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ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
SISTEMA DE ENSINO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
Gustavo Scatolino
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Gabarito........................................................................................................................53
Gabarito Comentado. .....................................................................................................54
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1. Introdução
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• material, que considera a atividade exercida: o serviço público seria a atividade que tem
• formal, que considera o regime jurídico: o serviço público seria aquele exercido sob regi-
Serviço público é toda atividade que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente, ou por meio
de seus delegatários, para atender às necessidades da sociedade.
Se uma atividade é considerada (pela lei já que se adota a teoria formal) como serviço
público, deverá ser prestada pelo Estado e retirada do domínio do particular, que só poderá
executá-la se houver uma delegação do Estado.
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Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter espe-
cial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
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Porém, vamos apresentar aquela que parece ser a mais aceita, levando em conta a classi-
ficação de vários autores importantes.
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Existe corrente doutrinária, Hely Lopes Meirelles (2009) apresenta a seguinte classificação:
Os serviços próprios são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Pú-
blico (segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) para a execução dos quais a Administração
usa de sua supremacia sobre os administrados. Por essa razão, só devem ser prestados por órgãos
ou entidades públicas, sem delegação a particulares.
E continua o autor:
Assim, na sua prova, caindo a classificação dos serviços públicos próprios e impróprios com
qualquer desses conceitos vistos acima, estará correta a questão.
Serviços administrativos: são os que a Administração executa para atender às suas neces-
sidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público, tais como o da
imprensa oficial; das estações experimentais e outros dessa natureza.
Serviços comerciais ou industriais: são os que produzem renda para quem os presta, me-
diante a remuneração da utilidade usada ou consumida; remuneração essa que, tecnicamente,
é denominada tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo Poder Público, quer quando
o serviço é prestado por seus órgãos e entidades, quer quando por concessionários, autoriza-
tários ou permissionários. Esse tipo de serviço pode ser prestado direta ou indiretamente pelo
Estado (por concessionários, autorizatários ou permissionários).
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Essa é a que mais cai! Não por ser difícil, mas por ter um nome diferente!
Serviços uti universi ou gerais: são aqueles que a Administração presta sem ter usuários
determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação pública;
calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc.
Serviços gerais são custeados por IMPOSTOS.
Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e utilização par-
ticular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e a energia
elétrica domiciliares.
Serviços uti singuli são custeados por TAXA, TARIFAS ou PREÇOS PÚBLICOS.
Esse é outro tema frequente em prova! Os princípios estão elencados no art. 6º da Lei n.
8.987/1995.
Para não esquecer, lembre-se do mnemônico: CO CO MO GE SE ATUA c/ EFICIÊNCIA.
Vamos lá!
Cortesia: por esse princípio, exige-se urbanidade no tratamento com os usuários do servi-
ço. Refere-se ao trato educado para com o público destinatário da prestação estatal. Cuidado!
Não tem a ver com gratuidade. Como regra, os serviços públicos não precisam ser gratuitos.
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Veja que, por motivo de inadimplência, pode haver a interrupção do serviço (ex: corte de
energia).
Porém, o Superior Tribunal de Justiça entende que, se o corte de energia puder causar dano
irreversível ao usuário ou for inadimplente pessoa jurídica de direito público, não poderá ha-
ver a interrupção. Por exemplo, se um município não paga a conta perante a empresa privada
concessionária, não poderá cortar a luz do Município e ficar sem luz nas ruas, na prefeitura, no
hospital etc.
É importante se atentar para a inovação legislativa que proibiu interrupção do serviço ini-
ciando na sexta-feira, finais de semana e feriados. Veja:
Art. 6º, § 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não pode-
rá iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
(Incluído pela Lei nº 1.4015, de 2020)
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Modicidade: significa que, quando o serviço público for cobrado, as tarifas devem ter pre-
ços razoáveis. Não são todos os serviços que exigem contraprestação pecuniária, como, por
exemplo, saúde e educação prestadas pelo Estado, mas, se houver cobrança pela sua dispo-
sição, não deve haver, por parte do Poder Público, intuito de lucro; e, se o serviço for prestado
mediante concessão e permissão, as tarifas cobradas devem ter valores módicos, até para
viabilizar a observância do princípio da generalidade.
Portanto, o princípio da modicidade tem estreita relação com o da generalidade, na medida
em que a imposição de cobrança de valores módicos ressalta a prestação ao maior número
possível de pessoas, sem privar aqueles que necessitam usufruir o serviço público.
Visando a atender ao princípio da modicidade das tarifas, poderá o poder concedente pre-
ver, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes prove-
nientes de receitas alternativas. (Ex.: permitir que o concessionário faça locação de espaço
para instalação de restaurante ou posto de gasolina na rodovia por ele administrada).
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5. Formas de Prestação
Nos termos do art. 175 da CF, o Estado poderá prestar o serviço diretamente ou mediante
concessão e permissão. Estes dois institutos são contratos administrativos para a delegação
de serviço público a particular. A Lei n. 8.987/1995 regulamenta os dois institutos.
O art. 175 da CF prevê a prestação de serviços públicos como dever estatal, podendo a sua
execução ser feita diretamente pelo Estado ou mediante concessão ou permissão. A norma
Constitucional exige a edição de lei que disponha sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter espe-
cial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
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Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há também
a autorização de serviços públicos.
6. Espécies de Concessão
O art. 2º da Lei n. 8.987/1995 conceitua dois tipos de concessão:
• concessão de serviço público;
• concessão de serviço público precedida da execução de obra pública.
A Lei n. 8.987/1995 determina que sejam aplicadas às permissões, no que couber, as dis-
posições sobre as concessões.
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VI – aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII – à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execu-
ção do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
VIII – às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma
de aplicação;
IX – aos casos de extinção da concessão;
X – aos bens reversíveis;
XI – aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessioná-
ria, quando for o caso;
XII – às condições para prorrogação do contrato;
XIII – à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder
concedente;
XIV – à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
XV – ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.
Dentre as cláusulas essenciais ao contrato, está a previsão dos bens reversíveis. A rever-
são é a incorporação dos bens do concessionário, indispensáveis para a continuidade da pres-
tação do serviço, ao poder concedente.
O art. 29 da Lei n. 8.987/1995 estabelece os deveres do poder concedente que incidirão
sobre os concessionários.
