Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Finanças Públicas
Discentes:
Armando Agostinho Fumo Júnior
Docente: Mestr
1
2. Objectivo Geral
2
3.Evolução das finanças públicas em moçambique
Durante esse periodo de 1975 a 2005 verificou se reformas fiscais e orcamentais, alem das
reformas desenvolveram se e executaram se varios programas de desenvolvimento que
visavam minimizar a pobreza e os efeitos nefastos da guerra contribuinda para o
melhoramento da educacao, vias de comunicacao, boa governacao, entre outras.
A primeira fase da reforma fiscal realizada em 1978, tinha como objectivo adequar o sistema
fiscal a filosofia do estado que acabava de emergir, promover maior justica social, e
contribuindo para o progresso social.
A segunda fase da reforma fiscal realizada no contexto do PRE, tinha como objectivo corrigir
os desequilibrios da economia nacional, assim como minimizar os efeitos nefastos da guerra.
A terceira fase da reforma fiscal, ralizada não so com a intencao de alterar aspectos
meramente financeiros mas tambem com a intencao de introduzir reformas nas areas de
recursos humanos.
4.Bens Públicos
São considerados bens públicos os bens destinados ao uso direto do Poder Público bem como
os bens destinados à utilização direta ou indireta da coletividade. A condição de bem público
independe de registro formal de propriedade em nome do ente estatal. Conforme lição da
doutrina, “os bens particulares quando afetados a uma atividade pública (enquanto o
estiverem) ficam submissos ao mesmo regime da propriedade pública. Logo, têm que estar
incluídos no conceito de bem público”. Assim, mesmo um bem que formalmente esteja
registrado como propriedade particular é um bem público, caso esteja sendo utilizada para
alguma
finalidade pública.
Os bens públicos são os de titularidade dos entes com personalidade jurídica de direito
público, como Autarquias, Agências Executivas, Agências Reguladoras e Fundações
Públicas. Órgãos não podem ser proprietários de bens públicos; assim, os Tribunais,
3
Tribunais de Contas, e Ministérios Públicos não podem ser titulares de bens públicos,
devendo ser a pessoa jurídica de direito público à qual estão inseridos, como a União, Estados
ou Municípios.
Bens de uso comum do povo são os que se destinam ao uso geral da coletividade, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças. Não existe a propriedade pelo ente público, existe a
administração do bem. O critério para – o critério é a destinação pública. Nesse sentido é a
lição da doutrina.
Os bens de uso comum do povo pertencem ao domínio eminente do Estado (lato sensu), que
submete todas as coisas de seu território à sua vontade, como uma das manifestações de
soberania interna, mas seu titular é o povo. Não constitui um direito de propriedade ou
domínio patrimonial de que o Estado possa dispor, segundo as normas de direito civil. O
Estado é gestor desses bens e, assim, tem o dever de sua superintendência, vigilância, tutela e
fiscalização para assegurar sua utilização comum. Os bens de uso especial são bens utilizados
pela Administração Pública para suas finalidades, ou seja, estão afetados a uma finalidade
pública. Podem ser de qualquer pessoa de direito público. Também se enquadram nessa
categoria os bens utilizados pelos particulares em virtude de delegação, bem como os bens
dos concessionários de serviços públicos que serão revertidos ao patrimônio do poder
concedente. Por fim, os bens das empresas públicas e sociedades de economia mista
prestadoras de serviços públicos, por estarem afetados a uma utilidade pública, também são
bens públicos de uso especial. Os bens dominicais constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades. Abrangem todos os demais bens públicos que não são de uso do povo e nem de
4
uso especial, ou seja, os bens de propriedade dos entes públicos sem uma destinação pública.
Segundo o parágrafo único do art. 99 do CC, também são bens públicos os dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.
