.
e) admitida somente nos casos estabelecidos em lei complementar.

Em nosso ordenamento jurídico, a contratação por tempo determinado na administração públi-


ca é admitida para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a neces-
sidade temporária de excepcional interesse público;
Letra c.

006. (FGV/TNS/SSP AM/2022) O Governador do Estado Alfa informou a sua assessoria que
tencionava criar uma autarquia para a execução de atividades típicas de Administração Públi-
ca e desejava saber a forma a ser observada.
A assessoria respondeu corretamente que o referido ente deve
a) ser criado por lei ordinária específica.
b) ser criado por lei complementar específica.
c) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei ordinária.
d) ser criado por ato do Poder Executivo, a partir de autorização concedida em lei complementar.
e) ter sua atividade regulamentada em lei complementar e sua criação autorizada em lei ordi-
nária e efetivada por decreto.

A criação de uma autarquia é medida que é feita diretamente com a edição de lei específica. E
tendo em vista que o texto constitucional nada menciona acerca da necessidade de edição de
uma lei complementar, a criação da entidade ocorrerá por meio de uma lei ordinária.

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra a.

007. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item a seguir, consideran-


do as disposições constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca
do direito administrativo.
Apenas por lei se pode sujeitar o candidato a exame psicotécnico para habilitação em
cargo público.

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A questão está de acordo com o entendimento sumulado do STF, segundo o qual apenas por
lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

JURISPRUDÊNCIA
Súmula Vinculante 44 – STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilita-
ção de candidato a cargo público.

Certo.

008. (FURB/AG/PREF BLUMENAU/ADMINISTRATIVO/2022) É o princípio da administração


pública que consagra o dever administrativo de manter a transparência em seus comporta-
mentos. A característica acima se refere ao Princípio da:
a) Razoabilidade.
b) Publicidade.
c) Proporcionalidade.
d) Soberania.
e) Eficácia.

O dever administrativo de manter a transparência em seus comportamentos é medida que


está relacionada com o princípio da publicidade, que, em nosso ordenamento jurídico, deve ser
observado por toda a Administração Pública.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra b.

009. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) Os servidores nomeados para cargo de provi-


mento efetivo em virtude de concurso público são estáveis após três anos, contados da data
a) da nomeação.
b) da posse.
c) de efetivo exercício.
d) de registro da matrícula funcional.

Estabelece o artigo 41 que

São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público.
Letra c.
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010. (CEBRASPE/CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Com


base na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito da organização
dos poderes e da organização do Estado.
Em que pese a estabilidade dos servidores e servidoras em efetivo exercício três anos após
a nomeação para cargo de provimento efetivo em virtude da aprovação em concurso público,
estes poderão perder o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado e mediante
processo administrativo que observe a ampla defesa.

A questão está correta, retratando duas das situações em que o servidor público, mesmo já
sendo estável, poderá vir a perder o cargo público ocupado.

Art. 41, § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:


I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Certo.

011. (CEBRASPE/CESPE/TEC GT/TELEBRAS/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) Com


base na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue, a respeito da organização
dos poderes e da organização do Estado.
A regra de vedação à acumulação remunerada de cargos públicos abrange autarquias, funda-
ções, empresas públicas, sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público
e as sociedades de economia mista bem como suas subsidiárias.

A regra da vedação à acumulação remunerada de cargos públicos abrange, conforme afirmado


pela questão, toda a Administração Direta e Indireta de todos os entes federativos.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas;
XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público;
Certo.

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012. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Antônio é servidor público ocupante de cargo da Admi-
nistração direta estadual e Bruno é servidor público ocupante de cargo da Administração au-
tárquica estadual. Ambos exercerão mandato eletivo estadual. De acordo com a Constituição
Federal, durante o exercício do mandato,
a) nenhum dos dois será afastado de seu cargo, se houver compatibilidade de horários, sem
prejuízo de remuneração do mandato eletivo.
b) apenas Antônio ficará afastado de seu cargo.
c) apenas Bruno ficará afastado de seu cargo.
d) nenhum dos dois ficará afastado de seu cargo, tendo em vista que ambos são servidores
públicos estaduais e exercerão mandato eletivo estadual.
e) Antônio e Bruno ficarão afastados de seus respectivos cargos.

Tanto Antônio quanto Bruno, por expressa previsão constitucional, ficarão afastados de seus
respectivos cargos durante o exercício de mandato eletivo estadual.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
Letra e.

013. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) O prazo de validade de concursos públicos, o qual pode ser


prorrogável uma vez, por igual período, e que está explicitado no artigo 37 da Constituição Fe-
deral do Brasil, é de até:
a) 6 meses.
b) 1 ano.
c) 2 anos.
d) 5 anos.
e) 10 anos.

O prazo de validade dos concursos públicos é de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma vez,
por igual período.

Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Letra c.

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014. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) O artigo 37 da Constituição Federal do Brasil garante ao ser-


vidor público civil o direito à:
a) livre associação sindical.
b) associação somente em sindicato oficial.
c) associação somente em sindicatos patronais.
d) associação somente em sindicatos de âmbito municipal.
e) associação somente em sindicatos internacionais.

