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Livro Eletrônico

Aula 13

Direito Administrativo p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com


Videoaulas - 2019
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida

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1 Bens públicos ............................................................................................................ 2


1.1 Conceito .................................................................................................................................... 2
1.2 Classificação .............................................................................................................................. 2
1.3 Características o regime jurídico dos bens públicos ............................................................. 5
1.4 Afetação e desafetação ............................................................................................................ 6
1.5 Ocupação .................................................................................................................................. 7
1.6 Aforamento ou enfiteuse .......................................................................................................... 7
1.7 Loteamento e zoneamento ....................................................................................................... 8
1.8 Polícia edilícia............................................................................................................................ 8
1.9 Espécies de bens públicos ...................................................
...................................................... 9
1.10 Uso privativo de bens públicos por particulares por meio de autorização, permissão e
concessão .......................................................................................................................................... 11
2 Questões para fixação ............................................................................................. 13
3 Questões comentadas na aula ................................................................................. 55
4 Gabarito ................................................................................................................. 78
5 Referências ............................................................................................................. 78

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje vamos estudar os bens públicos e os assuntos a eles relacionados.
Aos estudos, aproveitem!

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1 BENS PÚBLICOS

1.1 CONCEITO

Como em vários assuntos do direito administrativo, há divergência sobre o conceito de bens


públicos. Inicialmente, a doutrina considerava como bem público os bens das pessoas jurídicas de
direito público e os bens das pessoas jurídicas de direito privado que estivessem afetados à
prestação de determinado serviço público.
Contudo, o novo Código Civil abordou o assunto de forma diferente, dispondo, em seu art. 98, que
São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público
interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem .
Portanto, somente os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público (pessoas políticas,
autarquias e fundações autárquicas) são bens públicos, independentemente da atividade
desempenhada ou da destinação desses bens.
Já os bens das entidades administrativas de direito privado (empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações públicas de direito privado) são bens privados ou particulares.
Porém, para as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública que
prestem serviços públicos, há a possibilidade de seus bens possuírem algumas características dos
bens públicos. Nesses casos, os bens diretamente relacionados com a prestação de serviços
públicos podem possuir características próprias do regime jurídico dos bens públicos. Vale dizer,
eles não serão bens públicos, mas terão características próprias desses bens.
Podemos apresentar a seguinte síntese1:
a) somente são bens públicos, integralmente sujeitos ao regime jurídico de direito dos bens
públicos, qualquer que seja a sua utilização, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público;
b) os bens das pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública não são
bens públicos, mas podem estar sujeitos a regras próprias do regime jurídico dos bens
públicos, quando estiverem sendo utilizados na prestação de um serviço público.
Por fim, em decorrência da continuidade do serviço público, os bens diretamente relacionados
com a prestação de serviços públicos em empresas privadas também possuirão características
próprias do regime dos bens públicos, como a impenhorabilidade.

1.2 CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos bens públicos é importante, sobretudo, em decorrência do tratamento jurídico


diferenciado que é dispensado para cada espécie. Nesse contexto, é comum classificar os bens

1
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 929.

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públicos sobre três parâmetros: (a) quanto à titularidade; (b) quanto à destinação; e (c) quanto à
disponibilidade.

1.2.1 Titularidade

A titularidade diz respeito à pessoa que é proprietária dos bens, que podem ser federais, distritais,
estaduais ou municipais, conforme pertençam, respectivamente, à União, ao Distrito Federal, aos
estados ou aos municípios ou às entidades administrativas de direito público que integram a
administração indireta desses entes políticos.

1.2.2 Destinação

Essa é, sem dúvidas, a classificação mais importante. Atualmente, ela está positivada no art. 99 do
Código Civil, que estabelece que os bens públicos podem ser (a) de uso comum do povo; (b) de uso
especial; (c) dominicais.
Os bens de uso comum do povo, também chamados de bens de domínio público, são aqueles que
podem ser utilizados por todas as pessoas em igualdade de condições, independentemente de
autorização individualizada concedida pelo Poder Público. São exemplos os rios, mares, estradas,
ruas e praças.
Em regra, a utilização dos bens públicos é livre e gratuita, todavia é possível que o poder público
venha a cobrar taxas em determinadas situações, a exemplo da cobrança de estacionamento
rotativo. Vale reforçar, a utilização de bens públicos de uso comum pode ser gratuita ou
retribuída, conforme a entidade a que pertencer o bem estabelecer legalmente. Ademais, a
utilização desses bens pode se submeter ao poder de polícia, com o objetivo de preservar o
patrimônio público e proteger os usuários.
Os bens de uso especial, por sua vez, são aqueles utilizados na prestação serviços pela
Administração ou para a realização dos serviços administrativos. São exemplos: o edifício sede de
uma repartição pública; uma escola municipal; os hospitais públicos; o material de consumo de
escritório de órgãos públicos; etc.
A doutrina menciona que existem os bens de uso especial direto, que são aqueles que compõem o
aparato estatal, a exemplo da escolas públicas e dos veículos oficiais.
Por outro lado, os bens de uso especial indireto são aqueles que o poder público não utiliza
diretamente, mas os conserva com o objetivo de garantir um bem jurídico de interesse da
coletividade. São exemplos de bens de uso especial indireto as terras destinadas aos índios e as
terras públicas utilizadas na proteção do meio ambiente.
Por fim, os bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Em síntese, os
bens dominicais são aqueles que não possuem uma finalidade pública específica. É o que ocorre,
por exemplo, com um bem móvel apreendido, mas que não possui nenhuma finalidade definida.
Com efeito, todos os bens que não se enquadram no grupo de bens de uso comum ou nos bens de
uso especial, serão considerados como bens dominicais.

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Além disso, os bens dominicais podem ser utilizados para que o Estado obtenha renda, como
ocorre nos leilões.
Interessante notar que os bens de uso comum e de uso especial são inalienáveis, ou seja, não
podem ser vendidos, uma vez que possuem uma finalidade pública específica. Dessa forma, esses
tipos de bens são considerados bens afetados. Por outro lado, os bens dominicais não possuem
finalidade pública específica e, por esse motivo, podem ser alienados, sendo considerados bens
públicos desafetados.
Finalmente, vamos transcrever o conteúdo dos artigos 99 até 103 do Código Civil, tendo em vista a
importância desses dispositivos para nossa matéria:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for
estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

1.2.3 Disponibilidade

Quanto à disponibilidade, os bens públicos classificam-se em:


a) bens indisponíveis por natureza;
b) bens patrimoniais indisponíveis; e
c) bens patrimoniais disponíveis.
Os bens indisponíveis por natureza são aqueles que, em decorrência da natureza não patrimonial,
não podem ser alienados nem onerados pela Administração Pública. Os bens de uso comum, em
regra, são bens indisponíveis por natureza, a exemplo dos mares, rios e estradas.
Os bens patrimoniais indisponíveis, por outro lado, são aqueles que possuem valor patrimonial,
mas não podem ser alienados, uma vez que possuem uma finalidade pública específica. São bens
indisponíveis os bens de uso especial e os bens de uso comum do povo que possam ser objeto de
avaliação patrimonial. Exemplos: escolas públicas, hospitais públicos, prédios utilizados como sede
para os órgãos públicos ou autarquias, etc.
Por fim, os bens patrimoniais disponíveis são aqueles que podem ser objeto de avaliação
patrimonial e de alienação, na forma prevista em lei, uma vez que não estão afetados a uma
finalidade pública específica. Os bens dominicais correspondem aos bens patrimoniais disponíveis.

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1.3 CARACTERÍSTICAS O REGIME JURÍDICO DOS BENS PÚBLICOS

As principais características dos bens públicos são:


a) inalienabilidade;
b) impenhorabilidade;
c) imprescritibilidade;
d) não onerabilidade.
Juntas, essas características formam o denominado regime jurídico dos bens públicos. Assim, os
bens públicos possuem todas essas características, estejam ou não afetados a uma destinação
específica. Por outro lado, os bens das pessoas jurídicas de direito privado, em que pese não sejam
bens públicos, podem gozar de algumas dessas prerrogativas quando estiverem diretamente
vinculados à prestação de serviços públicos à população.

1.3.1 Inalienabilidade

A inalienabilidade é um termo que, aos poucos, está entrando em desuso. Isso porque a
inalienabilidade não é uma regra absoluta, uma vez que os bens públicos podem ser alienados,
desde que sejam obedecidas as regras legais para isso. Portanto, modernamente, o mais adequado
alienabilidade condicionada D
mencionar inalienabilidade ou alienabilidade condicionada, as suas situações estarão corretas.
D C C bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar
P C os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei .
Dessa forma, somente os bens dominicais podem ser alienadas, desde que obedeçam às exigências
da Lei 8.666/1993, que determina que um bem, para ser alienado, depende de existência de
interesse público devidamente justificado, de prévia avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel,
autorização legislativa.

1.3.2 Impenhorabilidade

Quando um particular move uma ação judicial contra um terceiro para exigir a quitação de uma
dívida, a justiça poderá decretar a penhora dos bens, com o objetivo de garantir o pagamento da
dívida.
Os bens públicos, entretanto, não podem ser objeto de penhora para garantia de execução de
ação contra a fazenda pública. Dessa forma, os bens públicos são impenhoráveis, sendo que o
pagamento de dívidas da fazenda pública deverá ocorrer pelo regime de precatórios, previsto no
art. 100 da Constituição Federal, nos seguintes termos:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos
ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

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1.3.3 Imprescritibilidade

Independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não podem ser
adquiridos mediante usucapião.
A usucapião, ou prescrição aquisitiva, é aquele que decorre da ocupação mansa e pacífica do bem
durante determinado período de tempo, na forma prevista na legislação civil. De acordo com o
C C aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um
imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé E
no entanto, não se aplica contra os bens públicos, inclusive os dominicais.
O C C s bens públicos não estão sujeitos a usucapião .
T “TF “ desde a vigência do
Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por
usucapião
Com efeito, a Constituição Federal possui regra expressa sobre a impossibilidade de aquisição de
bens imóveis públicos localizados em zona urbana (CF, art. 183, §3º) ou em área rural (CF, art. 192,
parágrafo único). Em que pese esses dispositivos só abordem os bens imóveis, a imprescritibilidade
também abrange os bens públicos móveis, por força do art. 102 do CC.

1.3.4 Não onerabilidade

Onerar significa utilizar um bem público como garantia do pagamento de um credor em caso de
inadimplência da obrigação. As espécies de direitos reais de garantia previstas no Código Civil (art.
1.225) sobre coisa alheia são o penhor, a anticrese e a hipoteca.
Assim, uma vez que os bens públicos são não oneráveis, eles não podem ser objeto de direito real
de garantia dos débitos contraídos por um ente público.

1.4 AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO

A afetação e a desafetação são institutos importantes quando se verifica a possibilidade de alienar


ou não um bem público. Um bem desafetado é aquele que não possui uma destinação pública
específica, enquanto um bem afetado é aquele destinado a uma finalidade pública específica.
Os bens dominicais são desafetados, enquanto os bens de uso especial e de uso comum do povo
são bens afetados. Por exemplo, se uma pracinha é utilizada pela população, ela possui finalidade
pública; se um edifício é utilizado para abrigar uma repartição pública, ela também possuirá
finalidade pública.
C
pode passar a ter finalidade pública. Nesse caso, diz-se que ocorreu a afetação do bem. Por outro
lado, um bem com finalidade pública pode deixar de tê-la, ocorrendo, assim, a sua desafetação.
Por exemplo, um veículo oficial pode ser declarado inservível e, com isso, ele será desafetado.
Nesse caso, um bem de uso especial passará a ser um bem dominical.

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1.5 OCUPAÇÃO

A E mos adotar
a expressão no sentido de ocupação temporária, que é instrumento de direito público utilizado
pelo Estado para intervir na propriedade privada, utilizando transitoriamente de imóveis privados,
como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos.
Outro significado, o adotado por nós quanto ao conteúdo de bens, refere-se aos meios que o
particular pode vir a ocupar um imóvel público.
Essa ocupação pode ocorrer de forma regular ou irregular. Exemplos de ocupação regular de um
imóvel público decorrem de permissão, concessão, aforamento ou outros meios em que o
particular pode se utilizar de um bem público, ocupando-o.
Por outro lado, a ocupação pode vir a ocorrer de forma irregular. Cita-se, por exemplo, o particular
que invade terreno público e ali se mantém por vários anos.
No entanto, é importante reforçar que, em virtude da imprescritibilidade dos bens públicos, o
particular que ocupar o bem público não poderá pleitear a aquisição do bem mediante usucapião,
uma vez que tal instituto não se aplica aos bens públicos.
A “TJ
falar em posse, mas em mera detenção, de natureza precária, o que afasta o direito à indenização
por benfeitorias" (STJ, REsp 1.310.458/DF). Dessa forma, em regra, o particular que se utilizar de
bem público não tem qualquer direito à indenização, nem mesmo pelas benfeitorias realizadas,
salvo situações excepcionais analisadas no caso concreto. 2

1.6 AFORAMENTO OU ENFITEUSE

A enfiteuse ou aforamento é meio de utilização de bens públicos pelos particulares, na qual a


propriedade pertence ao Poder Público, mas o domínio útil pertence ao particular.
“ C F E uso
privativo de bem público a título de domínio útil, mediante a obrigação de pagar ao proprietário

Há, nesse caso, o enfiteuta, que é titular do domínio útil, ou seja, a pessoa que faz o uso do bem; e
de outro o senhorio de direito, que no caso é o Poder Público.
Exemplo de enfiteuse ou aforamento ocorre em relação à utilização dos terrenos de marinha. Em
que pese pertençam à União, muitas vezes os terrenos de marinha são utilizados por particulares,
que pagam à União anualmente um valor a título de foro anual.
Anota-se, ademais, que a enfiteuse, por representar direito real sobre a propriedade, é
transmissível a terceiros. Seria o caso, por exemplo, de um enfiteuta de terreno de marinha
mínio útil do bem. Nesse caso, no entanto, o senhorio de direito teria de

2
Vide AgInt no REsp 1.513.313, julgado em 23/10/2013.

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renunciar o direito de preferência em reaver o imóvel. Ocorrendo a renúncia por parte do senhorio
de direito, o enfiteuta terá que pagar, pela transmissão do domínio útil, um valor denominado
laudêmio.
Em resumo, pela utilização do bem, o enfiteuta paga anualmente o foro anual; além disso, se
desejar transferir o domínio útil do bem (e ocorrendo a renúncia de preferência por parte do
senhorio de direito), terá o enfiteuta que recolher um valor a título de laudêmio.
Vimos acima que a enfiteuse é forma de direito real de uso. Contudo, a doutrina ressalta que tal
instituto encontra-se em extinção. Primeiro porque o novo Código Civil não trouxe previsão da
enfiteuse como meio de direito real de uso, e, além disso, proibiu a constituição de novas
enfiteuses, ressalvando, porém, a eficácia daquelas já instituídas.
A a remição do foro e
a consolidação do domínio pleno com o foreiro mediante o pagamento do valor correspondente
ao domínio direto do terreno D
legais, adquirir o domínio pleno dos terrenos sujeitos ao aforamento, extinguindo, assim, a
enfiteuse.

1.7 LOTEAMENTO E ZONEAMENTO

O L a subdivisão de gleba em lotes


destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes
A gleba é uma parte de um terreno. Assim, o loteamento é a subdivisão dessa parte da terra em
lotes, que serão utilizados para construção de casas. Com efeito, o loteamento conterá espaço
para abertura, modificação ou ampliação das vias de acesso.
O zoneamento, por outro lado, é o instrumento destinado a regular o uso e a ocupação do solo
para cada uma das zonas em que se subdivide um município. Muitas vezes, os planos diretores
municipais estabelecem o zoneamento da cidade, disciplinando as zonas de preservação
ambiental, zonas de ocupação preferencial, zonas controladas, zonas de ocupação limitadas, zonas
de ocupação restrita, etc.
Com isso, para cada tipo de zona são estabelecidas regras específicas, como o tipo de imóvel,
quantidade de andares de empreendimentos, regras para construção de indústrias entre outros.
Em resumo, o zoneamento é uma forma de organizar os municípios, reservando características
próprias para cada tipo de zona.

1.8 POLÍCIA EDILÍCIA

A doutrina não costuma aprofundar o tema sobre a polícia edilícia. Dessa forma, para fins de
prova, resta-nos fazer uma análise mais conceitual.

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O poder de polícia é a prerrogativa que o poder público tem de condicionar e restringir o gozo de
interesses individuais em prol da coletividade. Nesse contexto, a polícia edilícia é um ramo do
poder de polícia, direcionado especificamente ao controle das edificações.
Exatamente por isso a polícia edilícia N
linha, Hely Lopes M pelo controle técnico-
funcional da edificação particular, tendo em vistas as exigências de segurança, higiene e
funcionalidade da obra segundo a sua destinação e o ordenamento urbanístico da cidade, expresso
nas normas de zoneamento, uso e ocupação do solo urbano
Tal atividade se expressa por vários modos, seja na elaboração de normas de edificação, como o
plano diretor municipal (no âmbito legislativo), seja pelo controle das construções, através da
emissão de alvarás de construção, ou ainda pela fiscalização do cumprimento das normas de
edificação.

1.9 ESPÉCIES DE BENS PÚBLICOS

Tendo em vista que os concursos públicos não exigem o estudo das espécies de bens públicos de
forma aprofundada, vamos apenas apresentar a parte conceitual de cada um, utilizando, para
tanto, os ensinamentos dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo3.

1.9.1 Terras devolutas

As terras devolutas são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de quaisquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder público, nem são destinadas a fins
administrativos específicos. Assim, podemos perceber que as terras devolutas são bens dominicais,
pois não possuem finalidade específica.
A Constituição Federal determina que as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, pertencem à União (CF, art. 20, II). Já as demais terras devolutas pertencem aos
estados-membros (CF, 26, IV).

1.9.2 Terrenos de marinha

O Decreto Lei 9.760/1946 dispõe que são terrenos de marinha aqueles que se situem em uma
profundidade de 33 metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha
da preamar média de 1831. Em termos mais simples, são terrenos de marinha as terras costeiras
que estejam dentro desse limite de 33 metros.
As terras de marinha pertencem à União, nos termos do art. 20, VII, da Constituição Federal, por
imperativos de defesa e de segurança nacional.

3
Alexandrino e Paulo, 2011.

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1.9.3 Terrenos acrescidos

Os terrenos acrescidos são aqueles que se formaram, de forma natural ou artificial, para o lado do
mar ou de rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. Uma vez que os terrenos de
acrescidos são agregados aos terrenos de marinha, eles também pertencem à União.

1.9.4 Terras ocupadas pelos índios

São os bens que se destinam exclusivamente aos índios, que podem usufruir do espaço, da riqueza
do solo e dos rios e lagos neles existentes. De acordo com o art. 231, I, da Constituição da
República, são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
Essas terras também pertencem à União, conforme dispõe o art. 20, XI, e são classificadas como
bens de uso especial (indireto), pois possuem finalidade pública específica.

1.9.5 Plataforma continental

A plataforma continental é a extensão da área continental sobre o oceano, em uma extensão de


até 200 milhas. Elas também pertencem à União.

