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Aula 2

Usucapião:

O instituto da usucapião, estabelecido no segundo Código Civil brasileiro, Lei nº 10.406, é uma figura
jurídica que diz respeito à aquisição da propriedade de um bem imóvel ou móvel pela posse
prolongada e pacífica, desde que observados determinados requisitos legais. Essa modalidade de
aquisição se fundamenta no princípio da função social da propriedade e tem como objetivo conferir
segurança jurídica aos possuidores de bens, promovendo a regularização fundiária e a estabilidade
das relações sociais.

Para que a usucapião seja reconhecido, é necessário que o possuidor detenha a posse do bem de
forma contínua, ininterrupta, pública e pacífica, pelo período estabelecido em lei. Esse período pode
variar conforme a natureza do bem e a modalidade de usucapião aplicável. Além disso, é
imprescindível que o possuidor tenha a intenção de se tornar o proprietário do bem, agindo como
verdadeiro dono.

Existem diversas modalidades de usucapião previstas na legislação brasileira, como a usucapião


extraordinária, o usucapião ordinária, o usucapião rural, o usucapião urbano coletivo, entre outros.
Cada uma dessas modalidades possui requisitos específicos que devem ser cumpridos para que o
pedido de usucapião seja deferido pelo Poder Judiciário.

O usucapião é um importante instrumento para a regularização fundiária, especialmente em áreas


urbanas e rurais ocupadas por populações de baixa renda, que muitas vezes não possuem título de
propriedade formal do imóvel que ocupam. Além disso, contribui para a preservação da segurança
jurídica e a solução de conflitos relacionados à posse e propriedade de bens.

Por meio do usucapião, é possível conferir efetividade ao princípio da função social da propriedade,
garantindo que os bens cumpram sua finalidade de acordo com o interesse coletivo, além de
promover a regularização e a justiça social no acesso à terra e à moradia.

Diferença de LOTE x GLEBA

Lote:

Um lote é uma porção específica de terra que foi dividida e demarcada para uso individual,
geralmente com a intenção de construir uma residência, uma instalação comercial ou industrial.

Lotes são geralmente encontrados em áreas urbanas ou em áreas rurais que passaram por um
processo de subdivisão.

Um lote possui limites claramente definidos e é geralmente destinado à venda individual ou ao


desenvolvimento de uma única propriedade.

Gleba:

Uma gleba refere-se a uma área de terra mais extensa e indeterminada, que ainda não foi
subdividida em lotes individuais.

Glebas são comuns em áreas rurais, agrícolas ou em áreas urbanas que ainda estão em estágios
iniciais de desenvolvimento.
Ao contrário de lotes, glebas geralmente não possuem limites claramente definidos e podem ser de
propriedade de um único indivíduo, empresa ou entidade governamental.

Glebas podem ser posteriormente subdivididas em lotes menores para fins de desenvolvimento
urbano ou rural.

Em resumo, enquanto um lote é uma parcela de terra específica e delimitada para uso individual,
uma gleba é uma área de terra mais ampla e indeterminada que ainda não foi subdividida em lotes
individuais.

Lei de Parcelamento do solo

Escoamento das áreas pluviais, Iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de agua
potável, energia elétrica publica e domiciliar, vias de circulação. Todas essas são características de um
LOTEAMENTO.

A Lei de Parcelamento do Solo, Lei nº 6.766/1979, estabelece as normas gerais sobre o


parcelamento do solo urbano no Brasil. Seu objetivo é regular a divisão de áreas para fins urbanos,
garantindo o ordenamento do uso do solo, a adequada infraestrutura e o desenvolvimento
sustentável das cidades. A lei estabelece procedimentos para o parcelamento do solo, como a
obtenção de autorização prévia junto ao poder público, a implantação de infraestrutura básica e a
destinação de áreas para espaços públicos. Também estabelece obrigações para os parceladores e
direitos para os futuros adquirentes, visando à segurança jurídica e à qualidade de vida nas áreas
urbanas parceladas.

Objetivo e Abrangência: A lei tem como objetivo regulamentar o parcelamento do solo em áreas
urbanas, ou seja, em territórios que estejam dentro dos limites de expansão urbana definidos pelo
plano diretor municipal ou por legislação específica.