O que o texto constitucional assegura ao servidor é o direito à livre associação sindical.

Art. 37, VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
Letra a.

015. (FEPESE/ADM/FCEE/2022) Analise o trecho abaixo extraído do artigo 39 da Constitui-


ção Federal do Brasil.
“É ___________________ a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.”
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto.
a) incentivada
b) oficializada
c) vedada
d) estimulada
e) recomendada

O §9º do artigo 39 estabelece que

É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função


de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.
Letra c.

016. (FCC/AG SUP/SEDU ES/2022) O tempo de efetivo exercício, necessário para que os ser-
vidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público sejam
considerados estáveis, segundo a Constituição da República, é de
a) quatro anos.
b) dois anos.
c) três anos.
d) um ano.
e) cinco anos.

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O tempo de efetivo exercício necessário para que o servidor público adquira a estabilidade é,
nos termos constitucionais, de 3 anos.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Letra c.

017. (FCC/TNS/PREF TERESINA/FISCAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS/2022) Nos termos da


Constituição Federal, é vedada a acumulação de cargos públicos, EXCETO:
a) a de dois cargos de professor, independentemente da compatibilidade de horários, desde
que autorizada pela chefia imediata.
b) a de um cargo de professor com outro de procurador do município, quando houver compa-
tibilidade de horários.
c) a de um cargo de promotor de justiça e de procurador do estado, quando houver compatibi-
lidade de horários.
d) a de um cargo de professor com outro de fiscal de rendas, independentemente da compati-
bilidade de horários, desde que autorizada pela chefia mediata.
e) a de presidente de fundação pública municipal e presidente de sociedade de economia mis-
ta controlada pela União, quando houver compatibilidade de horários.

Apenas na Letra B encontramos uma exceção à regra geral da vedação à acumulação renume-
rada de cargos públicos. No caso, estamos diante da acumulação de um cargo de professor
com outro técnico ou científico (o de Procurador do Município). Importante destacar que as
hipóteses de acumulação apenas poderão ser efetivadas mediante a comprovação da compa-
tibilidade de horários.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra b.

018. (UNIFIL/AAD/PARANACITY/PREF PARANACITY/2022) De acordo com Meirelles


(2001), numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado
preordenado à
a) condução política dos negócios públicos.

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b) realização de atos de governo, visando à satisfação das necessidades próprias.


c) realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.
d) atuar mediante atos de soberania ou, pelo menos, de autonomia política na condução dos
negócios públicos.

A Administração Pública pode ser definida como todo o aparelhamento do Estado destinado
à realização de seus serviços, objetivando com isso a satisfação das necessidades coletivas.
Letra c.

019. (INSTITUTO MAIS/ANA/CM SANTOS/RECURSOS HUMANOS/2022) Com base no arti-


go 37 inciso XII da Constituição Federal, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo(a)
a) Senado Federal.
b) Câmara Federal dos Deputados.
c) Tribunal de Contas da União.
d) Poder Executivo.

Estabelece o inciso XII do artigo 37 da Constituição Federal que

os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
Letra d.

020. (METROCAPITAL/GM/PREF NOVA ODESSA/NÍVEL III/2022) O inciso X do artigo 37º


da CRFB discorre que a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º
do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre:
a) para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
b) na mesma data e sem distinção de índices.
c) nos termos e nos limites definidos em lei ou convenções específicas.
d) às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
e) em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Para responder a questão, devemos fazer uso do mencionado artigo 37, X, do texto da Consti-
tuição Federal, que apresenta a seguinte redação:

Art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somen-
te poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Letra b.

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021. (FCC/TJ TRT9/TRT 9/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2022) Frederico, ser-


vidor público, foi condenado por sentença transitada em julgado pela prática de atos de impro-
bidade administrativa que causaram prejuízo ao erário.
Nesse caso, Frederico
a) perderá seus direitos políticos, mas não será suspenso da função pública por ele exercida,
nem a perderá, desde que haja o ressarcimento ao erário do dano causado pelos atos de im-
probidade que praticou.
b) perderá seus direitos políticos e será suspenso da função pública que exerce, além de seus
atos implicarem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
c) terá suspensos seus direitos políticos e perderá a função pública, além de seus atos impli-
carem a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) será suspenso da função pública por ele exercida, haja ou não o ressarcimento ao erário
do dano que causou com seus atos de improbidade, mas não terá suspensos os seus direitos
políticos, nem os perderá.
e) deverá ressarcir ao erário o prejuízo causado, não podendo perder ou ter suspensa a função
pública que exerce por força de aprovação em concurso público, e terá suspensos seus direi-
tos políticos.

Estabelece o §4º do artigo 37 da Constituição Federal que

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da


função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação pre-
vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Letra c.

022. (FGV/SOLD/CBM AM/2022) João, servidor público, informou à sua amiga Maria que
ele somente perderia o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo ou, na forma da lei complementar, mediante avaliação periódica de
desempenho. Isso significa dizer que João
a) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
três anos de efetivo exercício.
b) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, e conta com mais de
dois anos de efetivo exercício.
c) ocupa cargo de provimento efetivo, em virtude de concurso público, independente do lapso
temporal desde a posse.
d) ocupa cargo público, de natureza não eletiva, e conta com mais de dois anos de efetivo
exercício.
e) exerce função pública, independente do cargo ocupado e da forma de provimento.