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Subconcessão
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I – atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fis-
cal necessárias à assunção do serviço; e
II – comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
“Não se confunde com a subconcessão a mera contratação de terceiros, nos termos dos
§§ 1º, 2º e 3º do art. 25 da Lei n. 8.987/95 para o “desenvolvimento de atividades inerentes,
acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos
associados”, sempre obedientes “às normas regulamentares da modalidade do serviço conce-
dido”. É certo que nisto não se poderá absorver parte importante ou significativa da prestação
do serviço, sob pena de tal “terceirização” desvirtuar o caráter intuitu personae da concessão e
fraudar o sentido da licitação que a tenha precedido.”2
Foi disposto na lei que, na contratação de terceiros, os contratos celebrados entre a con-
cessionária e os terceiros reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer re-
lação jurídica entre os terceiros e o poder concedente.
Da Intervenção na Concessão
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A figura da Administração Temporária foi criada para que os controladores, muitas vezes
instituições financeiras, possam sanear as concessionárias, mas sem que tenham ações, pois,
caso contrário, teriam responsabilidade tributária, trabalhista entre outras. Assim, com inova-
ção criada pela lei, o financiador terá o poder de controlador, elegendo membros do Controle
de Administração e propondo alterações no Estatuto da empresa, mas sem deter ações da
empresa concessionária.
NOTA!
Reversão não é forma de extinguir a concessão. Trata-se do retorno ao poder concedente dos bens transferidos
ao concessionário (bens reversíveis).
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É a forma natural de extinção do contrato. Atingindo o prazo estipulado, sem que haja pror-
rogação, ocorre a extinção do contrato.
7.2. Encampação
É a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no contrato,
por motivo de interesse público.
Requisitos para encampação:
• interesse público;
• lei autorizativa específica;
• indenização prévia.
7.3. Caducidade
Decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente declara a ca-
ducidade, gerando a extinção do contrato.
O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta as situações para declaração de caducidade:
I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;
IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a
adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta)
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.
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ENCAMPAÇÃO CADUCIDADE
Forma – Lei autorizativa específica Forma – Decreto
(depois é feito um decreto) (não precisa de lei autorizativa)
Motivo – ato irregular praticado pelo
Motivo – interesse público
concessionário – art. 38, Lei n. 8.987/95
Indenização PRÉVIA Indenização POSTERIOR (se houver)
7.4. Rescisão
A rescisão ocorrerá por iniciativa do concessionário, no caso de descumprimento das nor-
mas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para
esse fim. Quando o poder concedente pretender extinguir o contrato antes do prazo fixado,
deve valer-se da encampação, desde que preencha os requisitos legais, ou, então, da caduci-
dade, caso o contratado não cumpra o contrato corretamente.
Estabelece a lei que os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos
ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.
7.5. Anulação
A anulação ocorrerá em caso de ilegalidade praticada no decorrer da licitação, ou mesmo
na formação do contrato de concessão.
Com a falência da empresa concessionária ou qualquer outra forma de extinção, não have-
rá possibilidade de continuidade na prestação dos serviços.
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8. Parceria Público-Privada
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NOTA!
Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos
ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do
parceiro público ao parceiro privado.
Amigo(a) concurseiro(a), destaco esses artigos a seguir para leitura. São muito importantes!
Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licita-
ção e preservada pelas regras de revisão previstas nesta lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior.
§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio
econômico-financeiro.
§ 3º Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos
ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará
a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-finan-
ceiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente, à alteração.
Art. 10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato, considera-se mantido seu equilíbrio
econômico-financeiro.
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes
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Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolu-
ção de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Explicação:
litígio entre poder concedente e concessionário podem não ser submetidos à solução do Poder Ju-
diciário e levados à Justiça arbitral – “justiça privada”).
Da Intervenção na concessão
Art. 16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de
inviabilidade técnica ou econômica justificada no ato a que se refere o art. 5º desta Lei.
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação
na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e
legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação
do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar pro-
cedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabi-
lidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares,
será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem
prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a Administração do serviço será de-
volvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos
atos praticados durante a sua gestão.
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Prazo dos contratos de PPP: de 5 a 35 anos, já com eventuais prorrogações.
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MAPA MENTAL
Cortesia
Continuidade
Modicidade das tarifas
PRINCÍPIOS Generalidade
Segurança
Atualidades
Advento do termo contratual Eficiência
Interesse público
Teoria formal
Lei autorizativa Encampação CONCEITO
Toda atividade definida por LEI
Indenização prévia
Ilegalidade Anulação
SERVIÇOS Direta pelo Estado
PÚBLICOS
Falência ou extinção da empresa e falecimento ou incapacidade do titular
Prazo certo
Licitação – concorrência
Pela via judicial Rescisão
Concessão
Pessoa jurídica ou consórcio de empresas
FORMA DE PRESTAÇÃO
Obra e serviço ou serviço
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPE-
RIOR) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode
prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão
ou autorização.
DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
DIO) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos e às formas
Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor
instrumentos jurídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização
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De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder público
promova a retomada imediata da prestação do serviço no caso de extinção de contrato de conces-
são por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal poder realize
previamente o pagamento de indenizações devidas.
d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consór-
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
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que se efetue corte no fornecimento de serviço público essencial, ainda que tal inadimplência
se refira a dívida
a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispen-
sáveis à população.
b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-
c) de valor irrisório.
a) geral.
b) administrativa.
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c) descentralizada.
d) não exclusiva.
e) individual.
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d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do
objeto do empreendimento.
e) pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do
valor originalmente pactuado.
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I – A interrupção do serviço público não se caracterizará como descontinuidade quando ocor-
rer por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.
II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta téc-
nica, a partir de um preço fixado pelo edital.
III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas os itens I e II estão certos.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
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a) pode exigir a delimitação dos valores devidos pelo poder concedente, impondo-lhe deman-
da judicial para o pedido, para analisar a possibilidade de prosseguir com a extinção.
b) configura hipótese de encampação da concessão, que exige autorização legislativa, na
qual será fixado eventual valor a ser pago ao concessionário.
c) enquadra-se na hipótese de caducidade, o que prescinde de lei específica para tanto, sen-
do suficiente a comprovação da interrupção injustificada.
d) é faculdade do poder concedente, ainda que não haja previsão legal expressa, na medida
em que a demonstração de culpa por parte do concessionário é o único fundamento neces-
sário para tanto.
e) é caso de anulação do contrato, por vício de legalidade identificado pelo poder concedente,
o que exige medida judicial para fixação de indenização à Administração estadual, pois admi-
nistrativamente só é possível implementar a extinção antecipada em caso de dolo ou fraude.
