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Índice

Introdução..........................................................................................................................4
1. Objectivos..................................................................................................................4
1.2. Objectivo geral.......................................................................................................4
1.3. Objectivos específicos............................................................................................4
2. Metodologia...............................................................................................................4
3. Direito Reais de Propriedade.....................................................................................5
3.1. Direitos Reais.........................................................................................................5
3.2. Conceito e Elementos Constitutivos de Direito de Propriedade............................5
4. Características do direito de propriedade...................................................................6
4.1. Plenitude.....................................................................................................................7
4.2. Elasticidade.............................................................................................................7
4.3. Perpetuidade...........................................................................................................7
4.4. Transmissibilidade..................................................................................................7
5. Sujeitos.......................................................................................................................7
6. Objecto.......................................................................................................................8
7. Modos de aquisição da propriedade...........................................................................8
7.1. Usucapião...................................................................................................................8
7.2. Ocupação....................................................................................................................8
7.3. Acessão.......................................................................................................................9
7.3.1. Formas.....................................................................................................................9
8. Modos de extinção da propriedade............................................................................9
8.1. Perda da coisa...........................................................................................................10
8.2. Renúncia...................................................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................11
Referências Bibliográficas...............................................................................................12
Legislação........................................................................................................................12
Doutrina...........................................................................................................................12
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Introdução

Direito Real de Propriedade, também conhecido como Direito de Superfície, é um


conceito jurídico que aborda os direitos e obrigações que uma pessoa tem sobre a terra
ou outros bens móveis ou imóveis entre outros. Este sistema legal tem como objectivo
garantir a protecção e o uso adequado desses bens, bem como a regulação das relações
entre os proprietários e os usuários de terras ou imóveis.

1. Objectivos

1.2. Objectivo geral

Tem como objectivo geral, abordar sobre o direito reais de propriedade.

1.3. Objectivos específicos

 Abordar sobre o conceito de direito de propriedade;


 Falar da característica do direito de propriedade;
 Definir o sujeito e objecto do direito reais de propriedade, e
 Falar dos meios de aquisição da propriedade.

2. Metodologia

A prossecução do trabalho foi com o recurso ao método de pesquisa bibliográfica. A


pesquisa bibliográfica consistiu na leitura de livros, artigos científicos, publicações em
revistas, legislações, dissertações e internet.
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3. Direito Reais de Propriedade

3.1. Direitos Reais

Direitos Reais é o conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos
bens (tudo o que satisfaz uma necessidade humana) materiais (móveis ou imóveis) ou
imateriais (propriedade literária, científica e artística - direito autoral; propriedade
industrial - marcas e patentes) susceptíveis de apropriação pelo homem (Clóvis
Beviláqua).

É o ramo do direito civil que trata das normas que atribuem prerrogativas sobre os bens
materiais ou imateriais, ou seja, é o conjunto de normas que regulam as relações
jurídicas referentes às coisas susceptíveis de apropriação.

Visa regulamentar as relações entre os homens e as coisas, traçando normas tanto para a
aquisição, exercício, conservação e perda de poder dos homens sobre esses bens como
para os meios de sua utilização económica.

3.2. Conceito e Elementos Constitutivos de Direito de Propriedade

O Código Civil não oferece uma definição de propriedade. Trata-se do mais completo
dos direitos subjectivos, a matriz dos direitos reais. Os elementos constitutivos são:
usar, gozar, dispor da coisa, e o direito de reavê-la

a) Direito de usar (jus utendi)

Consiste na faculdade de o dono servir-se da coisa e de utilizá-la da maneira que


entender mais conveniente, podendo excluir terceiros de igual uso.

b) Direito de gozar ou usufruir (jusfruendi)

Compreende o poder de perceber os frutos naturais e civis da coisa e de aproveitar


economicamente os seus produtos.

c) Direito de dispor da coisa (jus abutendi)

Trata-se do direito de transferi-la, de aliená-la a outrem a qualquer título. Envolve a


faculdade de consumir o bem, de dividi-lo ou de gravá-lo.
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d) Direito de reaver a coisa (rei vindicatio)

Trata-se do direito de reivindicá-la das mãos de quem injustamente a possua ou


detenha. Envolve a protecção específica da propriedade, a acção reivindicatória.

