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Artigo 76.º
Registo predial, inscrição matricial e cadastral
Estão sujeitos a registo predial, a inscrição matricial, bem
como a georreferenciação e a inscrição no cadastro predial, os
factos que afetem direitos reais relativos a um determinado
imóvel ou lhe imponham um ónus, nos termos da lei.
Os instrumentos (referência aos mais impressivos)
Em especial
} (Re)estruturação da propriedade
“1. São operações de reestruturação da propriedade o
fracionamento, o emparcelamento e o reparcelamento da
propriedade.
2. O fracionamento, o emparcelamento e o reparcelamento da
propriedade do solo realiza-se de acordo com o previsto nos planos
territoriais, devendo as unidades prediais ser adequadas ao
aproveitamento do solo neles estabelecido.”
Finalidades (n.º 3)
} a) Viabilizar a reconfiguração de limites cadastrais de terrenos;
} b) Contribuir para a execução de operações de regeneração e
reabilitação urbanas;
} c) Assegurar a implementação de políticas públicas e de planos
territoriais;
} d) Ajustar a dimensão e a configuração do solo à estrutura
fundiária definida pelo plano intermunicipal ou plano municipal;
} e) Distribuir equitativamente, entre os proprietários, os
benefícios e encargos resultantes do plano intermunicipal ou
plano municipal;
} f) Localizar as áreas a ceder obrigatoriamente pelos
proprietários destinadas à implantação de infraestruturas, de
espaços verdes ou de outros espaços e equipamentos de
utilização coletiva.
Finalidades:
Reparcelamento urbano
Fins urbanos reestruturação da compropriedade
Finalidade da Destaques
Reestruturação
Fins distintos dos urbanos
Outros fins
Conclusões
} Fins urbanos e fins distintos dos urbanos:
} Objectivos diferenciados
} Pressupostos distintos
} Procedimentos e títulos variados
} Competências parcialmente coincidentes
} Se a parcela a destacar se
localizar em perímetro
urbano e fora deste devem
ser aplicadas as regras dos
destaques em perímetro ou
fora de perímetro deste,
consoante a localização da
área maior (da parcela a
destacar).
Em especial, os
loteamentos
As operações de transformação fundiária
para fins urbanos
} Loteamentos de um lote só
} Exclusão dos emparcelamentos
} Inclusão dos loteamentos conjuntos e dos
reparcelamentos
Caraterização
} A reformulação da noção de lote (o prédio destinado a
edificação e que tenha as menções previstas no artigo
77.º) - os loteamentos antigos, sem menções
suficientes relativas à edificabilidade
} A possibilidade de loteamentos parciais: O estatuto da
“parcela sobrante” (não faz parte da operação de
loteamento, sendo passível de um desenvolvimento
urbanístico autónomo, i.e. fora do regime das
alterações ao loteamento)
} Nas situações em que existem atos jurídicos que
implicam proceder à divisão fundiária, necessidade de
aferir se há um loteamento: diferença entre a criação
de novos prédios e de lotes;
} Dificuldades no controlo desta diferenciação
Encargos dos loteamentos
} Taxas urbanísticas
Avaliação Encargos
Propriet da (totalidade dos
ário Parcela Benefícios encargos do
Inicial % no (a edificabilidade projecto a assumir Edificabilidade Adjudicação de
capital do projecto na na Final casa
total proporção da sua proporcionalidade (lote/parcela) lote/parcela
Investid Montante posição) dos beneficios que
or Investido receber)
Os instrumentos de concretização dos
loteamentos/reparcelamentos
Os instrumentos de concretização dos
loteamentos/reparcelamentos
} “Não haverá sub-rogação mas sim “morte” dos antigos prédios e, no solo
onde ocorreram esses óbitos, a formação das massas de concentração e
de distribuição para permitir a criação ex-novo de uma outra realidade,
concretizada no “nascimento” dos lotes, parcelas e demais espaços
resultantes da operação de reparcelamento.” – que por isso podem ser
adjudicados a terceiros
Reparcelamento urbano e registo
Proc. nº C.P. 148/2002 DSJ-CT (aplicável aos loteamentos conjuntos)
I - O reparcelamento (…) produz os seguintes efeitos reais: a)
constituição de lotes para construção e/ou parcelas para
urbanização; - b) substituição, com plena eficácia real, dos antigos
terrenos pelos novos lotes e/ou parcelas; c) transmissão para o
município das parcelas para espaços, infraestruturas e equipamentos
públicos que, de acordo com a operação de reparcelamento, devam
integrar o domínio público.
II - Os efeitos reais anteriormente assinalados são produzidos direta e
imediatamente pelo licenciamento ou aprovação da operação de
reparcelamento, devendo esta contemplar a «adjudicação» a cada
interessado do direito de propriedade e de outros direitos sobre os
novos lotes e parcelas que definam a respetiva situação jurídica, os
quais ficam sub-rogados no lugar dos prédios de que o mesmo era
titular antes do reparcelamento.
Proc. nº C.P. 148/2002 DSJ-CT (aplicável aos loteamentos conjuntos)
III - Este reparcelamento qua tale é facto sujeito a registo, ainda
que dele não resultem lotes para construção mas apenas
parcelas para urbanização.