Autorização Prévia: Antes de realizar qualquer tipo de parcelamento do solo, o interessado deve
obter autorização prévia do poder público municipal, conforme o processo estabelecido pela
legislação local. Essa autorização é necessária para garantir que o parcelamento esteja de acordo
com as diretrizes urbanísticas do município.

Infraestrutura Básica: O parcelamento do solo deve ser acompanhado da implantação de


infraestrutura básica, como redes de água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, vias de
acesso e calçadas. Essa infraestrutura é fundamental para garantir a qualidade de vida dos futuros
moradores e o funcionamento adequado do loteamento.

Registro no Cartório de Imóveis: Após a aprovação do parcelamento pelo poder público, o


empreendedor deve registrar o loteamento no Cartório de Registro de Imóveis da jurisdição onde se
localiza o terreno. Esse registro confere segurança jurídica aos adquirentes dos lotes e garante a
regularidade do empreendimento perante as autoridades competentes.

Espaços Públicos e Áreas Verdes: A lei estabelece a obrigatoriedade de destinação de uma parte
do terreno para espaços públicos, como praças, parques, áreas de lazer e equipamentos
comunitários. Além disso, também determina a reserva de áreas verdes, visando à preservação
ambiental e ao equilíbrio ecológico do loteamento.
Obrigações do Parcelador: O parcelador, ou seja, o responsável pelo loteamento, tem diversas
obrigações legais, incluindo a execução da infraestrutura básica, a entrega dos lotes devidamente
demarcados e registrados, a realização de melhorias necessárias ao longo do tempo e a garantia de
acesso público às áreas destinadas à coletividade.

Direitos dos Adquirentes: Os adquirentes dos lotes têm direito a receber os lotes devidamente
demarcados, com acesso adequado às vias públicas, e a contar com a infraestrutura básica
prometida no momento da venda, além de terem garantido o acesso aos espaços públicos e áreas
verdes dentro do loteamento.

Sanções em Caso de Irregularidades: A lei estabelece sanções para casos de parcelamento


irregular do solo, tais como embargo da obra, multas, demolição de construções irregulares e até
mesmo a responsabilização criminal dos infratores. Isso visa garantir o cumprimento da legislação
urbanística e proteger o interesse público.

EXERCICIO CONSTRUÇÃO DE LOTE:


AREA DO TERRENO TOTAL 20.000M²

QUANTOS LOTES? QUAL A AREA DOS LOTES? SIMULAR QUANTO PODE SER CONSTRUIDO.

De acordo com as diretrizes de zoneamento e urbanismo de Curitiba, é comum reservar uma certa
porcentagem da área total para equipamentos públicos, áreas verdes e vias públicas. Vamos deduzir
5% para equipamentos públicos, 10% para áreas verdes e 20% para vias públicas.

-Área a ser deduzida para equipamentos públicos: 20.000m² x 5% = 1.000m²

-Área a ser deduzida para áreas verdes: 20.000m² x 10% = 2.000m²

-Área a ser deduzida para vias públicas: 20.000m² x 20% = 4.000m²

A área a ser deduzida é de: 1.000m² (equipamentos públicos) + 2.000m² (áreas verdes) + 4.000m²
(vias públicas) totalizando um desconto de 7.000m² de área comum na área de 20.000m².

20.000 – 7.000 = 13.000m² úteis para divisão de lotes.

1 lote = 1.000m²

TOTAL 28 LOTES DE 450m²

TAXA DE USO DO SOLO 50% = 225m²

PERMITIDO 2 PAVIMENTOS = TOTAL DE AREA QUE PODE SER CONSTRUÍDA É DE 450M²

(225m² Térreo e 225m² 1 Andar)


Aula 3
PLANO DIRETOR
Tem que conter objetivos gerais, subtrair características de cada município para conseguir
ter objetivos específicos para a formulação de propostas ideais e específicos.
Estudo de caso de do plano direto de SP:
separado em 3 partes principais: 1 Ordenação territorial (ZEIS Zonas Especiais de Interesse
Social: instrumento estratégico para garantir solo urbanizado para habitação de interesse
social por meio da regulação prévia pelo poder público// ZEPEC Zonas Especial de
Preservação Cultural: Demarcação de áreas da cidade destinadas à preservação, valorização
e proteção de espaços culturais, afetivos e simbólicos, de grande importância para a
memória, identidade e vida cultural da cidade.)

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