1.9.6 Ilhas

As ilhas podem ser marítimas, fluviais e lacustres, conforme estejam no mar, nos rios e nos lagos,
respectivamente.
As ilhas marítimas, em regra, pertencem à União, com exceção das que contenham sede de
municípios e de áreas que estejam sob domínio dos estados-membros, conforme previsto nos
artigos 20, IV, e 26, II, da CF4.
Já as ilhas fluviais e lacustres pertencem aos estados, com exceção daquelas que estejam
localizadas nas zonas limítrofes com outros países, ou nos rios que banham mais de um estado,
que, nestes casos, pertencerão à União.
Em regra, as ilhas são bens dominicais, mas poderão enquadrar-se no conceito de bens de uso
comum, se tiverem destinação específica.

1.9.7 Faixa de fronteiras

A faixa de fronteiras corresponde à área de até 150 Km de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, sendo considerada fundamental para defesa do território nacional (Cf, art. 20, §2º).

4
Art. 20. São bens da União: [...] IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as
ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao
serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: [...]II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

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1.9.8 Águas públicas

As águas públicas são que compõem os mares, os rios e os lagos de domínio público. Elas podem
ser de uso comum ou dominicais.
Segundo Alexandrino e Paulo, são consideradas de uso comum: os mares territoriais; as correntes,
canais e lagos navegáveis ou flutuáveis; as correntes de que se façam essas águas; as fontes e
reservatórios públicos; as nascentes que, por si sós, constituem a nascente do rio; os braços das
correntes públicas quando influam na navegabilidade e na flutuabilidade.
Todas as demais águas públicas são consideras águas dominicais.
As águas públicas pertencem aos estados-membros, exceto quando estiverem em terrenos da
União, se banharem mais de um estado, se fizerem limites com outros países ou se estenderem a
território estrangeiro ou dele provierem, casos em que pertenceram à União (CF, art. 20, III).

1.10 USO PRIVATIVO DE BENS PÚBLICOS POR PARTICULARES POR MEIO DE AUTORIZAÇÃO,
PERMISSÃO E CONCESSÃO

Independentemente do tipo de bem público uso comum do povo, uso especial, ou dominical é
possível que a Administração outorgue o uso privativo desse bem aos particulares. Tal outorga
deverá ocorrer por meio de instrumento formal, sujeito ao juízo de conveniência e oportunidade
do poder público.
Os principais instrumentos de outorga da utilização privativa de bens públicos são a autorização de
uso de bem público, a permissão de uso de bem público, a concessão de uso de bem público e a
concessão de direito real de bem público.
Desde já, é importante destacar que os três primeiros instrumentos outorgam o direito pessoal do
uso do bem, ao passo que o último concede um direito real, ou seja, um direito relacionado
diretamente ao bem. Dessa forma, a concessão de direito real de bem público permite que o
particular realize a transferência do direito por ato inter vivos, coisa que não é permitida nos
outros três instrumentos.
A autorização de uso de bem público é o ato administrativo discricionário, precário e, em regra,
sem prazo de duração. Dessa forma, a autorização poderá ser revogada a qualquer tempo,
independentemente de indenização. Eventualmente, se for fixado prazo, poderá subsistir a
necessidade de indenização, mas isso só ocorrerá em situações excepcionais.
A característica marcante do instrumento da autorização de uso é o predomínio do interesse do
particular, ou seja, o particular é o maior interessado na autorização e, por conseguinte, ele terá a
faculdade de escolher se utiliza ou não o bem público.
Exemplo de autorização de uso, da lavra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é o fechamento
de uma rua para a realização de uma festa particular ou para a organização da festa junina de uma
comunidade.

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A permissão de uso de bem público, por sua vez, também é ato administrativo precário,
discricionário e sem prazo de duração. Todavia, em que pese exista divergência doutrinária, a
permissão exige prévia licitação, nos termos do art. 31, da Lei 9.074/1995, vejamos:
Art. 31. Nas licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou uso de bem
público, os autores ou responsáveis economicamente pelos projetos básico ou executivo podem
participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obras ou serviços.

A discussão sobre o tema é que a permissão de uso de bem público é mero ato administrativo e,
por conseguinte, não deveria ser precedida de prévia licitação. Contudo, é o que consta na
legislação e, portanto, podemos considerar a permissão de uso como uma exceção, ou seja, a
situação em que a licitação terá como consequência um ato administrativo no lugar de um
contrato administrativo.
Um exemplo de permissão de uso é a permissão para instalação de uma banca de jornal em uma
praça pública.
Nesse contexto, Alexandrino e Paulo apresentam o seguinte resumo com os elementos distintivos
entre a permissão e a autorização de uso:
a) na permissão, é mais relevante o interesse público; enquanto na autorização ele é apenas
indireto, mediato e secundário;
b) em decorrência desse fato, na permissão de uso do bem, o particular é obrigado a dar
destinação ao bem permitido; por outro lado, na autorização de uso a destinação é
facultativa, a critério do particular; e
c) a permissão deve, em regra, ser precedida de licitação; a autorização nunca é precedida de
licitação.
A concessão de uso de bem público, por outro lado, é um contrato administrativo. Por
conseguinte, a concessão de uso deve ser precedida de licitação pública salvo nas hipóteses de
dispensa ou inexigibilidade - não é precária e possui prazo determinado. Por conseguinte, só será
possível rescindir o contrato nas hipóteses previstas em lei.
Assim, a principal diferença entre a concessão de uso e a autorização e permissão de uso é que
estas últimas são atos administrativos, ao passo que aquele é um contrato administrativo. O
quadro abaixo apresenta um resumo desses instrumentos5:

Autorização Permissão Concessão

Ato administrativo Ato administrativo Contrato administrativo

Não há licitação Licitação prévia Licitação prévia

Uso facultativo do bem pelo Utilização obrigatória do bem pelo Utilização obrigatória do bem pelo
particular particular, conforme a finalidade particular, conforme a finalidade
permitida concedida

Interesse predominante do particular Equiponderância entre o interesse Interesse público e do particular

5
Adaptado de Alexandrino e Paulo, 2011, p; 944.

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público e do particular podem ser equivalentes, ou haver


predomínio de um ou de outro

Há precariedade Há precariedade Não há precariedade

Sem prazo (regra) Sem prazo (regra) Prazo determinado

Remunerada ou não Remunerada ou não Remunerada ou não

Revogação a qualquer tempo sem Revogação a qualquer tempo sem Rescisão nas hipóteses previstas em
indenização, salvo se outorgada com indenização, salvo se outorgada com lei. Cabe indenização, se a causa não
prazo ou condicionada prazo ou condicionada for imputável ao concessionário.

Por fim, a concessão de direito real de uso, conforme já discutimos acima, abrange o próprio
direito de natureza real e não meramente pessoal. Por conseguinte, o particular poderá
transmitir esse direito por meio de sucessão ou até mesmo por ato inter vivos, ou seja, o próprio
particular transfere o direito a terceiro.
Com efeito, a concessão de direito real de uso pode ter prazo certo ou até mesmo indeterminado.
No entanto, a concessão é resolúvel, ou seja, admite a extinção do direito quando ocorrer
determinadas situações previstas em lei ou no contrato.
V D L É instituída a concessão de uso
de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado,
como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social,
urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas,
preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de
interesse social em áreas urbanas .
Por fim, o mesmo DL estabelece um caso de resolução (extinção) do contrato de concessão, que
ocorrerá quando o concessionário der ao imóvel, destinação diversa da estabelecida no contrato.

2 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO


1. (Cespe Promotor de Justiça/MPE-RR/2017)
Considerando o entendimento do STJ, julgue as asserções seguintes.
I - É ilegal cobrar de concessionária de serviço público taxas pelo uso de solo, subsolo ou
espaço aéreo.
II - A utilização do uso de bem público por concessionária de serviço público para a instalação
de, por exemplo, postes, dutos ou linhas de transmissão será revertida em benefício para a
sociedade.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são falsas.
b) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
c) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

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d) A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira.


Comentário: a questão jurisprudencial. Sabemos que, em regra, a utilização dos bens públicos é
livre e gratuita. Todavia é possível que o poder público municipal venha a cobrar taxas, no caso da
prestação de serviços específicos e divisíveis, e em virtude do exercício regular do poder de polícia.
Com isso, podemos concluir que o item I é verdadeiro, pois não se enquadra nessas hipóteses.
Aqui já conseguimos eliminar as alternativas A e D. A justificativa do item II consta de um julgado
do STJ, com os seguintes termos: É C “
que a cobrança em face de concessionária de serviço público pelo uso de solo, subsolo ou espaço
aéreo é ilegal (seja para a instalação de postes, dutos ou linhas de transmissão, p. ex.) porque (I) a
utilização, neste caso, reverte em favor da sociedade - razão pela qual não cabe a fixação de preço
público - e (II) a natureza do valor cobrado não é de taxa, pois não há serviço público prestado ou
poder de polícia exercido . Portanto, as asserções I e II são verdadeiras, e a II justifica a I, conforme
alternativa B.
Gabarito: alternativa B.

2. (Cespe Procurador Municipal/Prefeitura de Fortaleza-CE/2017)


Situação hipotética: Determinado município brasileiro construiu um hospital público em
parte de um terreno onde se localiza um condomínio particular. Assertiva: Nessa situação,
segundo a doutrina dominante, obedecidos os requisitos legais, o município poderá adquirir
o bem por usucapião.
Comentário: sabemos que independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis,
ou seja, eles não podem ser adquiridos mediante usucapião. Mas no caso do enunciado, trata-se
de um terreno particular, que pode ser usucapido, desde que atendidos os requisitos legais. Assim,
o Município pode usucapir o terreno, estando correta a assertiva.
Gabarito: correto.

3. (Cespe Procurador Municipal/Prefeitura de Fortaleza-CE/2017)


Situação hipotética: A associação de moradores de determinado bairro de uma capital
brasileira decidiu realizar os bailes de carnaval em uma praça pública da cidade. Assertiva:
Nessa situação, a referida associação poderá fazer uso da praça pública, independentemente
de autorização, mediante prévio aviso à autoridade competente.
Comentário: é possível que a Administração outorgue o uso privativo desse bem aos particulares.
A autorização de uso de bem público é o ato administrativo discricionário, precário e, em regra,
sem prazo de duração em que há predomínio do interesse do particular, ou seja, o particular é o
maior interessado na autorização. Como exemplo de autorização de uso temos o fechamento de
uma rua para a realização de uma festa particular, como é o caso do enunciado. Assim a associação
pode fazer uso da praça, desde que obtenha autorização do órgão competente.
Gabarito: errado.

4. (Cespe Juiz de Direito/TJ-PR/2017)


Em relação aos bens públicos, assinale a opção correta.

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a) O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas
ilhas oceânicas e costeiras.
b) Por serem abertos a uma utilização universal, o mercado municipal e o cemitério público
são considerados bens de uso comum do povo.
c) Em face do atributo da inalienabilidade, os bens públicos dominicais não podem ser
alienados.
d) Quando o tribunal de justiça consente o uso gratuito de determinada sala do prédio do
foro para uso institucional da defensoria pública local, efetiva-se o instituto da permissão de
uso de bem público.
Comentário:
a) as ilhas marítimas, em regra, pertencem à União, com exceção das que contenham sede de
municípios e de áreas que estejam sob domínio dos estados-membros ou da União, Municípios ou
terceiros, conforme previsto nos artigos 20, IV, e 26, II, da CF CORRETA;
b) esses locais são considerados bens de uso especial, que são aqueles utilizados na prestação
serviços pela Administração ou para a realização dos serviços administrativos ERRADA;
c) de acordo com o Código Civil, os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei (art. 101) ERRADA;
d) nesse caso, o instrumento correto seria a cessão de uso, que, segundo Hely Lopes Meirelles,
onsiste na transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para
outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo, por
lapso temporal certo ou indeterminado. É ato de colaboração entre repartições públicas, em que
aquela que tem bens desnecessários aos seus serviços cede o uso a outra que deles está
precisando ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

5. (Cespe Apoio Administrativo/SEDF/2017)


A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da
administração pública.
Comentário: a alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às normas do art. 17 da
Lei de Licitações. Quando bens móveis, a alienação dependerá de avaliação prévia e de licitação,
dispensada nos casos de permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da
Administração Pública (inciso II, b).
Gabarito: correto.

6. (Cespe Procurador do Estado/PGE-AM/2016)


Consideram-se bens públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios
destinados a sediar a administração pública.

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Comentário: os bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Em síntese,
os bens dominicais são aqueles que não possuem uma finalidade pública específica. Os edifícios
destinados a sediar a administração pública são classificados como bens de uso especial.
Gabarito: errado.

7. (Cespe Analista de Controle/TCE-PR/2016)


Determinado órgão da administração pública pretende disponibilizar, mediante contrato por
prazo determinado, uma área do prédio de sua sede um bem público para um particular
instalar refeitório destinado aos servidores desse órgão. Nessa situação, de acordo com a
doutrina pertinente, o instituto legalmente adequado para se disponibilizar o uso privativo do
bem público por particular é a
a) concessão de uso.
b) cessão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) permissão de uso.
Comentário:
a) a concessão de uso de bem público é um contrato administrativo entre a administração e o
particular, conforme a finalidade concedida. Deve ser precedido de licitação pública salvo nas
hipóteses de dispensa ou inexigibilidade. Por isso, não é precária e possui prazo determinado. A
principal diferença entre a concessão de uso e a autorização e permissão de uso é que estas
últimas são atos administrativos, ao passo que aquele é um contrato administrativo CORRETA;
H L M onsiste na transferência gratuita da posse de
um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas
condições estabelecidas no respectivo termo, por lapso temporal certo ou indeterminado. É ato de
colaboração entre repartições públicas, em que aquela que tem bens desnecessários aos seus
serviços cede o uso a outra que deles está precisando ERRADA;
c) a autorização de uso de bem público é o ato administrativo discricionário, precário e, em regra,
sem prazo de duração. Dessa forma, a autorização poderá ser revogada a qualquer tempo,
independentemente de indenização ERRADA;
d) a concessão de direito real de uso abrange o direito de natureza real, relacionado diretamente
ao bem e não meramente pessoal ERRADA;
e) a permissão de uso de bem público, por sua vez, também é ato administrativo precário,
discricionário e sem prazo de duração ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

8. (Cespe Analista de Controle/TCE-PR/2016)


Acerca da alienação de bens pela administração pública, assinale a opção correta.

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a) A alienação de bens imóveis desafetados da administração pública direta para outro órgão
da administração pública far-se-á por contratação direta, uma vez que a licitação é inexigível.
b) Não é possível a alienação de bens da administração pública direta.
c) Não é possível a alienação de bens imóveis da administração pública direta, mesmo que
desafetados.
d) É possível a alienação de bens móveis e imóveis da administração pública direta, desde que
haja autorização legislativa.
e) É possível a alienação de bens móveis desafetados da administração pública direta se
houver demonstração de interesse público, avaliação prévia do bem e prévia licitação.
Comentário: sabemos que a inalienabilidade não é uma regra absoluta, uma vez que os bens
públicos podem ser alienados, desde que sejam obedecidas as regras legais para isso. De acordo
C C bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,
enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar P
C os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei Dessa forma, somente os bens dominicais podem ser alienadas, desde que
obedeçam às exigências da Lei 8.666/1993, que determina que um bem, para ser alienado,
depende de existência de interesse público devidamente justificado, de prévia avaliação, licitação
e, no caso de bem imóvel, autorização legislativa.
Gabarito: alternativa E.

9. (Cespe Juiz de Direito/TJ-AM/2016 Adaptada)


As águas públicas de uso comum incluem os mares territoriais, as correntes, os canais, os
lagos e as lagoas navegáveis ou flutuáveis e as fontes e reservatórios públicos.
Comentário: as águas públicas são que compõem os mares, os rios e os lagos de domínio público.
Elas podem ser de uso comum ou dominicais. Segundo Alexandrino e Paulo, são consideradas de
uso comum: os mares territoriais; as correntes, canais e lagos navegáveis ou flutuáveis; as
correntes de que se façam essas águas; as fontes e reservatórios públicos; as nascentes que, por si
sós, constituem a nascente do rio; os braços das correntes públicas quando influam na
navegabilidade e na flutuabilidade.
Gabarito: correto.

10. (Cespe Juiz de Direito/TJ-AM/2016 Adaptada)


Nos termos da legislação, quanto à destinação, os bens públicos classificam-se em bens de
uso comum, de uso especial, de uso privativo e bens dominicais.
Comentário: essa é a classificação mais importante e mais cobrada em provas. Está positivada no
art. 99 do Código Civil, que estabelece que os bens públicos podem ser (a) de uso comum do povo;
(b) de uso especial; (c) dominicais.
Gabarito: errado.

11. (Cespe Juiz de Direito/TJ-DFT/2016)

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Acerca dos bens públicos, assinale a opção correta.


a) Os bens privados do Estado, que não se submetem ao regime jurídico de direito público,
são aqueles adquiridos de particulares por meio de contrato de direito privado.
b) Bens dominicais são aqueles que podem ser utilizados por todos os indivíduos nas mesmas
condições, por determinação de lei ou pela própria natureza do bem.
c) Os bens de uso especial do Estado são as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou não, que
a administração utiliza para a realização de suas atividades e finalidades.
d) Os bens de uso comum não integram o patrimônio do Estado, constituindo coisas que não
pertencem ao ente público ou a qualquer particular, não sendo passíveis, portanto, de
aquisição por pessoa física ou jurídica.
e) Os bens dominicais são aqueles pertencentes ao Estado e afetados a uma finalidade
específica da administração pública.
Comentário:
a) os bens das entidades administrativas de direito privado (empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações públicas de direito privado) é que são os bens privados ou
particulares do Estado ERRADA;
b) e e) os bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. São aqueles que
não possuem uma finalidade pública específica. Por exclusão, todos os bens que não se
enquadram no grupo de bens de uso comum ou nos bens de uso especial, serão considerados
como bens dominicais ERRADAS;
c) os bens de uso especial são aqueles utilizados na prestação serviços pela Administração ou para
a realização dos serviços administrativos. São exemplos: o edifício sede de uma repartição pública;
uma escola municipal CORRETA;
d) os bens de uso comum do povo, também chamados de bens de domínio público, são aqueles
que podem ser utilizados por todas as pessoas em igualdade de condições, independentemente de
autorização individualizada concedida pelo Poder Públi D C C bens
públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

12. (Cespe Administrador/TCE-RN/2015)


O ato mediante o qual a administração pública consente a utilização privativa de uso de bem
público por um particular é ato unilateral e, como regra, discricionário e precário.
Comentário: a autorização de uso de bem público é o ato administrativo unilateral, discricionário,
precário e, em regra, sem prazo de duração.
Gabarito: correto.

13. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)

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De acordo com a doutrina dominante, caso uma universidade tenha sido construída sobre
parte de uma propriedade particular, a União, assim como ocorre com os particulares,
poderá adquirir o referido bem imóvel por meio da usucapião, desde que sejam obedecidos
os requisitos legais.
Comentário: isso mesmo. Os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não podem ser
adquiridos mediante usucapião. Mas no caso do enunciado, trata-se de um terreno particular, que
pode ser usucapido, desde que atendidos os requisitos legais.
Gabarito: correto.

14. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)


Situação hipotética: A União decidiu construir um novo prédio para a Procuradoria-Regional
da União da 2.ª Região para receber os novos advogados da União. No entanto, foi
constatado que a única área disponível, no centro do Rio de Janeiro, para a realização da
referida obra estava ocupada por uma praça pública. Assertiva: Nessa situação, não há
possibilidade de desafetação da área disponível por se tratar de um bem de uso comum do
povo, razão por que a administração deverá procurar por um bem dominical.
Comentário: um bem desafetado não possui uma destinação pública específica, enquanto um bem
afetado é destinado a uma finalidade pública específica. Os bens dominicais são desafetados,
enquanto os bens de uso especial e de uso comum do povo são bens afetados. Contudo, os bens
finalidade pode passar a ter
finalidade pública, exatamente conforme a situação do enunciado. Assim, a pracinha poderá ser
desafetada pela Administração.
Gabarito: errado.

15. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)


Se os membros de uma comunidade desejarem fechar uma rua para realizar uma festa
comemorativa do aniversário de seu bairro, será necessário obter da administração pública
uma permissão de uso.
Comentário: no caso, o instrumento adequado é a autorização de uso de bem público, que é o ato
administrativo discricionário, precário e, em regra, sem prazo de duração em que há predomínio
do interesse do particular, ou seja, o particular é o maior interessado na autorização. A permissão
também é ato administrativo precário, discricionário e sem prazo de duração. Entre as diferenças
existentes entre os dois institutos, a doutrina apresenta como principais: na permissão, é mais
relevante o interesse público; enquanto na autorização ele é apenas indireto, mediato e
secundário; em decorrência desse fato, na permissão de uso do bem, o particular é obrigado a dar
destinação ao bem permitido; por outro lado, na autorização de uso a destinação é facultativa, a
critério do particular; e a permissão deve, em regra, ser precedida de licitação; a autorização nunca
é precedida de licitação.
Gabarito: errado.

16. (Cespe Juiz de Direito/TJ-PB/2015 Adaptada)

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Segundo a jurisprudência do STJ, são impenhoráveis os bens pertencentes à sociedade de


economia mista que presta serviço público, independentemente de sua finalidade e do fato
de esses bens estarem ou não afetados à prestação de serviço público.
Comentário: os bens das pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração pública
não são bens públicos, embora, para as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
Administração Pública que prestem serviços públicos, haja a possibilidade de seus bens possuírem
algumas características desses bens. Assim, seus bens podem estar sujeitos a regras próprias do
regime jurídico dos bens públicos quando estiverem sendo utilizados na prestação de um serviço,
situação na qual serão impenhoráveis; os demais poderão ser penhorados.
Gabarito: errado.

17. (Cespe Juiz Federal/TRF-5/2015)


Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) A inalienabilidade é característica tanto dos bens de uso comum do povo como dos bens
dominicais e dos de uso especial
b) A CF admite que os estados, o DF e os municípios, bem como os órgãos da administração
direta e indireta de todos os entes federativos, participem no resultado da exploração de
recursos minerais no âmbito de seu respectivo território
c) As terras devolutas são bens públicos que não possuem afetação pública nem foram
incorporados ao domínio privado
d) Os terrenos de marinha são as áreas que, banhadas pelas águas de mar ou de rios
navegáveis, integram o patrimônio dos diversos entes federativos e cuja utilização, por
particulares, somente é admitida mediante permissão de uso.
e) Devido ao fato de os bens públicos de uso comum se destinarem à utilização geral pelos
indivíduos, é vedada a cobrança de remuneração pela utilização desse tipo de bem.
Comentário:
a) a inalienabilidade não é uma regra absoluta, uma vez que os bens públicos podem ser alienados,
desde que sejam obedecidas as regras legais para isso. D C C bens
públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar P C os
bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei ERRADA;
b) na forma do art. 20, §1º da CF/88, é assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União (e não da indireta
de todos os entes federativos), participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural,
de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração ERRADA;
c) as terras devolutas são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de quaisquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder público, nem são destinadas a fins
administrativos específicos CORRETA;

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d) os terrenos de marinha pertencem à União, nos termos do art. 20, VII, da Constituição Federal,
por imperativos de defesa e de segurança nacional ERRADA;
e) a utilização de bens públicos de uso comum pode ser gratuita ou retribuída, conforme a
entidade a que pertencer o bem estabelecer legalmente ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

18. (Cespe Defensor Público/DPU/2015)


São bens públicos de uso comum do povo aqueles especialmente afetados aos serviços
públicos, como, por exemplo, aeroportos, escolas e hospitais públicos.
Comentário: os bens de uso especial são aqueles utilizados na prestação serviços pela
Administração ou para a realização dos serviços administrativos. São exemplos: o edifício sede de
uma repartição pública; uma escola municipal; os hospitais públicos; o material de consumo de
escritório de órgãos públicos; etc.
Gabarito: errado.

19. (Cespe Defensor Público/DPE-PE/2015)


É juridicamente impossível a prescrição aquisitiva de imóvel público rural por meio de
usucapião constitucional pro labore.
Comentário: os bens públicos não estão sujeitos à usucapião, na forma do art. 102 do Código Civil.
Assim, independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não
podem ser adquiridos mediante usucapião.
Gabarito: correto.

20. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)


Os rios pertencem aos estados; entretanto, quando banham mais de um estado, servem de
limites com outros países, ou se estendem a território estrangeiro ou dele provêm, são bens
da União.
Comentário: os rios pertencem aos Estados (art. 26, CF), mas, na forma do art. 20, III da CF/88, são
bens da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território
estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais.
Gabarito: correto.

21. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)


Pertencem à União as terras situadas na faixa de até cento e cinquenta quilômetros de
largura, ao longo das fronteiras terrestres, designadas como faixa de fronteira.
Comentário: a faixa de fronteiras corresponde à área de até 150 Km de largura, ao longo das
fronteiras terrestres, sendo considerada fundamental para defesa do território nacional (CF/88,
art. 20, §2º). A faixa, em si, não é um bem da União e sua ocupação e utilização serão reguladas em
lei.

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Gabarito: errado.

22. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)


São públicos os bens pertencentes aos entes da administração direta e indireta.
Comentário: segundo o art. 98 C C ão públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
Portanto, somente os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público (pessoas políticas, autarquias e fundações autárquicas) são bens
públicos. Os bens das entidades administrativas de direito privado (empresas públicas, sociedades
de economia mista e fundações públicas de direito privado) são bens privados ou particulares.
Gabarito: errado.

23. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)


Considere que a Câmara dos Deputados pretenda ampliar a sua sede por meio da construção
de novo anexo, contíguo ao prédio da atual sede, e que o terreno pertença ao Distrito
Federal (DF). A respeito dos aspectos legais relacionados a essa situação, julgue o item que se
segue. Sendo o referido terreno de propriedade do DF, não será possível a sua alienação para
a Câmara dos Deputados.
Comentário: os bens públicos, quando desafetados, podem ser alienados, pois não possuem uma
finalidade específica. Assim, desde que obedeçam às exigências da Lei 8.666/93, que determina
que um bem, para ser alienado, depende de existência de interesse público devidamente
justificado, de prévia avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel, autorização legislativa, é
possível a alienação de um bem público.
Gabarito: errado.

24. (Cespe Promotor de Justiça/MPE-AC/2014)


No que se refere aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) Nas hipóteses em que a alienação de bens públicos imóveis depender da realização de
procedimento licitatório, em regra, a modalidade será o leilão.
b) Admite-se a aquisição, por usucapião, de bem público imóvel submetido a regime de
aforamento, desde que a ação seja ajuizada em face de pessoa jurídica de direito público e do
foreiro
c) A concessão de direito real de uso de bem público pode ser outorgada por prazo
indeterminado, não sendo transmissível por ato inter vivos ou causa mortis.
d) São bens públicos as florestas, naturais ou plantadas, localizadas nos entes públicos e nas
entidades da administração indireta, excetuadas as que estejam sob o domínio das
sociedades de economia mista
e) Como forma de compatibilizar o direito de reunião, previsto na CF, e o direito da
coletividade de utilizar livremente dos bens públicos de uso comum, a administração,
previamente comunicada a respeito do fato, pode negar autorização para a utilização de

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determinado bem público de uso comum, ainda que a finalidade da reunião seja pacífica,
desde que o faça por meio de decisão fundamentada e disponibilize aos interessados outros
locais públicos.
Comentário:
a) a modalidade prevista como regra pela Lei de Licitações é a concorrência, na forma do art. 17, I
ERRADA;
b) lembrem-se: independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles
não podem ser adquiridos mediante usucapião ERRADA;
c) a concessão de direito real de uso pode ter prazo certo ou até mesmo indeterminado. O
particular poderá transmitir esse direito por meio de sucessão ou até mesmo por ato inter vivos,
ou seja, o próprio particular transfere o direito a terceiro ERRADA;
d) conforme previsão legal (Lei 11.284/06, art. 3º, I), consideram-se florestas públicas as florestas,
naturais ou plantadas, localizadas nos diversos biomas brasileiros, em bens sob o domínio da
União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal ou das entidades da administração indireta.
Assim, não há a exceção feita pela alternativa ERRADA;
e) exatamente. Os dois direitos assegurados constitucionalmente devem ser compatibilizados, de
forma que as reuniões não podem ser realizadas em qualquer local ou causar sérios
inconvenientes à coletividade. Mediante a prévia comunicação, a Administração pode vetar o local
escolhido, de forma devidamente justificada, apontando outros locais públicos liberados para
utilização, a fim de não frustrar o objetivo da reunião CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

25. (Cespe Juiz de Direito/TJ-DFT/2014 Adaptada)


A afetação e a desafetação dizem respeito ao regime de finalidade dos bens públicos, no
sentido da destinação que se lhes possa dar.
Comentário: isso mesmo. Um bem desafetado é aquele que não possui uma destinação pública
específica, enquanto um bem afetado é aquele destinado a uma finalidade pública específica.
Lembrando que
finalidade pode passar a ter finalidade pública. Por outro lado, um bem com finalidade pública
pode deixar de tê-la, ocorrendo, assim, a sua desafetação.
Gabarito: correto.

26. (Cespe Juiz Federal/TRF-1/2015)


Assinale a opção correta acerca do domínio público.
a) As terras devolutas são bens públicos de uso especial que, em regra, integram o
patrimônio da União
b) Diferentemente dos bens de uso comum do povo, os bens de uso especial podem ser
alienados mesmo enquanto conservarem a sua qualificação.

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c) São considerados bens públicos aqueles integrantes do patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público interno e das pessoas jurídicas de direito privado que integram a
administração pública.
d) O uso privativo dos bens públicos pode se dar tanto por instrumentos de direito público
quanto por instrumentos jurídicos de direito privado.
e) Os terrenos de marinha, considerados bens públicos federais, não podem ter seu uso
transferido a particulares.
Comentário:
a) as terras devolutas são todas aquelas que, pertencentes ao domínio público de quaisquer das
entidades estatais, não se acham utilizadas pelo poder público, nem são destinadas a fins
administrativos específicos. De acordo com a Constituição Federal, as terras devolutas
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais
de comunicação e à preservação ambiental, pertencem à União (CF, art. 20, II). Já as demais terras
devolutas pertencem aos estados-membros (CF, 26, IV) ERRADA;
b) os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Por outro lado, os bens públicos
dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei ERRADA;
c) somente os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público (pessoas políticas,
autarquias e fundações autárquicas) são bens públicos, independentemente da atividade
desempenhada ou da destinação desses bens. Já os bens das entidades administrativas de direito
privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito
privado) são bens privados ou particulares ERRADA;
d) os principais instrumentos de outorga da utilização privativa de bens públicos são a autorização
de uso de bem público, a permissão de uso de bem público, a concessão de uso de bem público e a
concessão de direito real de bem público. A principal diferença entre a concessão de uso e a
autorização e permissão de uso é que estas últimas são atos administrativos (instrumentos de
direito público), ao passo que aquele é um contrato administrativo (instrumento de direito
privado) CORRETA;
e) as terras de marinha pertencem à União, nos termos do art. 20, VII, da Constituição Federal, por
imperativos de defesa e de segurança nacional ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

27. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)


As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União, mas não são bens da
União os aldeamentos extintos, ainda que ocupados por indígenas em passado remoto.
Comentário: as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem à União, conforme
dispõe o art. 20, XI, e são classificadas como bens de uso especial, pois possuem finalidade pública
específica. Já os aldeamentos extintos são do domínio dos Estados.
Gabarito: correto.

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28. (FCC TJ/DPE-RS/2017)


Em razão da crise financeira derivada, dentre outros fatores, da sensível queda de
arrecadação, determinado município colocou em execução programa de alienação de imóveis
que não estavam efetivamente destinados a finalidades públicas. Em se tratando de bens
dominicais e estando devidamente justificada a medida,
a) inexiste vedação legal à alienação, observada a necessidade de lei autorizativa para as
vendas, bem como prévia avaliação, vedada a destinação da receita obtida com os negócios
jurídicos para custeio de despesas correntes.
b) é viável o programa, mediante previsão legal autorizando a alienação onerosa dos bens,
desde que o seja pelo valor de mercado e que a receita da venda se destine a investimentos
ou, excepcionalmente, a despesas de pessoal no caso de já configurada mora do ente.
c) admite-se a alienação dos bens exclusivamente para outros entes públicos, em razão da
impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade que grava o patrimônio público
imobiliário, o que ficaria preservado na titularidade de outra pessoa jurídica de direito
público.
d) não guarda fundamento legal a medida proposta, tendo em vista que não é permitido o
emprego da receita de alienação de imóveis em despesas correntes ou previdenciárias, o que
descontrói a motivação do ato pretendido.
e) estabelece-se escala de preferências para emprego da receita de capital oriunda da venda
dos imóveis, sendo prioridade o pagamento da folha de pessoal, ativos e inativos, bem como
a aplicação em novos investimentos.
Comentário: os bens dominicais são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. São
aqueles que não possuem uma finalidade pública específica. Por esse motivo, podem ser
alienados, sendo considerados bens públicos desafetados. Devem obedecer às exigências da Lei
8.666/1993, que determina que um bem, para ser alienado, depende de existência de interesse
público devidamente justificado, de prévia avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel,
autorização legislativa.
Gabarito: alternativa A.

29. (FCC Procurador/Prefeitura de Campinas-SP/2016)


Caio estabeleceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município.
Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu
fosse declarada usucapida a área. Tal praça constitui bem
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.
b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os
dominicais.
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.
d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso
especial e dos dominicais.
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e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os


dominicais.
Comentário: as praças são consideradas bens de uso comum do povo. Isso porque são bens
públicos que podem ser utilizados por todas as pessoas em igualdade de condições,
independentemente de autorização individualizada concedida pelo Poder Público. Esses bens não
podem ser usucapidos, pois, independentemente de sua natureza, nenhum bem público pode ser
E
Gabarito: alternativa E.

30. (FCC Juiz do trabalho/TRT-15ª Região (SP)/2015)


Um Município encaminhou à Câmara de Vereadores proposta de Lei para autorizar a
alienação onerosa de um terreno que anteriormente estava destinado para a construção de
um teatro e uma oficina de artes, mas que ficaria desafetado com a edição da lei. Diante
desse cenário, uma empresa credora do Município, ajuizou uma medida cautelar para
impedir a venda do imóvel, a fim de que fosse possível a adoção das providências processuais
cabíveis para penhora do imóvel. A medida cautelar ainda não tinha sido julgada, mas o
Judiciário acatou o pedido liminar, determinando a suspensão da publicação do edital de
concorrência. A decisão
a) encontra fundamento no ordenamento jurídico, tendo em vista que os credores do Estado
possuem direito de preferência para quitar seus débitos, antes que seja alienado patrimônio
para fazer frente a investimentos.
b) deve ser reformada, tendo em vista que o terreno pertencente ao Município é dotado de
imprescritibilidade e inalienabilidade, justamente para garantir que o patrimônio público não
seja empregado para custeio ou investimentos.
c) deve ser reformada, em razão da impenhorabilidade que grava os bens públicos,
independentemente da afetação direta, tendo em vista que o patrimônio público é
indisponível e se presta ao atendimento do interesse público, ainda que indiretamente, por
meio do produto apurado com a venda do imóvel.
d) pode ser reformada, desde que o Município garanta o crédito da empresa autora da
medida cautelar, tendo em vista que quando ocorre a desafetação do bem público, fica
alterado o regime jurídico que o protege, passando para o regime privado.
e) deve ser mantida, tendo em vista que a afetação dada ao bem público não poderia ser
alterada, porque destinada ao uso comum do povo, tampouco poderia ser alienada
onerosamente a terceiros.
Comentário: os bens públicos não podem ser objeto de penhora para garantia de execução de
ação contra a fazenda pública. Dessa forma, os bens públicos são impenhoráveis, sendo que o
pagamento de dívidas da fazenda pública deverá ocorrer pelo regime de precatórios, previsto no
art. 100 da CF/88.
Gabarito: alternativa C.

31. (FCC Juiz do trabalho/TRT-15ª Região (SP)/2015)

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O regime jurídico de direito público que protege os bens públicos imóveis identifica-se,
dentre outras características, pela imprescritibilidade, que
a) guarnece os bens de uso comum e os bens de uso especial, mas é excepcionado dos bens
dominicais, pois estes são considerados os bens privados da Administração pública e,
portanto, não podem se eximir de se submeter ao regime jurídico comum, como expressão
do princípio da isonomia.
b) impede que os particulares adquiram a propriedade dos bens públicos por usucapião,
independentemente do tempo de permanência no imóvel e da boa-fé da ocupação, mas não
se aplica a eventuais ocupantes que possuam natureza jurídica de direito público, pelo
princípio da reciprocidade.
c) impede a aquisição de bens públicos, independentemente de sua classificação, por
usucapião, o que se aplica a particulares e pessoas jurídicas de direito público e privado, mas
também se presta à proteção do patrimônio em face de qualquer instituto que venha a
==117c2b==

representar a subtração dos poderes inerentes à propriedade pública.


d) determina que o poder público pode promover ações para ressarcimento de danos e
responsabilização dos envolvidos indefinidamente, com base no ordenamento jurídico
vigente, no caso de ocupações multifamiliares irregulares, que gerem ou tenham gerado
efeito favelizador da área.
e) aplica-se reciprocamente à Administração pública e aos administrados, na medida em que
aquela também não pode regularizar suas ocupações por meio de usucapião de bens imóveis
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
Comentário: a usucapião, ou prescrição aquisitiva, é aquela que decorre da ocupação mansa e
pacífica do bem durante determinado período de tempo, na forma prevista na legislação civil. Após
determinado tempo, o particular adquire a propriedade do bem ocupado. Ocorre que,
independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não podem ser
adquiridos mediante usucapião. O C C
Ademais, o STF possui a Súmula 340, que diz que desde a vigência do
Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por
usucapião .
Gabarito: alternativa C.

32. (FCC Juiz do trabalho/TRT-23ª REGIÃO (MT)/2015)


O regime jurídico de direito público abrange a impenhorabilidade e a imprescritibilidade dos
bens públicos, o que, em relação à Administração Direta e à Indireta, significa que
a) a impenhorabilidade dos bens públicos não afasta a possibilidade de constrição de recursos
públicos em moeda corrente para créditos de natureza alimentar, excepcionando o regime de
execução por meio de precatórios.
b) a imprescritibilidade incide sobre os bens públicos, para impedir a aquisição por usucapião,
mas não se confunde com a imprescritibilidade do direito da Fazenda Pública propor ações de
ressarcimento do erário por atos de improbidade administrativa.