A acção reivindicatória tem carácter essencialmente dominial e por isso só pode ser
utilizada pelo proprietário. Nessa acção o autor deve provar o seu domínio, oferecendo
prova inconcussa da propriedade, com a respectiva transcrição e descrevendo o imóvel
com suas confrontações, bem como demonstrar que a coisa reivindicada se encontra na
posse do réu.

A definição clássica de direito de propriedade: domínio ilimitado e exclusivo sobre uma


coisa. A ideia de domínio convoca um lado interno; a ideia de exclusividade convoca
um lado externo o ilimitado é o ponto que acresce.

O problema desta definição é que a propriedade, apesar de ser o direito real, mais
ilimitado, tem limites. Por ex.: o proprietário não pode construir edificações nos seus
terrenos como quiser; só pode actuar com uma licença camarária. Fazer uma exploração
mineira no meu terreno é algo que também só é possível com autorização
administrativa.

O direito de propriedade tem conteúdos muito diversos, sendo distinto o conteúdo da


propriedade sobre bens móveis do da propriedade sobre bens imóveis, o conteúdo da
propriedade sobre prédios urbanos do da propriedade sobre prédios rústicos, etc.

4. Características do direito de propriedade

O direito de propriedade apresenta as seguintes características:

(1) Plenitude;

(2) Elasticidade;

(3) Perpetuidade; e

(4) Transmissibilidade.
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4.1. Plenitude

A característica da plenitude quer dizer que o direito de propriedade tende a abranger


todos os poderes (com carácter real) que podem incidir sobre uma coisa de uso, de
fruição e de disposição, essencialmente.

4.2. Elasticidade

A elasticidade é uma característica de todos os direitos reais, mas é mais visível no


direito de propriedade. O direito de propriedade é o mais elástico de todos.

4.3. Perpetuidade

A perpetuidade significa que o direito de propriedade não tem prazo; é eterno. A


propriedade é perpétua.

Artigo 1307º do Código Civil (Propriedade resolúvel e temporária)

1. O direito de propriedade pode constituir-se sob condição.


2. A propriedade temporária só é admitida nos casos especialmente previstos na lei.
3. À propriedade sob condição é aplicável o disposto nos artigos 272º a 277º do
CC.

4.4. Transmissibilidade

A transmissibilidade é uma característica do direito de propriedade que não está


presente em todos os direitos reais. A maioria é transmissível, mas o direito de uso e
habitação, por exemplo, não é. E também não é penhorável: pessoas que tenham muitas
dívidas e se queiram defender face aos credores podem tirar partido da
impenhorabilidade do direito de uso e habitação.

5. Sujeitos

Quais os sujeitos no direito de propriedade? De um lado temos o sujeito activo, o


proprietário, qualquer pessoa física ou jurídica, desde que capaz. O menor pode adquirir
mediante representação do pai ou do tutor. Do outro lado temos o sujeito passivo
indeterminado, ou seja, todas as demais pessoas da sociedade que devem respeitar o
meu direito de propriedade.
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6. Objecto

O objecto da propriedade é toda coisa corpórea, móvel ou imóvel. Admite-se


propriedade de coisas incorpóreas como o direito autoral vide o artigo 1302º do Código
Civil.

7. Modos de aquisição da propriedade

O artigo 1316º do Código Civil faz um elenco dos modos de aquisição do direito de
propriedade.

O direito de propriedade pode adquirir-se por:

(1) Contrato;

(2) Sucessão por morte;

(3) Usucapião;

(4) Ocupação;

(5) Acessão;

(6) Demais modos previstos na lei.

7.1. Usucapião

A palavra é derivada do vocábulo latino usucapião, de género feminino. A usucapião é


um fenómeno jurídico em que alguém, obedecidos os requisitos legais, transforma a sua
posse em propriedade pelo decurso do tempo.

A usucapião é a aquisição resultante da manutenção da posse durante certo tempo. A


estatuição normativa é a aquisição da propriedade. A previsão tem dois elementos:
posse e tempo.

7.2. Ocupação

Ocupação é modo originário de aquisição de bem móvel que consiste na tomada de


posse de coisa sem dono, com a intenção de se tornar seu proprietário.

