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CURSO DA ESA/13/09/2023

BENS PÚBLICOS / SEGUNDA


PARTE
Prof. José Moisés Ribeiro
• Gestão de bens públicos
• Há o uso comum ou normal, o uso especial ou anormal (que tem
suas subdivisões) e a utilização compartilhada. Cada um desses tipos
de utilização possui suas características e peculiaridades, as quais
serão descritas a seguir.
• A utilização comum, como o próprio nome já diz, trata-se dos bens
que possuem uma determinada destinação e são utilizados pelos
membros da coletividade sem haver restrições. É o caso de praias,
ruas, mares, etc.
• Hely Lopes Meirelles (2001, p. 483) acrescenta que: “para esse uso só
se admitem regulamentações gerais de ordem pública, preservadoras
da segurança, da higiene, da saúde, da moral e dos bons costumes,
sem particularização de pessoas ou categorias sociais”.
• Em relação à utilização especial, podemos dizer que ela possui uma
regra diferente. Não é de livre uso da coletividade, deve ser
remunerada e possui a necessidade de autorização da Administração
Pública. Isso quer dizer que, caso o particular ou a empresa queiram
dispor daquele bem, devem formalizar um contrato perante a
autoridade competente e regularizado por normas próprias
(MEIRELLES, 2001).
• Para Di Pietro (2003, p. 562), o uso privativo deve ser adquirido por
particular ou pessoa jurídica mediante título jurídico individual para
que exerçam com exclusividade sobre parcela de bem público.
• a) Autorização de Uso
• De acordo com Di Pietro (2003, p. 564), a autorização de uso é:
• O ato administrativo unilateral e discricionário, pelo qual a
Administração consente, a título precário, que o particular se utilize
de bem público com exclusividade. A discricionariedade se refere ao
fato de Administração poder escolher se aquele uso é conveniente
para o interesse público ou não. A unilateralidade significa que o
Estado não precisa da participação da outra parte e ser precário
demonstra que a qualquer momento o contrato pode ser desfeito
sem gerar indenização;
• b) Permissão de uso
• É um ato unilateral, discricionário e precário em que a Administração
Pública autoriza um particular a utilizar privativamente o bem
público, mas atendendo ao interesse público e privado. É o caso de
bancas de revista, mesinhas nas calçadas, feiras de artesanato.
Ressalte-se que, a permissão de uso é mais segura, pois sua
precariedade é menor do que a de autorização de uso;
• c) Concessão de uso de bem público
• Trata-se de um ato mais solene, pois é realizado mediante contrato
administrativo no qual o Poder Público transfere ao particular a
utilização de um bem público. Depende de licitação, está sujeito às
cláusulas, prazo determinado e sua extinção antes do prazo gera
indenização. Além dessas características, a concessão de uso
diferencia-se das duas anteriores em razão do seu caráter bilateral,
concedido de acordo com o interesse público e não é ato precário,
apesar de sua estabilidade não ser absoluta;
• d) Concessão de Direito Real de uso
• É instituída de forma remunerada ou gratuita, por tempo certo ou
indeterminado, para fins específicos de regularização fundiária de
interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo de
terra, entre outros;
• e) Concessão de Uso especial para fins de moradia
• . Aquele que, até o dia 30 de junho de 2001, possuiu como seu por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, admitindo o
aproveitamento da posse de sucessor, até duzentos e cinquenta
metros quadrados de imóvel público situado em área urbana,
utilizando-o para sua moradia ou de sua família, tem direito à
concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem
objeto da posse, desde que seja observada a condição de ele não ser
proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel
urbano ou rural.
• O bem público tem natureza imprescritível, e que não pode ser
usucapido. Ocorre que, no caso da concessão de uso especial para
fins de moradia, o sujeito não possui a propriedade, mas apenas
adquire o direito de permanecer naquele lugar haja vista uma
autorização da Administração Pública. Pode-se dizer que o intuito do
legislador, ao criar essa Medida Provisória, foi atingir a finalidade
social da propriedade para que aqueles que preencherem os
requisitos possuam o direito de usar o bem público para fins de
moradia.
• NOVA LEI DE LICITAÇÕES – LEI Nº 14133/2021 COTEJANDO COM A
LEI Nº 8666/93 – NOVAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO, INVERSÃO
DAS FASES CONTIDAS NAS LEIS DE PREGÃO ELETRÔNICO E
PRESENCIAL (O JULGAMENTO ANTECEDERÁ A FASE DE
HABILITAÇÃO).
• – (Conceituação com um pequeno histórico; abordagem de pontos
cruciais de alteração da lei 14133 em realção à 8666/93 e inovações
trazidas pela nova lei :
• Aplicação
• Crimes: artigo 178 do CP;
• Principiologia estendida ; razoabilidade, segurança jurídica,
competitividade, proporcionalidade, celeridade, economicidade,
transparência, probidade);
• Os objetivos foram ampliados na nova lei, pois além da isonomia e
desenvolvimento, haverá: seleção da proposta apta a gerar
resultado (executabilidade), ciclo de vida, evitar sobrepreços,
manifestante inexequível, superfaturamento, incentivar a inovação;
• A micro e pequenas empresas não podem participar com privilégios
dentro do mesmo exercício, bem como empresas não podem
participar duas vezes como prestadoras emergenciais.
• Mudança nas modalidades : saem carta convite e tomada de
preços e prevalecem: pregão, concorrência, concurso, leilão e a
novidade que é o diálogo competitivo),
• As licitações centrar-se-ão na natureza do objeto e não no valor e a
virtualização será a tônica, inclusive para o edital, pois não mais
haverá editais publicados em jornais, mas no portal do órgão;
• O pregão será usado para serviços comuns de engenharia e com
planilha, será modalidade obrigatória para bens e serviços comuns
com a forma de uso virtual (eletrônico);
• A locação de imóveis de uso especial e indispensável não tem mais
a exigência de licitação, desde que não extrapole os preços de
mercado.
• Concorrência: bens e serviços especiais e de obras e serviços
comuns e especiais de engenharia;
• Diálogos Competitivos: obras e serviços e compras, quando a
administração não tem a solução ou conhecimento pertinente; O
leilão não mais para valores até R$1.430.000,00, mas para todos os
valores;
• Concurso não é mais o preço levado em consideração, mas a
melhor técnica ou conteúdo artístico;
• Não é mais uma comissão de licitação que agirá, mas um servidor
efetivo ou empregado público dos quadros permanentes;
• Na lei 8666/93 as audiências eram públicas e na lei 14133 haverá
publicação de oito dias no portal eletrônico e a presença será
facultativa.
• Questões para discussão em sala de aula
• 01 – A lei 14133/2021 abrange todas as esferas administrativas,
com atenção para as fundações, autarquias, Judiciário e Legislativo
e toda a administração pública direta e indireta. Essa é uma acertiva
correta? Explique.
• 02 – O FUNDEB e o Fundo de Participação dos Municípios são
resguardados pela lei 14133/2021, mas não tem essa, a
competência de agir sobre todas as ações de Judiciário e Legislativo.
Essa acertiva é correta ou incorreta? Por quê?

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