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c) em razão das funções administrativas sempre visarem ao bem comum, as ações judiciais de
particulares contra a Fazenda Pública são imprescritíveis.
d) a impenhorabilidade dos bens públicos abrange o patrimônio das autarquias, empresas
públicas e sociedades de economia mista, excluído o das fundações, porque estão sujeitas a
regime jurídico de direito privado.
e) o direito da Fazenda Pública propor ações judiciais em face de pessoas jurídicas de direito
público ou privado, bem como de pessoas físicas, é imprescritível, em observância ao
princípio da indisponibilidade dos bens públicos.
Comentário: os bens públicos em geral são imprescritíveis, não podendo ser adquiridos mediante
usucapião. Apesar de as palavras serem iguais, a imprescritibilidade aqui não se confunde com
aquela que diz respeito à não incidência da prescrição quanto as ações de ressarcimento ao erário
ajuizadas em face do cometimento de atos de improbidade, prevista no art. 37, §5º da CF/88, que
lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento .
Gabarito: alternativa B.

33. (FCC Auditor/TCE-AM/2015)


Maria Sylvia Zanella di Pietro, na obra Uso Privativo de Bem Público por Particular, assevera

máximo de benefícios à coletividade, podendo desdobrar-se em tantas modalidades de uso


quantas forem compatíveis com a destinação e conservação do bem". Esse entendimento
dirige-se
a) aos bens públicos da categoria de uso especial e aos dominicais, posto que os bens de uso
comum do povo já tem destinação intrínseca à sua natureza, não admitindo diversificações,
sob pena de ilegalidade.
b) a todos os bens públicos, importando a compatibilidade dos usos possíveis com a vocação
e utilização precípua de cada um dos bens, admitindo-se diversas modalidades de
instrumentos jurídicos relacionados ao mesmo substrato material.
c) aos bens de uso especial, posto que é essa categoria de bens que serve à coletividade,
abrigando serviços ou utilidades públicas, diversamente dos bens dominicais, que se prestam
ao atendimento de finalidades de interesses privados e dos bens de uso comum do povo, que
são de uso difuso e irrestrito a todos.
d) aos bens dominicais, que são os bens públicos sem destinação e, portanto, sujeitos ao
regime jurídico de direito privado, admitindo usos distintos daqueles precipuamente
destinados ao atendimento do interesse público.
e) aos bens públicos afetados formal ou informalmente a uma atividade de interesse público,
não se admitindo a compatibilização com usos voltados a interesses de natureza privada, em
razão da diversidade de regimes jurídicos.
Comentário: vamos aproveitar e relembrar o conceito de cada espécie de bem público:

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• bens dominicais: são os que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. São aqueles que não
possuem uma finalidade pública específica. Por exclusão, todos os bens que não se
enquadram no grupo de bens de uso comum ou nos bens de uso especial, serão considerados
como bens dominicais;
• bens de uso especial: são aqueles utilizados na prestação serviços pela Administração ou para
a realização dos serviços administrativos. São exemplos: o edifício sede de uma repartição
pública; uma escola municipal;
• bens de uso comum do povo: são aqueles que podem ser utilizados por todas as pessoas em
igualdade de condições, independentemente de autorização individualizada concedida pelo
Poder Público. D C C bens públicos de uso comum do povo e os de
;
Independentemente da classificação, todos os bens públicos devem visar à satisfação dos
interesses da coletividade.
Gabarito: alternativa B.

34. (FCC Juiz de Direito/TJ-AL/2015)


No ano de 1963, o Supremo Tribunal Federal adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado,
sob o n° 340: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. Independentemente de eventual opinião
doutrinária minoritária em sentido contrário, tal conclusão, atualmente,
a) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição à usucapião dos
bens públicos imóveis, mas o Código Civil admite tal sujeição em relação aos bens públicos
dominicais móveis ou semoventes.
b) mostra-se superada, eis que vigora novo Código Civil.
c) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição
à usucapião dos bens públicos imóveis, e o Código Civil prevê a mesma não sujeição quanto
aos bens públicos em geral, sem excepcionar os dominicais.
d) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal excepciona os bens dominicais da não
sujeição à usucapião.
e) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição
à usucapião dos bens públicos em geral, superando, nesse ponto, disposição do Código Civil
em sentido contrário.
Comentário: os bens públicos são imprescritíveis, independentemente da natureza, ou seja, eles
não podem ser adquiridos mediante usucapião. A Súmula apontada no enunciado guarda
compatibilidade com o ordenamento jurídico atual sim, sendo que o Código Civil de 2002
, não fazendo distinção
quanto ao tipo de bem.
Gabarito: alternativa C.

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35. (FCC AJ-Oficial de Justiça Avaliador/TRT 3ª Região (MG)/2015)


Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo Horizonte sustentando ter
residido por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da municipalidade, o qual jamais foi
franqueado ao público nem utilizado para prestação de serviço ou estabelecimento da
Administração. Tal bem público é denominado
a) de uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de
lei, ganhando a qualidade de dominical.
b) de uso especial, não podendo ser objeto de usucapião.
c) dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais.
d) de uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por
meio de lei, ganhando a qualidade de dominical.
e) dominical, não podendo ser objeto de usucapião.
Comentário franqueado ao público nem utilizado para
prestação de serviço ou estabelecimento da Administração E
públicos dominiais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Assim como qualquer outro tipo
de bem público, os bens dominicais não podem ser objeto de usucapião.
Gabarito: alternativa E.

36. (FCC Juiz de Direito/TJ-SC/2015)


Pela perspectiva tão somente das definições constantes do direito positivo brasileiro,
consideram-
a) um estado, mas não os pertencentes a um território.
b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal.
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia.
e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública.
Comentário: o Código Civil de 2002 disciplina conceitos relacionados aos bens públicos. Segundo
os arts. 98 e 99:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes
às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

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Assim, em regra, os bens das pessoas jurídicas de direito público são considerados bens públicos,
mas não os das pessoas jurídicas de direito privado, como uma empresa pública, na forma do art.
99, III.
Gabarito: alternativa E.

37. (FCC Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015)


Asdrúbal havia recebido permissão de uso de bem público para a instalação de banca de
jornal em praça aprazível do Bairro das Flores. Após 20 anos no mesmo local, o Município
entendeu que a banca de Asdrúbal atrapalhava o trânsito, tendo em vista o crescimento do
comércio no bairro. Para retirar a banca de Asdrúbal, o Município deve
a) revogar a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
b) anular a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
c) revogar a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
d) anular a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
e) proceder à cassação da permissão de uso de bem público, realizando uma apuração de
haveres para certificar-se de que Asdrúbal terá direito à indenização.
Comentário: as bancas de jornais constituem exemplo clássico do uso privativo de bens públicos,
efetivada via permissão de uso. A permissão de uso é ato administrativo precário, discricionário e
sem prazo de duração. Tendo em vista seu caráter precário e discricionário, em regra, não há que
se falar em pagamento de indenização.
Gabarito: alternativa C.

38. (FCC Procurador/TCE-CE/2015)


O Município de Fortaleza decidiu instituir uma feira de produtos orgânicos e sustentáveis em
um parque urbano de lazer localizado em região com grande fluxo de pessoas e de fácil
acesso. Pretende, dessa forma, incentivar a prática da sustentabilidade e da preservação do
meio ambiente. Idealizou, assim, no espaço destinado a atividades culturais do parque, a
instalação de boxes de mesma dimensão. O Ministério Público instaurou inquérito civil para
apurar o fato de o projeto ter sido idealizado em um bem de uso comum do povo. Correta
orientação jurídica é aquela que
a) opina pela ilegalidade do projeto municipal, tendo em vista que o uso privativo de bens
públicos está restrito às categorias de bens dominicais e bens de uso especial, sendo inviável,
ainda que por meio de licitação, restringir o uso de um bem de uso comum do povo.
b) se manifesta pela viabilidade do projeto, desde que o espaço destinado à essa finalidade
seja compatível com a finalidade principal do bem de uso comum do povo, podendo a
outorga de uso se dar por meio de permissão de uso precedida de licitação, diante da
possibilidade de competição entre diversos interessados.
c) opina pelo uso pretendido, desde que por meio de concessão de uso, em razão da
finalidade da outorga, qual seja, preservação do meio ambiente, ser preponderante em
relação ao bem de uso comum do povo.

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d) recomenda o prosseguimento do projeto, com a outorga, mediante dispensa de licitação,


de contrato de permissão de uso com prazo indeterminado, que pode ser revogado a
qualquer momento, garantido o livre acesso ao bem de uso comum do povo.
e) veda o projeto apenas e tão somente em razão da finalidade do uso privativo permitir
retorno financeiro aos utentes, característica que somente pode estar presente quando não
se tratar de bem de uso comum do povo, pois é premissa legal a gratuidade da frequência a
bens públicos dessa natureza.
Comentário: os bens de uso comum do povo, também chamados de bens de domínio público, são
aqueles que podem ser utilizados por todas as pessoas em igualdade de condições,
independentemente de autorização individualizada concedida pelo Poder Público. As praças
públicas são exemplos clássicos de bens de uso comum do povo. Apesar de haver certa divergência
doutrinária, podemos admitir que a permissão exige prévia licitação, conforme previsão do art. 31,
da Lei 9.074/1995, as licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou
uso de bem público, os autores ou responsáveis economicamente pelos projetos básico ou
executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obras ou
serviços . A divergência ocorre na medida em que a permissão de uso de bem público é mero ato
administrativo e, por isso, não deveria ser precedida de prévia licitação. Contudo, a legislação traz
essa previsão, motivo pelo qual podemos considerar a permissão de uso como uma exceção, ou
seja, a situação em que a licitação terá como consequência um ato administrativo no lugar de um
contrato administrativo.
Gabarito: alternativa B.

39. (FCC Auditor Fiscal/SEFAZ-PI/2015)


Os bens públicos classificados como dominicais
a) são os materialmente utilizados pela Administração pública para a consecução de seus fins
e realização de suas atividades.
b) podem ser usados por todos do povo, em face de sua natureza ou por determinação legal.
c) são inalienáveis, enquanto não desafetados da função pública que lhes foi normativamente
conferida.
d) são aqueles integrantes do domínio público do Estado e, portanto, inalienáveis.
e) integram o domínio privado do Estado, ou seja, seu patrimônio disponível.
Comentário: os bens dominicais são bens que não têm qualquer destinação pública. Esses bens
somente ostentam a qualidade de bem público pelo fato de pertencerem a uma determinada
pessoa jurídica de direito público. Diferentemente do que ocorre com os bens de uso comum e
com os de uso especial, eles podem ser alienados, respeitadas as condições previstas na Lei de
Licitações (art. 17), ou seja, são bens que não estão indisponíveis, como as outras espécies de bens
públicos.
Gabarito: alternativa E.

40. (FCC Procurador/TCM-GO/2015)

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Durante o curso de uma ação de execução de título extrajudicial ajuizada por uma empresa
particular em face de uma sociedade de economia mista, foi identificado um terreno
localizado às margens de uma rodovia, pertencente à estatal e desocupado de pessoas,
construções e coisas. A empresa credora requereu a penhora do bem para garantia do
crédito, com intenção de levar o bem à hasta pública caso perdurasse a inadimplência da
estatal. O requerimento
a) pode ser deferido, porque se trata de bem de natureza privada e presume-se desafetado,
porque desocupado, facultado à empresa estatal a comprovação de eventual afetação do
bem à prestação de serviço público para pleitear a suposta impenhorabilidade.
b) não pode ser penhorado, em razão do domínio pertencer à empresa estatal, mas pode ser
adjudicado pelo credor, mantida eventual afetação à prestação de serviço público.
c) não pode ser deferido, tendo em vista que os bens imóveis que compõem o patrimônio das
empresas estatais são protegidos pelo regime jurídico de direito público, sendo, portanto,
impenhoráveis.
d) pode ser deferido apenas para fins de garantia do crédito, decidindo-se pela penhora e
bloqueio do bem, vedada, no entanto, a alienação judicial do imóvel.
e) não pode ser deferido porque todos os bens das estatais são tacitamente afetados à
prestação de serviço público, cuja essencialidade impede a disposição judicial do imóvel.
Comentário: os bens públicos são impenhoráveis. Mas os bens pertencentes às empresas estatais
empresas públicas e sociedades de economia mista não são bens públicos, mas sim privados, e,
em regra, podem ser objeto de penhora. Diz-se em regra pois caso o bem esteja diretamente
associado à prestação de um serviço público, diz-se que esses bens são afetados ao serviço
público, de forma que não poderão ser penhorados.
Gabarito: alternativa A.

41. (FCC AJ-Oficial de Justiça Avaliador/TRF 4/2014)


Um hospital da rede estadual precisa instalar lanchonetes em dois espaços para esse fim
destinados na ala ambulatorial e no setor de exames laboratoriais. Não pretende a
Administração firmar contrato administrativo, pois pretende garantir menor estabilidade à
ocupação, de modo a facilitar eventual retomada dos espaços na hipótese das atividades não
serem bem desempenhadas. Considerando que esses espaços são bens públicos e que a
Administração pretende celebrar permissão de uso dos mesmos, cuja natureza é de ato
administrativo unilateral,
a) pode, invocando o princípio da eficiência, optar pela realização ou não de licitação, desde
que a escolha recaia sobre a alternativa mais rentável para a Administração.
b) deverá realizar prévia licitação sempre que houver potenciais interessados no objeto
ofertado pela Administração, de modo a observar o princípio da competitividade e da
igualdade.
c) não é necessário realizar prévia licitação, pois o não estabelecimento de prazo para a
exploração afasta a competitividade para a ocupação do local.

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d) não é necessário realizar prévia licitação, tendo em vista que a Lei nº 8.666/1993 é
expressa em exigir o certame apenas para a celebração de contratos administrativos.
e) deverá realizar prévia licitação, obrigatoriamente na modalidade pregão, pois se trata de
contratação de baixo vulto e reduzida complexidade.
Comentário: a permissão de uso caracteriza uma situação excepcional, em que a licitação terá
como consequência um ato administrativo no lugar de um contrato administrativo. Isso porque é
um ato administrativo precário, discricionário e sem prazo de duração, e não um contrato. Dessa
forma, apesar de existir certa discussão doutrinária sobre o tema, temos que essa posição é aceita
e vem sendo cobrada pelas bancas de concurso, como foi o caso da presente questão.
Gabarito: alternativa B.

42. (FCC Juiz do trabalho/TRT-18ª Região (GO)/2014)


No tocante ao regime legal dos bens das entidades pertencentes à Administração pública, é
correto afirmar:
a) Os bens pertencentes a autarquia são impenhoráveis, mesmo para satisfação de
obrigações decorrentes de contrato de trabalho regido pela Consolidação da Legislação
Trabalhista.
b) Os bens pertencentes às entidades da Administração indireta são bens privados e,
portanto, passíveis de penhora.
c) A imprescritibilidade é característica que se aplica tão somente aos bens públicos de uso
comum e especial, não atingindo os bens dominicais.
d) Em face da não aplicação do art. 730 do Código de Processo Civil às lides trabalhistas, os
bens públicos podem ser penhorados para satisfação de débitos reconhecidos pela Justiça
Laboral.
e) A regra da imprescritibilidade dos bens públicos, por ter origem legal, não se aplica ao
instituto da usucapião especial urbana, de status constitucional.
Comentário: as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, e seus bens são, portanto, bens
públicos. Sabemos que os bens públicos são imprescritíveis, independentemente de sua natureza,
e são impenhoráveis, não podendo ser objeto de penhora para garantia de execução de ação
contra a fazenda pública, nem mesmo ações trabalhistas.
Gabarito: alternativa A.

43. (FCC Assessor Jurídico/TCE-PI/2014)


Determinado ente federativo é titular do domínio de dois prédios públicos localizados em
uma região que se tornou extremamente valorizada em razão de alteração do zoneamento.
Nesses prédios públicos estão instaladas duas sedes de secretarias de estado, uma delegacia
de polícia e uma unidade do Detran que presta atendimento ao público. Considerando que o
ente federativo vem implementando política pública de revitalização da área central, onde,
inclusive, o custo de aquisição e manutenção dos imóveis é menor, pretende alienar
onerosamente os bens. Tal pretensão

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a) encontra vedação no ordenamento jurídico, na medida em que bens de uso comum do


povo são inalienáveis, conduta que, inclusive, traria prejuízos aos serviços públicos lá
desenvolvidos.
b) deverá seguir o procedimento previsto na legislação para tanto, além de a Administração
pública providenciar a prévia transferência das atividades desempenhadas nos imóveis, que
uma vez desafetados, passarão a ser bens dominicais.
c) encontra vedação no ordenamento jurídico, na medida em que os bens públicos não
podem ser alienados onerosamente, salvo diretamente para outros entes públicos, como
forma de preservação do patrimônio público e atendimento ao princípio da supremacia do
interesse público.
d) não encontra vedação no ordenamento jurídico caso a Administração pública demonstre
que o interesse público que pretende atender com a venda é mais relevante que os serviços
desenvolvidos nos imóveis, aplicando-se o princípio da supremacia do interesse público.
e) poderá ser promovida pela Administração pública de forma direta, ou seja, sem
observância do procedimento de licitação, caso o adquirente se comprometa a manter a
ocupação existente, celebrando com os órgãos e entes públicos contratos de locação
individual.
Comentário: no caso do enunciado, temos bens que são utilizados na prestação serviços pela
Administração ou para a realização dos serviços administrativos, considerados, portanto, bens de
uso especial. D C C uso
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação
(art. 100). Esses tipos de bens são considerados bens afetados, e, por isso, não podem ser
M o em que ele deixará de possuir
uma destinação pública e, consequentemente, poderá ser alienado, desde que observados os
preceitos legais trazidos pelo art. 17 da Lei 8.666/93 (avaliação prévia, licitação, interesse público).
Gabarito: alternativa B.

44. (FCC Auditor de Controle Externo/TCE-PI/2014)


Estabelece o regime jurídico aplicável aos bens públicos:
a) Tanto os bens de uso comum do povo como os de uso especial são inalienáveis, sendo, por
essa razão, vedada à Administração sua desafetação.
b) No ordenamento pátrio não existem bens de domínio privado do Estado, porque mesmo
os bens públicos desafetados são inalienáveis e insuscetíveis de prescrição, penhora ou
oneração.
c) Os bens dominicais do Estado comportam função patrimonial ou financeira, podendo, por
exemplo, ser locados ou alienados, na forma de lei.
d) Os bens dominicais do Estado, porque submetidos a regime de direito privado, podem ser
adquiridos por usucapião, em razão do princípio da função social da propriedade.
e) A alienação de bens públicos móveis ou imóveis não prescinde de autorização legislativa,
sob pena de invalidação da alienação.

