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Profa. Sandra
Condomínio
• É um direito real
• Co-propriedade
• Realidade35% das propriedades são condomínio
• Grande mercado de trabalho
• Quando mais de uma pessoa tem o exercício da
propriedade sobre determinado bem
• Cada condômino é atribuída uma parte ou fração – todos
os poderes inerentes a propriedade (contra terceiros)
• O direito de propriedade é único (detalhe importante)
• Lei 4961/ 1964 (anterior ao CC)
Teorias
• Duas teorias:
Teoria das propriedades plúrimas parciais- pela qual
cada condômino é dono apenas de uma parte ideal,
fracionada, cuja reunião origina o condomínio.
Teoria da propriedade integral – um só direito, cada
condômino tem a propriedade sobre toda a coisa,
limitada ao direito nos demais condôminos, esta é a
teoria adotada CC 2002.
Todo Novo - Condomínio
CLASSIFICAÇÃO
1. Quanto a forma
– Pro diviso – consigo dividir o que é de cada um,
existe de direito, mas não de fato, cada
condômino apresenta sua cota determina e age
como proprietário. Ex. Condomínio Edilício -
apartamentos
– Pro indiviso – comunhão de fato e de direito,
todos são proprietários do todo, não tem Ex.
Condomínio Edilícios – área de lazer
CLASSIFICAÇÃO
2. Quanto as espécies
• Condomínio Geral (arts. 1314 a 1330)
– Condomínio voluntário (arts. 1314 a 1326) –
vontade dos condôminos
– Condomínio necessário ou legal (arts. 1327 a 1330)
– determinado pela lei
• Condomínio Edilício (edificações) (arts. 1331 e
ss) – além da propriedade exclusiva e em
comum, coletiva.
CLASSIFICAÇÃO
3. Quanto à origem
– Convencional ou voluntário – origina-se pela
vontade dos condôminos
– Eventual – decorre de vontade de terceiros (ex.
um terreno deixado em herança ou doado – para
mais de uma pessoa)
– Legal ou necessário – imposto pela vontade da lei
(ex. das árvores limítrofes, cercas, muros)
CLASSIFICAÇÃO
5. Quanto ao objeto
– Universal: abrange todos os bens, inclusive frutos
e rendimentos (ex. Maira e José são herdeiros de
João – de todos os bens).
– Singular: incide apenas sobre determinada coisa
(ex. naquela casa, naquele terreno).
CLASSIFICAÇÃO
4. Quanto a extinção
– Transitório: pode ser extinto a qualquer tempo
por convenção dos condôminos.
– Permanente: perdura enquanto persistir a
situação que os determinou, confunde-se com o
condomínio legal (muros, cercas), não posso
extinguir.
DIREITOS E DEVERES
a) Cada condômino pode usar da coisa conforme
sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos
compatíveis com a indivisão (1ª parte, 1314)
• Destinação é extremamente importante.
• Não pode prejudicar a utilização de outro
condômino.
• Dentre os co-proprietários cada um tem o mesmo
direito, haverá necessidade de ouvir a vontade de
todos para que seja estabelecida a destinação.
DIREITOS E DEVERES
b) ...reivindicá-la de terceiro, defender a sua
posse ...(2ª parte, 1314)
• A defesa da posse e da propriedade pode ser
exercida individualmente por qualquer
condômino beneficiando assim todos os
demais, assume o condômino a função de
representante do demais, uma vez que não
estará defendendo apenas sua parte mas toda
a coisa objeto do condomínio.
DIREITOS E DEVERES
C) Cada condômino pode alienar a respectiva parte
ideal (art. 1314): comum + indivisa – contudo não
poderá um condômino de coisa indivisível vender a sua
parte a estranhos, se o outro consorte a quiser, tanto a
tanto. O condômino, a quem não der o conhecimento
da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a
parte vendida a estranhos, se o requerer dentro do
prazo de 180 dias, contado do momento que teve
conhecimento da venda sob pena de decadência.
Correto: notificação
Direito de preferência
Se for outro condômino que comprou?
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a
sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto.
O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá,
depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se
o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de
decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que
tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de
quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida
os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o
preço (divide).
DIREITOS E DEVERES
D) Cada condômino tem o direito de gravar a respectiva
parte ideal (art. 1314) – havendo possibilidade de alienação
por parte do condômino da sua quota parte, poderá o mesmo
gravá-la com garantia real (hipoteca, penhor, anticrese),
contudo, não pode ser dado em garantia real a coisa em sua
totalidade, sem o consentimento de todos (art. 1420, §2º)
Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em
anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou
hipoteca.
§ 2o A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real,
na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente
dar em garantia real a parte que tiver.
DIREITOS E DEVERES
E) Nenhum condômino pode alterar a destinação da coisa
comum, nem dar posse, uso ou gozo, dela a estranhos,
sem o consenso dos outros (art. 1314) – os condôminos
definem qual a destinação econômica da coisa, assim,
qualquer alteração deve partir do consenso dos demais,
ou da maioria, também, como visto, cada condômino
pode usar a coisa, desde que não impeça que os demais
também a usem, contudo, não pode deixar que um
terceiro se valha da posse do uso ou gozo da coisa, sem
que os demais condôminos, ou sua maioria consintam.
DIREITOS E DEVERES
F) Cada condômino é obrigado, na proporção de sua
parte, a concorrer para as despesas de conservação ou
divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver
sujeita (art. 1315): o direito real de propriedade, quer
seja relacionado a bens móveis ou imóveis gera a
necessidade de promoção de reparos, limpeza,
demarcações, restaurações, obras, para sua conservação,
bem como, no caso de extinção de condomínio com a
divisão da coisa entre os condôminos, ainda há dispêndio
de valores como cobrança de impostos.
DIREITOS E DEVERES
• O condômino que não conseguir prover as
despesas pode renunciar à propriedade que
aproveitará ao condômino que assumir as
despesas (art. 1316).
DIREITOS E DEVERES
G) Cada condômino responde aos outros pelos frutos
que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou
(art. 1319) – o condômino que esteja no uso do gozo
da coisa sob condomínio, deve responder aos demais
pelos frutos percebidos, desde que os demais
condôminos estejam inviabilizados de terem o uso
comum da coisa (STJ RESP 622.472-RJ), visto que
foram estes, diante do uso exclusivo do bem por um
dos condôminos, impedidos de retirarem os frutos da
coisa comum.
Extinção do Condomínio Voluntário
Voluntário Ordinário
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa
comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da
divisão.
§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por
prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador
ou pelo testador. (bem indivisível por vontade da parte)
§ 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem,
pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
(Tal ação é imprescritível pois a qualquer momento poderá ser
promovida)
Condomínio
• Locação da coisa comum (lembre-se em regra
maioria absoluta)
Art. 1323: deliberando a maioria sobre a administração da coisa
comum, escolherá o administrador, que poderá ser estranho ao
condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições
iguais, o condômino ao que não o é.
ADMINSTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO
• Ausência de deliberação ou Decisão judicial