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Na situação narrada, João informou as três hipóteses de perda do cargo por parte dos servido-
res públicos estáveis. Logo, é correto inferir que João ocupa cargo de provimento efetivo, ten-
do sido aprovado mediante concurso público, e conta com mais de 3 anos de efetivo exercício,
que é condição para a aquisição da estabilidade.
Letra a.

023. (CETAP/TGINF/AGE PA/2022) De acordo com a Constituição da República Federativa


do Brasil, o dever de publicar anualmente os valores dos subsídios e das remunerações:
a) abrange os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
b) abrange apenas os cargos públicos do Poder Executivo.
c) abrange os cargos e empregos públicos somente do Poder Executivo.
d) deve ser observado apenas pelos Poderes Executivo e Legislativo.

Estabelece o §6º do artigo 39 que

Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da


remuneração dos cargos e empregos públicos.
Letra a.

024. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item a seguir, consideran-


do as disposições constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca
do direito administrativo.
Em situações jurídicas em que a CF autorize a acumulação de cargos, o teto remuneratório
será considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório das re-
munerações.

No julgamento do RE 602043, o STF sedimentou o entendimento de que, nas situações em que


a Constituição Federal autoriza a acumulação remunerada de cargos públicos, o teto remu-
neratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do
que recebido.

JURISPRUDÊNCIA
STF - RE 602043 - Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acu-
mulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de
cada um deles, e não ao somatório do que recebido.

Certo.

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025. (CEV UECE/GCM/PREF SOBRAL/2022) No âmbito da União, o servidor público abrangi-


do por regime próprio de previdência social será aposentado aos
a) 62 (sessenta e dois) anos de idade, se homem.
b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, se mulher.
c) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem.
d) 60 (sessenta) anos de idade, se mulher.

No âmbito da União, o servidor público abrangido por regime próprio de previdência social será
aposentado aos 62 anos de idade, se mulher, e aos 65 anos de idade, se homem.

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá ca-
ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.
Letra c.

026. (SUGEP UFRPE/ASS/UFRPE/ADMINISTRAÇÃO/2022) A Constituição Federal, em seu


Art. 41, Parágrafo 1º, Seção III, Capítulo VII, Título III, estabelece que o servidor público estável
só perderá o cargo:
1) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
3) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complemen-
tar, assegurada ampla defesa.
4) em razão de 2 (duas) faltas injustificadas.
Está(ão) correto(s) apenas:
a) 1, 2 e 4.
b) 2 e 3.
c) 1, 2 e 3.
d) 1, 3 e 4.
e) 2.

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Nos itens 1, 2 e 3, encontramos situações nas quais o servidor, ainda que estável, poderá vir a
perder o cargo público ocupado.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Letra c.

027. (FGV/AFCTE/SEFAZ AM/2022) Maria foi convidada para integrar a Administração Públi-
ca direta do Município Beta. Embora tenha ficado muito empolgada com o convite, já que, até
então, não lograra êxito em ser aprovada em um concurso para ocupar um cargo de provimen-
to efetivo, teve sérias dúvidas em relação ao respectivo regime previdenciário, caso viesse a
desempenhar trabalho temporário ou a ocupar cargo em comissão.
Ao se inteirar sobre a temática, Maria foi corretamente informada de que estaria sujeita ao
a) regime próprio de previdência social, se viesse a desempenhar trabalho temporário e, ao
regime geral de previdência social, caso viesse a ocupar cargo em comissão.
b) regime próprio de previdência social, se viesse a ocupar cargo em comissão e, ao regime
geral de previdência social, caso viesse a desempenhar trabalho temporário.
c) regime próprio de previdência social, em ambos os casos, se o Município Beta o tivesse
criado até a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 103/2019.
d) regime próprio ou geral de previdência social, conforme a opção realizada por Maria no mo-
mento da nomeação.
e) regime geral de previdência social, em ambos os casos, o que não poderia ser excepcionado
pelo Município Beta.

Tanto na hipótese de cargo em comissão quanto no exercício de cargo temporário, o agente


público ficará sujeito às regras previdenciárias do RGPS (Regime Geral de Previdência Social).

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Letra e.

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028. (FCC/ASS PROC/PGE AM/2022) Carlos Eduardo será nomeado servidor público para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Atendidas as demais condições,
de acordo com a Constituição Federal, Carlos Eduardo adquirirá estabilidade após
a) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
b) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo: em virtude de sentença
judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
c) cinco anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado.
d) três anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de sen-
tença judicial transitada em julgado.
e) dois anos de efetivo exercício e, sendo estável, perderá o cargo somente em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.