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Comentário:
a) C C
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar
Mas é possível ocorrer a desafetação de um bem, situação em que ele passa para a categoria dos
bens dominiais e pode ser alienado ERRADA;
b) os bens de domínio privado do poder público são os bens dominicais, ou seja, aqueles que não
possuem destinação pública e podem, por isso, ser alienados ERRADA;
c) isso mesmo. É possível a alienação e locação dos bens dominicais, que não possuem uma
finalidade pública específica CORRETA;
d) independentemente da natureza, os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não podem
ser adquiridos mediante usucapião ERRADA;
e) a inalienabilidade não é uma regra absoluta, uma vez que os bens públicos podem ser alienados,
desde que sejam obedecidas as regras legais para isso. Somente os bens dominicais podem ser
alienadas, desde que obedeçam às exigências da Lei 8.666/1993, que determina que um bem, para
ser alienado, depende de existência de interesse público devidamente justificado, de prévia
avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel, autorização legislativa ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

45. (FCC Analista Legislativo/AL-PE/2014)


Uma empresa privada solicitou autorização ao Estado para utilizar imóvel público consistente
em um antigo centro de exposições agropecuárias desativado, objetivando reformá-lo e
recolocá-lo em operação conforme sua destinação original. Considerando o regime jurídico
dos bens públicos,
a) a utilização do imóvel ao particular somente é possível mediante contrato de
arrendamento.
b) o Estado poderá outorgar permissão de uso, a título precário, desde que mediante prévia
autorização legislativa.
c) o Estado somente poderá autorizar a utilização do imóvel pelo particular se o mesmo for
desafetado.
d) é possível a outorga de autorização de uso do imóvel, porém não em caráter privativo.
e) o Estado poderá outorgar concessão de uso, por prazo determinado, mediante licitação.
Comentário: é possível que a Administração outorgue o uso privativo de bens públicos aos
particulares. Os principais instrumentos de outorga da utilização privativa de bens públicos são a
autorização de uso de bem público, a permissão de uso de bem público, a concessão de uso de
bem público e a concessão de direito real de bem público. Para utilização desses instrumentos, não
é necessária a desafetação do bem. No caso do enunciado, pode-se lançar mão de um contrato de
concessão de uso de bem público, que deve ser precedido de licitação pública salvo nas
hipóteses de dispensa ou inexigibilidade - não é precário e possui prazo determinado, só sendo
possível rescindir o contrato nas hipóteses previstas em lei.

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Gabarito: alternativa E.

46. (FCC Auditor/MPE-PB/2015)


O Ministério Público do Estado da Paraíba ajuizou ação civil pública contra a Prefeitura de
Campina Grande, haja vista a desafetação irregular de bem público. A propósito do tema,
considere as seguintes assertivas:
I. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao
domínio privado, do Estado ou do administrado.
II. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem
perdê-la pelo instituto da afetação.
III. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria
natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
Comentário:
I. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao domínio
privado, do Estado ou do administrado - um bem desafetado é aquele que não possui uma
destinação pública específica, enquanto um bem afetado é aquele destinado a uma finalidade
pública específica. Os bens dominicais são desafetados, podendo ser alienados, ou seja,
incorporados ao domínio privado CORRETA;
II. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem perdê-la
pelo instituto da afetação os bens dominicais são alienáveis, enquanto desafetados. Caso
possuam afetação pública, passam a ser inalienáveis, como os demais bens públicos CORRETA;
III. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria natureza,
são insuscetíveis de valoração patrimonial - o
seja, um bem público sem finalidade pode passar a ter finalidade pública. Nesse caso, diz-se que
ocorreu a afetação do bem. Por outro lado, um bem com finalidade pública pode deixar de tê-la,
ocorrendo, assim, a sua desafetação ERRADA.
Assim, apenas o que se afirma nos itens I e II está correto.
Gabarito: alternativa D.

47. (FCC Auditor/TCE-CE/2015)


De acordo com a Constituição Federal e a Lei n° 8.666/1993, os bens públicos
I. dependem, em regra, de prévia autorização legislativa para alienação.

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II. são imprescritíveis, o que significa que não são alcançados em execuções por dívidas.
III. caracterizam-se como dominicais, quando afetados a finalidade pública.
IV. os de uso especial não estão protegidos pela impenhorabilidade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I.
Comentário:
I - dependem, em regra, de prévia autorização legislativa para alienação - os bens dominicais
podem ser alienados, desde que obedeçam às exigências da Lei 8.666/1993, que determina que
um bem, para ser alienado, depende de existência de interesse público devidamente justificado,
de prévia avaliação, licitação e, no caso de bem imóvel, autorização legislativa CORRETA;
II. são imprescritíveis, o que significa que não são alcançados em execuções por dívidas essa é a
característica da impenhorabilidade. A imprescritibilidade diz respeito à característica dos bens
públicos não poderem ser adquiridos por usucapião ERRADA;
III. caracterizam-se como dominicais, quando afetados a finalidade pública na verdade, os bens
dominicais não possuem destinação pública ERRADA;
IV. os de uso especial não estão protegidos pela impenhorabilidade os bens públicos não podem
ser objeto de penhora para garantia de execução de ação contra a fazenda pública. Dessa forma,
os bens públicos são impenhoráveis ERRADA.
Portanto, apenas a afirmativa I está correta.
Gabarito: alternativa E.

48. (FCC Procurador/Prefeitura de Recife-PE/2014)


Considere os itens a seguir, sobre bens públicos:
I. Com a EC no 46/2005, pacificou-se dúvida quanto à titularidade das ilhas costeiras e fluviais
que contêm sede de Municípios, passando-se a atribuí-la expressamente aos municípios
respectivos
II. Por disposição constitucional, as terras devolutas não compreendidas entre as da União ou
dos Estados incluem-se entre os bens do Município.
III. A encampação, a investidura e o tombamento são modos de formação do patrimônio
público.
IV. É defeso pelo ordenamento jurídico usucapião de bens públicos dominicais.
Está correto o que consta APENAS em

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a) IV.
b) I
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
Comentário:
I. Com a EC no 46/2005, pacificou-se dúvida quanto à titularidade das ilhas costeiras e fluviais que
contêm sede de Municípios, passando-se a atribuí-la expressamente aos municípios respectivos a
previsão constitucional é de que as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países;
as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede
de Municípios são bens da União, na forma do art. 20 da CF/88. Nada se menciona sobre a
titularidade ser dos Municípios ERRADA;
II. Por disposição constitucional, as terras devolutas não compreendidas entre as da União ou dos
Estados incluem-se entre os bens do Município esses são bens dos Estados, na forma do art. 26 da
CF -se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas
U ERRADA;
III. A encampação, a investidura e o tombamento são modos de formação do patrimônio público
a encampação é uma forma de retomada do serviço público pelo poder concedente; a investidura
é uma forma específica de alienação prevista na Lei 8.666/93 e o tombamento é uma forma de
intervenção do Estado na propriedade ERRADA;
IV. É defeso pelo ordenamento jurídico usucapião de bens públicos dominicais -
independentemente da natureza (dominicais, uso especial ou uso comum do povo), os bens
públicos são imprescritíveis, ou seja, eles não podem ser adquiridos mediante usucapião
CORRETA.
Portanto, apenas a afirmativa IV está correta, como trazido na alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

49. (FCC AJ/TRF 2/2012)


As principais características que compõem o regime jurídico dos bens públicos são:
a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrição aquisitiva desses bens, desde
que sejam bens dominicais.
b) o seu uso privativo mediante autorização, permissão ou concessão, independente da sua
destinação.
c) a obrigatoriedade de prévia licitação para uso privado mediante concessão e permissão,
mas apenas para os bens de uso especial.
d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a não-onerosidade.
e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prévia licitação na modalidade
concorrência, quando se tratar de bens de uso comum do povo.

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Comentário: as principais características dos bens públicos são:


(a) inalienabilidade somente podem ser alienados se obedecerem determinadas regras previstas
em lei;
(b) impenhorabilidade não podem ser objeto de penhora para exigir a quitação de dívida;
(c) imprescritibilidade não podem ser adquiridos por meio de usucapião;
(d) não onerabilidade não podem ser objeto de direito real de garantia dos débitos contraídos
por um ente público.
Com isso, está correta a opção D. Vamos dar uma olhada nas outras opções:
a) os bens públicos não podem ser objeto de penhora nem de prescrição aquisitiva (usucapião)
ERRADO;
b) a destinação da concessão, permissão e autorização depende sempre de interesse público,
ainda que haja modificação do predomínio em um ou em outro ERRADO;
c) a licitação também será exigível para a concessão e permissão de outros tipos de bens públicos
ERRADO;
e) somente os bens dominicais podem ser objeto de alienação ERRADO.
Gabarito: alternativa D.

50. (FCC Notário/TJ PE/2013)


Considere as afirmações abaixo.
I. Os bens dominicais não são passíveis de alienação, salvo se desafetados.
II. Os bens de uso especial são aqueles de domínio privado do poder público, passíveis de
alienação e oneração.
III. Os bens de uso comum do povo são inalienáveis, impenhoráveis e imprescritíveis.
A respeito dos bens públicos, está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) II.
d) I e III.
e) I e II.
Comentário: vejamos cada item:
I FALSO: a questão fez uma inversão, pois justamente os bens dominicais é que podem ser objeto
de alienação;
II FALSO: os bens de domínio privado do poder público são os bens dominicais;
I VERDADEIRO: dentre outras, a inalienabilidade, impenhorabilidade e imprescritibilidade são
características dos bens públicos, inclusive os de uso comum do povo.

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Gabarito: alternativa A.

51. (FCC AJ/TRE SP/2012)


Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinação, como bens
a) de uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com
qualquer espécie de afetação.
b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.
c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os
edifícios onde se situam os órgãos públicos.
d) dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser
alienados ou afetados à atividade específica.
e) dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e
passíveis de alienação.
Comentário: os bens públicos, quanto à destinação, podem ser:
→ de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
→ de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
→ dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Os bens dominicais possuem domínio de direito privado e não possuem uma finalidade pública
específica (afetação). Logo, eles podem ser objeto de alienação. Assim, nosso gabarito é a opção E.
Gabarito: alternativa E.

52. (FCC Analista/DPE RS/2013)


Considere os seguintes exemplos de bens públicos:
I. prédio no qual se encontra instalado um hospital.
II. rios e mares.
III. galpão adquirido pelo poder público em processo de execução judicial, cujo uso foi
autorizado, onerosamente, a particular.
Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem:
a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial.
b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical.
c) de uso especial; reservado e de uso especial.
d) dominical; reservado e de uso restrito.
e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical.

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Comentário: o item I trata de um bem de uso especial, uma vez que o imóvel é utilizado
diretamente pela Administração na prestação de um serviço público. O item II, por sua vez,
apresenta um bem de uso comum do povo, que é o caso dos rios, mares, estradas, ruas, praças,
entre outros. Por fim, o item III apresenta um exemplo de bem de uso dominical, uma vez que o
bem foi adquirido por meio de decisão judicial e, por conseguinte, não possuía nenhuma finalidade
pública específica até então.
Com isso, temos a seguinte sequência: uso especial, uso comum do povo e dominical (opção B).
Gabarito: alternativa B.

53. (FCC Procurador/TCE-RO/2010)


Dentre as características inerentes ao regime jurídico aplicável aos bens públicos pode-se
afirmar que
a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial
enquanto conservarem essa qualificação, passando a condição de alienáveis com a
desafetação.
b) a inalienabilidade é absoluta, na medida em que a alienação de todo e qualquer bem
público pressupõe sua prévia desafetação e ingresso no regime jurídico de direito privado.
c) a impenhorabilidade é absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de
titularidade da Administração Direta e Indireta.
d) a imprescritibilidade é relativa, na medida em que os bens dominicais da Administração
Direta podem ser objeto de usucapião.
e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade são relativas em relação a
Administração Direta, uma vez que aplicáveis apenas e tão somente aos bens de uso comum
do povo e bens de uso especial.
Comentário: os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial são inalienáveis. Contudo,
eles podem ser desafetados e, a partir daí, poderão ser objeto de alienação. Com isso, está correta
a opção A.
Vejamos o que há de errado nas outras opções:
b) a inalienabilidade não é absoluta, justamente porque permite que os bens sejam desafetados e,
posteriormente, alienados ERRADO;
c) não são todos os bens das entidades da Administração Indireta que são impenhoráveis. Nesse
contexto, sabemos que os bens das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das
fundações públicas não são bens públicos e, em regra, podem ser objeto de penhora ERRADO;
d) a imprescritibilidade aplica-se aos bens públicos especiais, de uso comum do povo e dominicais
ERRADO;
e) a impenhorabilidade e a imprescritibilidade são absolutas, uma vez que se aplicam a todos os
tipos de bens públicos ERRADO.
Gabarito: alternativa A.

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54. (FCC AJ/TRF 2/2007)


Considere:
I. Praças, ruas e estradas.
II. Edifícios destinados a estabelecimentos da administração pública estadual.
III. Terrenos destinados a serviços de autarquia municipal.
IV. Rios e mares.
São bens públicos de uso especial os indicados APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II.
d) II e III.
e) III.
Comentário: com o conteúdo do art. 99 do Código Civil podemos responder esta questão,
vejamos:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares [item I], estradas, ruas e praças [item
IV];
II - os de uso especial, tais como edifícios [item II] ou terrenos [item III] destinados a serviço
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Assim, podemos perceber que os itens II e III estão corretos.


Gabarito: alternativa D.

55. (FCC TJ/TRF 2/2007)


São considerados Bens Públicos:
a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) apenas os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
c) apenas o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais.
e) apenas os de uso especial e os dominicais.
Comentário: de acordo com o Código Civil, os bens públicos podem ser de uso comum, de uso
especial e os dominicais. Com isso, nosso gabarito é letra D. As demais opções apresentaram
apenas parte do que é considerado bens públicos.

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Gabarito: alternativa D.

56. (FCC Procurador/BACEN/2006)


Exceções constitucionais à regra da imprescritibilidade dos imóveis públicos
a) são os terrenos de marinha.
b) não há.
c) são as terras devolutas.
d) são os prédios declarados inservíveis.
e) são os bens adquiridos por execução judicial ou dação em pagamento.
Comentário: a Constituição Federal não apresenta nenhuma exceção para a imprescritibilidade
dos bens públicos. Logo, nosso gabarito é opção B.
Gabarito: alternativa B.

57. (FCC Juiz do Trabalho/TRT1/2012)


Considerando o regime jurídico ao qual se submetem os bens públicos, os bens imóveis sem
destinação de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela União são
a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) inalienáveis e impenhoráveis, salvo em função de dívidas trabalhistas.
e) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.
Comentário C C São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem .
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, logo seus bens não são
considerados bens públicos. Além disso, o enunciado informou que o bem não possuía destinação
de propriedade. Assim, podemos concluir que ele não é empregado diretamente na prestação de
serviços públicos.
Com isso, não sem trata de bem público e nem possui características de bem público, permitindo
que o bem seja objeto de alienação e de penhora. Portanto, nosso gabarito é letra E.
Gabarito: alternativa E.

58. (FCC - AJ TRT 5/Administrativa/2003)


Imóvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exercício de sua atividade fim, é
considerado bem
a) particular dominical.
b) público de uso comum do povo, por natureza.

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c) público de uso comum do povo, por destinação.


d) público de uso especial.
e) particular de uso especial.
Comentário: a autarquia é uma pessoa jurídica de direito público e, portanto, os seus bens são
considerados bens públicos. Além disso, os bens utilizados na prestação serviços pela
Administração ou para a realização dos serviços administrativos são considerados bens de uso
especial, que é o caso dos bens utilizados no exercício de sua atividade fim.
Gabarito: alternativa D.

59. (FGV Analista/DPE-DF/2014)


Os bens públicos estão sujeitos a regime jurídico próprio, diferente daquele aplicado aos bens
privados. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:
I. Os bens pertencentes às empresas públicas são considerados bens públicos.
II. Consideram-se afetados os bens públicos que têm destinação pública.
III. Os bens públicos são impenhoráveis.
Assinale se:
a) somente I e II são verdadeiras.
b) somente I e III são verdadeiras.
c) somente II e III são verdadeiras.
d) todas são verdadeiras.
e) nenhuma é verdadeira.
Comentário: as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado e, por conseguinte, seus
bens não são públicos. De acordo com o Código Civil, somente os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno é que são bens públicos. Portanto, o item I está errado.
Quando possuírem uma destinação pública ou finalidade específica, os bens públicos serão
considerados afetados. Quando não possuírem nenhuma finalidade pública específica, os bens
públicos serão desafetados. Logo, o item está correto.
Entre as características dos bens públicos, temos a impenhorabilidade, ou seja, eles não podem ser
penhorados para fins de pagamento de débitos da fazenda pública. Nessas situações, deverá ser
utilizado o sistema de precatórios, previsto no art. 100 da CF. Assim, o item III também está
correto.
Em resumo, os itens II e III estão corretos.
Gabarito: alternativa C.

60. (FGV Procurador/AL-MT/2013)


Acerca do tema terras devolutas, assinale a afirmativa correta.

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a) São bens públicos titularizados pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios.
b) Foram excluídas do elenco de bens públicos pela Constituição da República de 1988.
c) Aquelas não compreendidas entre as da União devem ser incluídas entre os bens
municipais.
d) Aquelas não compreendidas entre as da União devem ser incluídas entre os bens dos
estados.
e) Incluem-se todas entre os bens da União.
Comentário: as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, pertencem à
União (CF, art. 20, II); enquanto as demais terras devolutas pertencem aos estados-membros (CF,
26, IV). Assim, aquelas que não estão compreendidas entre as da União, pertencem aos estados.
Assim, está correta a opção D.
Logo, a opção A está errada, pois os municípios não possuem terras devolutas. A alternativa B
também é errada, pois a Constituição de 1988 menciona expressamente a existência dos bens
públicos (art. 20, II; e art. 26, IV). O erro da letra C é o mesmo da alternativa A, ou seja, os
municípios não possuem terras devolutas. Por fim, a opção E está errada, pois existem terras
devolutas dos estados.
Gabarito: alternativa D.

61. (FGV AJ/TJ AM/2013)


Os bens públicos possuem um regime jurídico diferenciado no qual uma série de
restrições impõe-se sobre eles. Com relação aos bens públicos assinale a afirmativa
correta.
a) Os bens das empresas públicas, ainda que não atuem na prestação de serviços públicos,
possuem natureza pública.
b) Uma empresa privada, que tenha um bem afetado à prestação de um serviço público, não
poderá ter esse bem penhorado.
c) Os bens das agências reguladoras não se revestem das garantias inerentes aos bens
públicos.
d) É possível a penhora de um bem pertencente ao Estado do Amazonas para pagamento de
dívida alimentícia.
e) Os bens de uma sociedade de economia mista não poderão sofrer usucapião seja qual for a
atividade desempenhada por essa pessoa jurídica.
Comentário: vejamos cada opção:
a) ERRADA: os bens das empresas públicas não são bens públicos, independentemente da
atividade que realizam;
b) CORRETA: em decorrência do princípio da continuidade do serviço público, os bens diretamente
vinculados à prestação dos não podem ser penhorados;
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c) ERRADA: as agências reguladoras são autarquias e, portanto, possuem personalidade jurídica de


direito público. Assim, os seus bens são públicos;
d) ERRADA: o bem pertencente ao estado é um bem público, logo não poderá ser penhorado;
e) ERRADA: os bens das sociedades de economia mista são, em regra, bens privados. Logo, eles
podem sofrer sim a aquisição por usucapião.
Gabarito: alternativa B.