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a) III, IV e V, apenas.
b) I, II e V, apenas.
c) I, II, III e V, apenas.
d) I, II, III e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
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para finalização da obra. Preocupado com esse cenário e diante do cronograma de obra,
compatibilizado com o início das atividades de um porto cujas obras já estavam em fase
final, o poder concedente
a) pode instaurar processo administrativo para apuração da situação financeira da conces-
sionária e declarar a caducidade da concessão, arcando, nesse caso, com a responsabilidade
perante os empregados, tendo em vista que os serviços ainda não haviam se iniciado.
b) pode rescindir o contrato por motivo de interesse público, indenizando a concessionária
apenas pelos serviços executados, diante da culpa demonstrada.
c) não pode declarar a caducidade do contrato, tendo em vista que não houve descumprimen-
to do ajuste, embora seja possível cogitar da encampação, que demanda autorização legal
específica e análise de custo benefício, diante da vultosa indenização que seria devida à con-
cessionária.
d) deve encampar a concessão, com fundamento no princípio da continuidade dos serviços pú-
blicos, mediante autorização legislativa, que permite imediata assunção dos bens e materiais
pelo poder concedente, cabendo indenização à concessionária pelos serviços executados.
e) pode intervir na concessão, nomeando interventor para acompanhar todas as decisões da
concessionária e, principalmente, a gestão financeira da empresa, para possibilitar que o poder
concedente saiba antecipadamente se a higidez financeira da concessionária será comprome-
tida.
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GABARITO
1. E 29. a 57. d
2. C 30. C 58. e
3. C 31. C 59. d
4. E 32. C 60. a
5. E 33. E 61. d
6. a 34. C 62. c
7. b 35. C 63. a
8. a 36. E 64. b
9. c 37. E 65. e
10. a 38. a 66. d
11. C 39. b 67. a
12. E 40. a 68. e
13. b 41. c
14. a 42. a
15. E 43. C
16. E 44. E
17. C 45. b
18. c 46. c
19. c 47. c
20. e 48. c
21. C 49. e
22. e 50. c
23. e 51. e
24. C 52. e
25. E 53. d
26. E 54. b
27. b 55. a
28. b 56. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2018/CESPE/EMAP/CONHECIMENTOS BÁSICOS/CARGOS DE NÍVEL SUPE-
RIOR) No que diz respeito à ordem econômica e financeira, aos serviços públicos, às formas
de outorgas e à ordenação do transporte aquaviário, julgue o seguinte item.
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode
prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão
ou autorização.
Errado.
A autorização de serviço público não depende de licitação, devido ao fato de que, sendo o
serviço prestado no interesse exclusivo ou predominante do beneficiário, não há viabilidade
de competição. O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta e risco, sujei-
tando-se à fiscalização pelo Poder Público. A concessão e a permissão dependem de prévia
licitação.
Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 170, § único, é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei; dessa forma, a lei pode estabelecer condições para o exercício de
certas atividades econômicas.
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Em se tratando de prestação de serviço público sob o regime de concessão, a lei deve dispor
sobre os direitos do usuário e a política tarifária.
Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 175, caput e § único, incumbe ao Poder Público, na for-
ma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licita-
ção, a prestação de serviços públicos, sendo que a lei disporá sobre os direitos dos usuários
e a política tarifária.
Errado.
Na verdade, trata-se de concessão administrativa e não concessão patrocinada. De acordo
com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, § 2º, a concessão administrativa é o contrato de prestação
de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envol-
va execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Tratando-se de concessão admi-
nistrativa, a administração pública é usuária direta ou indireta da prestação de serviços, en-
quanto, no caso de concessão patrocinada, há cobrança de tarifa dos usuários particulares.
que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.
De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder público
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concessão por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal poder
Errado.
De acordo com o entendimento do STJ, uma vez extinto o contrato de concessão por decurso
STJ n. 97).
a) deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previs-
d) prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do
objeto do empreendimento.
Letra a.
a) Certa. Segundo a CF/1988, art. 175, incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, a prestação de ser-
viços públicos. A concessão e a permissão serão sempre precedidas de licitação e, por esse
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a execução da atividade, tendo em vista que se trata de uma descentralização por cola-
boração.
c) Errada. De acordo com a CF/1988, art. 37, § 6º, as pessoas jurídicas de direito público e
as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade civil das prestadoras de serviços
públicos é objetiva.
d) Errada. Não é possível a alteração unilateral do contrato pela Administração Pública no que
Público diz respeito apenas à alteração unilateral das cláusulas regulamentares, de serviço
ou de execução.
e) Errada. Ao contrário do que afirma a alternativa, é possível que haja alteração do valor ori-
ginalmente pactuado e, em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial
são, uma das formas de delegação do serviço público, ocorre quando o Estado transfere
a) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço ao particular mediante a formalização de
vínculo de natureza precária.
b) apenas a prestação de serviços públicos ao particular mediante a formalização de vínculo
de natureza precária.
c) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa jurídica ou consórcio de em-
presas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
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d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consór-
cio de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
ção de vínculo de natureza precária.
Letra b.
a) Errada. Conforme expliquei em questão anterior, a permissão não transfere a titularidade, e
sim a execução do serviço público.
b) Certa. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de-
monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
c) Errada. A permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas. Per-
missão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
d) Errada. A permissão não transfere a titularidade, e sim a execução do serviço público. Além
do mais, a permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas.
e) Errada. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que de-
monstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
a) contraída por usuário pessoa jurídica de direito público que não preste serviços indispen-
sáveis à população.
b) contraída por usuário pessoa física que dependa da manutenção do serviço, de forma con-
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c) de valor irrisório.
Letra a.
cos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido
à população. (Jurisprudência em teses do STJ n. 13). AgRg no AREsp 412822/RJ, Rel. Ministro
b) a retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por motivo
de interesse público.
concernentes à concessão.
cessão.
Letra c.
tratos administrativos de concessão, mas não por caducidade. Caducidade é outra forma de
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b) Errada. A retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por
motivo de interesse público diz respeito à encampação e não à caducidade. (Lei n. 8.987/1995,
art. 37).
c) Certa. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 38, § 1º, inciso II, a caducidade da concessão
poderá ser declarada pelo poder concedente quando a concessionária descumprir cláusulas
d) Errada. De acordo com o art. 39, da Lei n. 8.987/1995, o contrato de concessão poderá ser
tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim. A
de concessão por si só. A caducidade é outra forma de extinção. (Lei n. 8.987/1995, art. 35,
inciso I).
a) geral.
b) administrativa.
c) descentralizada.
d) não exclusiva.
e) individual.
Letra a.
Os serviços públicos gerais são indivisíveis, sendo prestados a toda a coletividade, sem des-
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determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação públi-
ca; calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc. Os serviços gerais são custeados
por impostos.
Certo.
De acordo com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, §§ 1º e 2º, concessão patrocinada é a concessão
de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecu-
niária do parceiro público ao parceiro privado. Já a concessão administrativa é o contrato de
prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Errado.