Na medida em que Carlos Eduardo será nomeado servidor público para cargo de provimento
efetivo em virtude de aprovação em concurso público, a estabilidade será alcançada, nos ter-
mos da Constituição Federal, após 3 anos de efetivo exercício.
Após a aquisição da estabilidade, Carlos Eduardo apenas poderá perder o cargo público nas
seguintes hipóteses: em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante processo
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento de avalia-
ção periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Letra a.

029. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias fun-


damentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Federal de
1988, julgue o item a seguir.
A avaliação especial de desempenho não constitui requisito para que o servidor público alcance
a estabilidade, uma vez que ela se aplica unicamente aos servidores em estágio probatório.

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Administração Pública
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Diferente do que afirmado, a avaliação especial de desempenho constitui requisito para que o
servidor público alcance a estabilidade.

Art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Errado.

030. (CEBRASPE/CESPE/DPF/PF/2021) Foi realizado concurso para o preenchimento de va-


gas para determinado cargo público, de natureza civil, da administração direta federal.
Após a divulgação dos resultados, os aprovados foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e o que dispõe a Lei n. 8.112/1990, julgue o item subsecutivo.
Os aprovados no referido concurso público serão investidos em cargos em comissão median-
te posse e somente adquirirão estabilidade se, após três anos de efetivo exercício, forem apro-
vados no estágio probatório.

Os aprovados no mencionado concurso público serão investidos em cargos efetivos, e não em


cargos em comissão. A investidura ocorrerá com a posse, sendo que tais servidores alcança-
rão a estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Errado.

031. (CEBRASPE/CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do direito de greve e de serviços essen-


ciais, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
É vedado o exercício do direito de greve a todos os servidores públicos que atuem diretamente
na área de segurança pública.

De acordo com o entendimento do STF, os servidores públicos que atuam diretamente na área
de segurança pública não podem fazer uso do direito de greve.

JURISPRUDÊNCIA
STF. ARE 654432/GO - O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade,
é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na
área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação
instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art.
165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria.

Certo.

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032. (CEBRASPE/CESPE/PROC/TC-DF/2021) Acerca do direito de greve e de serviços essen-


ciais, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF.
O exercício, ainda que não abusivo, do direito de greve por servidor público civil em estágio
probatório é falta grave e suficiente para sua imediata exoneração pela autoridade competente,
haja vista a inexistência de estabilidade.

O direito de greve não implica em falta grave, ainda que o servidor esteja em estágio probató-
rio. Em sentido oposto, a greve pode ser livremente exercida pelos servidores públicos civis,
ainda que estes estejam no período de estágio probatório.
Neste sentido, merece ser destacada a súmula 316 do STF, de seguinte redação:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 316 – STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.

Errado.

033. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias


fundamentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Fede-
ral de 1988, julgue o item a seguir.
O salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, é direito tanto do trabalhador da ini-
ciativa privada quanto do servidor público civil, podendo a lei estabelecer, para o servidor públi-
co, requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo assim exigir.

Uma série de direitos sociais são estendidos aos servidores públicos, conforme previsão do
artigo 39, §3º da Constituição Federal.

Art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Dentre estes direitos, temos o salário-mínimo fixado em lei e nacionalmente unificado.

Art. 7º, IV - salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-
sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, ves-
tuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Certo.

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Administração Pública
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034. (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE PE/CALCULISTA/2019) Ainda à luz da Constituição Fe-


deral de 1988, julgue o item subsecutivo.
Governador de estado será remunerado por subsídio fixado em parcela única, com o devido
acréscimo do respectivo adicional de gratificação de função.

O Governador, por ser um ocupante de Poder, realmente receberá por meio de subsídio. No
entanto, esta forma de pagamento veda o acréscimo de adicionais e gratificações, diferente do
que informado pela questão.

Art. 39, 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secre-
tários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de represen-
tação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Errado.

035. (CEBRASPE/CESPE/ASSIST/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2018) Acerca do conceito de


Constituição, dos princípios e dos direitos fundamentais, bem como das disposições sobre os
servidores públicos na Constituição Federal de 1988, julgue o item que se segue.
O reconhecimento de convenções e acordos coletivos de trabalho é um direito fundamental
social que não se aplica aos servidores ocupantes de cargo público.

De acordo com a Constituição Federal, uma série de direitos sociais são aplicáveis aos servido-
res públicos. Dentre eles, não consta o reconhecimento de convenções e acordos coletivos de
trabalho, direito este que está intimamente relacionado com os trabalhadores regidos pela CLT.

Art. 39, § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII,
IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados
de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Certo.

036. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Quanto à Administração Pública e a suas


disposições gerais, julgue o item a seguir.
O prazo de validade dos concursos públicos para a investidura em cargos da Administração
Pública, nos termos da Constituição Federal de 1988, é de dois anos, prorrogável, uma única
vez, por um período de até um ano.

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Administração Pública
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Diferente do que afirmado, o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, pror-
rogável uma vez, por igual período.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Errado.

037. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
A aprovação em concurso público é requisito básico para a investidura em cargos públicos, ressal-
vados apenas os cargos eletivos, que dependem de sufrágio para a escolha de seus ocupantes.

