PROF. JOSÉ MOISÉS RIBEIRO • Conceito geral: são todos os bens a serviço do bem comum, à disposição do uso da coletividade que é sempre soberana. • CORRENTES EXCLUSIVISTAS
• Essa corrente de doutrinadores, seguida pelo Código Civil brasileiro,
entende que os bens públicos são aqueles pertencentes a Pessoas Jurídicas de Direito Público. • Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
• Exemplos: Parque da Serra da Canastra, rodovias estaduais.
• CORRENTE INCLUSIVISTA
• Essa correte entende que as Pessoas jurídicas de direito público ou
privado são detentoras dos bens públicos. É a corrente de Helly L. Meirelles e Maria Sylvia Zanella Di Pietro. • Para essa corrente são bens públicos, por exemplo: • * os bens do município de Rifaina e os bens públicos do Banco do Brasil, mesmo sendo esse uma Sociedade de Capital Misto. • CORRENTE MISTA
• Essa corrente entende que tudo aquilo que estiver a serviço do
público será bem público, mesmo que seja privado. É a corrente de Bandeira de Melo. • Exemplo: uma empresa como a São José, prestadora que venceu a licitação para o transporte público em Franca terá bens públicos enquanto durar a prestação dos serviços. • INALIENABILIDADE
• É próprio dos bens públicos a condição de não poder ser disponível,
não poder ser hipotecado e nem desaprOpriado.
• Exemplo: não há usucapião de áreas de parques públicos, como o de
Pedregulho. • IMPENHORABILIDADE
• Os bens públicos, por maiores que sejam as dívidas de um ente
público, não são objetos de constrição judicial. • IMPRESCRITIBILIDADE
• Não estão sujeitos a qualquer prescrição aquisitiva ou lapso
aquisitivo. Não há que se falar em usucapião. • NÃO ONERABILIDADE
• Não há ônus real que recaia sobre um bem público.
• BEM VINVULADO
• O bem vinculado é afetado, só pode ser usado em um serviço da
administração pública.
• Exemplo: ambulância municipal.
• DESAFETAÇÃO
• É o ato de tirar do bem público o seu vínculo e torná-lo dominical.
• CLASSIFICAÇÃO DOS BENS
• INDISPONÍVEIS: são aqueles de uso comum do povo. As praias, as
ruas, os rios. • É importante ressaltar que para entrar em um museu ou parque podem ser cobrados valores, com ônus, pois as taxas servem à manutenção e serviços. • BENS DISPONÍVEIS
• Os bens patrimoniais disponíveis são todos aqueles que possuem
natureza patrimonial e, por não estarem afetados a certa finalidade pública, podem ser alienados, na forma e nas condições que a lei estabelecer. • USO ESPECIAL
• Conforme o artigo 99 do CC, inciso II são aqueles de uso específico,
precípuo. Eles têm destinação estipulada conforme o seu fim: cemitérios, mercados, hospitais, penitenciária. • BENS DOMINICAIS
• Podem ser usados para quaisquer fins. A deterioração de bens pode
levar à desafetação e permitir a alienação, conforme a condição licitatória (Lei 8666 e 14133) • INTERESSE PRIMÁRIO E INTERESSE SECUNDÁRIO • O povo tem interesse primário e o interesse secundário é da pessoa jurídica, portanto é importante observar a viabilidade, a legalidade. • São dois os principais critérios utilizados para identificação de um bem público, sendo o primeiro deles relativo à titularidade do bem. Segundo este fundamento, bens públicos são aqueles cuja titularidade é de um sujeito dotado de personalidade jurídica de direito público. O segundo critério é em relação ao regime jurídico aplicável, sendo os bens públicos aqueles subordinados ao regime de direito público (JUSTEN FILHO, 2015, p. 217). • (art. 6º, XIII da Lei nº 14.133/2021). • Para a aquisição de bens comuns pelos órgãos da Administração Pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais é obrigatória a utilização da modalidade denominada pregão, na forma eletrônica (art. 6º, XLI da Lei nº 14.133/2021). • As regras e diretrizes relacionados aos Estudos Técnicos Preliminares – ETP e à realização da Pesquisa de Preços, etapas do planejamento da contratação, são disciplinadas pelas IN SEGES/ME 