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O que é Superfícies-
O direito real de superfície é uma figura jurídica que permite a uma
pessoa (superficiário) utilizar o solo de outrem para construir ou
plantar, mediante o pagamento de um valor ou pensão ao
proprietário do terreno (superficiante). É uma modalidade de direito
real que concede ao titular o poder de usar a superfície de um
terreno, sem, no entanto, adquirir a propriedade do solo.
Principais características do direito real de superfície:
Tempo Determinado: Geralmente, o direito de superfície é
estabelecido por um prazo determinado, após o qual o direito
retorna ao proprietário do solo.
Construção ou Plantio: O superficiário tem o direito de construir
ou plantar no terreno, conforme as condições estabelecidas no
contrato.
Obrigações Financeiras: O superficiário normalmente deve pagar
uma pensão ou taxa ao proprietário do solo, que é uma
contraprestação pelo uso da superfície.
Transmissibilidade: Em muitos casos, o direito de superfície é
transmissível a terceiros, seja por venda, doação ou herança,
dependendo das disposições legais e contratuais.
Limitações ao Uso: O contrato que estabelece o direito de
superfície pode conter limitações quanto ao tipo de construção ou
uso permitido no terreno.
Extinção: O direito de superfície pode ser extinto por diferentes
razões, como o término do prazo estipulado, renúncia do
superficiário, ou outras condições estabelecidas no contrato.
Esse instituto legal é encontrado em diversos sistemas jurídicos, e
suas características específicas podem variar conforme a legislação
de cada país. O direito de superfície é comumente utilizado em
situações em que o proprietário do solo deseja manter a
propriedade da terra, mas permite que outra pessoa a utilize para
determinados fins, como a construção de edificações ou o cultivo de
plantas.
Servidões
As servidões são direitos reais que conferem a alguém
determinadas prerrogativas sobre um imóvel alheio, chamado
prédio dominante, em detrimento do proprietário do imóvel onerado,
chamado prédio serviente. Essas prerrogativas geralmente
envolvem o uso ou a utilidade do prédio dominante, e a servidão é
estabelecida por meio de um ato jurídico, como um contrato ou
testamento, ou por decisão judicial.
Características das Servidões:
Prédio Dominante e Prédio Serviente: O imóvel que se beneficia
da servidão é chamado de prédio dominante, enquanto o imóvel
que suporta a carga da servidão é chamado de prédio serviente.
Utilidade para o Prédio Dominante: A servidão deve trazer
alguma utilidade ou comodidade para o prédio dominante, seja
facilitando o acesso, garantindo uma vista, permitindo a passagem
de água, entre outras finalidades.
Caráter Perpétuo ou Temporário: As servidões podem ser
estabelecidas por tempo indeterminado (perpétuas) ou por um
período específico.
Registro: Em muitos sistemas jurídicos, a servidão precisa ser
registrada em cartório para ser válida e oponível a terceiros.
Exemplos de Servidões:
Servidão de Passagem: Permite que o proprietário de um prédio
atravesse o prédio vizinho para ter acesso à estrada, rio ou outro
local essencial.
Servidão de Vista: Garante a um prédio a possibilidade de manter
aberturas (janelas) que permitam uma vista desimpedida sobre o
prédio vizinho.
Servidão de Água: Autoriza o fluxo de água de um prédio serviente
para um prédio dominante, geralmente utilizado em casos de
necessidade de abastecimento ou irrigação.
Servidão de Passagem de Cabos ou Tubulações: Concede o
direito de passagem de cabos elétricos, tubulações de água,
esgoto, entre outros, através de um prédio.
Servidão de Não Construir: Restringe o proprietário do prédio
serviente de construir em determinadas áreas para garantir a vista
ou a exposição solar do prédio dominante.
As servidões são regidas por normas específicas do direito civil e
podem variar em suas características dependendo do sistema legal
de cada jurisdição. É importante observar as regras locais e
procurar a orientação de um profissional do direito ao lidar com
questões relacionadas a servidões.
Vamos considerar um exemplo de servidão no cotidiano envolvendo
uma servidão de passagem:
Cenário: Suponha que uma propriedade, denominada "Prédio A",
esteja localizada em uma área rural e não tenha acesso direto a
uma estrada pública. No entanto, a propriedade vizinha, "Prédio B",
tem acesso à estrada. Se o proprietário do Prédio A não tiver outra
maneira de acessar a estrada, ele pode buscar uma servidão de
passagem sobre o Prédio B.
Exemplo Prático:
Prédio A: Propriedade sem acesso direto à estrada.
Prédio B: Propriedade vizinha com acesso à estrada.
Situação: O proprietário do Prédio A pode negociar com o
proprietário do Prédio B para estabelecer uma servidão de
passagem, permitindo que ele atravesse o Prédio B para chegar à
estrada. Esse direito pode ser formalizado por meio de um contrato,
geralmente registrado em cartório, especificando as condições,
limitações e quaisquer compensações financeiras.
Características:
Utilidade: A servidão de passagem beneficia o Prédio A,
proporcionando-lhe um acesso conveniente à estrada.
Prédio Dominante: Prédio A (que se beneficia da servidão).
Prédio Serviente: Prédio B (que suporta a carga da servidão).
Tempo: A servidão pode ser estabelecida por tempo indeterminado
ou por um período específico, conforme acordado entre as partes.
Observações:
O contrato de servidão de passagem especificará os termos e
condições, como a largura da passagem, a finalidade do uso (por
exemplo, acesso a pé, de veículos, etc.) e qualquer compensação
financeira, se aplicável.
Essa é uma situação comum em áreas rurais, onde o acesso à
estrada pode ser limitado, e as servidões de passagem são
estabelecidas para garantir a acessibilidade a determinadas
propriedades.