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CONDOMÍNIO

 GERAL:  é caracterizado pelo fato de existir, simultaneamente, dois


ou mais direitos de propriedade incidindo sobre um mesmo bem, seja
ele móvel ou imóvel. Exemplo: 2 irmãos adquirem um só carro para
ambos, ou seja, ambos são condôminos do carro, e não, como
muitos pensam, sócios do carro. (art. 1314, CC)
 VOLUNTÁRIO: É aquele em que as partes convencionam a
aquisição de um bem em comum, decorre de um contrato ou outro
ato jurídico entre as partes. (art. 1314, CC)
 NECESSÁRIO (LEGAL): é aquele imposto por lei, ocorre com
relação aos muros, paredes, cercas, valas, etc. (ART. 1327, CC)
 EDILÍCIO: é um espaço que une ambientes privados e ambientes de
uso conjunto. Ou seja, cada proprietário é dono da sua parte
individual, mas também é dono de uma fração das áreas em comum.
(art. 1331, CC), o condomínio tem como estatuto básico a
“Convenção de Condomínio”, além da convenção de condomínio, o
condomínio pode ter um regimento interno (ou regulamento).
PROPRIEDADES
 Propriedade resolúvel: É aquela que depende de uma condição, uma
convenção, uma particularidade que venha a ser cumprida em data
futura. Esta data pode ser indicada por lei ou estipulada pelas partes
(quando não houver indicação legal)
 EX:  Pacto de retrovenda, doação com cláusula de reversão).

 Propriedade fiduciária: é uma propriedade resolúvel. É uma


propriedade que fundamenta-se no contrato de alienação fiduciária, é
preciso que o cumprimento da obrigação seja garantido, desta forma o
devedor transfere a propriedade para a posse do credor. Nessa relação
assim que a obrigação faz cumprida, o devedor passará a ter a posse e
a propriedade plena. Na alienação fiduciária a regra comum é que a
posse do bem seja transferida para o devedor.
EX: a propriedade que o banco tem do imóvel decorrente de um
financiamento imobiliário.

DIREITO DE SUPERFÍCIE

É um direito real sobre coisa alheia, ocorre mediante escritura pública


registrada no RGI. O direito de superfície concede a uma pessoa o
direito de planta e construir em um terreno pertencente ao proprietário.
Este direito é exercido por tempo DETERMINADO com este prazo é
convencionado entre as partes. O proprietário passa a ter a propriedade
plena no final do prazo estipulado independente de indenização (exceto
se as partes estipularem ao contrário). O direito de superfície não
abrange o subsolo e pode ser transferido a terceiras pessoas com a
morte do superficiário. Pode ser extinto com o advento do prazo bem
como seus superficiários desrespeitar as condições de contrato. (art.
1369, CC)

SERVIDÃO (ART. 1378 ss, CC)

É o proveito ou facilidade prestada por um prédio em favor de outro.


A servidão deve ser estabelecida através de um contrato bem como no
registro de RGI. Existem duas pessoas envolvidas nessa relação, o
primeiro é o prédio serviente que é aquele que permite a servidão e o
prédio dominante que é aquele que favorece da servidão.

Serviente: é o prédio prestador;


Dominante: é o prédio favorecido.

Só é servidão se for registrado no RGI pelo serviente e dominante. Caso


não registrar é mera tolerância.

Atos de mera tolerância: não são consideras servidão. São cortesia. A


servidão pode ser adquirida pelo ato jurídico registrado, pela usucapião
ou pela lei.
Observação: o ato jurídico pode ser um negócio jurídico ou uma
sentença judicial na qual se engloba a sentença de usucapião.

A servidão pode ser extinta pela renúncia (gratuita ou onerosa) pela


confusão, pela supressão de obras e pelo não uso por dez anos
consecutivos ou mais. (art. 1387, CC)

Aquisição da servidão: (ART. 1378, CC)


 Por ato jurídico registrado;
 Por usucapião (para as servidões aparentes)
 Por lei.

Da extinção da servidão: (ART. 1387, CC)


 Pela renúncia (gratuita ou onerosa);
 Pela confusão;
 Por obra pública;
 Pelo não uso (10 anos)
As servidões podem ser urbanas e rurais (rústicas).
 Servidões aparentes: que são as que podem ser vistas, são
externas
 Servidões não aparentes: que são as que não podem ser vistas, ou
são frutos de uma obrigação negativa. EX: Proibição do direito de
construir.
 Servidão contínua: é que tem o uso o tempo todo,
continuadamente. EX: rede de água, esgoto, elétrica.
 Servidão descontínua: é que se usa de forma interrompida. EX:
servidão de passagem.
OBS: Em regra as servidões são perpétuas, indivisíveis e inalienáveis.
OBS: A servidão deve ser restrita a servidão do prédio dominante, desta
forma não há agravo do encargo para o prédio serviente.
USUFRUTO (ART. 1390, CC)
Deve ser instituído através de um negócio jurídico. O proprietário do bem pode,
se quiser gravar com cláusula em lei de outros.
Direito real de gozo atribui ao titular o direito de usar o bem alheio (móvel ou
imóvel) e guardar para si os frutos produzidos pelo bem. O usufruto pode ser
por prazo determinado ou vitalício.
Os frutos podem ser:
 Naturais: proveniente de plantação.
 Civis: aluguel, renda de investimento.
O USUFRUTUÁRIO fica com a posse, o uso, a administração e os frutos da
coisa.
O PROPRIETÁRIO do bem fica denominado “NU PROPRIETÁRIO”. Visto que
não é ele que utiliza a propriedade. A propriedade que ele exerce é dominada
PROPRIEDADE ABSTRATA.
O usufruto é gratuito, personalíssimo e intransferível.
OBS: O usufruto em regra é gratuito, porém pode ser remunerado, neste caso
é preciso que haja um contrato estipulando a remuneração. (ART. 1313)
O usufruto não pode ser alienado.
Espécies de usufruto:
 Legal: instituída por lei.
EX: os pais são usufrutuários dos bens dos filhos.
 Convencionada: instituída pelas partes ou através de testamento.
EX: ocorre quando o dono de determinado bem cede, através de um
contrato, a propriedade, reservando-o para si.
Extinção do usufruto (ART. 1410, CC)
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de
Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi
constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se
começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407,
1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar
os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no
usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação
prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts.
1.390 e 1.399).

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