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Posse: No Código Civil brasileiro, a posse é definida no artigo 1.

196 como o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes à propriedade.


Existem várias teorias que explicam a posse como a Teoria Subjetiva que considera que a posse depende de dois elementos: animus (a intenção
de ter a coisa como sua) e corpus (a apreensão física da coisa). A Teoria Objetiva: afirma que a posse é a exteriorização de controle que um
indivíduo exerce sobre a coisa, independente da intenção de ser dono. A posse pode ser classificada de diversas formas, como direta ou indireta,
justa ou injusta, de boa-fé ou de má-fé, entre outras. A aquisição da posse pode ocorrer de forma originária, sem a transferência de outra pessoa,
ou derivada, quando há transferência, como no caso de um contrato de locação. Um exemplo de Posse Direta seria se um locatário tem a posse
direta de um apartamento alugado. Ele exerce controle físico sobre o imóvel. Na Posse Indireta o proprietário do apartamento, embora não esteja
fisicamente presente, mantém a posse indireta, pois tem o direito de retomar a posse direta após o término do contrato de locação. Na Posse
Justa uma pessoa compra um terreno e assume a posse após a transação legal. Esta é uma posse justa, pois não há vícios ou oposição. Na
Posse Injusta, se alguém ocupa um terreno sem consentimento do proprietário, essa é uma posse injusta, pois é adquirida de forma ilegítima. Na
Posse de Boa-Fé um comprador adquire um carro acreditando que o vendedor é o legítimo proprietário e que não há impedimentos legais. Na
Posse de Má-Fé, se o comprador sabe que o carro é roubado, mas ainda assim o adquire, ele está em posse de má-fé. Quando for Posse Velha,
considera-se posse velha aquela que é mantida por mais de ano e dia. Já na Posse Nova É a posse adquirida recentemente, dentro do período de
ano e dia. Na Posse Natural, é o controle físico simples sobre a coisa, sem considerar o aspecto legal. Por exemplo, segurar um livro é ter a posse
natural dele. Na Posse Civil, envolve o reconhecimento jurídico da posse. Ter um título de propriedade de um carro é ter a posse civil do mesmo.

Formas aquisição: No direito civil brasileiro, as formas de aquisição de bens móveis e imóveis podem ser divididas em duas
categorias, originária e derivada. Na Aquisição Originária, existem a Acessão que é quando a propriedade é adquirida pelo acréscimo natural ou
artificial a um bem já existente. No Usucapião a propriedade é adquirida pelo uso prolongado do bem, conforme os requisitos legais. Já na
Ocupação, a aquisição de bens que não têm dono, como animais selvagens ou coisas abandonadas. No Achado de tesouro, a descoberta de valor
escondido que, por lei, é dividido entre o descobridor e o proprietário do local. Na Especificação, a transformação de uma matéria-prima em um
novo objeto, que passa a ter um novo proprietário. Já na Aquisição Derivada, se aborda a Compra e venda, que é a transferência da propriedade
mediante pagamento. A Doação que é a transferência gratuita da propriedade de uma pessoa para outra. Na Herança a transmissão dos bens de
uma pessoa falecida para seus herdeiros. Já no Registro de Título, o registro formal da transferência de propriedade no Cartório de Registro de
Imóveis. Para bens imóveis, o registro no Cartório de Registro de Imóveis é essencial para a aquisição da propriedade. Já para bens móveis, a
tradição, ou seja, a entrega efetiva do bem, é o que geralmente transfere a propriedade.

Usucapião: A usucapião é um instituto jurídico que permite a aquisição da propriedade de um bem móvel ou imóvel em razão do seu uso
contínuo, ininterrupto e pacífico durante um determinado período de tempo, definido pela legislação. Os principais requisitos para diferentes
modalidades de usucapião são: Usucapião Ordinária (Art. 1.242 do Código Civil) que é a posse contínua e incontestada do imóvel por 10 anos.
Deve haver justo título (documento que aparenta transferência de propriedade) e boa-fé (o possuidor acredita ser o verdadeiro proprietário).
Usucapião Extraordinária (Art. 1.238 do Código Civil) que será a posse contínua e incontestada do imóvel por 15 anos, independentemente de
título e boa-fé. Pode ser reduzida para 10 anos se o possuidor estabeleceu sua moradia habitual no imóvel ou realizou obras produtivas.
Usucapião Especial Rural (Art. 1.239 do Código Civil) que é a posse por 5 anos ininterruptos, sem oposição. Área de terra em zona rural não
superior a 50 hectares. Deve tornar a área produtiva por trabalho próprio ou de sua família e ter nela sua moradia. Usucapião Especial
Urbana (Art. 1.240 do Código Civil) sendo a posse por 5 anos ininterruptos, sem oposição. Área urbana de até 250 metros quadrados. Utilização
para moradia própria ou de sua família. E a Usucapião Familiar (Art. 1.240-A do Código Civil) que é a posse direta e exclusiva por 2 anos
ininterruptos de imóvel urbano de até 250 metros quadrados após abandono do lar pelo cônjuge ou companheiro. Lembrando que imóveis públicos
não podem ser adquiridos por usucapião. A usucapião visa garantir a função social da propriedade, favorecendo aqueles que efetivamente utilizam
o bem para moradia ou trabalho.

