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Centro Universitário Uniaraguaia

Arquitetura e urbanismo

POLÍTICAS DE Março de 2022

PLANEJAMENTO E
GESTÃO URBANA
Instrumentos
da
Alunos:
Política Urbana
Júlio César de Sousa
Reila Cinalli Prof.ª Fernanda Mendonça
PREEMPÇÃO
PREEMPÇÃO
A palavra preempção tem sua origem no latim
(praeemptione), cuja tradução é compra antecipada,
Aquisição direito de precedência (preferência) na compra antes
Venda Direito de outrem. O termo prelação também deriva do latim
praelatione, que significa preferência.
Prelação Preferência
PREEMPÇÃO

CÓDIGO CIVIL – Cláusulas Especiais – Direito de


DIREITO DE

É a cláusula contratual que impõe ao comprador a Compra e Venda


obrigação de, antes de alienar a coisa comprada, oferecê-
la ao vendedor de quem a obteve, para que use do direito
de preferência para readquiri-la, excluindo outros
interessados.

VENDEDOR COMPRADOR OUTRO


Fundamentação: Arts. 513 a 520
DIREITO DE PREEMPÇÃO
CÓDIGO CIVIL – Cláusulas Especiais – Direito de
Compra e Venda

COMPRADOR
Contrato com prazo de vigência estipulado:
• Até 180 dias – Bens móveis
• Até 2 anos – Bens Imóveis
OUTROS

Oferecer nas mesmas condições


VENDEDOR

Manifestar se quer ou não o bem para liberar à venda:


• Até 3 dias – Bens móveis
• Comprar somente após a liberação de quem
• Até 60 dias – Bens Imóveis
tem a preferência.
• Não transfere para herdeiros • Se houver irregularidades – Perdas e danos
PREEMPÇÃO LEGAL

• Todo inquilino de aluguel tem o direito de


preferência da compra quando o dono do
imóvel for vender o mesmo.

• Todo sócio tem o direito de aquisição de novas


cotas, do capital social, etc.

• Todo condômino tem o direito preferencial


quando o vizinho limite for vender o imóvel a
outros.
PREEMPÇÃO – Política Urbana
Direito de preempção é um instrumento urbanístico que
permite que o município determine que um imóvel, ao ser
vendido, seja necessariamente oferecido à prefeitura
primeiro.

O município vai identificar a partir do Plano Diretor as áreas as


quais recaem o direito de preferência nas vendas para outro
particular, ou seja, um particular vende para outro particular,
porém deve oferecer ao município a preferência.

Ao utilizar o direito de preempção, o município comunica ao


proprietário que tem interesse, embora não imediato, de aquisição de
seu imóvel urbano. O instrumento está previsto no Estatuto das
Cidades (lei 10.257 de 10 de julho de 2001), que o descreve nos artigos
25 a 27, aparecendo como um Instrumento de Política Urbana
fundamental no Planejamento Municipal.
PREEMPÇÃO – Política Urbana
O instrumento depende de lei municipal para ser usado, mas o Estatuto da Cidade prevê
que alguns requisitos devem ser atendidos, como:
• Prazo de vigência não superior à 5 anos, renovável a partir do primeiro ano após o decurso do prazo
inicial de vigência, independente do número de alienações referente ao mesmo imóvel;
• Atender aos requisitos do art. 26 da lei 10.257/01 e demais requisitos identificados na lei Municipal
para a realização de projetos específicos pra cada área.
 Regularização fundiária;
 Execução de projetos e programas de habitação social de interesse social;
 Constituição de reserva fundiária;
 Ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
 Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
 Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
 Criação de unidades de preservação ou de proteção de outras áreas de interesse ambiental;
 Proteção de áreas históricas (patrimônios), culturais ou paisagísticas, etc.
PREEMPÇÃO – Política Urbana
FORMALIDADES

• Se proprietário desejar alienar o imóvel (área de


preempção), ele deve seguir uma série de formalidades junto
ao município, sob pena de invalidação (nula) da sua venda.
• Deve levar à municipalidade a intenção de venda, com todas
as condições dessa negociação (valores, condições,
parcelamentos, etc.).
• O município tem 30 dias para publicar um edital (jornal de
grande circulação ou no diário oficial) em que ele recebeu a
notificação manifestando o interesse pelo imóvel.
PREEMPÇÃO – Política Urbana
FORMALIDADES

• Caso o poder público não se interessar ou ficar omisso no


prazo de 30 dias, o particular pode concluir a venda para
terceiros.
• Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a
apresentar ao Município, no prazo de 30 dias, cópia do
instrumento público de alienação do imóvel.
• Caso não cumprir todas as condições legais, o município pode
adquirir o imóvel, seja pela base de cálculo do IPTU ou pelo
mesmo valor que foi feita a venda.
PREEMPÇÃO – Política Urbana
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se o município tiver interesse especial em adquirir


imóveis em determinada região:

• Poderá delimitá-la em lei específica e, nos cinco anos


seguintes, terá direito de preempção.
• E terá preferência na compra de qualquer imóvel que
venha a ser vendido naquela área.
• A lei poderá ser reeditada após um ano do esgotamento da
vigência da anterior.
Fiquem atentos

Então fiquem atentos, para quem tem imóvel em área


de direito de preempção, a todas as formalidades em
questão, nem sempre o município tem interesse na
aquisição, mas é importante para quem vai vender o
imóvel seguir regularmente todos os procedimentos
previstos no estatuto, permitindo que a O negócio mais
municipalidade exercite o seu direito de preferência.: importante nos
negócios são as pessoas
envolvidas.
César Mors - Pensador
Referências

Março de 2022

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