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uma.
QUESTÕES:
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum,
respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
§ 1 o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de
cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2 o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
§ 3 o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz
determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só,
indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de
oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas,
e, não as havendo, o de quinhão maior.ii
Dessarte, dá-se a alienação judicial com venda em hasta pública quando os condôminos
não estiverem de acordo sobre o condômino, extinguindo-o (TJPE, Apelação Cível nº 313.102-0,
1
Relator Desembargador Eduardo Sertório Canto, 3ª Câmara Cível, data do julgamento: 18/06/2014,
data da publicação: 11/07/2014).
IV) Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum pelo
prazo não maior que 10 (dez) anos, improrrogável.
a) I, II,III.
b) I, III, IV.
c) Somente II e III.
d) Somente I e III.
O item I está incorreto porque o art. 24, §1º da Lei 4591/64 determina que as decisões
tomadas em assembleia geral obrigam a todos os condôminos. Verbis:
2
Art. 24. Haverá, anualmente, uma assembléia geral ordinária dos condôminos, convocada pelo
síndico na forma prevista na Convenção, à qual compete, além das demais matérias inscritas na ordem do dia,
aprovar, por maioria dos presentes, as verbas para as despesas de condomínio, compreendendo as de
conservação da edificação ou conjunto de edificações, manutenção de seus serviços e correlatas.
§ 1º As decisões da assembléia, tomadas, em cada caso, pelo quorum que a Convenção fixar,
obrigam todos os condôminos.
Correto o item II, pois a assembleia é hígida. Ou seja, sem defeitos, perfeita em sua
forma. E a assembleia hígida de fato vincula todos os condôminos, conforme determinação do Art.
1.336 do Código Civil:
A doutrina e jurisprudência tem dado interpretação gramatical ao art. 22, §1º, f, da Lei
4.591/64ivv, que estabelece que o síndico deve prestar contas à Assembleia dos Condôminos, que
representa todos os proprietários de unidades autônomas. Dessa forma, por expressa vedação legal,
o condômino não teria legitimidade para propor ação de prestação de contas, porque o condomínio,
representado pelo síndico, não teria obrigação de prestar contas a cada um dos condôminos, mas a
todos, perante a assembleia dos condôminos.
Assinale:
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a) A servidão independe de registro público em cartório.
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio
serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por
testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. (Grifei)
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos
termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe
como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.
c) Por se tratar de direito real, o fato da servidão não ter mais utilidade ou
comodidade ao prédio dominante não permite a supressão do direito.
Errada a alternativa “c” por contrariar o inciso II do art. 1.388 do Código Civil:
Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do
registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;
II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que
determinou a constituição da servidão;
III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.
d) O não uso da servidão, por si só, não é hipótese hábil à sua extinção.
Errada a alternativa “d”, pois contrária ao inciso III do art. 1.389 do Código Civil:
Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade
de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção:
I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;
II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso;
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.
Correta a alternativa “e”, conforme previsão do parágrafo único do art. 1387 do Código
Civil:
Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com
respeito a terceiros, quando cancelada.
Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título
hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.
Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e
seus acrescidos.
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Incorreta a alternativa, por confrontar o art. 1390 do Código Civil:
Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante
registro no Cartório de Registro de Imóveis.
e) não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ser
cedido por título gratuito ou oneroso.
O usufruto é um DIREITO real sobre coisa alheia. Por ser direito sua transmissão
acontece por CESSÃO. Por isso, a letra "E" está correta. Não se pode transferir um direito por
ALIENAÇÃO, mas o exercício de um DIREITO pode ser cedido.
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se
por título gratuito ou oneroso.
Errada, pois segundo Orlando gomes, citado por Carlos Roberto Gonçalves no volume V
de sua coleção de direito civil: “...o contrato de promessa de compra e venda não se confunde com o
contrato preliminar e por esse motivo, não é necessário nova declaração de vontade, basta requerer a
adjudicação perante o juiz...”
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SÚMULA N. 239 - O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do
compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento,
celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o
promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor,
ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda,
conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
Errado, pois a dívida já está vencida, conforme o art 1.425, V do Código Civil:
(...)
(...)
6
(C) Se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste
modo se achar estipulado o pagamento.
(...)
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar
estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do
credor ao seu direito de execução imediata;
(...)
7
i
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 3 ed. São Paulo: Método, 2013.
ii
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Institui o Código Civil). Acessada em: 06/06/2020.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
iii
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando
os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o
condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não
as havendo, o de quinhão maior.
iv
Art. 22. Será eleito, na forma prevista pela Convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não
poderá exceder de 2 anos, permitida a reeleição. § 1º Compete ao síndico: (...) f) prestar contas à
assembléia dos condôminos.
v
BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as
incorporações imobiliárias. Acessada em: 06/06/2020. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm