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DIREITO DAS COISAS

Proprietário: usar, gozar, dispor, reaver o bem.


Locatário é categoricamente um possuidor, pois possui o direito de gozar da propriedade.
Detentor é categoricamente um possuidor, pois exerce a posse por meio de atos de mera
custódia. Ex.: caseiro de fazenda.
O possuidor pode defender a sua posse por meio da ação possessória; e o proprietário pode
defender a sua propriedade por meio da ação petitória.

POSSE
Posse direta/imediata –
Posse indireta/mediata –
Vício: Art. 1200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Posse justa -
Posse injusta –
Posse violenta: ocorre o esbulho, por força (física/moral) ou violência. Ex.: agredir um
proprietário para entrar em sua propriedade.

Posse clandestina: invasão de propriedade, às escondidas. Ex.: invadir uma fazenda.

Posse precária: quando havia uma posse lícita, mas ela torna-se ilícita. Abuso de confiança Ex.:
no caso de aluguel, o possuidor não devolve o bem.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência
ou a clandestinidade.
 quando há violência e clandestinidade, não há constituição da posse. A posse só começa
a ser posse depois de um ano e um dia.

POSSE QUANTO AO TEMPO


Posse velha – exercida há mais de um ano e um dia
Posse nova - exercida há menos de um ano e um dia
POSSE QUANTO AOS EFEITOS
Posse ad interdicta – posse decorrente do contato com a coisa
Posse ad usucapionem - posse com animus domini — intenção de usucapião, necessária para
adquirir imóvel pelo decurso do tempo
Frutos: artigos 1214 a 1216 -> - Possuidor de boa-fé: é aquele que ignora os vícios que possam
atormentar a posse; - Possuidor de má-fé: é aquele que está ciente dos vícios;
Benfeitorias:
Voluptuárias: para mero lazer, deleite, embelezamento.
Necessárias: para conservação do bem.
Úteis: para melhorar o uso do bem.
Lei de locações (Lei n. 8.245/91):
Artigos 35 e 36 da Lei: locatários podem fazer benfeitorias de qualquer tipo. Com autorização:
há direito de indenização. Enquanto, em relações necessárias, há direito de indenização, mesmo
sem autorização. Quanto a benfeitorias voluptuárias, ele não terá indenização (podem ser
levantadas pelo locatário no final do contrato, desde que não prejudiquem o imóvel).
Úteis e necessárias: o locatário tem o direito de receber (direito de retenção) -> Súmula 335, do
STJ, nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das benfeitorias e
ao direito de retenção.

Quando a coisa se perde ou deteriora na posse de alguém: art. 1217;

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE -> caso de esbulho (ocasiona a perda da posse)


AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE -> caso de turbação (incomodo no exercício da posse)
INTERDITO PROIBITÓRIO -> ameaça de esbulho ou de turbação (pedido ao juiz por uma
obrigação de não fazer).
Fungibilidade das demandas possessórias: o juiz concederá a medida correta mesmo se o pedido
feito pela parte for distinto do fato ocorrido.
Esbulho consiste na perda posse por parte do possuidor, ou seja, uma ilegítima subtração da
posse. O possuidor será privado da posse do bem, por meio de violência ou clandestinidade.
Por outro lado, o esbulho pacífico ocorre por precariedade: o locatário ao fim do contrato
continua no imóvel.
Turbação: ato que embaraça o livre exercício da posse, sem que haja perda.
Turbação de fato ou real: ocorre quando houver ataque material. Ex.: abertura de uma boate ao
lado de um imóvel residencial. • Turbação de direito: ocorre o ataque judicial. Ex.: ações
judiciais desprovidas de fundamento contra alguém.

AQUISIÇÃO DA POSSE (artigo 1.204 – artigo 1.196): posse é adquirida desde o momento que
torne possível o exercício em nome próprio.
Poderes inerentes à propriedade: art. 1228 – proprietário tem faculdade de usar, gozar, dispor. 
GRUD
Direta: aquisição feita pela própria pessoa; Indireta: aquisição feita por um terceiro e
confirmada pela pessoa.
Originária: há contato direto entre a pessoa e a coisa  a coisa não tinha dono.
Derivada: há intermediação pessoal.

TRADIÇÃO (forma derivada):


Tradição real: entrega efetiva da coisa.
Tradição simbólica: ato representativo de transferência da coisa.
Tradição ficta: se dá por presunção. O possuidor possuía em nome alheio e passa a possuir em
nome próprio. Ex.: locatário compra o imóvel e torna-se proprietário.
TRANSMISSÃO (1.206 e seguintes cc):
Sucessão universal: nos casos de herança legítima (continuidade); e a singular, nos casos de
compra, venda, doação ou legado (união de posses)
PERDA (art. 1.223, cc):
A perda ocorre quando cessa, mesmo que sem a vontade do possuidor, o poder sobre o bem.
EX.: abandono da coisa (derrelição), tradição, perda ou destruição da coisa possuída.
Composse/com possessão: posses simultâneas, posse realizada por várias pessoas ao mesmo
tempo.
Exemplos: intervivos (doação conjuntiva) ou mortis causa (herança).
Composse indivisível: duas pessoas que possuem frações de uma fazenda, onde não foi
estabelecida divisão.
Composse divisível: há fração e divisão real da posse. Ex.: fazenda dividida por cerca.

DIREITOS REAIS – INTRODUÇÃO (propriedade)

O que são D. reais? Artigo 1.225, pode incidir sobre bem imóvel ou móvel, coisa alheia ou coisa
própria
Bens móveis: a propriedade se dará por meio da tradição (entrega de um bem)  Art. 1.226.
 Obrigação propter rem: é uma obrigação própria da coisa. É inerente à própria coisa.
Ex.: IPVA do carro, IPTU do imóvel. A consequência do não pagamento é a penhora do
bem; inclusive no caso de bem de família, porque a proteção dada aos bens de família
não acompanha a obrigação propter rem.
PROPRIEDADE (artigo 1.228 ao artigo 1.276)  atributos: usar, gozar, dispor, reaver;

USUCAPIÃO  requisitos: posse mansa, pacífica, ininterrupta, com intenção de ser dono, por
um lapso temporal.
Usucapião ordinária (art. 1.242): 5 a 10 anos + justo título e boa-fé;
Usucapião extraordinária (art. 1.238): 10 a 15 anos;
Usucapião especial rural (art. 1.239): 5 anos + menos de 50 hectares + área produtiva e moradia;
Usucapião especial urbana: 5 anos + área superior a 250m² + moradia fixa;
Usucapião indígena: 10 anos;
Usucapião coletiva: + 5 anos.
Usucapião pró-família: 2 anos + exclusividade + menos de 250m², cuja propriedade dividia com
o cônjuge ou companheiro que abandonou o lar.
“Disk-Usucapião”: 1510552. (tempo de posse para cada modalidade)

SLIDES PROPRIEDADE* ver


Ação petitória: direito de reivindicar a coisa contra quem injustamente a possua ou a detenha
(ius vindicante) -> 1.228, cc
Ação reivindicatória: ação fundada no domínio (rei vindicatio). O autor precisa provar o
domínio da propriedade (registro) + prova de posse injusta do réu (3 vícios: posse violenta,
precária ou clandestina). A ação reivindicatória não sofre prescrição ou decadência.

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