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O uso é o direito de usufrir de coisa alheia, móvel (desde que seja infungível e
inconsumível) ou imóvel, sobre a qual o usuário deve respeitar certas limitações, bem
como o dever de atender as necessidades de sua família. Maria Helena Diniz define o
direito real de uso como o poder concedido a alguém para utilizar e fruir de um bem
alheio de forma temporária e limitada. Ela ressalta que esse direito não transfere a
propriedade, mas apenas autoriza o uso, dentro dos limites estabelecidos.
Pode também ser chamado de usufruto anão, restrito ou reduzido. Afinal, ele se
assemelha ao usufruto, porém é exercido com limitações ao uso e fruição. Em razão
dessa semelhança, cumpre estabelecer as características mais importantes para
diferenciá-los.
Vale destacar também a relação do direito real de uso com os bens móveis e imóveis.
No contexto dos bens imóveis ele pode ser aplicado em diferentes situações, como no
uso de um bem imóvel residencial: uma pessoa pode ter o direito real de uso de uma
casa ou apartamento por um determinado período, mesmo que não seja o proprietário.
Isso pode ocorrer por meio de um contrato de locação ou um direito real de uso
específico para habitação. O bem móvel, contudo, precisará atender a dois critérios: o
de ser infungível e inconsumível. A infungibilidade significa que o bem é único e não
pode ser substituído por outro equivalente, como é o caso de imóveis específicos. A
inconsumibilidade significa que o bem não é destruído pelo uso, ou seja, ele não se
esgota quando utilizado. Afinal, ele precisa ser devolvido ao final do período de uso, e,
portanto, não pode ser trocado ou consumido pelo usuário.