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PUCRS - ESCOLA DE DIREITO

Direito Civil VII: Direitos Reais – Turma 179 - 2020/1

Consiste em escolher, em cada questão, entre várias alternativas, a


alternativa correta e justificar a escolha (por que aquela é a alternativa correta e por
que as outras não estão corretas?), com base em pesquisa doutrinária, indicando,
necessariamente, o autor pesquisado (recomenda-se mais de um autor). Não
havendo justificativa ou, havendo, não houver indicação do autor, ou, então, a
justificativa for insuficiente, a resposta não será considerada, mesmo que a
alternativa escolhida esteja correta. Alerta-se que o material de apoio fornecido pelo
professor não serve para esta pesquisa. A pesquisa deve ser feita em livros
recomendados.

Cada questão vale 0,25, exceto as questões 1 e 5 que valem 0,5 cada
uma.

QUESTÕES:

1. Analise as proposições abaixo:

I) Condomínio convencional ou voluntário é o que se origina da vontade


dos condôminos.

Condomínio voluntário ou convencional – decorre do acordo de vontade dos


condôminos, nasce de um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, como exercício da autonomia
privada. Ex.: Alguns amigos compram um imóvel para investimentos em comum. No silêncio do
instrumento de sua instituição, presume-se que a propriedade estará dividida em partes iguais
(concursu partes fiunt). Destaque-se que o condomínio edilício, via de regra, tem essa origem, mas
com esse estudo e tratamento em separado.i

II) A divisão é o meio adequado para se extinguir o condomínio em coisa


divisível, e pode ser amigável ou judicial.

Correto o item II, conforme previsão do art. 1.320 do Código Civil:

Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum,
respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
§ 1 o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de
cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2 o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
§ 3 o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz
determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.

III) Se a coisa for indivisível, o condomínio só poderá extinguir-se pela


venda judicial da coisa comum, se os condôminos não quiserem adjudicá-la a um
só.

Assim determina o art. 1.322 do Código Civil:

Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só,
indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de
oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas,
e, não as havendo, o de quinhão maior.ii

Dessarte, dá-se a alienação judicial com venda em hasta pública quando os condôminos
não estiverem de acordo sobre o condômino, extinguindo-o (TJPE, Apelação Cível nº 313.102-0,

1
Relator Desembargador Eduardo Sertório Canto, 3ª Câmara Cível, data do julgamento: 18/06/2014,
data da publicação: 11/07/2014).

É possível a extinção de condomínio, com a consequente alienação judicial do bem


imóvel, por vontade de um dos condôminos, quando a coisa for indivisível e os consortes não
concordarem em adjudicá-la a um só, indenizando os outros, a teor dos artigos 1.322 iii e seguintes,
do Código Civil de 2002. (TJMG, Apelação Cível nº 1.0074.07.037982-6/004, Relator Desembargador
Eduardo Mariné da Cunha, data do julgamento: 12/03/2009, data da publicação: 24/03/2009):

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE DIVISÃO DE CONDOMÍNIO. VENDA DA


COTA PARTE. CONDÔMINO. DIREITO DE PREFERÊNCIA. BENFEITORIAS ÚTEIS. RETENÇÃO
INDEVIDA. PRELIMINARES DE CERCEAMENTO DE DEFESA E FALTA DE LEGITIMIDADE DE
AGIR REJEITADAS. APELO IMPROVIDO. (...) A falta de interesse de qualquer dos condôminos em
adquirir o bem comum indivisível, pode levar o mesmo a ser vendido em hasta pública, acaso haja
discordância entre os co-proprietários.

IV) Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum pelo
prazo não maior que 10 (dez) anos, improrrogável.

Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da


coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da
divisão.
§ 1º Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por
prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2º Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo
doador ou pelo testador.
§ 3º A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o
aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.

São corretas as assertivas:

a) I, II,III.
b) I, III, IV.
c) Somente II e III.
d) Somente I e III.

Resposta: A alternativa correta é a letra “a”, conforme justificativas supra.

2. Caio, condômino do Edifício B e C, situado em Belém/PA, pretende


impugnar despesas que, no seu sentir, não estariam adequadas ao padrão do
imóvel que ocupa. No dia designado para a assembleia geral de condôminos,
comparece regularmente ao ato. Todos os condôminos comparecem ao
evento, composto o quórum exigido pela lei e pela convenção condominial. As
despesas são aprovadas, vencido Caio, bem como também aprovada a
prestação de contas do síndico. Inconformado com o ocorrido, Caio busca
aconselhamento jurídico, com o fito de não pagar as despesas aprovadas em
assembleia, pois com elas não concorda, desejando, dentre outras
alternativas, postular prestação de contas detalhadas. Diante do narrado,
analise as afirmativas a seguir.

I. O condômino, cujo voto é contrário às despesas aprovadas em


assembleia geral, não está compelido ao seu pagamento, já que o ato violaria direito
individual.