Os cargos eletivos não são a única exceção à regra do concurso público. A título de exemplo,
podemos citar os servidores ocupantes de cargos em comissão, cuja investidura independe da
realização de concurso público. No caso dos cargos em comissão, a nomeação e exoneração
são livres à autoridade competente.
Errado.

038. (QUADRIX/CONT/CRF AP/2021) No que se refere a normas específicas de gestão fiscal,


financeira e orçamentária, julgue o item.
Determinado servidor público concursado poderá acumular o exercício do cargo público com
a investidura em mandato eletivo federal, estadual ou municipal.

Não há possibilidade de acumulação para todos os cargos eletivos, ao contrário do que men-
cionado pela questão. A possibilidade de acumulação ocorre apenas em relação ao cargo
eletivo de Vereador, e, ainda assim, desde que haja compatibilidade de horários.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as van-
tagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
Errado.
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039. (QUADRIX/AG ADM/CRBM 4/PA RO/2021) Acerca dos servidores públicos, julgue o
item a seguir.
Para que o servidor público seja considerado como estável, é necessária, além dos três anos
de efetivo serviço, a realização de avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.

A questão está correta, exigindo os requisitos a serem observados para que o servidor público
adquira a estabilidade no serviço público.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desem-
penho por comissão instituída para essa finalidade.
Certo.

040. (QUADRIX/ASS/CRBM 4/PA RO/GESTÃO/2021) No que se refere aos servidores públi-


cos, julgue o item a seguir.
Conforme a Constituição Federal de 1988, são estáveis após 24 meses de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Con-
tudo, o servidor estável poderá perder o cargo após procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla defesa.

A estabilidade ocorre após 3 anos de efetivo exercício, conforme previsão da Constitui-


ção Federal.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
Errado.

041. (VUNESP/ESC/CODEN/2021) A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, entre outros, também,
ao seguinte:
a) É vedado ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
b) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito
de remuneração de pessoal do serviço público.
c) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos, e vedados, em qualquer hipótese, aos estrangeiros.

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d) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superio-
res aos pagos pelo Poder Executivo.
e) É vedada a contratação por tempo determinado, mesmo na hipótese de se atender às neces-
sidades temporárias e de excepcional interesse público.

a) Errada. Estabelece o inciso VI do artigo 37 que “é garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical”.
b) Certa. A alterativa está correta, nos termos da Constituição Federal:

Art. 37, XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o
efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

c) Errada. Os cargos, empregos e funções públicas também são acessíveis aos estrangeiros,
na forma disciplinada por lei.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

d) Errada. Estabelece o inciso XII do artigo 37 que

os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.

e) Errada. Diferente do que afirmado, o inciso IX do artigo 37 estabelece que

a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade tem-
porária de excepcional interesse público.
Letra b.

042. (QUADRIX/ASS ADM/CRF AP/2021) Com relação aos cargos e aos agentes públicos
(aqueles que exercem funções públicas e agem em nome do Estado), julgue o item.
O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor efetivo,
desde que já tenha cumprido o período de estágio probatório e adquirido a devida estabilidade.

O afastamento para exercício de mandato eletivo poderá ser concedido a qualquer servidor,
ainda que este, ao contrário do que afirmado pela questão, esteja no período de estágio pro-
batório. Dito de outra forma, tanto os servidores estáveis quanto os não estáveis poderão ser
afastados em virtude do desempenho de mandato eletivo.
Errado.
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043. (INSTITUTO AOCP/TEC MP/MPE RS/2021) Analise o seguinte caso hipotético:


Mário, servidor público em estágio probatório ocupante do cargo de Técnico do Ministério
Público do Estado do Rio Grande do Sul, foi eleito Deputado Federal. À luz da Constituição Fe-
deral, Mário
a) será exonerado do cargo de Técnico, pois ainda não goza de estabilidade.
b) será afastado do cargo de Técnico, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
c) será afastado do cargo de Técnico, sendo-lhe vedado optar pela sua remuneração.
d) perceberá as vantagens de ambos os cargos, desde que haja compatibilidade de horários.
e) será posto em disponibilidade e seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, inclusive para promoção por merecimento.

Como estamos diante de um mandato eletivo estadual, Mário será afastado do cargo de Téc-
nico, passando a receber a remuneração do cargo eletivo. Neste caso, não há possibilidade do
servidor optar pela remuneração, diferente do que ocorre, por exemplo, com a eleição para o
cargo de Prefeito.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;
Letra c.

044. (INSTITUTO IBDO/PROC M/PREF IGUABA GDE/2021) A administração pública direta e


indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos seus princípios básicos. Nesse sentido, é INCORRETO afirmar que seja um prin-
cípio básico da administração pública, expresso pela Constituição Federal de 88.
a) Motivo.
b) Impessoalidade.
c) Publicidade.
d) Eficiência.

Apenas a Letra A não elenca um princípio constitucionalmente previsto para a Adminis-


tração Pública.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra a.

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Administração Pública
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045. (DEIP PMPI/CAB/PM PI/2021) São princípios básicos da administração pública confor-
me o texto Constitucional:
a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e deficiência.
b) Legalidade, pessoalidade, probidade, publicidade e eficiência.
c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..
d) Impessoalidade, legitimidade, moralidade, sigilo e eficiência.
e) Pessoalidade, moralidade, sigilo, eficácia e legitimidade.