É indispensável que seja feita a notificação e o aviso prévio ao usuário. Segundo o entendi-
inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação. STJ, AgRg no AREsp 412822/ RJ.
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seguem.
por motivos de ordem técnica, desde que ocorra após prévio aviso.
II – Na concessão, o julgamento da licitação pode ser feito com base na melhor proposta
III – O contrato de concessão não pode ser rescindido por iniciativa da concessionária.
Letra b.
I – Certo. O STJ tem considerado legítima a interrupção do fornecimento de energia elétrica
em situações de emergência, ou após aviso prévio, desde que nos limites do disposto no ar-
tigo 6º, § 3º, da Lei n. 8.987/1995. Veja:
Lei n. 8.987/1995
Art. 6º
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emer-
gência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
II – Certo. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 15, inciso IV, no julgamento da licitação,
será considerado como um dos critérios a melhor proposta técnica, com preço fixado no edi-
tal.
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III – Errado. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 39, o contrato de concessão poderá
contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para
Letra a.
I – Certo. É o que estabelece o caput do art. 2º, da Lei n. 11.079/2004:
II – Certo. É o que dispõe os incisos I e II do art. 2º, § 4º, da Lei n. 11.079/2004:
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Art. 5º, III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força
maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;
Errado.
O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre precedidos
de licitação. No caso de permissão, poderá qualquer modalidade de licitação.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Errado.
O item foi dado como errado, porque entendeu o examinador que poderia haver alteração uni-
lateral e acredito que seja essa a fundamentação:
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Lei n. 8.987/1995. Art. 9º § 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial
equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à al-
teração.
Porém, a questão está um tanto confusa porque a alteração de cláusula econômica de con-
trato, quanto mais de tarifas é, digamos, controversa (ou melhor complicada). O poder público
não pode impor que ele abaixe as tarifas. Não é simples assim. Até porque sua remuneração
é a tarifa paga pelo usuário. Caso isso venha a ocorrer, tem que o Estado e o concessionário
sentar à mesa e rediscutir o contrato, aumentar o prazo e ver uma solução para restabelecer o
equilíbrio econômico do contrato.
Certo.
É o que se depreende do art. 2º, II, da Lei n. 8.987/1995:
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Letra c.
É o que dispõe o art. 10, caput, e inciso IV, da Lei n. 11.079/2004:
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Letra c.
I – Certo. É o que estabelece o art. 9º, § 1º, da Lei n. 8.987/1995:
Art. 9º, § 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço
público alternativo e gratuito para o usuário.
III – Certo. Esse é o correto conceito de encampação, segundo o art. 37 da Lei n. 8.987/1995:
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
Letra e.
a) Errada. É o que estabelece o Art. 2º, § 3º, da Lei n. 11.079/2004:
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Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
Certo.
A resposta da questão está nos arts. 23 e 24 da Lei n. 13.460, de 2017, que dispõe sobre a par-
ticipação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da administração
pública:
Art. 23. Os órgãos e entidades públicos abrangidos por esta Lei deverão avaliar os serviços pres-
tados, nos seguintes aspectos:
I – satisfação do usuário com o serviço prestado;
II – qualidade do atendimento prestado ao usuário;
III – cumprimento dos compromissos e prazos definidos para a prestação dos serviços;
IV – quantidade de manifestações de usuários; e
V – medidas adotadas pela administração pública para melhoria e aperfeiçoamento da prestação
do serviço.
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Art. 24. Regulamento específico de cada Poder e esfera de Governo disporá sobre a avaliação da
efetividade e dos níveis de satisfação dos usuários.
Letra e.
a) Errada. De acordo com o § 1º do art. 26, a subconcessão será sempre precedida de licita-
ção na modalidade concorrência:
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que
expressamente autorizada pelo poder concedente.
§ 1º A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.
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d) Errada. A concessão só poderá ser feita por pessoa jurídica ou consórcio de empresas:
b) pode ter a respectiva taxa alterada pelo concessionário, que poderá considerar aspectos
c) é um serviço de utilidade pública que não pode ser prestado por pessoa jurídica de direito
d) não poderá gerar cobrança vinculada de tarifa mínima, sendo imperiosa a correspondência
consumo.
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Letra e.
a) Errada. O serviço de fornecimento de água é uti singuli, ou seja, têm usuários determinados
e utilização particular ou mensurável para cada destinatário
b) Errada. É prestado mediante tarifa, não taxa.
c) Errada. Por ser serviço de utilidade pública o Estado presta-os diretamente ou consente que
sejam prestados por terceiros (concessionários, permissionários ou autorizatários).
d) Errada. Pode haver a cobrança de tarifa mínima.
e) Certa. É o que se depreende da redação da Súmula n. 407 do STJ:
Certo.
A ausência de autorização pode acarretar em declaração de caducidade por parte da Admi-
nistração, provocando a extinção do contrato. Estabelece o artigo 27 da Lei n. 8.987/1995:
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Errado.
O art. 175 da CF determina que os casos de concessão e permissão sejam sempre precedidos
de licitação. Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutri-
na denomina-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as
concessões regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. Assim, a contratação de
parceria público-privada deverá ser precedida de licitação.
É inclusive o que determina o art. 10 da Lei n. 11.079/2004:
Errado.
Segundo a Lei n. 11.079/2004 a modalidade utilizada será a concorrência:
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Letra b.
a) Errada. Estabelece o art. 5º da Lei n. 11.079/2004 que o prazo de vigência não será inferior
a 5, nem superior a 35 anos.
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação dada
pela Lei n. 13.529, de 2017);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.
Assim, o valor mínimo do contrato de PPP passou a ser de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
reais) após a modificação da Lei n. 13.529, de 2017.
c) Errada. A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas
de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
d) Errada. Segundo a lei, as penalidades não são restritas apenas ao parceiro privado, mas
também à Administração Pública.
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e) Errada. O que é vedado é o objeto único no contrato de PPP. Segundo a Lei n. 11.079/2004,
é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada (art. 2º, § 4º):
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.
Letra b.
a) Errada. Segundo a Lei, poderá assumir essa forma, não sendo obrigatório.
Art. 9º § 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com
valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.
b) Certa. A PPP é regida pela Lei n. 11.079/2005, sendo disciplinada, também, pela Lei n.
8.987/1995 e pela Lei n. 8.666/1993. A Lei n. 11.079/2005 contém normas gerais, aplicáveis
a todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios), dispostas nos arts. 1º a 14.
Segundo o art. 12 da referida lei:
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Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades
de que trata este Capítulo.
