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administração do Econdomínio.
DAS OBRAS DESPESAS EMERGENCIAIS
DAS DESPESAS CONDOMINAIS
3ª Parte: Das atribuições
INQUILINOS E OCUPANTES DOdos síndicos; o síndico profissional; da
IMÓVEL
destituiçãoDAdo síndico;
COBRANÇA da auditoria das prestações de contas.
DA INADIMPLENCIA
ACORDOS E PARCELAMENTOS
4ª Parte: AADVERTÊNCIAS
assembleia geral; o edital de convocação; o conselho
E MULTAS
O que é o condomínio?
Condomínio é uma palavra composta que indica que o domínio da coisa é em
comum
Dessa forma o condomínio implica num conjunto de pessoas que possuem a
propriedade sobre um bem imóvel, recaindo sobre o proprietário direitos e
deveres que assim são estabelecidos no Código Civil:
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre
ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de
terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Título
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita
pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde
logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos
sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do
condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
As convenções costumam ser muito parecidas entre si, se pegarmos 10 convenção de
condomínios de 10 estados brasileiros poderemos perceber que há cláusulas idênticas e
outras que se assemelham muito, isso porque o Código Civil determina o que deve estar
contido numa convenção, então, existe um conteúdo mínimo em todas as convenções que
são:
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem
por bem estipular, a convenção determinará:
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para
atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembleias, forma de sua convocação e quórum exigido para as
deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;
V - o regimento interno.
§ 1 o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular.
§ 2 o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em
contrário, os promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades
autônomas.
Título
Ocorre, algumas vezes, que mesmo recebendo a multa cima de forma reiterada, nem
assim o condômino volta a ser sociável e civilizado, nesses casos o síndico deverá
chamar a assembleia geral para o autorizar ajuizar ação para a exclusão do
condomínio do condômino infrator.
O art. 1.347 do código civil dispõe: “A assembleia escolherá um síndico, que poderá
ou não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois
anos, o qual poderá renovar-se”.
A assembleia geral não pode se reunir todos os dias para resolver os problemas
pontuais do condomínio, então a figura do síndico é indispensável, é ele quem
representa o condomínio junto a terceiros, como por exemplo bancos e até mesmo
perante a Receita Federal.
O Código civil estabelece o período máximo de 2 anos, mas não determina por
quantos mandatos o síndico pode ficar, o que pode fazer com que alguns condomínios
sejam verdadeiros feudos de alguns síndicos, que uma vez eleitos nunca mais saem
do poder. Então, ter na convenção um limite temporal para os mandatos, de no
máximo 8 anos, por exemplo, obriga o condomínio a ter alternância de poder, que é
excelente para que novas ideias arejem a administração e também fortalece a
democracia do condomínio, porque um síndico eleito para sempre pode se tornar um
déspota.
subsíndico ou um vice síndico
O artigo 1.352 dispõe sobre o quórum da eleição de síndico, que seria a maioria
simples dos condôminos presentes na assembleia, mas deixa claro que as convenções
podem dispor algo diferente, como um quórum qualificado, o que pode ser bom para
evitar o domínio por pequenos grupos e motivar a participação de todos.
Se o síndico não convocar a assembleia para prestação de
contas ou eleição ¼ dos condôminos podem convocar a
assembleia para estes atos.
Ainda, qualquer condômino pode ajuizar ação para que a justiça
destitua o síndico e nomeie outro
O que é importante, porque o condomínio não pode ficar sem síndico, por exemplo se
a ata de eleição não for renovada no banco a conta do condomínio pode ser
bloqueada, impedida de fazer transações bancárias até que uma ata determine quem
é o síndico. Então, respeitar a data a assembleia geral ordinária para eleição de
síndico é um dever do síndico que está no poder, implicando em diversas
consequências ruins para o condomínio.
DAS ATRIBUIÇÕES DO SÍNDICO
O síndico profissional terá sua remuneração estipulada pela assembleia geral, que
deverá ser convocada para esse fim específico, de contratar e determinar salário, ele
poderá ser contratado pelo regime da CLT, com carteira assinada, como autônomo,
caso em que terá que emitir RPA (recibo de pagamento autônomo) ou como pessoa
jurídica, emitindo nota fiscal para o condomínio. Em nenhum dos casos poderá
receber por recibo simples, aliás nada no condomínio pode ser pago com recibo
simples.
O condomínio, embora seja um ente despersonalizado, é visto no direito do
trabalho como pessoa jurídica, então, não pode realizar nenhuma contratação com
recibo simples, tem sempre que comprovar o recolhimento do ISS do profissional
autônomo ou exigir a nota fiscal da pessoa jurídica. Começar a carreira como síndico
profissional, observando essa regra é apostar um começo feliz. Porque não dá para
aceitar alguém que se auto intitule profissional que queira receber sonegando
tributos
Administrar um condomínio é mais que gerir bens é gerir pessoas, é necessário ter a
habilidade da conciliação, da mediação, para se evitar que processos traumáticos
aconteçam no ambiente onde as pessoas moram e apenas desejam ter paz, que é o
direito de 5ª geração.
A ASSEMBLEIA GERAL
O CONSELHO FISCAL
O artigo 1.356 aponta a necessidade de um conselho fiscal, que só existirá nos
limites dados pela convenção, o conselho se presta para fiscalizar os balancetes e os
atos administrativos, que mesmo aprovados pelo conselho podem ser revistos pela
assembleia geral, que é o órgão soberano do condomínio
A remuneração dos membros do Conselho Fiscal só existirá com expressa previsão na
convenção condominial. O mandato de dois anos – que poderá ou não coincidir com o
do síndico – visa adequar as atribuições do conselho às do síndico, permitindo uma
vinculação na atuação dos dois órgãos.
O conselho fiscal aprova os balancetes e prestações de contas previamente, assinam
estes documentos dando visto, assim, se comprometem com aquilo que fiscalizam.