A Letra C elenca, corretamente, os princípios básicos da Administração Pública previstos no


texto da Constituição Federal.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)
Letra c.

046. (FCC/JE TJMS/TJ MS/2020) Ao dispor sobre a criação de cargos em comissão, o legis-
lador deve observar as normas constitucionais e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
nessa matéria, segundo as quais
a) a criação de cargos em comissão somente se justifica para o exercício de funções de dire-
ção, chefia e assessoramento, não se prestando ao desempenho de atividades burocráticas,
técnicas ou operacionais, pressupondo necessária relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o servidor nomeado.
b) cabe à lei que os instituir definir, objetivamente, suas atribuições, podendo, todavia, dele-
gar essa competência ao administrador, para que discipline a matéria por meio de ato regu-
lamentar, uma vez que a Constituição Federal não veda a delegação de competências entre
os Poderes.
c) pode a lei do ente federativo facultar aos servidores públicos ocupantes exclusivamente de
cargo público em comissão a opção entre aderir ao Regime Geral de Previdência Social ou ao
Regime Próprio de Previdência Social.
d) os servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo público em comissão devem
aposentar-se compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de idade ou, na forma da lei comple-
mentar federal, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade.
e) é inconstitucional, por violação à norma constitucional que permite a livre nomeação pelo
administrador público, norma estadual que estabeleça requisito de formação, em curso de ní-
vel superior, para o preenchimento de cargo em comissão.

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a) Certa. Nos termos da Constituição Federal, os cargos em comissão, assim como ocorre com
as funções de confiança, são destinados às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

Especialmente em relação aos cargos em comissão, as atribuições podem ser desempenha-


das até mesmo por terceiros sem vínculo prévio com o Poder Público. Por isso mesmo, tais
cargos não podem ser utilizados para o desempenho de atividades burocráticas, técnicas ou
operacionais, haja vista que é necessária uma relação de confiança entre a autoridade nome-
ante e o servidor nomeado.
b) Errada. As atribuições dos cargos devem ser feitas por meio de lei, sem possibilidade de
delegação da competência para ato regulamentar do administrador.
c) Errada. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargos em comissão são regidos pelas
regras do Regime Geral de Previdência Social.

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

d) Errada. A regra da aposentadoria compulsória é aplicada aos servidores ocupantes de cargo


público efetivo. Os servidores públicos ocupantes exclusivamente de cargo público em comis-
são são regidos pelas regras do Regime Geral de Previdência Social.
e) Errada. A norma estadual pode sim estabelecer requisitos de formação em curso de nível su-
perior como condição para o preenchimento de cargo em comissão. E isso ocorre na medida
em que estes cargos são destinados às funções de direção, chefia e assessoramento. Logo,
a depender da atividade desenvolvida, pode a Administração Pública exigir conhecimentos
específicos do agente ocupante.
Letra a.

047. (FCC/AGA/PREF RECIFE/2019) Três anos após ter sido aprovado em concurso público
de provas, cujo prazo de validade inicial de dois anos havia sido prorrogado uma vez por igual
período, Fabrício é convocado, nomeado e empossado em cargo efetivo junto a órgão da Ad-
ministração direta de determinado Município. Alguns anos mais tarde, em razão de reestrutu-

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ração do órgão, ele passa a exercer função de confiança, por meio da qual é encarregado das
atribuições de chefia da seção em que foi lotado. Nessa mesma ocasião, Adélia é nomeada
e empossada em cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, para
exercer atribuições de assessoramento à direção superior do referido órgão, independente-
mente de aprovação prévia em concurso público. Nessas circunstâncias, a investidura de Fa-
brício no cargo efetivo é
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de admissão de
Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro,
pelo Tribunal de Contas respectivo.
b) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança, mas não a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando tanto o ato de ad-
missão de Fabrício quanto o de Adélia sujeitos à apreciação quanto à sua legalidade, para fins
de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.
c) compatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de con-
fiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato de
admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
d) incompatível com a Constituição Federal, assim como a assunção por ele de função de
confiança e a nomeação de Adélia para o cargo em comissão, estando, contudo, apenas o ato
de admissão de Adélia sujeito à apreciação quanto à sua legalidade, para fins de registro, pelo
Tribunal de Contas respectivo.
e) incompatível com a Constituição Federal, assim como, por consequência, a assunção por
ele de função de confiança, embora a nomeação de Adélia para o cargo em comissão seja
legítima, estando apenas o ato de admissão de Fabrício sujeito à apreciação quanto à sua le-
galidade, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas respectivo.