Art. 28. A União não poderá conceder garantia ou realizar transferência voluntária aos Estados,
Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto
das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a 5% (cinco por cento)
da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10
(dez) anos subsequentes excederem a 5% (cinco por cento) da receita corrente líquida projetada
para os respectivos exercícios.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que contratarem empreendimentos por in-
termédio de parcerias público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e à Secretaria do
Tesouro Nacional, previamente à contratação, as informações necessárias para cumprimento do
previsto no caput deste artigo.
§ 2º Na aplicação do limite previsto no caput deste artigo, serão computadas as despesas deriva-
das de contratos de parceria celebrados pela administração pública direta, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, dire-
ta ou indiretamente, pelo respectivo ente, excluídas as empresas estatais não dependentes.
Letra a.
Serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à comu-
nidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência do grupo social
e do próprio Estado. Por exemplo: Defesa nacional, polícia e fiscalização de atividades, água,
saneamento básico. Dito isso, a coleta de lixo de enquadra em serviço prestado diretamente
pela Administração por envolver saneamento básico.
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Certo.
A subconcessão é a transferência para que outra empresa execute parte do contrato. O art. 26
da Lei n. 8.987/1995 permite a subconcessão, desde que expressamente autorizada pelo po-
der concedente, exigindo que seja precedida de concorrência.
Certo.
Estabelece o art. 18–A da Lei n. 8.987:
Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipó-
tese em que:
I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o in-
vólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do
atendimento das condições fixadas no edital;
II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor;
III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do
licitante com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que um lici-
tante classificado atenda às condições fixadas no edital;
IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições
técnicas e econômicas por ele ofertadas.
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Certo.
Encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente, antes do prazo estabelecido no
contrato, por motivo de interesse público. Requisitos para encampação:
• interesse público;
• lei autorizativa específica;
• indenização prévia.
Errado.
A autorização de serviço público não depende de licitação, devido ao fato de que sendo o serviço
prestado no interesse exclusivo ou predominante do beneficiário, não há viabilidade de compe-
tição. O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta e risco, sujeitando-se à
fiscalização pelo Poder Público. A concessão e a permissão dependem de prévia licitação.
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Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 170, § único, é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei, dessa forma, a lei pode estabelecer condições para o exercício de
certas atividades econômicas.
Certo.
De acordo com a nossa CF/1988, art. 175, caput e § único, incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação,
a prestação de serviços públicos, sendo que a lei disporá sobre os direitos dos usuários e a
política tarifária.
Errado.
Na verdade trata-se de concessão administrativa e não concessão patrocinada. De acordo
com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, § 2º, a concessão administrativa é o contrato de prestação
de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução
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item que se segue, relativo a serviços públicos e aos direitos dos usuários desses serviços.
De acordo com o STJ, o princípio da continuidade do serviço público autoriza que o poder pú-
de concessão por decurso do prazo de vigência ou por declaração de nulidade, desde que tal
Errado.
De acordo com o entendimento do STJ, uma vez extinto o contrato de concessão por decurso
do prazo de vigência, cabe ao Poder Público a retomada imediata da prestação do serviço até a
realização de nova licitação, independentemente de prévia indenização, assegurando a obser-
vância do princípio da continuidade do serviço público. (Jurisprudência em teses do STJ n. 97).
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Letra a.
a) Certa. Segundo a CF/1988, art. 175, incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de ser-
viços públicos. A concessão e a permissão serão sempre precedidas de licitação e, por este
motivo, as hipóteses de dispensa descritas no art. 24 da Lei de Licitações não se aplicam às
contratações para concessão de serviços públicos.
b) Errada. A concessão de serviço público não transfere a titularidade, transfere apenas a exe-
cução da atividade, tendo em vista que se trata de uma descentralização por colaboração.
c) Errada. De acordo com a CF/1988, art. 37, § 6º, as pessoas jurídicas de direito público
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade civil das prestadoras de serviços
públicos é objetiva.
d) Errada. Não é possível a alteração unilateral do contrato pela Administração Pública no que
se refere ao núcleo do objeto. A possibilidade de alteração unilateral do contrato pelo Poder
Público diz respeito apenas à alteração unilateral das cláusulas regulamentares, de serviço ou
de execução.
e) Errada. Ao contrário do que afirma a alternativa, é possível que haja alteração do valor origi-
nalmente pactuado e, em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equi-
líbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à
alteração (Lei n. 8.987/1995, art. 9º, § 4º).
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d) tanto a titularidade quanto a prestação do serviço, desde que a pessoa jurídica ou consórcio
de empresas mediante a formalização de vínculo de natureza precária.
e) apenas a prestação de serviços públicos, desde que a pessoa física mediante a formaliza-
ção de vínculo de natureza precária.
Letra b.
a) Errada. Conforme expliquei em questão anterior, a permissão não transfere a titularidade e
sim a execução do serviço público.
b) Certa. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
c) Errada. A permissão de serviço público não pode ser feira a consórcio de empresas. Per-
missão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
d) Errada. A permissão não transfere a titularidade e sim a execução do serviço público. Além
do mais, a permissão de serviço público não pode ser feita a consórcio de empresas.
e) Errada. Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
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c) de valor irrisório.
d) não relativa ao mês de consumo.
e) decorrente de suposta irregularidade no hidrômetro ou medidor de energia elétrica apurada
unilateralmente pela concessionária.
Letra a.
De acordo com o entendimento do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públi-
cos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido
de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis
à população. (Jurisprudência em teses do STJ n. 13). AgRg no AREsp 412822/RJ, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 25/11/2013.
Letra c.
a) Errada. A falência ou a extinção da empresa concessionária é causa de extinção dos con-
tratos administrativos de concessão, mas não por caducidade. Caducidade é outra forma de
extinção (Lei n. 8.987/1995, art. 35, inciso VI).
b) Errada. A retomada, durante o prazo da concessão, do serviço pelo poder concedente, por
motivo de interesse público diz respeito à encampação e não caducidade. (Lei n. 8.987/1995,
art. 37).
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c) Certa. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 38, § 1º, inciso II, a caducidade da concessão
poderá ser declarada pelo poder concedente quando a concessionária descumprir cláusulas
contratuais, ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão.
d) Errada. De acordo com o art. 39, da Lei n. 8.987/1995, o contrato de concessão poderá ser
rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contra-
tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
A caducidade é a extinção do contrato pelo descumprimento por parte da concessionária e
não por parte do poder concedente.
e) Errada. O advento do termo contratual é causa de extinção dos contratos administrativos
de concessão por si só. A caducidade é outra forma de extinção. (Lei n. 8.987/1995, art. 35,
inciso I).