62. (FGV AJ/TJ AM/2013)


A administração pública viabiliza o uso privativo dos bens públicos por meio de certos
títulos jurídicos. Em relação a esses títulos, é correto afirmar que
a) um deles é a concessão de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato.
b) um deles é a autorização de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato.
c) a concessão, a permissão e a autorização de uso, são títulos dessa espécie, todos com
natureza de contrato.
d) a concessão, a permissão e a autorização de uso, são títulos dessa espécie, todos com
natureza de ato administrativo.
e) um deles é a permissão de uso que sempre terá natureza de contrato.
Comentário: a concessão de uso é formalizada por meio de contrato administrativo, precedido de
prévia licitação. Assim, a opção A está correta. Vejamos as outras opções:
b) e e) a autorização de uso é ato administrativo ERRADA;
c) e d) somente a concessão de uso tem natureza de contrato, enquanto a permissão e a
autorização são atos administrativos ERRADA;
Gabarito: alternativa A.

63. (FGV Juiz/TJ-AM/2013)


O Código Civil brasileiro regula, em sua Parte Geral, dentre outras matérias, os bens públicos,
procurando identificá-los como bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais.
Assim, ciente desta classificação, assinale a afirmativa correta.
a) os bens dominicais são passíveis de aquisição por usucapião, pois não estão afetos à
destinação pública.
b) são bens públicos tanto aqueles pertencentes à Administração Direta, quanto aqueles que
pertençam às pessoas que compõem a Administração Indireta
c) o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
d) os bens públicos, seja qual for a espécie, não são passíveis de alienação, mas podem ser
penhorados, quando forem dominicais.

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e) consideram-se bens de uso comum aqueles que tanto podem ser utilizados pela
Administração para um fim específico, como pelo particular, através de concessão ou
permissão de uso.
Comentário:
a) nenhum tipo de bem público pode ser adquirido por usucapião, até mesmo os bens dominicais
ERRADA;
b) as entidades de direito privada da administração indireta (empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações públicas de direito privado) não possuem bens públicos ERRADA;
c) a regra é a utilização gratuita dos bens de uso comum. Porém, a entidade a que pertencer o bem
poderá instituir a utilização retribuída, como ocorre nos estacionamentos rotativos CORRETA;
V os bens públicos, seja qual for a espécie, não
são passíveis de alienação penhora, mas podem ser penhorados alienados, quando forem
dominicais ERRADA;
e) os bens utilizados pela Administração são os bens de uso especial ERRADO.
Gabarito: alternativa C.

64. (FGV - AJ/TJ AM/2013)


O Estado do Amazonas possui um terreno que se encontrava sem nenhuma destinação,
apenas cercado por um muro. No citado bem foi construída uma praça para lazer da
comunidade.
Assinale a alternativa que contém a classificação desse bem, antes e depois da construção da
praça, respectivamente.
a) dominical / de uso comum.
b) de uso especial / de uso comum.
c) de uso comum / de uso especial.
d) de uso comum / de uso especial.
e) dominical / de uso especial.
Comentário: inicialmente, o bem não possuía nenhuma destinação, sendo, portanto, um bem
dominical. Posteriormente, ao ser construída a pracinha, o bem foi afetado e se tornou um bem de
uso comum do povo. Logo, a opção A está correta!
Gabarito: alternativa A.

65. (FGV OAB/2012)


Sobre os bens públicos é correto afirmar que
a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião
b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião.

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c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não estejam
afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião.
d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública indireta é
passível de usucapião.
Comentário:
a) e b) o art. 102 do Código Civil veda a aquisição dos bens públicos por usucapião,
independentemente da destinação do bem. Portanto, os bens de uso comum do povo, de uso
especial e dominicais não podem ser adquiridos pela prescrição aquisitiva ERRADAS;
c) os bens das empresas públicas que desenvolvem atividade econômica são bens privados, logo,
quando não estiverem afetados à prestação de serviços públicos, poderão ser adquiridos por
usucapião CORRETA;
d) os bens das pessoas administrativas de direito privado, em regra, podem ser adquiridos por
usucapião, a não ser que estejam afetados à prestação de serviços públicos ERRADA.
Gabarito: alternativa C.

66. (FCC AJ/TRF 2/2012)


As principais características que compõem o regime jurídico dos bens públicos são:
a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrição aquisitiva desses bens, desde
que sejam bens dominicais.
b) o seu uso privativo mediante autorização, permissão ou concessão, independente da sua
destinação.
c) a obrigatoriedade de prévia licitação para uso privado mediante concessão e permissão,
mas apenas para os bens de uso especial.
d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a não-onerosidade.
e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prévia licitação na modalidade
concorrência, quando se tratar de bens de uso comum do povo.
Comentário: as principais características dos bens públicos são:
(a) inalienabilidade somente podem ser alienados se obedecerem determinadas regras
previstas em lei;
(b) impenhorabilidade não podem ser objeto de penhora para exigir a quitação de dívida;
(c) imprescritibilidade não podem ser adquiridos por meio de usucapião;
(d) não onerabilidade não podem ser objeto de direito real de garantia dos débitos contraídos
por um ente público.
Com isso, está correta a opção D. Vamos dar uma olhada nas outras opções:
a) os bens públicos não podem ser objeto de penhora nem de prescrição aquisitiva (usucapião)
ERRADA;

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b) a destinação da concessão, permissão e autorização depende sempre de interesse público,


ainda que haja modificação do predomínio em um ou em outro ERRADA;
c) a licitação também será exigível para a concessão e permissão de outros tipos de bens públicos
ERRADA;
e) somente os bens dominicais podem ser objeto de alienação ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

67. (FCC Notário/TJ-PE/2013)


Considere as afirmações abaixo.
I. Os bens dominicais não são passíveis de alienação, salvo se desafetados.
II. Os bens de uso especial são aqueles de domínio privado do poder público, passíveis de
alienação e oneração.
III. Os bens de uso comum do povo são inalienáveis, impenhoráveis e imprescritíveis.
A respeito dos bens públicos, está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) II.
d) I e III.
e) I e II.
Comentário: vejamos cada item:
I FALSA: a questão fez uma inversão, pois justamente os bens dominicais é que podem ser objeto
de alienação;
II FALSA: os bens de domínio privado do poder público são os bens dominicais;
I VERDADEIRA: dentre outras, a inalienabilidade, impenhorabilidade e imprescritibilidade são
características dos bens públicos, inclusive os de uso comum do povo.
Gabarito: alternativa A.

68. (FCC AJ/TRE SP/2012)


Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinação, como bens
a) de uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com
qualquer espécie de afetação.
b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.
c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os
edifícios onde se situam os órgãos públicos.
d) dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser
alienados ou afetados à atividade específica.

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e) dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e
passíveis de alienação.
Comentário: os bens públicos, quanto à destinação, podem ser:
→ de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
→ de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
→ dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Os bens dominicais possuem domínio de direito privado e não possuem uma finalidade pública
específica (afetação). Logo, eles podem ser objeto de alienação. Assim, nosso gabarito é a opção E.
Gabarito: alternativa E.

69. (FCC Analista/DPE-RS/2013)


Considere os seguintes exemplos de bens públicos:
I. prédio no qual se encontra instalado um hospital.
II. rios e mares.
III. galpão adquirido pelo poder público em processo de execução judicial, cujo uso foi
autorizado, onerosamente, a particular.
Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem:
a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial.
b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical.
c) de uso especial; reservado e de uso especial.
d) dominical; reservado e de uso restrito.
e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical.
Comentário: o item I trata de um bem de uso especial, uma vez que o imóvel é utilizado
diretamente pela Administração na prestação de um serviço público. O item II, por sua vez,
apresenta um bem de uso comum do povo, que é o caso dos rios, mares, estradas, ruas, praças,
entre outros. Por fim, o item III apresenta um exemplo de bem de uso dominical, uma vez que o
bem foi adquirido por meio de decisão judicial e, por conseguinte, não possuía nenhuma finalidade
pública específica até então.
Com isso, temos a seguinte sequência: uso especial, uso comum do povo e dominical (opção B).
Gabarito: alternativa B.

70. (FCC Procurador/TCE-RO/2010)


Dentre as características inerentes ao regime jurídico aplicável aos bens públicos pode-se
afirmar que

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a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial
enquanto conservarem essa qualificação, passando a condição de alienáveis com a
desafetação.
b) a inalienabilidade é absoluta, na medida em que a alienação de todo e qualquer bem
público pressupõe sua prévia desafetação e ingresso no regime jurídico de direito privado.
c) a impenhorabilidade é absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de
titularidade da Administração Direta e Indireta.
d) a imprescritibilidade é relativa, na medida em que os bens dominicais da Administração
Direta podem ser objeto de usucapião.
e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade são relativas em relação a
Administração Direta, uma vez que aplicáveis apenas e tão somente aos bens de uso comum
do povo e bens de uso especial.
Comentário: os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial são inalienáveis. Contudo,
eles podem ser desafetados e, a partir daí, poderão ser objeto de alienação. Com isso, está correta
a opção A.
Vejamos o que há de errado nas outras opções:
b) a inalienabilidade não é absoluta, justamente porque permite que os bens sejam desafetados e,
posteriormente, alienados ERRADA;
c) não são todos os bens das entidades da Administração Indireta que são impenhoráveis. Nesse
contexto, sabemos que os bens das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das
fundações públicas não são bens públicos e, em regra, podem ser objeto de penhora ERRADA;
d) a imprescritibilidade aplica-se aos bens públicos especiais, de uso comum do povo e dominicais
ERRADA;
e) a impenhorabilidade e a imprescritibilidade são absolutas, uma vez que se aplicam a todos os
tipos de bens públicos ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

71. (FCC AJ/TRF 2/2007)


Considere:
I. Praças, ruas e estradas.
II. Edifícios destinados a estabelecimentos da administração pública estadual.
III. Terrenos destinados a serviços de autarquia municipal.
IV. Rios e mares.
São bens públicos de uso especial os indicados APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II.

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d) II e III.
e) III.
Comentário: com o conteúdo do art. 99 do Código Civil podemos responder esta questão,
vejamos:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares [item I], estradas, ruas e praças [item
IV];
II - os de uso especial, tais como edifícios [item II] ou terrenos [item III] destinados a serviço
ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de
suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Assim, podemos perceber que os itens II e III estão corretos.


Gabarito: alternativa D.

72. (FCC TJ/TRF 2/2007)


São considerados Bens Públicos:
a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) apenas os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
c) apenas o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais.
e) apenas os de uso especial e os dominicais.
Comentário: de acordo com o Código Civil, os bens públicos podem ser de uso comum, de uso
especial e os dominicais. Com isso, nosso gabarito é letra D. As demais opções apresentaram
apenas parte do que é considerado bens públicos.
Gabarito: alternativa D.

73. (FCC Procurador/BACEN/2006)


Exceções constitucionais à regra da imprescritibilidade dos imóveis públicos
a) são os terrenos de marinha.
b) não há.
c) são as terras devolutas.
d) são os prédios declarados inservíveis.
e) são os bens adquiridos por execução judicial ou dação em pagamento.
Comentário: a Constituição Federal não apresenta nenhuma exceção para a imprescritibilidade
dos bens públicos. Logo, nosso gabarito é opção B.

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Gabarito: alternativa B.

74. (FCC Juiz do Trabalho/TRT-1/2012)


Considerando o regime jurídico ao qual se submetem os bens públicos, os bens imóveis sem
destinação de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela União são
a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) inalienáveis e impenhoráveis, salvo em função de dívidas trabalhistas.
e) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.
Comentário C C São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem .
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, logo seus bens não são
considerados bens públicos. Além disso, o enunciado informou que o bem não possuía destinação
de propriedade. Assim, podemos concluir que ele não é empregado diretamente na prestação de
serviços públicos.
Com isso, não sem trata de bem público e nem possui características de bem público, permitindo
que o bem seja objeto de alienação e de penhora. Portanto, nosso gabarito é letra E.
Gabarito: alternativa E.

75. (FCC AJ/TRT-5/2003)


Imóvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exercício de sua atividade fim, é
considerado bem
a) particular dominical.
b) público de uso comum do povo, por natureza.
c) público de uso comum do povo, por destinação.
d) público de uso especial.
e) particular de uso especial.
Comentário: a autarquia é uma pessoa jurídica de direito público e, portanto, os seus bens são
considerados bens públicos. Além disso, os bens utilizados na prestação serviços pela
Administração ou para a realização dos serviços administrativos são considerados bens de uso
especial, que é o caso dos bens utilizados no exercício de sua atividade fim.
Gabarito: alternativa D.

Concluímos por hoje. Espero por vocês em nosso próximo encontro!


Bons estudos.

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3 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA


1. (Cespe Promotor de Justiça/MPE-RR/2017)
Considerando o entendimento do STJ, julgue as asserções seguintes.
I - É ilegal cobrar de concessionária de serviço público taxas pelo uso de solo, subsolo ou
espaço aéreo.
II - A utilização do uso de bem público por concessionária de serviço público para a instalação
de, por exemplo, postes, dutos ou linhas de transmissão será revertida em benefício para a
sociedade.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são falsas.
b) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
c) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
d) A asserção I é falsa, mas a II é verdadeira.
2. (Cespe Procurador Municipal/Prefeitura de Fortaleza-CE/2017)
Situação hipotética: Determinado município brasileiro construiu um hospital público em
parte de um terreno onde se localiza um condomínio particular. Assertiva: Nessa situação,
segundo a doutrina dominante, obedecidos os requisitos legais, o município poderá adquirir
o bem por usucapião.
3. (Cespe Procurador Municipal/Prefeitura de Fortaleza-CE/2017)
Situação hipotética: A associação de moradores de determinado bairro de uma capital
brasileira decidiu realizar os bailes de carnaval em uma praça pública da cidade. Assertiva:
Nessa situação, a referida associação poderá fazer uso da praça pública, independentemente
de autorização, mediante prévio aviso à autoridade competente.
4. (Cespe Juiz de Direito/TJ-PR/2017)
Em relação aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas
ilhas oceânicas e costeiras.

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b) Por serem abertos a uma utilização universal, o mercado municipal e o cemitério público
são considerados bens de uso comum do povo.
c) Em face do atributo da inalienabilidade, os bens públicos dominicais não podem ser
alienados.
d) Quando o tribunal de justiça consente o uso gratuito de determinada sala do prédio do
foro para uso institucional da defensoria pública local, efetiva-se o instituto da permissão de
uso de bem público.
5. (Cespe Apoio Administrativo/SEDF/2017)
A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da
administração pública.
6. (Cespe Procurador do Estado/PGE-AM/2016)
Consideram-se bens públicos dominicais aqueles que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público como objeto de direito pessoal ou real, tais como os edifícios
destinados a sediar a administração pública.
7. (Cespe Analista de Controle/TCE-PR/2016)
Determinado órgão da administração pública pretende disponibilizar, mediante contrato por
prazo determinado, uma área do prédio de sua sede um bem público para um particular
instalar refeitório destinado aos servidores desse órgão. Nessa situação, de acordo com a
doutrina pertinente, o instituto legalmente adequado para se disponibilizar o uso privativo do
bem público por particular é a
a) concessão de uso.
b) cessão de uso.
c) autorização de uso.
d) concessão de direito real de uso.
e) permissão de uso.
8. (Cespe Analista de Controle/TCE-PR/2016)
Acerca da alienação de bens pela administração pública, assinale a opção correta.
a) A alienação de bens imóveis desafetados da administração pública direta para outro órgão
da administração pública far-se-á por contratação direta, uma vez que a licitação é inexigível.
b) Não é possível a alienação de bens da administração pública direta.
c) Não é possível a alienação de bens imóveis da administração pública direta, mesmo que
desafetados.
d) É possível a alienação de bens móveis e imóveis da administração pública direta, desde que
haja autorização legislativa.
e) É possível a alienação de bens móveis desafetados da administração pública direta se
houver demonstração de interesse público, avaliação prévia do bem e prévia licitação.

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9. (Cespe Juiz de Direito/TJ-AM/2016 Adaptada)


As águas públicas de uso comum incluem os mares territoriais, as correntes, os canais, os
lagos e as lagoas navegáveis ou flutuáveis e as fontes e reservatórios públicos.
10. (Cespe Juiz de Direito/TJ-AM/2016 Adaptada)
Nos termos da legislação, quanto à destinação, os bens públicos classificam-se em bens de
uso comum, de uso especial, de uso privativo e bens dominicais.
11. (Cespe Juiz de Direito/TJ-DFT/2016)
Acerca dos bens públicos, assinale a opção correta.
a) Os bens privados do Estado, que não se submetem ao regime jurídico de direito público,
são aqueles adquiridos de particulares por meio de contrato de direito privado.
b) Bens dominicais são aqueles que podem ser utilizados por todos os indivíduos nas mesmas
condições, por determinação de lei ou pela própria natureza do bem.
c) Os bens de uso especial do Estado são as coisas, móveis ou imóveis, corpóreas ou não, que
a administração utiliza para a realização de suas atividades e finalidades.
d) Os bens de uso comum não integram o patrimônio do Estado, constituindo coisas que não
pertencem ao ente público ou a qualquer particular, não sendo passíveis, portanto, de
aquisição por pessoa física ou jurídica.
e) Os bens dominicais são aqueles pertencentes ao Estado e afetados a uma finalidade
específica da administração pública.
12. (Cespe Administrador/TCE-RN/2015)
O ato mediante o qual a administração pública consente a utilização privativa de uso de bem
público por um particular é ato unilateral e, como regra, discricionário e precário.
13. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)
De acordo com a doutrina dominante, caso uma universidade tenha sido construída sobre
parte de uma propriedade particular, a União, assim como ocorre com os particulares,
poderá adquirir o referido bem imóvel por meio da usucapião, desde que sejam obedecidos
os requisitos legais.
14. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)
Situação hipotética: A União decidiu construir um novo prédio para a Procuradoria-Regional
da União da 2.ª Região para receber os novos advogados da União. No entanto, foi
constatado que a única área disponível, no centro do Rio de Janeiro, para a realização da
referida obra estava ocupada por uma praça pública. Assertiva: Nessa situação, não há
possibilidade de desafetação da área disponível por se tratar de um bem de uso comum do
povo, razão por que a administração deverá procurar por um bem dominical.
15. (Cespe Advogado da União/AGU/2015)

