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em face do BANCO XYZ2, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ nº XXXXX,
com sede no Rio de Janeiro, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
1) DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Com base no art. 300, do CPC, cabe antecipação da tutela, visto que o Autor nunca celebrou
nenhum contrato de empréstimo com a parte Ré e mesmo assim teve seu nome negativado.
“art. 300, do CPC – a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”.
2) DOS FATOS
O Autor ao tentar comprar um eletrodoméstico, foi informado pelo vendedor no ato do
pagamento que não seria possível aceitar pagamento financiado, em virtude de uma
negativação em seu nome junto ao cadastro restritivo de crédito com a parte Ré.
Muito surpreso com tal fato ocorrido, Alain garante nunca ter firmado nenhum contrato com o
tal banco e diante do fato exposto, o mesmo vai em busca de informações e verifica que a
dívida é referente a um contrato de empréstimo no valor de R$10.000,00 (dez mil reais),
sendo assim, fruto de uma fraude em seu nome.
O Autor dirigiu-se até o banco, solicitando e retirada imediata de seu nome do cadastro
restritivo, e tal solicitação foi negado pelo mesmo.
3) DOS FUNDAMENTOS
“Art. 3º, do CDC - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional
ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.
“Art. 17, do CDC – Para os efeitos dessa Seção equiparam-se aos consumidores todas as
vítimas do evento”.
O art. 17 amplia o conceito de consumidor equiparando a este todas as vítimas de evento. Isso
significa que gozará de status de consumidor um terceiro que não tenha adquirido ou utilizado
um determinado produto ou serviço, mas que tenha sofrido as consequências de um acidente
de consumo.
Desse modo, cabe ao requerido demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pelo autor.
Assim, as provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o
exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumo.
Dessa forma, quando estamos diante de uma relação de consumo, a responsabilidade objetiva
passa a ser regra, de modo que não se exige a comparação de culpa do fornecedor que,
independente desta responderá pelos danos ocorridos, conforme previsto no art. 14 do CDC.
Apesar do autor ter pedido a imediata exclusão de seu nome do cadastro restritivo de crédito,
e o pedido foi negado pela ré. Dessa forma se faz imperiosa a tutela do estado para que
obrigue a parte ré a realizar a retirada imediata de seu nome.
Como já mencionado anteriormente, o autor nunca contraiu a dívida apontada, sendo certo
que tal fato não pode ser enquadrado no que a doutrina classifica como mero aborrecimento,
uma vez que ocasionou danos ao autor que devem ser reparados.
A ida ao banco, a não comprovação da celebração do contrato de empréstimo, a frustração de
não convencer o requerido a retirar o seu nome do cadastro restritivo de crédito, configura,
certamente, dano moral.
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a
reparação venha a constitui-se em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e
exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de
culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelo critérios sugeridos pela
doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-
senso, atendo à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve ela
contribuir para desestimular o ofensor a repetir o ato, inibindo sua conduta antijurídica.
E ainda mais:
4) DOS PEDIDOS
b) Reconhecimento da relação de consumo e inversão do ônus da prova, nos termos art. 6º,
VIII, do CDC;
5) DAS PROVAS
Com base no art. 32 da Lei 9.099/95 – todos os meios de prova moralmente legítimos, ainda
que não especificados em lei, são hábeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas
partes.
6) DO VALOR DA CAUSA
Termos em que,
Pede Deferimento.
Advogado
OAB/RJ nº XXXXX.