Segundo Silvio Luiz Ferreira da Rocha, os bens públicos também devem cumprir a sua
função social. Toda propriedade, inclusive a pública, deve cumprir a sua função social. Não é
admissível que o Estado, cuja única razão de existir é a busca do interesse público, possa ter
uma propriedade que não atenda a função social. O Estado, tal como o particular, não pode
ser um especulador imobiliário; não pode ter um patrimônio imobiliário sem que o mesmo
tenha uma finalidade de proporcionar satisfação ao interesse coletivo; deve alienar, na forma
da lei, o seu patrimônio imobiliário que não tenha finalidade pública, sob pena de grave
descumprimento do princípio constitucional da eficiência administrativa.
Em regra, os bens devem ser usados pela pessoa jurídica de direito público ao qual pertence o
bem. Particulares podem utilizar bens públicos; entretanto, deve haver interesse público
demonstrado que justifique esse uso. O uso normal do bem público não altera a vocação
normal do bem (exemplo: cadeiras e mesas de restaurante em calçada). O uso anormal do
bem público altera a vocação natural do bem (fechamento de uma rua para realização de uma
feira livre).
O uso privativo de bem público consiste na outorga para uma pessoa utilizar um bem público
de forma exclusiva, por prazo temporário.
Em regra, o uso privativo do bem público deve ser remunerado. Não se pode aceitar um uso
privativo de bem público por entidade particular, sem que ocorra a necessária contrapartida
pelo proveito econômico obtido. É a aplicação do princípio da igualdade nos ônus e
benefícios decorrentes da ação do Estado. Se este beneficia alguém com um bem de sua
propriedade, deve haver um pagamento que irá reverter em prol de todos.
Também cumpre ressaltar que nos casos de outorga de uso de imóvel público, a licitação é
necessária quando há possibilidade de competição, como forma de evitar favoritismos por
5
parte da Administração, conforme lição de Carvalho filho, “quanto à exigência de licitação,
deve-se entender-se necessária sempre que for possível e houver mais de um interessado na
utilização do bem, evitando-se favorecimentos oupreterições ilegítimas”. A Lei 8.666/1993,
em seu art. 2.º, estabelece que as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,
alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas
com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses
previstas nesta Lei. A contratação direta somente é possível nas hipóteses de dispensa e
inexigibilidade de licitação.
Sempre que o uso do bem trouxer vantagens econômicas para a Administração ou para o
particular, não se trata de ato administrativo e sim de ato negocial que deve ser realizado por
meio de um procedimento prévio de seleção objetivo do interessado, sob pena de ofensa ao
princípio da impessoalidade:
Nos casos em que a Administração pode obter receita (ou, mesmo, vantagens indiretas –
como a economia de recursos para a conservação do bem ou a respectiva implementação de
benefícios), conjugada com a viabilidade de competição entre os interessados, instala-se o
dever de promover a licitação para o uso do bem público... não mais se estará diante da
clássica autorização unilateral via ato administrativo, mas, sim, de contrato administrativo a
ser celebrado entre a Administração e o concessionário/permissionário (ou, quando muito, de
ato administrativo negocial).
6
7.Conclusão
As finanças públicas são de extrema importância para todas as economias, porque são uma
componente do sistema económico que contribui directamente para a criação do rendimento e
da riqueza atravez da arrecadação de receitas para alocar nos diversos sectores da economia.
A gestão dos bens públicos é disciplinada de forma aleatória por vários diplomas legais.
Importante ressaltar que a condição de bem público decorre de seu uso em atividades de
interesse coletivo, ou seja, pela afetação, independentemente de qualquer ato registral em
sentido contrário. A função do registro de imóveis é apenas de dar publicidade às transações
imobiliárias e não de constituir a utilidade pública, que se dá pela mera afetação do bem.
A gestão do patrimônio público deve ser guiada pelos princípios da legalidade, moralidade e
impessoalidade.
Deve-se evitar qualquer ato de favorecimento pessoal na gestão de bens públicos, devendo-
se, sempre que possível, valer-se da licitação. Somente o interesse público deve guiar o
administrador público em suas decisões na gestão dos bens públicos.
7
8. Referências Bibliográficas
https://scholar.google.com
https://www.ceicdata.com