Letra a.
Os serviços públicos gerais são indivisíveis, sendo prestados a toda a coletividade, sem des-
tinatários determinados ou individualizados. A Administração presta sem ter usuários deter-
minados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia; iluminação pública;
calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc. Os serviços gerais são custeados por
impostos.
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Certo.
De acordo com a Lei n. 11.079/2004, art. 2º, §§ 1º e 2º, concessão patrocinada é a concessão
de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de
1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecu-
niária do parceiro público ao parceiro privado. Já a concessão administrativa é o contrato de
prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda
que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Errado.
É indispensável que seja feita a notificação e o aviso prévio ao usuário. Segundo o entendimen-
to do STJ, é legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadim-
plente o usuário, desde que precedido de notificação. STJ, AgRg no AREsp 412822/ RJ.
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Lei n. 8.987/1995 – Serviços Públicos
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Letra b.
I – Certo. O STJ tem considerado legitima a interrupção do fornecimento de energia elétrica
em situações de emergência ou após aviso prévio desde que nos limites do disposto no artigo
6º, § 3º, da Lei n. 8.987/1995. Veja:
Lei n. 8.987/1995, Art. 6º, § 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrup-
ção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
II – Certo. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 15, inciso IV, no julgamento da licitação será
considerado como um dos critérios a melhor proposta técnica, com preço fixado no edital.
III – Errado. De acordo com a Lei n. 8.987/1995, art. 39, o contrato de concessão poderá ser
rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contra-
tuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
O concessionário não poderá rescindir unilateralmente o contrato, porém o concessionário
poderá litigar judicialmente para rescindir o contrato.
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d) adotada pelo poder público quando celebra contrato de concessão comum ou de conces-
são patrocinada, ainda que esses modelos possam contar com aporte do poder concedente
para execução das obras.
e) que pode ser viabilizada em contraponto à prestação direta, excluídos os serviços públicos
de caráter essencial, que são obrigatoriamente responsabilidade do titular do serviço público
em questão.
Letra c.
No Direito brasileiro, a prestação de serviços públicos compete ao Estado, diretamente ou
sob o regime de concessão ou permissão, conforme dispõe o art. 175 da Constituição Federal
de 1988. Extrai-se que o Texto Constitucional conferiu ao Poder Público a titularidade para o
exercício dessa atividade, estabelecendo, também, que a prestação será de forma direta ou
mediante concessão ou permissão, sempre por meio de licitação:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter es-
pecial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização
e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
O Estado é o titular do serviço público. A delegação aos particulares não transfere a titularida-
de, apenas a sua execução.
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c) enquadra-se na hipótese de caducidade, o que prescinde de lei específica para tanto, sen-
do suficiente a comprovação da interrupção injustificada.
d) é faculdade do poder concedente, ainda que não haja previsão legal expressa, na medida
em que a demonstração de culpa por parte do concessionário é o único fundamento neces-
sário para tanto.
e) é caso de anulação do contrato, por vício de legalidade identificado pelo poder concedente,
o que exige medida judicial para fixação de indenização à Administração estadual, pois admi-
nistrativamente só é possível implementar a extinção antecipada em caso de dolo ou fraude.
Letra c.
A caducidade decorre de ato irregular praticado pelo concessionário. O poder concedente
declara a caducidade, gerando a extinção do contrato.
O art. 38 da Lei n. 8.987/1995 apresenta as situações para declaração de caducidade:
I – se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as nor-
mas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II – a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares
concernentes à concessão;
III – a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decor-
rentes de caso fortuito ou força maior;
IV – a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a
adequada prestação do serviço concedido;
V – a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI – a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a
prestação do serviço; e
VII – a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento e oitenta)
dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do
art. 29 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993.
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Letra c.
Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A doutrina denomina-
-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina as concessões
regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. Os contratos de PPP são contratos de
concessão de serviços públicos. O Poder Público deve optar pela PPP quando não for pos-
sível fazer a concessão comum (Lei n. 8.987/1995), pois na PPP haverá, necessariamente,
contraprestação pecuniária do Poder Público, o que não ocorre nas concessões comuns, em
que a remuneração do concessionário é feita pela tarifa cobrada dos usuários do serviço. Há
duas espécies:
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Letra e.
Os contratos Os contratos de PPP são contratos de concessão de serviços públicos. A dou-
trina denomina-os de concessão especial de serviços públicos, uma vez que a lei denomina
as concessões regidas pela Lei n. 8.987/1995 de concessões comuns. O Poder Público deve
optar pela PPP quando não for possível fazer a concessão comum (Lei n. 8.987/1995), pois na
PPP haverá, necessariamente, contraprestação pecuniária do Poder Público, o que não ocorre
nas concessões comuns, em que a remuneração do concessionário é feita pela tarifa cobrada
dos usuários do serviço. Há duas espécies:
• Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de
que trata a Lei n. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente
à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao par-
ceiro privado. Ex.: construção de um estádio de futebol com contraprestação do Poder
Público e retribuição pecuniária adicional mediante tarifa cobrada dos usuários;
• Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a Administra-
ção Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens. Ex.: construção de um prédio pelo parceiro privado
em terreno do Poder Público e, após a entrega da obra, o parceiro privado ficará durante
15 anos administrando o prédio e a Administração efetuará pagamento mensal para
utilizar o prédio com todos os serviços necessários. Depois do prazo de 15 anos fixado
em contrato, a Administração passa a assumir a gestão direta do edifício construído.
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a) continuidade.
b) publicidade.
c) modicidade.
d) cortesia.
e) controle.
Letra c.
Não concordo 100% com esse gabarito, pois a meu ver mais se aproxima do princípio da ge-
neralidade, no sentido de que o serviço público deve atender a todos.
Mas a FCC exigiu o entendimento do autor José dos Santos Carvalho Filho (30a Edição. p.
354). Segundo ele o princípio da modicidade significa
Que os serviços devem ser remunerados a preços módicos, devendo o Poder Público avaliar o po-
der aquisitivo do usuário para que, por dificuldades financeiras, não seja ele alijado do universo de
beneficiários do serviço.
Existem alguns serviços que alcançam o mais alto patamar no que concerne ao princípio da mo-
dicidade, isto é, são previstos como serviços gratuitos. Como exemplo, temos a educação básica
obrigatória, inclusive para os que não tiveram essa oportunidade na idade própria (art. 208, I, CF)
e o transporte coletivo urbano aos maiores de 65 anos (art. 230, § 2, CF). O fundamento dessa
garantia repousa, em linha de princípio, na necessidade de amparar hipossuficientes, que, sem as
respectivas normas de coerção, dificilmente teriam como exercer seus direitos.
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Letra e.
A Lei n. 8.987/1995 faculta essa possibilidade.
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
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Letra e.
Todos são requisitos que contas na Lei n. 11.079/2005.
Perceba que a questão afirmou que não seria viável contrato de concessão comum, pois com
o preço elevado das tarifas poderia não haver interessados. Assim, tem que ser feita uma PPP.
Letra d.
a) Errada. A Lei n. 8.987/1995 admite a interrupção do serviço por motivo de inadimplência
do usuário.
b) Errada. Não há direito de usufruir gratuitamente os serviços públicos. O que determina a
legislação é que seja observado o princípio da modicidade das tarifas.
c) Errada. O direito de greve aos servidores públicos foi admitido pelo STF. No entanto, enten-
deu o Tribunal que os dias paralisados em razão da greve serão descontados do pagamento,
pois houve suspensão do “contrato de trabalho”.
d) Certa. Para haver a suspensão deve haver justificativa e só pode haver nas hipóteses le-
gais. Art. 6, da Lei n. 8.987/1995.
e) Errada. Princípio da continuidade não se relaciona com celeridade, mas sim com a não in-
terrupção injustificada.
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Letra b.
a) Errada. Seja delegável ou indelegável o serviço, incumbe ao Poder Público prestá-los, dire-
tamente ou mediante concessão ou permissão.
b) Certa. Art. 175 da CF.
c) Errada. Cabe ao Poder Público de um modo geral a prestação de todos os serviços públicos,
mas pode prestá-los direta ou indiretamente.
d) Errada. O Poder Público somente pode prestar os serviços públicos assim reconhecidos
pelo ordenamento jurídico. Lembre-se de que se adota a teoria FORMAL, ou seja, serviço pú-
blico é a atividade que a lei assim vier a definir. Se não for serviço público a atividade poderá
ser prestada pelo particular.
e) Errada. A delegação em regra NÃO terá caráter de exclusividade.
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b) não se aplica no âmbito estadual, visto que se trata de lei destinada apenas a regular a
concessão e permissão de serviços públicos pela União.
c) veda a prestação delegada de serviços públicos por pessoas físicas, admitindo seja feita
somente por pessoas jurídicas e consórcios de empresas que demonstrem capacidade para
seu desempenho, por sua conta e risco.
d) admite que seja utilizada a modalidade pregão para escolha do delegatário na concessão
de serviços públicos, bem como na concessão de serviços públicos precedida da execução
de obra pública.
e) estabelece como única fonte de receitas das concessões e permissões de serviços públi-
cos a tarifa fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de
revisão previstas nessa lei, no edital e no contrato.
Letra a.
a) Certa. Lei n. 8.987/1995.
Art. 7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados e no
Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimen-
to, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos.
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Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes prove-
nientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou
sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto no art.
17 desta Lei.
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Letra c.
Trata-se do conceito de concessão.
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Letra d.
Todas as alternativas são respondidas pelo art. 2º, da Lei n. 8.987/1995:
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Letra e.
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Letra d.
a) Errada. A inversão das fases é uma faculdade, e não uma imposição.
Art. 18-A. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento
b) Errada. A reversão não será de todos os bens utilizados pela concessionária, mas apenas
daqueles que serão transferidos ao concessionário para continuar a prestação do serviço.
Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham
sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar pro-
cedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsa-
bilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamenta-
res será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária,
sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no
prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
d) indenização da concessionária de serviço público, no advento do termo contratual, caso haja
bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objeti-
vo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
d) Certa.
Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham
sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
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Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para reso-
lução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada
no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Incluído
pela Lei n. 11.196, de 2005)
Letra a.
No entanto, não concordo com o gabarito, pois para ser concessão patrocinada a questão
deveria informar que o concessionário teria duas fontes de receita: dos usuários e outra adi-
cional paga pelo poder público.
Sendo assim, se tem apenas uma fonte de receita (tarifa paga pelo usuário) deveria ser uma
concessão comum. Porém, a letra d também não está correta, pois fala de concessão comum
com duas fontes de receita, sendo que na concessão comum é uma única fonte de receita.
A meu ver não teria gabarito correto, mas a banca deu a letra a como correta.
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Letra d.
Trata-se de uma disposição incluída na Lei n. 8.987/1995 na qual admite que os financia-
dores e garantidores (muitas vezes grandes instituições financeiras) passem a administrar
temporariamente a empresa concessionária a fim de promover sua reestruturação financeira
e assegurar a continuidade da prestação dos serviços SEM acarretar nenhuma responsabili-
dade aos financiadores e garantidores.
Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o poder concedente autorizará a
assunção do controle ou da administração temporária da concessionária por seus financiadores e
garantidores com quem não mantenha vínculo societário direto, para promover sua reestruturação
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financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços. (Incluído pela Lei n. 13.097, de
2015)
§ 1º Na hipótese prevista no caput, o poder concedente exigirá dos financiadores e dos garantido-
res que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal, podendo alterar ou dispensar os
demais requisitos previstos no inciso I do parágrafo único do art. 27. (Incluído pela Lei n. 13.097,
de 2015)
§ 2º A assunção do controle ou da administração temporária autorizadas na forma do caput deste
artigo não alterará as obrigações da concessionária e de seus controladores para com terceiros,
poder concedente e usuários dos serviços públicos. (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
§ 3º Configura-se o controle da concessionária, para os fins dispostos no caput deste artigo, a
propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e garantidores que atendam os
requisitos do art. 116 da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pela Lei n. 13.097, de
2015)
§ 4º Configura-se a administração temporária da concessionária por seus financiadores e ga-
rantidores quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados os
seguintes poderes: (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
I – indicar os membros do Conselho de Administração, a serem eleitos em Assembleia Geral pelos
acionistas, nas sociedades regidas pela Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administrado-
res, a serem eleitos pelos quotistas, nas demais sociedades; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
II – indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem eleitos pelos acionistas ou quotistas contro-
ladores em Assembleia Geral; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
III – exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas ou quo-
tistas da concessionária, que representem, ou possam representar, prejuízos aos fins previstos no
caput deste artigo; (Incluído pela Lei n. 13.097, de 2015)
IV – outros poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste artigo. (Incluído pela
Lei n. 13.097, de 2015)
§ 5º A administração temporária autorizada na forma deste artigo não acarretará responsabilidade
aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus, sanções, obrigações ou
compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente ou empregados. (Incluído pela Lei
n. 13.097, de 2015)
§ 6º O Poder Concedente disciplinará sobre o prazo da administração temporária. (Incluído pela
Lei n. 13.097, de 2015)
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financiamento para finalização da obra. Preocupado com esse cenário e diante do cro-
nograma de obra, compatibilizado com o início das atividades de um porto cujas obras já
estavam em fase final, o poder concedente
a) pode instaurar processo administrativo para apuração da situação financeira da conces-
sionária e declarar a caducidade da concessão, arcando, nesse caso, com a responsabilidade
perante os empregados, tendo em vista que os serviços ainda não haviam se iniciado.