IV - O título para o registo deverá revestir a forma de documento
administrativo que comprove o licenciamento ou a aprovação da
operação de reparcelamento, dele devendo constar a descrição
da situação existente à data do licenciamento ou da aprovação
da operação, com a identificação dos prédios nela envolvidos e
das respetivas titularidades (direitos, ónus e encargos), e a
descrição da nova situação, também com a identificação dos
“lotes” e “parcelas” e das respetivas titularidades.
V - O registo do reparcelamento compreende a) a abertura da
descrição do “prédio” correspondente à “massa de
concentração”; b) a inscrição na ficha deste prédio do facto
(reparcelamento), e c) a abertura da descrição dos “lotes” e
“parcelas” e a inscrição nas respetivas fichas dos factos e direitos
que definem a sua situação jurídica.
Requisitos dos negócios jurídicos que constituam lotes
Artigo 49.º, n.º 1 do RJUE
} Negócios jurídicos
} 1 – Nos títulos de arrematação ou outros documentos
judiciais, bem como nos instrumentos relativos a atos ou
negócios jurídicos de que resulte, direta ou
indiretamente, a constituição de lotes nos termos da
alínea i) do artigo 2.º, sem prejuízo do disposto nos
artigos 6.º e 7.º, ou a transmissão de lotes legalmente
constituídos, devem constar o número do alvará ou da
comunicação prévia, a data da emissão do título, a data
de caducidade e a certidão do registo predial.
} 2 – Não podem ser realizados atos de primeira transmissão de
imóveis construídos nos lotes ou de frações autónomas desses
imóveis sem que seja exibida, perante a entidade que celebre a
escritura pública ou autentique o documento particular,
certidão emitida pela câmara municipal, comprovativa da
receção provisória das obras de urbanização ou certidão,
emitida pela câmara municipal, comprovativa de que a caução a
que se refere o artigo 54.º é suficiente para garantir a boa
execução das obras de urbanização.
} 3 – Caso as obras de urbanização sejam realizadas nos termos
dos artigos 84.º e 85.º, os atos referidos no número anterior
podem ser efetuados mediante a exibição de certidão, emitida
pela câmara municipal, comprovativa da conclusão de tais
obras, devidamente executadas em conformidade com os
projetos aprovados.
} 4 – A exibição das certidões referidas nos n.os 2 e 3 é
dispensada sempre que o alvará de loteamento tenha sido
emitido ao abrigo dos Decretos-Leis n.os 289/73, de 6 de
junho, e 400/84, de 31 de dezembro.
Artigo 49.º, n.º 1
} Contituição direta ou indireta (constituição, por exemplo,
de vários direitos reais menores)
} Ausência de indicação da sanção (nulidade), como sucedia
anteriormente.
} A simples ausência de identificação do alvará de loteamento
(existindo este), não gera esta forma de invalidade, que
apenas está reservada para a própria inexistência de alvará:
o título – a escritura, o auto de arrematação ou qualquer
outro documento – permanece válido se efetivamente o
alvará existir e apenas tiver acontecido que, por alguma
circunstância, ele não foi mencionado (Registo provisório
por dúvidas: Processo R.P. 165/2001 DJS-CT )
Artigo 49.º, n.º 1
} Caso o loteamento inexista, há manifesto incumprimento
de disposições legais de carácter imperativo, o que, nos
termos do estatuído no artigo 294.º do Código Civil,
implicará a nulidade substantiva do negócio.
} O negócio de que resulte a divisão fundiária destinada a
construção será em regra legalmente impossível se os lotes
se situarem em solo rústico (salvo se em causa estiverem
empreendimentos turísticos) e será contrário à lei se os
prédios de que resulte a divisão fundiária não licenciada
(ou sem comunicação prévia) se situarem em perímetro
urbano.
Artigos 49.º, n.º 2 e ss.
} Mecanismos de proteção dos terceiros adquirentes de
imóveis erigidos nos lotes ou de frações autónomas, na
medida em que se comete às entidades responsáveis pela
celebração dos atos ou negócios jurídicos, mediante
recurso a certidões emitidas pela câmara municipal, o
controlo de que as obras de urbanização se encontram
concluídas ou que a caução existente é suficiente para
serem promovidas, diretamente pelo titular do alvará ou
através de mecanismos supletivos, por forma a assegurar
a existência de condições urbanísticas de base, evitando,
assim, a alienação de lotes ou frações autónomas não
servidos pelos serviços mínimos atualmente exigíveis.
Artigo 54.º da LAUGI
Medidas preventivas
} A declaração de caducidade
} O trâmite da audiência prévia
} A natureza discricionária da caducidade
} A inoperância (mas não invalidade) do loteamento
} Artigo 71.º
} As situações tradicionais (não pagamento de taxas, não
realização das obras de urbanização)
} Uma nova causa de caducidade (para futuro): as obras
de edificação previstas no loteamento não tenham sido
concluídas no prazo fixado para o efeito no loteamento
(as exigências de programação)
Nova caducidade
} Consequências: passado o prazo máximo fixado no título (ou o prazo
fixado no instrumento de execução) os lotes “perdem” o caráter de lotes
urbanos, por neles já não poder ser concretizada a obra de edificação
prevista na operação de loteamento.
} Regra que não se aplica aos loteamentos com título já emanado (por aqueles
prazos não constarem do alvará de loteamento)
} As nulidades urbanísticas
dulce.rdgr@gmail.com