A ocupação ou achamento é a aquisição resultante da apreensão material da coisa sem


dono com a intenção de a adquirir. O que são coisas sem dono? São coisas que nunca
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tiveram dono ou que foram abandonadas. O abandono é uma forma de extinção do


direito de propriedade (semelhante a uma renúncia).

Nos termos do regime jurídico actual (1318º e 1345º), só as coisas móveis podem ser
ocupadas, adquiridas por ocupação.

O artigo 1345º do CC - estabelece um limite ao regime da ocupação.

7.3. Acessão1

A acessão é a aquisição da propriedade por incorporação de coisa pertencente a terceiro


em coisa própria.

É modo originário de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o
que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário.

Estatuição normativa: aquisição da propriedade. Previsão normativa: incorporação de


duas coisas e diversidade de titulares. Exemplo: fui buscar pedras do vizinho para
construir o meu prédio. Nota-se que a aquisição não é aqui derivada (como acontece no
contrato e na sucessão), mas sim originária (o que acontece na usucapião, ocupação e
acessão).

7.3.1. Formas

 Acessão natural resultante de fenómenos naturais (ex.: umas chuvas


intensíssimas modificam a topografia, fazendo com que determinadas pedras e
areias se movimentem de um terreno para outro);
 Acessão industrial resultante de factos humanos (ex.: construção de edifícios
com pedras que eram de outra pessoa).
 Acessão mobiliária incidente apenas sobre bens móveis;
 Acessão imobiliária envolvendo bens imóveis.

8. Modos de extinção da propriedade

As duas situações em que há extinção da propriedade são as seguintes:

(1) Perda da coisa;

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Artigo 1325º do CC.
Artigo 1336º do CC.
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(2) Renúncia.

8.1. Perda da coisa

A perda da coisa é o seu perecimento físico. Quando como uma maçã, perco-a. Se o
meu relógio é atropelado e destruído por um automóvel, também há perecimento.

São modos de perda da propriedade: a alienação, a renúncia, o abandono, o perecimento


a desapropriação. Os três primeiros são modos voluntários, sendo o perecimento e a
desapropriação modos involuntários de perda da propriedade.

Dá-se a alienação por meio de contrato (negócio jurídico bilateral), pelo qual o titular
transfere a propriedade a outra pessoa. Pode ser a título oneroso, como na compra e
venda, ou a título gratuito, como na doação.

O abandono também é um acto unilateral, pelo qual o titular abre mão de seus direitos
sobre a coisa. Nesse caso, não há manifestação expressa. Pode ocorrer, por exemplo,
quando o proprietário não tem meios de pagar os impostos que oneram o imóvel. A
conduta do proprietário caracteriza-se, no abandono, pela intenção (animus) de não mais
ter a coisa para si.

Perecimento A perda pelo perecimento da coisa decorre da perda do objecto.

8.2. Renúncia

A renúncia é um acto unilateral, pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a
coisa, de forma expressa.

A renúncia é um negócio jurídico unilateral de extinção de um direito. Este pode ou não


ser um direito real. A renúncia opera quer com direitos reais, quer com outros direitos
absolutos, quer com direitos relativos.
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Conclusão

Concluiu-se que, o Direito Real de Propriedade é fundamental para a organização e o


funcionamento das relações entre os diversos atores envolvidos em questões de
propriedade e uso de terras e bens imóveis. A compreensão e aplicação dessa legislação
contribuem para o estabelecimento de um ambiente jurídico sólido e equilibrado,
garantindo a protecção dos direitos dos proprietários e a regulação adequada dos usos
dos bens imóveis.
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Referências Bibliográficas

Legislação

Código Civil – Moçambique.

Doutrina

Pedro, Caetano Nunes; Pedro, Miguel Silva. (2018/2019). Direitos Reais.

Diniz, Maria Helena. (2008). Curso de direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva.

Coelho, Fábio Ulhoa. (2007). Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva.

Gonçalves, Carlos Roberto. (2007). Direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva.

Lisboa, Roberto Senise. (2005). Manual elementar de direito civil. São Paulo: Revista
dos Tribunais.

Monteiro, Washington de Barros. (2007). Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva.

Pereira, Caio Mário da Silva. (2005). Instituições de direito civil. Rio de Janeiro:
Forense.

Rodrigues, Sílvio. (2006). Direito civil. São Paulo: Saraiva.

Venosa, Sílvio Salvo. (2008). