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Aluno: Nathan da Fonseca da Silveira

Direitos Reais Limitados: Direito de Uso

O uso é o direito de usufrir de coisa alheia, móvel (desde que seja infungível e
inconsumível) ou imóvel, sobre a qual o usuário deve respeitar certas limitações, bem
como o dever de atender as necessidades de sua família. Maria Helena Diniz define o
direito real de uso como o poder concedido a alguém para utilizar e fruir de um bem
alheio de forma temporária e limitada. Ela ressalta que esse direito não transfere a
propriedade, mas apenas autoriza o uso, dentro dos limites estabelecidos.

Pode também ser chamado de usufruto anão, restrito ou reduzido. Afinal, ele se
assemelha ao usufruto, porém é exercido com limitações ao uso e fruição. Em razão
dessa semelhança, cumpre estabelecer as características mais importantes para
diferenciá-los.

O usufruto geralmente é concedido sobre a totalidade de um bem, abrangendo todos


os seus aspectos e frutos. Já o direito real de uso pode ser concedido apenas sobre
uma parte específica do bem ou sobre determinados direitos de uso, limitando-se a
certos fins ou períodos. Além disso, o usufruto pode ser vitalício, temporário ou por
prazo determinado, conforme estipulado no contrato ou na lei. Já o direito real de uso é
frequentemente estabelecido por um período determinado ou enquanto determinadas
condições forem atendidas, após o qual o direito de uso pode ser extinto. Ademais, o
direito de usufruto pode ser transferido ou alienado por seu titular, seja por venda,
doação ou outros meios permitidos. Já o direito real de uso, geralmente, é
intransferível, a menos que haja disposição legal ou contratual que permita sua
transferência.

Vale destacar também a relação do direito real de uso com os bens móveis e imóveis.
No contexto dos bens imóveis ele pode ser aplicado em diferentes situações, como no
uso de um bem imóvel residencial: uma pessoa pode ter o direito real de uso de uma
casa ou apartamento por um determinado período, mesmo que não seja o proprietário.
Isso pode ocorrer por meio de um contrato de locação ou um direito real de uso
específico para habitação. O bem móvel, contudo, precisará atender a dois critérios: o
de ser infungível e inconsumível. A infungibilidade significa que o bem é único e não
pode ser substituído por outro equivalente, como é o caso de imóveis específicos. A
inconsumibilidade significa que o bem não é destruído pelo uso, ou seja, ele não se
esgota quando utilizado. Afinal, ele precisa ser devolvido ao final do período de uso, e,
portanto, não pode ser trocado ou consumido pelo usuário.

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