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Se os membros de uma comunidade desejarem fechar uma rua para realizar uma festa
comemorativa do aniversário de seu bairro, será necessário obter da administração pública
uma permissão de uso.
16. (Cespe Juiz de Direito/TJ-PB/2015 Adaptada)
Segundo a jurisprudência do STJ, são impenhoráveis os bens pertencentes à sociedade de
economia mista que presta serviço público, independentemente de sua finalidade e do fato
de esses bens estarem ou não afetados à prestação de serviço público.
17. (Cespe Juiz Federal/TRF-5/2015)
Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) A inalienabilidade é característica tanto dos bens de uso comum do povo como dos bens
dominicais e dos de uso especial
b) A CF admite que os estados, o DF e os municípios, bem como os órgãos da administração
direta e indireta de todos os entes federativos, participem no resultado da exploração de
recursos minerais no âmbito de seu respectivo território
c) As terras devolutas são bens públicos que não possuem afetação pública nem foram
incorporados ao domínio privado
d) Os terrenos de marinha são as áreas que, banhadas pelas águas de mar ou de rios
navegáveis, integram o patrimônio dos diversos entes federativos e cuja utilização, por
particulares, somente é admitida mediante permissão de uso.
e) Devido ao fato de os bens públicos de uso comum se destinarem à utilização geral pelos
indivíduos, é vedada a cobrança de remuneração pela utilização desse tipo de bem.
18. (Cespe Defensor Público/DPU/2015)
São bens públicos de uso comum do povo aqueles especialmente afetados aos serviços
públicos, como, por exemplo, aeroportos, escolas e hospitais públicos.
19. (Cespe Defensor Público/DPE-PE/2015)
É juridicamente impossível a prescrição aquisitiva de imóvel público rural por meio de
usucapião constitucional pro labore.
20. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)
Os rios pertencem aos estados; entretanto, quando banham mais de um estado, servem de
limites com outros países, ou se estendem a território estrangeiro ou dele provêm, são bens
da União.
21. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)
Pertencem à União as terras situadas na faixa de até cento e cinquenta quilômetros de
largura, ao longo das fronteiras terrestres, designadas como faixa de fronteira.
22. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)
São públicos os bens pertencentes aos entes da administração direta e indireta.
23. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)

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Considere que a Câmara dos Deputados pretenda ampliar a sua sede por meio da construção
de novo anexo, contíguo ao prédio da atual sede, e que o terreno pertença ao Distrito
Federal (DF). A respeito dos aspectos legais relacionados a essa situação, julgue o item que se
segue. Sendo o referido terreno de propriedade do DF, não será possível a sua alienação para
a Câmara dos Deputados.
24. (Cespe Promotor de Justiça/MPE-AC/2014)
No que se refere aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) Nas hipóteses em que a alienação de bens públicos imóveis depender da realização de
procedimento licitatório, em regra, a modalidade será o leilão.
b) Admite-se a aquisição, por usucapião, de bem público imóvel submetido a regime de
aforamento, desde que a ação seja ajuizada em face de pessoa jurídica de direito público e do
foreiro
c) A concessão de direito real de uso de bem público pode ser outorgada por prazo
indeterminado, não sendo transmissível por ato inter vivos ou causa mortis.
d) São bens públicos as florestas, naturais ou plantadas, localizadas nos entes públicos e nas
entidades da administração indireta, excetuadas as que estejam sob o domínio das
sociedades de economia mista
e) Como forma de compatibilizar o direito de reunião, previsto na CF, e o direito da
coletividade de utilizar livremente dos bens públicos de uso comum, a administração,
previamente comunicada a respeito do fato, pode negar autorização para a utilização de
determinado bem público de uso comum, ainda que a finalidade da reunião seja pacífica,
desde que o faça por meio de decisão fundamentada e disponibilize aos interessados outros
locais públicos.
25. (Cespe Juiz de Direito/TJ-DFT/2014 Adaptada)
A afetação e a desafetação dizem respeito ao regime de finalidade dos bens públicos, no
sentido da destinação que se lhes possa dar.
26. (Cespe Juiz Federal/TRF-1/2015)
Assinale a opção correta acerca do domínio público.
a) As terras devolutas são bens públicos de uso especial que, em regra, integram o
patrimônio da União
b) Diferentemente dos bens de uso comum do povo, os bens de uso especial podem ser
alienados mesmo enquanto conservarem a sua qualificação.
c) São considerados bens públicos aqueles integrantes do patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público interno e das pessoas jurídicas de direito privado que integram a
administração pública.
d) O uso privativo dos bens públicos pode se dar tanto por instrumentos de direito público
quanto por instrumentos jurídicos de direito privado.

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e) Os terrenos de marinha, considerados bens públicos federais, não podem ter seu uso
transferido a particulares.
27. (Cespe Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014)
As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União, mas não são bens da
União os aldeamentos extintos, ainda que ocupados por indígenas em passado remoto.
28. (FCC TJ/DPE-RS/2017)
Em razão da crise financeira derivada, dentre outros fatores, da sensível queda de
arrecadação, determinado município colocou em execução programa de alienação de imóveis
que não estavam efetivamente destinados a finalidades públicas. Em se tratando de bens
dominicais e estando devidamente justificada a medida,
a) inexiste vedação legal à alienação, observada a necessidade de lei autorizativa para as
vendas, bem como prévia avaliação, vedada a destinação da receita obtida com os negócios
jurídicos para custeio de despesas correntes.
b) é viável o programa, mediante previsão legal autorizando a alienação onerosa dos bens,
desde que o seja pelo valor de mercado e que a receita da venda se destine a investimentos
ou, excepcionalmente, a despesas de pessoal no caso de já configurada mora do ente.
c) admite-se a alienação dos bens exclusivamente para outros entes públicos, em razão da
impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade que grava o patrimônio público
imobiliário, o que ficaria preservado na titularidade de outra pessoa jurídica de direito
público.
d) não guarda fundamento legal a medida proposta, tendo em vista que não é permitido o
emprego da receita de alienação de imóveis em despesas correntes ou previdenciárias, o que
descontrói a motivação do ato pretendido.
e) estabelece-se escala de preferências para emprego da receita de capital oriunda da venda
dos imóveis, sendo prioridade o pagamento da folha de pessoal, ativos e inativos, bem como
a aplicação em novos investimentos.
29. (FCC Procurador/Prefeitura de Campinas-SP/2016)
Caio estabeleceu-se, com animus domini, em praça pública abandonada pelo Município.
Decorridos mais de 20 anos, sem oposição das pessoas que frequentavam o local, requereu
fosse declarada usucapida a área. Tal praça constitui bem
a) de uso comum do povo, suscetível de usucapião, em caso de abandono pelo poder público.
b) de uso especial, insuscetível de usucapião, assim como os de uso comum do povo e os
dominicais.
c) dominical, suscetível de usucapião, ainda que conserve tal qualificação.
d) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, diferentemente dos bens de uso
especial e dos dominicais.
e) de uso comum do povo, insuscetível de usucapião, assim como os de uso especial e os
dominicais.

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30. (FCC Juiz do trabalho/TRT-15ª Região (SP)/2015)


Um Município encaminhou à Câmara de Vereadores proposta de Lei para autorizar a
alienação onerosa de um terreno que anteriormente estava destinado para a construção de
um teatro e uma oficina de artes, mas que ficaria desafetado com a edição da lei. Diante
desse cenário, uma empresa credora do Município, ajuizou uma medida cautelar para
impedir a venda do imóvel, a fim de que fosse possível a adoção das providências processuais
cabíveis para penhora do imóvel. A medida cautelar ainda não tinha sido julgada, mas o
Judiciário acatou o pedido liminar, determinando a suspensão da publicação do edital de
concorrência. A decisão
a) encontra fundamento no ordenamento jurídico, tendo em vista que os credores do Estado
possuem direito de preferência para quitar seus débitos, antes que seja alienado patrimônio
para fazer frente a investimentos.
b) deve ser reformada, tendo em vista que o terreno pertencente ao Município é dotado de
imprescritibilidade e inalienabilidade, justamente para garantir que o patrimônio público não
seja empregado para custeio ou investimentos.
c) deve ser reformada, em razão da impenhorabilidade que grava os bens públicos,
independentemente da afetação direta, tendo em vista que o patrimônio público é
indisponível e se presta ao atendimento do interesse público, ainda que indiretamente, por
meio do produto apurado com a venda do imóvel.
d) pode ser reformada, desde que o Município garanta o crédito da empresa autora da
medida cautelar, tendo em vista que quando ocorre a desafetação do bem público, fica
alterado o regime jurídico que o protege, passando para o regime privado.
e) deve ser mantida, tendo em vista que a afetação dada ao bem público não poderia ser
alterada, porque destinada ao uso comum do povo, tampouco poderia ser alienada
onerosamente a terceiros.
31. (FCC Juiz do trabalho/TRT-15ª Região (SP)/2015)
O regime jurídico de direito público que protege os bens públicos imóveis identifica-se,
dentre outras características, pela imprescritibilidade, que
a) guarnece os bens de uso comum e os bens de uso especial, mas é excepcionado dos bens
dominicais, pois estes são considerados os bens privados da Administração pública e,
portanto, não podem se eximir de se submeter ao regime jurídico comum, como expressão
do princípio da isonomia.
b) impede que os particulares adquiram a propriedade dos bens públicos por usucapião,
independentemente do tempo de permanência no imóvel e da boa-fé da ocupação, mas não
se aplica a eventuais ocupantes que possuam natureza jurídica de direito público, pelo
princípio da reciprocidade.
c) impede a aquisição de bens públicos, independentemente de sua classificação, por
usucapião, o que se aplica a particulares e pessoas jurídicas de direito público e privado, mas
também se presta à proteção do patrimônio em face de qualquer instituto que venha a
representar a subtração dos poderes inerentes à propriedade pública.

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d) determina que o poder público pode promover ações para ressarcimento de danos e
responsabilização dos envolvidos indefinidamente, com base no ordenamento jurídico
vigente, no caso de ocupações multifamiliares irregulares, que gerem ou tenham gerado
efeito favelizador da área.
e) aplica-se reciprocamente à Administração pública e aos administrados, na medida em que
aquela também não pode regularizar suas ocupações por meio de usucapião de bens imóveis
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
32. (FCC Juiz do trabalho/TRT-23ª REGIÃO (MT)/2015)
O regime jurídico de direito público abrange a impenhorabilidade e a imprescritibilidade dos
bens públicos, o que, em relação à Administração Direta e à Indireta, significa que
a) a impenhorabilidade dos bens públicos não afasta a possibilidade de constrição de recursos
públicos em moeda corrente para créditos de natureza alimentar, excepcionando o regime de
execução por meio de precatórios.
b) a imprescritibilidade incide sobre os bens públicos, para impedir a aquisição por usucapião,
mas não se confunde com a imprescritibilidade do direito da Fazenda Pública propor ações de
ressarcimento do erário por atos de improbidade administrativa.
c) em razão das funções administrativas sempre visarem ao bem comum, as ações judiciais de
particulares contra a Fazenda Pública são imprescritíveis.
d) a impenhorabilidade dos bens públicos abrange o patrimônio das autarquias, empresas
públicas e sociedades de economia mista, excluído o das fundações, porque estão sujeitas a
regime jurídico de direito privado.
e) o direito da Fazenda Pública propor ações judiciais em face de pessoas jurídicas de direito
público ou privado, bem como de pessoas físicas, é imprescritível, em observância ao
princípio da indisponibilidade dos bens públicos.
33. (FCC Auditor/TCE-AM/2015)
Maria Sylvia Zanella di Pietro, na obra Uso Privativo de Bem Público por Particular, assevera

máximo de benefícios à coletividade, podendo desdobrar-se em tantas modalidades de uso


quantas forem compatíveis com a destinação e conservação do bem". Esse entendimento
dirige-se
a) aos bens públicos da categoria de uso especial e aos dominicais, posto que os bens de uso
comum do povo já tem destinação intrínseca à sua natureza, não admitindo diversificações,
sob pena de ilegalidade.
b) a todos os bens públicos, importando a compatibilidade dos usos possíveis com a vocação
e utilização precípua de cada um dos bens, admitindo-se diversas modalidades de
instrumentos jurídicos relacionados ao mesmo substrato material.
c) aos bens de uso especial, posto que é essa categoria de bens que serve à coletividade,
abrigando serviços ou utilidades públicas, diversamente dos bens dominicais, que se prestam

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ao atendimento de finalidades de interesses privados e dos bens de uso comum do povo, que
são de uso difuso e irrestrito a todos.
d) aos bens dominicais, que são os bens públicos sem destinação e, portanto, sujeitos ao
regime jurídico de direito privado, admitindo usos distintos daqueles precipuamente
destinados ao atendimento do interesse público.
e) aos bens públicos afetados formal ou informalmente a uma atividade de interesse público,
não se admitindo a compatibilização com usos voltados a interesses de natureza privada, em
razão da diversidade de regimes jurídicos.
34. (FCC Juiz de Direito/TJ-AL/2015)
No ano de 1963, o Supremo Tribunal Federal adotou, em sua Súmula, o seguinte enunciado,
sob o n° 340: Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. Independentemente de eventual opinião
doutrinária minoritária em sentido contrário, tal conclusão, atualmente,
a) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição à usucapião dos
bens públicos imóveis, mas o Código Civil admite tal sujeição em relação aos bens públicos
dominicais móveis ou semoventes.
b) mostra-se superada, eis que vigora novo Código Civil.
c) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição
à usucapião dos bens públicos imóveis, e o Código Civil prevê a mesma não sujeição quanto
aos bens públicos em geral, sem excepcionar os dominicais.
d) mostra-se superada, eis que a Constituição Federal excepciona os bens dominicais da não
sujeição à usucapião.
e) resta compatível com o direito vigente, eis que a Constituição Federal prevê a não sujeição
à usucapião dos bens públicos em geral, superando, nesse ponto, disposição do Código Civil
em sentido contrário.
35. (FCC AJ-Oficial de Justiça Avaliador/TRT 3ª Região (MG)/2015)
Rogério ajuizou ação de usucapião contra o Município de Belo Horizonte sustentando ter
residido por mais de 20 anos em imóvel de propriedade da municipalidade, o qual jamais foi
franqueado ao público nem utilizado para prestação de serviço ou estabelecimento da
Administração. Tal bem público é denominado
a) de uso especial, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por meio de
lei, ganhando a qualidade de dominical.
b) de uso especial, não podendo ser objeto de usucapião.
c) dominical, podendo ser objeto de usucapião, observadas as exigências legais.
d) de uso comum do povo, não podendo ser objeto de usucapião, salvo se for desafetado por
meio de lei, ganhando a qualidade de dominical.
e) dominical, não podendo ser objeto de usucapião.
36. (FCC Juiz de Direito/TJ-SC/2015)

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Pela perspectiva tão somente das definições constantes do direito positivo brasileiro,
consideram-
a) um estado, mas não os pertencentes a um território.
b) um município, mas não os pertencentes a uma autarquia.
c) uma sociedade de economia mista, mas não os pertencentes ao distrito federal.
d) uma fundação pública, mas não os pertencentes a uma autarquia.
e) uma associação pública, mas não os pertencentes a uma empresa pública.
37. (FCC Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015)
Asdrúbal havia recebido permissão de uso de bem público para a instalação de banca de
jornal em praça aprazível do Bairro das Flores. Após 20 anos no mesmo local, o Município
entendeu que a banca de Asdrúbal atrapalhava o trânsito, tendo em vista o crescimento do
comércio no bairro. Para retirar a banca de Asdrúbal, o Município deve
a) revogar a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
b) anular a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
c) revogar a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à indenização.
d) anular a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à indenização.
e) proceder à cassação da permissão de uso de bem público, realizando uma apuração de
haveres para certificar-se de que Asdrúbal terá direito à indenização.
38. (FCC Procurador/TCE-CE/2015)
O Município de Fortaleza decidiu instituir uma feira de produtos orgânicos e sustentáveis em
um parque urbano de lazer localizado em região com grande fluxo de pessoas e de fácil
acesso. Pretende, dessa forma, incentivar a prática da sustentabilidade e da preservação do
meio ambiente. Idealizou, assim, no espaço destinado a atividades culturais do parque, a
instalação de boxes de mesma dimensão. O Ministério Público instaurou inquérito civil para
apurar o fato de o projeto ter sido idealizado em um bem de uso comum do povo. Correta
orientação jurídica é aquela que
a) opina pela ilegalidade do projeto municipal, tendo em vista que o uso privativo de bens
públicos está restrito às categorias de bens dominicais e bens de uso especial, sendo inviável,
ainda que por meio de licitação, restringir o uso de um bem de uso comum do povo.
b) se manifesta pela viabilidade do projeto, desde que o espaço destinado à essa finalidade
seja compatível com a finalidade principal do bem de uso comum do povo, podendo a
outorga de uso se dar por meio de permissão de uso precedida de licitação, diante da
possibilidade de competição entre diversos interessados.
c) opina pelo uso pretendido, desde que por meio de concessão de uso, em razão da
finalidade da outorga, qual seja, preservação do meio ambiente, ser preponderante em
relação ao bem de uso comum do povo.

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d) recomenda o prosseguimento do projeto, com a outorga, mediante dispensa de licitação,


de contrato de permissão de uso com prazo indeterminado, que pode ser revogado a
qualquer momento, garantido o livre acesso ao bem de uso comum do povo.
e) veda o projeto apenas e tão somente em razão da finalidade do uso privativo permitir
retorno financeiro aos utentes, característica que somente pode estar presente quando não
se tratar de bem de uso comum do povo, pois é premissa legal a gratuidade da frequência a
bens públicos dessa natureza.
39. (FCC Auditor Fiscal/SEFAZ-PI/2015)
Os bens públicos classificados como dominicais
a) são os materialmente utilizados pela Administração pública para a consecução de seus fins
e realização de suas atividades.
b) podem ser usados por todos do povo, em face de sua natureza ou por determinação legal.
c) são inalienáveis, enquanto não desafetados da função pública que lhes foi normativamente
conferida.
d) são aqueles integrantes do domínio público do Estado e, portanto, inalienáveis.
e) integram o domínio privado do Estado, ou seja, seu patrimônio disponível.
40. (FCC Procurador/TCM-GO/2015)
Durante o curso de uma ação de execução de título extrajudicial ajuizada por uma empresa
particular em face de uma sociedade de economia mista, foi identificado um terreno
localizado às margens de uma rodovia, pertencente à estatal e desocupado de pessoas,
construções e coisas. A empresa credora requereu a penhora do bem para garantia do
crédito, com intenção de levar o bem à hasta pública caso perdurasse a inadimplência da
estatal. O requerimento
a) pode ser deferido, porque se trata de bem de natureza privada e presume-se desafetado,
porque desocupado, facultado à empresa estatal a comprovação de eventual afetação do
bem à prestação de serviço público para pleitear a suposta impenhorabilidade.
b) não pode ser penhorado, em razão do domínio pertencer à empresa estatal, mas pode ser
adjudicado pelo credor, mantida eventual afetação à prestação de serviço público.
c) não pode ser deferido, tendo em vista que os bens imóveis que compõem o patrimônio das
empresas estatais são protegidos pelo regime jurídico de direito público, sendo, portanto,
impenhoráveis.
d) pode ser deferido apenas para fins de garantia do crédito, decidindo-se pela penhora e
bloqueio do bem, vedada, no entanto, a alienação judicial do imóvel.
e) não pode ser deferido porque todos os bens das estatais são tacitamente afetados à
prestação de serviço público, cuja essencialidade impede a disposição judicial do imóvel.
41. (FCC AJ-Oficial de Justiça Avaliador/TRF 4/2014)
Um hospital da rede estadual precisa instalar lanchonetes em dois espaços para esse fim
destinados na ala ambulatorial e no setor de exames laboratoriais. Não pretende a