O item I está incorreto porque o art. 24, §1º da Lei 4591/64 determina que as decisões
tomadas em assembleia geral obrigam a todos os condôminos. Verbis:

2
Art. 24. Haverá, anualmente, uma assembléia geral ordinária dos condôminos, convocada pelo
síndico na forma prevista na Convenção, à qual compete, além das demais matérias inscritas na ordem do dia,
aprovar, por maioria dos presentes, as verbas para as despesas de condomínio, compreendendo as de
conservação da edificação ou conjunto de edificações, manutenção de seus serviços e correlatas.
§ 1º As decisões da assembléia, tomadas, em cada caso, pelo quorum que a Convenção fixar,
obrigam todos os condôminos.

II. Sendo a assembleia hígida, a mesma constitui o órgão adequado à


aprovação de despesas condominiais, o que vincula todos os condôminos.

Correto o item II, pois a assembleia é hígida. Ou seja, sem defeitos, perfeita em sua
forma. E a assembleia hígida de fato vincula todos os condôminos, conforme determinação do Art.
1.336 do Código Civil:

Art. 1.336. São deveres do condômino:


I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo
disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)

III. Não pode, regra geral, o condômino, individualmente, propor ação de


prestação de contas em relação ao síndico ou ao condomínio.

A doutrina e jurisprudência tem dado interpretação gramatical ao art. 22, §1º, f, da Lei
4.591/64ivv, que estabelece que o síndico deve prestar contas à Assembleia dos Condôminos, que
representa todos os proprietários de unidades autônomas. Dessa forma, por expressa vedação legal,
o condômino não teria legitimidade para propor ação de prestação de contas, porque o condomínio,
representado pelo síndico, não teria obrigação de prestar contas a cada um dos condôminos, mas a
todos, perante a assembleia dos condôminos.

Exceção é a regra contida no art. 1.350, §§ 1º e 2º, do Código Civil, verbis:

Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na


forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e
a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno.
§ 1º Se o síndico não convocar a assembléia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo.
§ 2º Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino.

IV. Havendo quórum legal, as decisões da assembleia geral de


condôminos têm validade e eficácia, desde que não colidam com a lei ou a
convenção.

O item IV está correto, pois a assembleia constitui norma do condomínio


hierarquicamente inferior à convenção, e obviamente, à lei.

V. A ausência do condômino à assembleia, quando regularmente


comunicado, não impede que os efeitos dela decorrentes lhe atinjam, equiparado
aos demais condôminos que compareceram ao ato.

Correto o item V, conforme determina o art. 1354 do Código Civil, verbis:

Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os condôminos não


forem convocados para a reunião.

Assinale:

(A) se somente as afirmativas II, III, IV e V estiverem corretas.


(B) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I e V estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas III e V estiverem corretas.

Resposta: A alternativa correta é a letra “a”, conforme justificativas supra.


3. Assinale a alternativa correta acerca do instituto da servidão.

3
a) A servidão independe de registro público em cartório.

Errado, conforme previsão do art. 1.378 do Código Civil:

Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio
serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por
testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. (Grifei)

b) As servidões, aparentes ou não, podem ser adquiridas pela usucapião.

Errado, conforme previsão do parágrafo único do art. 1.379 do Código Civil:

Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos
termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe
como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.

c) Por se tratar de direito real, o fato da servidão não ter mais utilidade ou
comodidade ao prédio dominante não permite a supressão do direito.

Errada a alternativa “c” por contrariar o inciso II do art. 1.388 do Código Civil:

Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do
registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;
II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que
determinou a constituição da servidão;
III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.

d) O não uso da servidão, por si só, não é hipótese hábil à sua extinção.

Errada a alternativa “d”, pois contrária ao inciso III do art. 1.389 do Código Civil:

Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade
de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção:
I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;
II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso;
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.

e) Se hipotecado o prédio dominante, com menção da servidão no título


hipotecário, o cancelamento do direito real depende de anuência do credor.

Correta a alternativa “e”, conforme previsão do parágrafo único do art. 1387 do Código
Civil:

Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com
respeito a terceiros, quando cancelada.
Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título
hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.

Resposta: A alternativa correta é a letra “e”, conforme justificativa supra.

4. É certo que usufruto

a) não se estende, em regra, aos acessórios da coisa e seus acrescidos,


por expressa disposição legal.

Incorreta a alternativa, por confrontar o art. 1392 do Código Civil:

Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e
seus acrescidos.

b) pode recair em um ou mais bens exclusivamente imóveis, abrangendo-


lhe, no todo ou em parte, apenas os frutos.

4
Incorreta a alternativa, por confrontar o art. 1390 do Código Civil:

Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.

c) de imóveis constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de


Imóveis, inclusive quando resulte de usucapião.

Incorreta a alternativa, por confrontar o art. 1391 do Código Civil:

Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante
registro no Cartório de Registro de Imóveis.

d) gera a obrigação ao usufrutuário de pagar as deteriorações resultantes


do exercício regular do direito.

Incorreta a alternativa, por confrontar o art. 1402 do Código Civil:

Art. 1.402. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício


regular do usufruto.

e) não pode ser transferido por alienação, mas o seu exercício pode ser
cedido por título gratuito ou oneroso.