Na situação apresentada, a investidura de Fabrício no cargo efetivo é compatível com a Consti-


tuição Federal, uma vez que ocorreu por meio de prévia aprovação em concurso público. Sendo
servidor efetivo, poderá ele perfeitamente vir a ocupar uma função de confiança.
No caso de Adélia, ainda que esta não tivesse vínculo com o Poder Público, a designação para
o cargo em comissão é igualmente possível.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,
e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e as-
sessoramento;

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Por fim, é importante destacar que todos os atos de nomeação ou designação, como regra
geral, devem ser apreciados, sob a ótica da legalidade, pelo Tribunal de Contas. Uma das exce-
ções a esta apreciação é a relacionada com as nomeações para os cargos em comissão, que,
por serem de livre nomeação e exoneração da autoridade competente, não são apreciadas.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato Concessório;
Letra c.

048. (FCC/AG FOM EX/AFAP/2019) À luz das normas constitucionais que regem a Adminis-
tração pública,
a) a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deve-
rá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela podendo constar símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades, desde que distintos dos utili-
zados durante a campanha eleitoral.
b) as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos res-
ponderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, desde que comprovado dolo ou culpa.
c) o servidor público investido no mandato de Deputado Estadual, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remune-
ração do cargo eletivo.
d) é permitida a acumulação remunerada de um cargo público de professor com outro cargo
público técnico, quando houver compatibilidade de horários.
e) o prazo de validade do concurso público será de até 3 anos, prorrogável uma vez, por
igual período.

a) Errada. Estabelece o §1º do artigo 37 que

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

b) Errada. A responsabilização ocorrerá independente de dolo ou culpa.

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, asse-
gurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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c) Errada. Eleito para o cargo eletivo de Deputado Estadual, o servidor deverá ser afastado do
cargo efetivo.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;

d) Certa. Aqui, estamos diante de uma das situações em que a Constituição Federal admite,
desde que haja a compatibilidade de horários, a acumulação de cargos públicos.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

e) Errada. De acordo com a Constituição Federal, o prazo de validade do concurso público é de


até 2 anos, podendo ser prorrogado uma vez por igual período.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
Letra d.

049. (FCC/OET/DETRAN SP/2019) Determinado servidor público da Administração direta es-


tadual, ocupante de cargo efetivo, pretende candidatar-se a Vereador no próximo pleito local.
Nessa hipótese, à luz da Constituição Federal de 1988, referido servidor:
a) deverá exonerar-se de seu cargo, até seis meses antes do pleito, podendo retomar o exercí-
cio, caso não seja eleito.
b) se eleito, ficará afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, independen-
temente de haver compatibilidade de horários.
c) se eleito, será afastado de seu cargo durante o exercício do mandato eletivo, se não houver
compatibilidade de horários, sendo-lhe vedado optar pela remuneração do cargo.
d) terá o tempo de serviço contado, para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por
antiguidade ou merecimento, na hipótese de ser eleito para o mandato e afastado de seu cargo.
e) se eleito, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo ele-
tivo, durante o exercício do mandato, desde que haja compatibilidade de horários.

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Para responder a questão, façamos uso das disposições do artigo 38 da Constituição Federal:

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não haven-
do compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

Desta forma, ao ser investido no mandato Vereador, poderá o servidor, desde que haja compatibilida-
de de horário, receber as vantagens do cargo eletivo sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo.
Letra e.

050. (FCC/AJ TRF4/TRF 4/APOIO ESPECIALIZADO/INFRAESTRUTURA EM TECNOLOGIA


DA INFORMAÇÃO/2019) Considere as seguintes situações hipotéticas:
I – Servidora pública, ocupante de cargo efetivo na Administração direta estadual, elege-se
para exercer mandato de Deputada Estadual;
II – Professor de ensino fundamental da rede pública municipal é aprovado em concurso públi-
co para exercer cargo de suporte administrativo em autarquia estadual.
Nessas hipóteses, considerada a disciplina da matéria na Constituição Federal,
a) ambos estarão impedidos de cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com
as novas ocupações respectivas, devendo pedir exoneração caso pretendam assumi-las.
b) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor
estará impedido de cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
c) a servidora ficará afastada de seu cargo, durante o exercício do mandato, e o professor es-
tará autorizado a cumular o cargo atual com aquele para o qual foi aprovado em concurso, se
houver compatibilidade de horários.
d) a servidora estará autorizada a cumular o exercício do cargo atual com o do mandato, se
houver compatibilidade de horários, mas o professor estará impedido de cumular o cargo atual
com aquele para o qual foi aprovado em concurso.
e) ambos estarão autorizados a cumular o exercício dos cargos que ocupam atualmente com
o das novas ocupações respectivas, desde que haja compatibilidade de horários.

I – Considerando que a servidora foi eleita para um cargo eletivo, deve ela ser afastada, durante
o mandato, do cargo efetivo.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;

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II – No caso do professor, a acumulação apenas seria possível em relação a outro cargo de


professor ou então para um cargo técnico ou científico.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

E como o cargo aprovado é destinado a prestar suporte administrativo em uma autarquia esta-
dual, não estamos, no caso, diante de um cargo técnico ou científico.
Letra b.

051. (FCC/AG ADM/CM FORTALEZA/2019) A Constituição Federal de 1988 estabelece algu-


mas diferenciações de tratamento entre o servidor titular de cargo efetivo e o servidor ocupan-
te de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, sendo um aspecto em que ocorre
esse tratamento diferenciado
a) a submissão ao teto remuneratório.
b) a possibilidade de exercício do direito de greve.
c) a irredutibilidade dos vencimentos.
d) a possibilidade de associação sindical.
e) o regime previdenciário.