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Administração firmar contrato administrativo, pois pretende garantir menor estabilidade à


ocupação, de modo a facilitar eventual retomada dos espaços na hipótese das atividades não
serem bem desempenhadas. Considerando que esses espaços são bens públicos e que a
Administração pretende celebrar permissão de uso dos mesmos, cuja natureza é de ato
administrativo unilateral,
a) pode, invocando o princípio da eficiência, optar pela realização ou não de licitação, desde
que a escolha recaia sobre a alternativa mais rentável para a Administração.
b) deverá realizar prévia licitação sempre que houver potenciais interessados no objeto
ofertado pela Administração, de modo a observar o princípio da competitividade e da
igualdade.
c) não é necessário realizar prévia licitação, pois o não estabelecimento de prazo para a
exploração afasta a competitividade para a ocupação do local.
d) não é necessário realizar prévia licitação, tendo em vista que a Lei nº 8.666/1993 é
expressa em exigir o certame apenas para a celebração de contratos administrativos.
e) deverá realizar prévia licitação, obrigatoriamente na modalidade pregão, pois se trata de
contratação de baixo vulto e reduzida complexidade.
42. (FCC Juiz do trabalho/TRT-18ª Região (GO)/2014)
No tocante ao regime legal dos bens das entidades pertencentes à Administração pública, é
correto afirmar:
a) Os bens pertencentes a autarquia são impenhoráveis, mesmo para satisfação de
obrigações decorrentes de contrato de trabalho regido pela Consolidação da Legislação
Trabalhista.
b) Os bens pertencentes às entidades da Administração indireta são bens privados e,
portanto, passíveis de penhora.
c) A imprescritibilidade é característica que se aplica tão somente aos bens públicos de uso
comum e especial, não atingindo os bens dominicais.
d) Em face da não aplicação do art. 730 do Código de Processo Civil às lides trabalhistas, os
bens públicos podem ser penhorados para satisfação de débitos reconhecidos pela Justiça
Laboral.
e) A regra da imprescritibilidade dos bens públicos, por ter origem legal, não se aplica ao
instituto da usucapião especial urbana, de status constitucional.
43. (FCC Assessor Jurídico/TCE-PI/2014)
Determinado ente federativo é titular do domínio de dois prédios públicos localizados em
uma região que se tornou extremamente valorizada em razão de alteração do zoneamento.
Nesses prédios públicos estão instaladas duas sedes de secretarias de estado, uma delegacia
de polícia e uma unidade do Detran que presta atendimento ao público. Considerando que o
ente federativo vem implementando política pública de revitalização da área central, onde,
inclusive, o custo de aquisição e manutenção dos imóveis é menor, pretende alienar
onerosamente os bens. Tal pretensão

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a) encontra vedação no ordenamento jurídico, na medida em que bens de uso comum do


povo são inalienáveis, conduta que, inclusive, traria prejuízos aos serviços públicos lá
desenvolvidos.
b) deverá seguir o procedimento previsto na legislação para tanto, além de a Administração
pública providenciar a prévia transferência das atividades desempenhadas nos imóveis, que
uma vez desafetados, passarão a ser bens dominicais.
c) encontra vedação no ordenamento jurídico, na medida em que os bens públicos não
podem ser alienados onerosamente, salvo diretamente para outros entes públicos, como
forma de preservação do patrimônio público e atendimento ao princípio da supremacia do
interesse público.
d) não encontra vedação no ordenamento jurídico caso a Administração pública demonstre
que o interesse público que pretende atender com a venda é mais relevante que os serviços
desenvolvidos nos imóveis, aplicando-se o princípio da supremacia do interesse público.
e) poderá ser promovida pela Administração pública de forma direta, ou seja, sem
observância do procedimento de licitação, caso o adquirente se comprometa a manter a
ocupação existente, celebrando com os órgãos e entes públicos contratos de locação
individual.
44. (FCC Auditor de Controle Externo/TCE-PI/2014)
Estabelece o regime jurídico aplicável aos bens públicos:
a) Tanto os bens de uso comum do povo como os de uso especial são inalienáveis, sendo, por
essa razão, vedada à Administração sua desafetação.
b) No ordenamento pátrio não existem bens de domínio privado do Estado, porque mesmo
os bens públicos desafetados são inalienáveis e insuscetíveis de prescrição, penhora ou
oneração.
c) Os bens dominicais do Estado comportam função patrimonial ou financeira, podendo, por
exemplo, ser locados ou alienados, na forma de lei.
d) Os bens dominicais do Estado, porque submetidos a regime de direito privado, podem ser
adquiridos por usucapião, em razão do princípio da função social da propriedade.
e) A alienação de bens públicos móveis ou imóveis não prescinde de autorização legislativa,
sob pena de invalidação da alienação.
45. (FCC Analista Legislativo/AL-PE/2014)
Uma empresa privada solicitou autorização ao Estado para utilizar imóvel público consistente
em um antigo centro de exposições agropecuárias desativado, objetivando reformá-lo e
recolocá-lo em operação conforme sua destinação original. Considerando o regime jurídico
dos bens públicos,
a) a utilização do imóvel ao particular somente é possível mediante contrato de
arrendamento.
b) o Estado poderá outorgar permissão de uso, a título precário, desde que mediante prévia
autorização legislativa.

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c) o Estado somente poderá autorizar a utilização do imóvel pelo particular se o mesmo for
desafetado.
d) é possível a outorga de autorização de uso do imóvel, porém não em caráter privativo.
e) o Estado poderá outorgar concessão de uso, por prazo determinado, mediante licitação.
46. (FCC Auditor/MPE-PB/2015)
O Ministério Público do Estado da Paraíba ajuizou ação civil pública contra a Prefeitura de
Campina Grande, haja vista a desafetação irregular de bem público. A propósito do tema,
considere as seguintes assertivas:
I. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao
domínio privado, do Estado ou do administrado.
II. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem
perdê-la pelo instituto da afetação.
III. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria
natureza, são insuscetíveis de valoração patrimonial.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
47. (FCC Auditor/TCE-CE/2015)
De acordo com a Constituição Federal e a Lei n° 8.666/1993, os bens públicos
I. dependem, em regra, de prévia autorização legislativa para alienação.
II. são imprescritíveis, o que significa que não são alcançados em execuções por dívidas.
III. caracterizam-se como dominicais, quando afetados a finalidade pública.
IV. os de uso especial não estão protegidos pela impenhorabilidade.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I.
48. (FCC Procurador/Prefeitura de Recife-PE/2014)
Considere os itens a seguir, sobre bens públicos:

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I. Com a EC no 46/2005, pacificou-se dúvida quanto à titularidade das ilhas costeiras e fluviais
que contêm sede de Municípios, passando-se a atribuí-la expressamente aos municípios
respectivos
II. Por disposição constitucional, as terras devolutas não compreendidas entre as da União ou
dos Estados incluem-se entre os bens do Município.
III. A encampação, a investidura e o tombamento são modos de formação do patrimônio
público.
IV. É defeso pelo ordenamento jurídico usucapião de bens públicos dominicais.
Está correto o que consta APENAS em
a) IV.
b) I
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
49. (FCC AJ/TRF 2/2012)
As principais características que compõem o regime jurídico dos bens públicos são:
a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrição aquisitiva desses bens, desde
que sejam bens dominicais.
b) o seu uso privativo mediante autorização, permissão ou concessão, independente da sua
destinação.
c) a obrigatoriedade de prévia licitação para uso privado mediante concessão e permissão,
mas apenas para os bens de uso especial.
d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a não-onerosidade.
e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prévia licitação na modalidade
concorrência, quando se tratar de bens de uso comum do povo.
50. (FCC Notário/TJ PE/2013)
Considere as afirmações abaixo.
I. Os bens dominicais não são passíveis de alienação, salvo se desafetados.
II. Os bens de uso especial são aqueles de domínio privado do poder público, passíveis de
alienação e oneração.
III. Os bens de uso comum do povo são inalienáveis, impenhoráveis e imprescritíveis.
A respeito dos bens públicos, está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) II.

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d) I e III.
e) I e II.
51. (FCC AJ/TRE SP/2012)
Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinação, como bens
a) de uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com
qualquer espécie de afetação.
b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.
c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os
edifícios onde se situam os órgãos públicos.
d) dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser
alienados ou afetados à atividade específica.
e) dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e
passíveis de alienação.
52. (FCC Analista/DPE RS/2013)
Considere os seguintes exemplos de bens públicos:
I. prédio no qual se encontra instalado um hospital.
II. rios e mares.
III. galpão adquirido pelo poder público em processo de execução judicial, cujo uso foi
autorizado, onerosamente, a particular.
Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem:
a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial.
b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical.
c) de uso especial; reservado e de uso especial.
d) dominical; reservado e de uso restrito.
e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical.
53. (FCC Procurador/TCE-RO/2010)
Dentre as características inerentes ao regime jurídico aplicável aos bens públicos pode-se
afirmar que
a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial
enquanto conservarem essa qualificação, passando a condição de alienáveis com a
desafetação.
b) a inalienabilidade é absoluta, na medida em que a alienação de todo e qualquer bem
público pressupõe sua prévia desafetação e ingresso no regime jurídico de direito privado.
c) a impenhorabilidade é absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de
titularidade da Administração Direta e Indireta.

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d) a imprescritibilidade é relativa, na medida em que os bens dominicais da Administração


Direta podem ser objeto de usucapião.
e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade são relativas em relação a
Administração Direta, uma vez que aplicáveis apenas e tão somente aos bens de uso comum
do povo e bens de uso especial.
54. (FCC AJ/TRF 2/2007)
Considere:
I. Praças, ruas e estradas.
II. Edifícios destinados a estabelecimentos da administração pública estadual.
III. Terrenos destinados a serviços de autarquia municipal.
IV. Rios e mares.
São bens públicos de uso especial os indicados APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II.
d) II e III.
e) III.
55. (FCC TJ/TRF 2/2007)
São considerados Bens Públicos:
a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) apenas os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
c) apenas o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais.
e) apenas os de uso especial e os dominicais.
56. (FCC Procurador/BACEN/2006)
Exceções constitucionais à regra da imprescritibilidade dos imóveis públicos
a) são os terrenos de marinha.
b) não há.
c) são as terras devolutas.
d) são os prédios declarados inservíveis.
e) são os bens adquiridos por execução judicial ou dação em pagamento.
57. (FCC Juiz do Trabalho/TRT1/2012)

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Considerando o regime jurídico ao qual se submetem os bens públicos, os bens imóveis sem
destinação de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela União são
a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) inalienáveis e impenhoráveis, salvo em função de dívidas trabalhistas.
e) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.
58. (FCC - AJ TRT 5/Administrativa/2003)
Imóvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exercício de sua atividade fim, é
considerado bem
a) particular dominical.
b) público de uso comum do povo, por natureza.
c) público de uso comum do povo, por destinação.
d) público de uso especial.
e) particular de uso especial.
59. (FGV Analista/DPE-DF/2014)
Os bens públicos estão sujeitos a regime jurídico próprio, diferente daquele aplicado aos bens
privados. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:
I. Os bens pertencentes às empresas públicas são considerados bens públicos.
II. Consideram-se afetados os bens públicos que têm destinação pública.
III. Os bens públicos são impenhoráveis.
Assinale se:
a) somente I e II são verdadeiras.
b) somente I e III são verdadeiras.
c) somente II e III são verdadeiras.
d) todas são verdadeiras.
e) nenhuma é verdadeira.
60. (FGV Procurador/AL-MT/2013)
Acerca do tema terras devolutas, assinale a afirmativa correta.
a) São bens públicos titularizados pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios.
b) Foram excluídas do elenco de bens públicos pela Constituição da República de 1988.
c) Aquelas não compreendidas entre as da União devem ser incluídas entre os bens
municipais.

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d) Aquelas não compreendidas entre as da União devem ser incluídas entre os bens dos
estados.
e) Incluem-se todas entre os bens da União.
61. (FGV AJ/TJ AM/2013)
Os bens públicos possuem um regime jurídico diferenciado no qual uma série de
restrições impõe-se sobre eles. Com relação aos bens públicos assinale a afirmativa
correta.
a) Os bens das empresas públicas, ainda que não atuem na prestação de serviços públicos,
possuem natureza pública.
b) Uma empresa privada, que tenha um bem afetado à prestação de um serviço público, não
poderá ter esse bem penhorado.
c) Os bens das agências reguladoras não se revestem das garantias inerentes aos bens
públicos.
d) É possível a penhora de um bem pertencente ao Estado do Amazonas para pagamento de
dívida alimentícia.
e) Os bens de uma sociedade de economia mista não poderão sofrer usucapião seja qual for a
atividade desempenhada por essa pessoa jurídica.
62. (FGV AJ/TJ AM/2013)
A administração pública viabiliza o uso privativo dos bens públicos por meio de certos
títulos jurídicos. Em relação a esses títulos, é correto afirmar que
a) um deles é a concessão de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato.
b) um deles é a autorização de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato.
c) a concessão, a permissão e a autorização de uso, são títulos dessa espécie, todos com
natureza de contrato.
d) a concessão, a permissão e a autorização de uso, são títulos dessa espécie, todos com
natureza de ato administrativo.
e) um deles é a permissão de uso que sempre terá natureza de contrato.
63. (FGV Juiz/TJ-AM/2013)
O Código Civil brasileiro regula, em sua Parte Geral, dentre outras matérias, os bens públicos,
procurando identificá-los como bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais.
Assim, ciente desta classificação, assinale a afirmativa correta.
a) os bens dominicais são passíveis de aquisição por usucapião, pois não estão afetos à
destinação pública.
b) são bens públicos tanto aqueles pertencentes à Administração Direta, quanto aqueles que
pertençam às pessoas que compõem a Administração Indireta
c) o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

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d) os bens públicos, seja qual for a espécie, não são passíveis de alienação, mas podem ser
penhorados, quando forem dominicais.
e) consideram-se bens de uso comum aqueles que tanto podem ser utilizados pela
Administração para um fim específico, como pelo particular, através de concessão ou
permissão de uso.
64. (FGV - AJ/TJ AM/2013)
O Estado do Amazonas possui um terreno que se encontrava sem nenhuma destinação,
apenas cercado por um muro. No citado bem foi construída uma praça para lazer da
comunidade.
Assinale a alternativa que contém a classificação desse bem, antes e depois da construção da
praça, respectivamente.
a) dominical / de uso comum.
b) de uso especial / de uso comum.
c) de uso comum / de uso especial.
d) de uso comum / de uso especial.
e) dominical / de uso especial.
65. (FGV OAB/2012)
Sobre os bens públicos é correto afirmar que
a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião
b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião.
c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não estejam
afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião.
d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública indireta é
passível de usucapião.
66. (FCC AJ/TRF 2/2012)
As principais características que compõem o regime jurídico dos bens públicos são:
a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrição aquisitiva desses bens, desde
que sejam bens dominicais.
b) o seu uso privativo mediante autorização, permissão ou concessão, independente da sua
destinação.
c) a obrigatoriedade de prévia licitação para uso privado mediante concessão e permissão,
mas apenas para os bens de uso especial.
d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a não-onerosidade.
e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prévia licitação na modalidade
concorrência, quando se tratar de bens de uso comum do povo.
67. (FCC Notário/TJ-PE/2013)
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Considere as afirmações abaixo.


I. Os bens dominicais não são passíveis de alienação, salvo se desafetados.
II. Os bens de uso especial são aqueles de domínio privado do poder público, passíveis de
alienação e oneração.
III. Os bens de uso comum do povo são inalienáveis, impenhoráveis e imprescritíveis.
A respeito dos bens públicos, está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) II.
d) I e III.
e) I e II.
68. (FCC AJ/TRE SP/2012)
Os bens públicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinação, como bens
a) de uso especial aqueles de domínio privado do Estado e que não podem ser gravados com
qualquer espécie de afetação.
b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concessão ou permissão de uso.
c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado serviço público, tais como os
edifícios onde se situam os órgãos públicos.
d) dominicais aqueles destinados à fruição de toda a coletividade e que não podem ser
alienados ou afetados à atividade específica.
e) dominicais aqueles de domínio privado do Estado, não afetados a uma finalidade pública e
passíveis de alienação.
69. (FCC Analista/DPE-RS/2013)
Considere os seguintes exemplos de bens públicos:
I. prédio no qual se encontra instalado um hospital.
II. rios e mares.
III. galpão adquirido pelo poder público em processo de execução judicial, cujo uso foi
autorizado, onerosamente, a particular.
Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem:
a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial.
b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical.
c) de uso especial; reservado e de uso especial.
d) dominical; reservado e de uso restrito.
e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical.

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70. (FCC Procurador/TCE-RO/2010)


Dentre as características inerentes ao regime jurídico aplicável aos bens públicos pode-se
afirmar que
a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial
enquanto conservarem essa qualificação, passando a condição de alienáveis com a
desafetação.
b) a inalienabilidade é absoluta, na medida em que a alienação de todo e qualquer bem
público pressupõe sua prévia desafetação e ingresso no regime jurídico de direito privado.
c) a impenhorabilidade é absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de
titularidade da Administração Direta e Indireta.
d) a imprescritibilidade é relativa, na medida em que os bens dominicais da Administração
Direta podem ser objeto de usucapião.
e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade são relativas em relação a
Administração Direta, uma vez que aplicáveis apenas e tão somente aos bens de uso comum
do povo e bens de uso especial.
71. (FCC AJ/TRF 2/2007)
Considere:
I. Praças, ruas e estradas.
II. Edifícios destinados a estabelecimentos da administração pública estadual.
III. Terrenos destinados a serviços de autarquia municipal.
IV. Rios e mares.
São bens públicos de uso especial os indicados APENAS em
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) II.
d) II e III.
e) III.
72. (FCC TJ/TRF 2/2007)
São considerados Bens Públicos:
a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praças.
b) apenas os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
c) apenas o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais.

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e) apenas os de uso especial e os dominicais.


73. (FCC Procurador/BACEN/2006)
Exceções constitucionais à regra da imprescritibilidade dos imóveis públicos
a) são os terrenos de marinha.
b) não há.
c) são as terras devolutas.
d) são os prédios declarados inservíveis.
e) são os bens adquiridos por execução judicial ou dação em pagamento.
74. (FCC Juiz do Trabalho/TRT-1/2012)
Considerando o regime jurídico ao qual se submetem os bens públicos, os bens imóveis sem
destinação de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela União são
a) impenhoráveis e inalienáveis.
b) inalienáveis, porém passíveis de penhora.
c) imprescritíveis e impenhoráveis, porém alienáveis, observadas as exigências legais.
d) inalienáveis e impenhoráveis, salvo em função de dívidas trabalhistas.
e) alienáveis e passíveis de penhora, observadas as exigências legais.
75. (FCC AJ/TRT-5/2003)
Imóvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exercício de sua atividade fim, é
considerado bem
a) particular dominical.
b) público de uso comum do povo, por natureza.
c) público de uso comum do povo, por destinação.
d) público de uso especial.
e) particular de uso especial.

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4 GABARITO

1. B 11. C 21. E 31. C 41. B 51. E 61. B 71. D

2. C 12. C 22. E 32. B 42. A 52. B 62. A 72. D

3. E 13. C 23. E 33. B 43. B 53. A 63. C 73. B

4. A 14. E 24. E 34. C 44. C 54. D 64. A 74. E

5. C 15. E 25. C 35. E 45. E 55. D 65. C 75. D

6. E 16. E 26. D 36. E 46. D 56. B 66. D

7. A 17. C 27. C 37. C 47. E 57. E 67. A

8. E 18. E 28. A 38. B 48. A 58. D 68. E

9. C 19. C 29. E 39. E 49. D 59. C 69. B

10. E 20. C 30. C 40. A 50. A 60. D 70. A

5 REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método,
2011.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

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MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

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