65/2021 e IN SEGES/ME 58/2022. • O procedimento administrativo referente à instrução processual da fase interna do pregão para aquisição de bens não contemplados pela Agenda de Contratações de Materiais segue o fluxo abaixo, que também se aplica às aquisições relacionadas à infraestrutura (p.ex. condicionadores de ar, elevadores, etc.) • O Código Civil brasileiro define em seu art. 98 que bens públicos são aqueles “do domínio nacional pertencente às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencem”. No seu art. 99, classifica os bens públicos em: a) bens de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; b) bens de uso especial, como edifícios ou terrenos destinados a serviços ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; e c) bens dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. • Código Civil, que os bens de uso comum do povo e de uso especial são inalienáveis, portanto, não podem ser vendidos ou cedidos, sendo, porém, tal inalienabilidade condicionada à conservação de sua qualificação, consoante prescreve art. 100 do CC/2002. Presume-se, portanto, que desde que não haja modificação do seu estado enquanto bem público, é possível que tal bem possa ser gerenciado pelo ente estatal e instrumentalizado para que atenda às necessidades da Administração Pública. • Caberá ao contratante, ente privado, aceitar todas as condições impostas pela Administração Pública, a não ser que essa condição contrarie disposição da Lei de Licitações, seja a nova Lei ou a antiga. • II - compra, inclusive por encomenda; III - locação; IV - concessão e permissão de uso de bens públicos; V - prestação de serviços, inclusive os técnico-profissionais especializados; VI - obras e serviços de arquitetura e engenharia; VII - contratações de tecnologia da informação e de comunicação. • A Lei nº 14.133 de 2021 também menciona que, mediante ela, poderão ser celebrados contratos de alienação e concessão de direito real de uso de bens, de locação, de concessão e permissão de uso de bens públicos, prestação de serviços (inclusive os técnico-profissionais especializados), de obras de arquitetura e engenharia; e contratações de tecnologia da informação e de comunicação poderão ser celebrados mediante esta lei, porém, sendo expressamente vedada a celebração de contratos que tenham por objeto operação de crédito, interno ou externo, de gestão de dívida pública ou cujas contratações tenham normas próprias, não vedando a lei a contratação de atividades diversas dessas. • A referida lei mantém a obrigatoriedade de licitação de forma a verificar e contratar a empresa que for mais vantajosa ao ente público, tratamento isonômico entre os entes públicos e o incentivo à inovação e o desenvolvimento nacional sustentável. • Os valores no contrato deverão constar em moeda corrente nacional, o reconhecimento de firma somente poderá ser exigido quando houver dúvida em relação à sua autenticidade e os atos serão preferencialmente digitais e a prova de autenticidade de cópia documento público poderá ser feita por Agente da Administração, mediante apresentação do original ou de declaração de autenticidade por advogado, sob sua responsabilidade pessoal e as assinaturas podem ser digitais, desde que reconhecidas pelo ICP-Brasil (artigo 12). • • Há de se verificar se existe algum impedimento para que o licitante participe da licitação, nos termos do artigo 14 a 16 da referida lei. • Se na lei nº 8.666 de 1993 a ordem das licitações é a divulgação do edital, habilitação, registro cadastral, procedimento e julgamento e formalização do contrato, respectivamente; na lei nº 14.133 de 2021 a ordem passa a ser: (preparatória), divulgação do edital, apresentação de propostas e lances, quando for o caso, julgamento e, somente a partir daqui, a habilitação, fase recursal e homologação. • A forma virtual será a preferencial, sendo a presencial somente se motivada.