Apenas a Letra E reproduz uma diferença existente entre os servidores titulares de cargos efe-
tivos e os ocupantes de cargos em comissão.
Nos termos da Constituição Federal, o servidor ocupante de cargo exclusivamente em comis-
são estará submetido ao Regime Geral de Previdência Social. Já os ocupantes de cargo efetivo
se submetem às regras do Regime Próprio.

Art. 40, § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declara-
do em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou
de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.
Letra e.

052. (FCC/AG ADM/CM FORTALEZA/2019) Prefeito de determinado município pretende dar


cumprimento a item constante do programa de governo pelo qual se elegeu, relativo à des-
centralização na execução de determinados serviços de competência municipal, por meio da
criação de uma autarquia. À luz da Constituição Federal de 1988,
a) o Prefeito poderá criar a autarquia, por ato próprio, independentemente de autorização
legislativa.

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b) a instituição da autarquia por ato do Prefeito deverá ser autorizada por lei, cabendo previa-
mente à lei complementar definir a área de sua atuação.
c) o Prefeito poderá criar a autarquia por ato próprio, independentemente de autorização legis-
lativa, desde que lei complementar defina a área de sua atuação.
d) o Prefeito não poderá criar a autarquia, nem ser autorizado por lei a tanto, pois Municípios
não podem criar autarquias.
e) a autarquia somente poderá ser criada por lei específica.

A criação de autarquias é medida que apenas pode ser realizada por lei específica. Assim,
ao contrário do que ocorre com as demais entidades da Administração Pública, onde a
lei apenas autoriza a criação, as autarquias são criadas diretamente com a edição da lei
específica.

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, nes-
te último caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra e.

053. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Após cinco anos de efetivo exercício no cargo para o
qual havia sido nomeada em virtude de aprovação em concurso público, à determinada servi-
dora pública da Administração direta municipal é aplicada pena de demissão, ao fim de proces-
so administrativo no qual não lhe foi assegurada ampla defesa. Estando assim vago, o cargo
é em seguida preenchido, em virtude de concurso de remoção interna, por outro servidor está-
vel. A demissão, contudo, é posteriormente invalidada por sentença judicial, sendo a servidora
reintegrada e o ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem indenização. Nessa
hipótese, a reintegração da servidora deu-se de modo
a) compatível com a Constituição Federal, assim como a recondução do ocupante da vaga ao
cargo de origem.
b) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga somente poderia ter sido
reconduzido ao cargo de origem mediante indenização.
c) compatível com a Constituição Federal, mas o ocupante da vaga deveria ter sido aproveita-
do em outro cargo, e não reconduzido ao de origem, sem indenização.
d) incompatível com a Constituição Federal, e o ocupante da vaga deveria ter sido posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
e) incompatível com a Constituição Federal, diferentemente da recondução do ocupante da
vaga ao cargo de origem, que se deu nos termos previstos constitucionalmente.

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Para que pudesse ser demitida, o processo administrativo deveria ter assegurado à servidora
as garantias do contraditório e da ampla defesa.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

Tendo a demissão sido invalidada, o que acontecerá é a reintegração da servidora. Nesta situ-
ação, o eventual ocupante da vaga deverá ser reconduzido ao cargo de origem.

Art. 41, § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo
de serviço.
Letra a.

054. (FCC/AG FISCP/PREF SJRP/2019) Em conformidade com a Constituição Federal, será


afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração, o
a) servidor público da administração autárquica investido no mandato de Deputado Estadual.
b) servidor público da administração direta investido no mandato de Vereador, quando não
houver compatibilidade de horários.
c) servidor público da administração fundacional investido no mandato de Deputado Federal.
d) Prefeito nomeado para cargo em comissão na administração direta estadual.
e) servidor público da administração direta investido em mandato eletivo distrital, quando hou-
ver compatibilidade de horários.

Quando o servidor é eleito para o cargo de Vereador, poderá ele, caso haja compatibilidade de
horário, receber ambas as remunerações. Caso não haja compatibilidade, deve o agente esta-
tal optar por uma das duas remunerações.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em-
prego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração;

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III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não haven-
do compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V – na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem.
Letra b.

055. (FCC/ASS TD/DPE AM/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) A acumula-


ção remunerada de cargos públicos é, por regra, proibida. A Constituição da República contu-
do, de maneira excepcional, permite expressamente, entre outras hipóteses, havendo compati-
bilidade de horários, a acumulação de
a) um cargo de jornada parcial com outro de assessoria especial.
b) dois cargos destinados a profissionais da segurança pública.
c) um cargo de policial com outro de serventuário da Justiça.
d) até três cargos de professor, desde que mantidos por entes federativos diversos.
e) dois cargos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.

As exceções à regra da vedação à acumulação de cargos, empregos e funções públicas estão


expressas no artigo 37, XVI, da Constituição Federal.

Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver com-
patibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Letra e.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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