b) pode rescindir o contrato por motivo de interesse público, indenizando a concessionária
apenas pelos serviços executados, diante da culpa demonstrada.
c) não pode declarar a caducidade do contrato, tendo em vista que não houve descumpri-
mento do ajuste, embora seja possível cogitar da encampação, que demanda autorização
legal específica e análise de custo benefício, diante da vultosa indenização que seria devida
à concessionária.
d) deve encampar a concessão, com fundamento no princípio da continuidade dos serviços
públicos, mediante autorização legislativa, que permite imediata assunção dos bens e mate-
riais pelo poder concedente, cabendo indenização à concessionária pelos serviços executa-
dos.
e) pode intervir na concessão, nomeando interventor para acompanhar todas as decisões
da concessionária e, principalmente, a gestão financeira da empresa, para possibilitar que
o poder concedente saiba antecipadamente se a higidez financeira da concessionária será
comprometida.
Letra c.
No entanto, discordo totalmente uma vez que não seria caso de rescisão, e sim, de ENCAM-
PAÇÃO. Isso porque, por questões de interesse público poderia encampar o contrato, indeni-
zando previamente o concessionário dos prejuízos suportados. Desde que tenha autorização
legislativa para a encampação.
Não seria caso de caducidade, pois para isso tem que haver a perda da capacidade econô-
mica e a questão afirmou que a empresa apenas “dá sinais” de perda. Então, não poderia ser
caducidade.
Infelizmente, é uma questão que quem estudou erra e quem não sabe muita coisa pode até
acertar.
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Letra a.
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Letra b.
a) Errada. A possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários existe no caso das concessões
comuns, regidas pela Lei n. 8.987/1995, e também em se tratando de parceria público-privada,
na modalidade de concessão patrocinada, nos termos do art. 2º, § 1º, Lei n. 11.079/2004. Essa
possibilidade não ocorre, contudo, na hipótese da concessão administrativa.
b) Certa. Com efeito, a Lei n. 11.079/2004, em seu art. 6º, § 2º, expressamente autoriza o apor-
te de recursos em favor do parceiro privado para a realização de obras e aquisição de bens
reversíveis, desde que autorizado no edital de licitação. E inexiste, de fato, semelhante permis-
sivo legal no âmbito da Lei n. 8.987/1995.
c) Errada. Ao contrário do afirmado nesta opção, a Lei n. 8.987/1995 permite que o poder con-
cedente delegue a promoção de desapropriações pelos concessionários, como se extrai do
teor de seu art. 29, VIII, parte final. Logo, incorreta, no ponto, esta afirmativa.
d) Errada. Em se tratando de delegação de serviços públicos, opera-se tão somente a transfe-
rência da execução do serviço, mas não a sua titularidade, a qual permanece nas “mãos” do
poder concedente. Tanto assim que, ao final do prazo contratual, a princípio, o serviço retorna
para o Estado, salvo se houver nova licitação, seguida da celebração de novo contrato.
e) Errada. No âmbito das concessões comuns, a Lei n. 8.987/1995 é expressa ao estabelecer,
em seu art. 11, caput, a possibilidade de instituição, em favor do concessionário, de outras
fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos asso-
ciados, até mesmo para fins de proporcionar a desejada modicidade das tarifas.
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Letra e.
a) Errada. Nessa parte das concessões, ela rege-se pela Lei n. 8.666, a qual permite a desistên-
cia da proposta antes da abertura dos envelopes.
b) Errada. Não há direito a celebração do contrato, apenas expectativa de direito.
c) Errada.
Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
d) Errada. Não há impedimento para que se conheça a identidade do licitante antes do julga-
mento. Com efeito, quando ele apresenta a proposta já fica conhecida sua identidade.
e) Certa. A Lei n. 8.987/1995 prevê que a rescisão será sempre pela via judicial.
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por instituição financeira não controlada pelo Poder Público. A propósito dos fatos narrados e
nos termos da Lei n. 11.079/2004,
a) ambos os fatos narrados estão corretos e passíveis de ocorrerem nos contratos de parce-
ria público-privada.
b) ambos os fatos narrados estão incorretos, haja vista vedação expressa prevista na citada
Lei.
c) está correto apenas o fato narrado no primeiro contrato.
d) está correto apenas o fato narrado no segundo contrato.
e) o Município não poderia ter firmado dois contratos de parceria público-privada no intervalo de
seis meses, vez que é exigido um intervalo mínimo de um ano para tanto.
Letra d.
a) Errada. Primeira opção errada porque não há possibilidade de prazo maior do que 35 anos
nos contratos de PPP.
b) Errada. O segundo contrato foi celebrado corretamente.
c) Errada. Está correto apenas o fato narrado no segundo contrato.
d) Certa.
Lei n. 11.079/2004
Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria
público-privada poderão ser garantidas mediante:
IV – garantia prestada por organismos internacionais OU instituições financeiras que não sejam
controladas pelo Poder Público;
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Letra a.
Lei n. 11.079/2004 das PPPs.
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e) A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de revisão
tarifária pela concessionária.
Letra e.
a) Errada. Na contratação das concessões de serviços públicos, deve haver a repartição obje-
tiva dos riscos entre as partes.
Art. 2º, II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder conce-
dente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de em-
presas que demonstre capacidade para seu desempenho, POR SUA CONTA E RISCO e por prazo
determinado;
c) Errada. A cobrança de pedágios em rodovias públicas somente é possível por meio do ofe-
recimento de via alternativa e gratuita para o usuário.
Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da lici-
tação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expres-
samente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público
alternativo e gratuito para o usuário.
d) Errada. Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se
o equilíbrio econômico-financeiro, vedada a revisão em período inferior a um ano.
Não consta vedação na lei. Art. 9,
§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilí-
brio econômico-financeiro.
e) Certa. A alteração das alíquotas do imposto de renda não é causa que justifique pedido de
revisão tarifária pela concessionária.
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Gustavo Scatolino
Atualmente é procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito
Administrativo e Processo Administrativo. Ex-assessor de ministro do STJ. Aprovado em vários concursos
públicos, dentre eles, analista judiciário do STJ, exercendo essa função durante cinco anos, e procurador
do Estado do Espírito Santo.
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