O usufruto é um DIREITO real sobre coisa alheia. Por ser direito sua transmissão
acontece por CESSÃO. Por isso, a letra "E" está correta. Não se pode transferir um direito por
ALIENAÇÃO, mas o exercício de um DIREITO pode ser cedido.

Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se
por título gratuito ou oneroso.

Resposta: A alternativa correta é a letra “e”, conforme justificativas supra.

5. Considerando o direito real do promitente comprador de imóvel,


analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa verdadeira:

I - O contrato de promessa de compra e venda é analógico ao


denominado contrato preliminar, pois para seu aperfeiçoamento necessita de uma
nova e futura declaração de vontade;

Errada, pois segundo Orlando gomes, citado por Carlos Roberto Gonçalves no volume V
de sua coleção de direito civil: “...o contrato de promessa de compra e venda não se confunde com o
contrato preliminar e por esse motivo, não é necessário nova declaração de vontade, basta requerer a
adjudicação perante o juiz...”

II - O direito do promitente comprador de imóvel é considerado um direito


real de aquisição e, uma vez pago o preço, independentemente de registro
imobiliário, aquele faz jus à titularidade do bem, podendo ajuizar adjudicação
compulsória em caso de recusa do transmitente;

Correta a questão, conforme entendimento sumulado pelo STJ:

SÚMULA N. 239 - O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do


compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.

III - Como o promitente comprador é titular de direito real, não se admite a


medida de adjudicação compulsória por aquele, em caso de recusa da escrituração
pelo vendedor, sem o prévio registro público do contrato;

Errada a questão, conforme Súmula 239 do STJ:

5
SÚMULA N. 239 - O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do
compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.

IV - A cláusula que veda o arrependimento nesta espécie de direito real


de aquisição pode ser considerada como nula, eis que fere o princípio da liberdade
de contratar entre as partes;

Errada, conforme previsão do art. 1417 do Código Civil:

Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento,
celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o
promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor,
ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda,
conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.

V - O direito real de aquisição acima especificado abrange imóveis rurais


ou urbanos, mas exige cláusula impeditiva de arrependimento, mediante pagamento
à vista ou firmado em prestações.

O Decreto 57/37 exigia cláusula de irretratabilidade nos compromissos de compra e


venda, dos imóveis urbanos ou rurais. Contudo, o referido decreto foi derrogado pela Lei 6.766 (lei do
parcelamento do solo urbano), assim, o Decreto passa a ter aplicação apenas aos imóveis rurais e a
Lei 6.776 aplica-se no caso de imóveis loteados nos quais ainda é exigida a irretratabilidade. No mais,
segundo Orlando Gomes a cláusula seria considerada não escrita e não nula. Assim, não é
necessária cláusula expressa, uma vez que a sua ausência já é considerada para fins de
irretratabilidade.

a) Todas as assertivas estão corretas;


b) A assertiva II está incorreta, assim como a assertiva V;
c) As assertivas III e V estão corretas;
d) A assertiva II está correta;
e) As assertivas I e III estão corretas.

Resposta: A alternativa correta é a letra “d”, conforme fundamentação.

6. No que concerne ao penhor, hipoteca e anticrese nos termos


estabelecidos pelo Código Civil brasileiro, a dívida NÃO considera-se vencida:

(A) Se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se


depositará a parte do preço que for necessária para o pagamento integral do credor.

Errado, pois a dívida já está vencida, conforme o art 1.425, V do Código Civil:

Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

(...)

V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do


preço que for necessária para o pagamento integral do credor.

(B) Se o devedor cair em insolvência ou falir.

Errado, no momento em que o devedor cair em insolvência ou falir a dívida estará


vencida, na forma do art 1.425, II do Código Civil:

Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

(...)

II - se o devedor cair em insolvência ou falir;

6
(C) Se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste
modo se achar estipulado o pagamento.

Errado, conforme previsão do inciso III do art. 1.425, II do Código Civil:

Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

(...)

III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar
estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do
credor ao seu direito de execução imediata;

(D) Se perecer o bem dado em garantia e o mesmo for substituído.

Correta, por ser a transcrição literal do art. 1.425, IV, CC:


Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

(...)

IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;

(E) Se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança,


desfalcar a garantia, e o devedor, intimado, não a reforçar ou substituir.

Errado, conforme o art. 1.425, I, CC do Código Civil:


Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o


devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;

Resposta: A alternativa correta é a letra “d”, conforme justificativa supra.

7
i
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 3 ed. São Paulo: Método, 2013.
ii
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Institui o Código Civil). Acessada em: 06/06/2020.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
iii
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando
os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o
condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não
as havendo, o de quinhão maior.
iv
Art. 22. Será eleito, na forma prevista pela Convenção, um síndico do condomínio, cujo mandato não
poderá exceder de 2 anos, permitida a reeleição. § 1º Compete ao síndico: (...) f) prestar contas à
assembléia dos condôminos.
v
BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as
incorporações imobiliárias. Acessada em: 06/06/2020. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4591.htm

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