Acessão: A Acessão se refere ao modo de aquisição da propriedade em que um bem é incorporado a outro, aumentando seu valor ou volume. No
direito civil, a acessão pode ser natural ou artificial. A acessão natural ocorre por forças da natureza, como a formação de ilhas em rios
particulares, aluvião (acréscimo de terra às margens de um rio), avulsão (remoção súbita de uma porção de terra por força natural) e abandono de
álveo (mudança do curso de um rio). O artigo 1.248 do Código Civil trata dessas situações. Alguns critérios para esse tipo de acessão são:
Formação de Ilhas: Acontece em rios particulares não navegáveis e não públicos. Quando ilhas se formam no meio do rio, a propriedade é dividida
entre os terrenos ribeirinhos fronteiros, na proporção de suas testadas, até a linha que divide o álveo em duas partes iguais. Aluvião: Refere-se ao
acréscimo de terra às margens de um rio devido à correnteza. Avulsão: Ocorre quando há remoção súbita de uma porção de terra por força
natural. Abandono de Álveo: Quando o curso de um rio muda, deixando parte do leito seco. Já a acessão artificial acontece quando o proprietário
de um terreno realiza obras ou plantações que aumentam o valor do imóvel. Neste caso, o proprietário pode adquirir a propriedade do bem
acrescido, desde que não haja oposição ou prejuízo a terceiros. A acessão é um modo originário de aquisição da propriedade, ou seja, não
decorre de uma relação jurídica anterior, como a compra e venda. É importante notar que, em alguns casos, pode haver a necessidade de
indenização ao proprietário desfalcado, seguindo o princípio de que ninguém deve enriquecer às custas de outrem sem justa causa. Alguns
critérios são: Acontece quando o proprietário de um terreno realiza obras ou plantações que aumentam o valor do imóvel. O princípio é que a coisa
acessória segue a principal. Pode haver a necessidade de indenização ao proprietário desfalcado. Lembrando que a acessão é um modo
originário de aquisição da propriedade, não decorrendo de uma relação jurídica anterior.

Direito de Laje: O direito de laje é um conceito jurídico no Brasil que permite a utilização do espaço aéreo ou do subsolo de uma propriedade
para a construção de uma nova unidade imobiliária autônoma. Este direito foi regulamentado pela Lei 13.465/2017 e está previsto no artigo 1.510-
A do Código Civil. É um direito autônomo e independente, não sendo uma propriedade resolúvel como a superfície. Permite a coexistência de
unidades autônomas no mesmo local, cada uma com sua matrícula própria. O titular do direito de laje, chamado lajeário, tem responsabilidades
como o pagamento de encargos e tributos referentes à sua unidade. O direito de laje pode ser aplicado tanto em espaços aéreos quanto em
subsolos, inclusive de terrenos públicos. Ele permite a coexistência de unidades imobiliárias autônomas de titularidades distintas situadas na
mesma área. Alguns dos principais pontos sobre o direito de laje são: Cessão da Superfície onde O proprietário de uma construção pode ceder a
superfície superior ou inferior de sua construção para que o titular da laje mantenha uma unidade distinta daquela originalmente construída sobre o
solo. Na Matrícula Própria o titular da laje terá direito a uma matrícula própria no Cartório de Registro de Imóveis. Na Faculdades Jurídicas o titular
da laje pode usar, gozar e dispor da unidade autônoma, possuindo faculdades inerentes ao domínio. O direito de laje é importante para regularizar
situações e atender às demandas de proprietários e possuidores desses espaços.

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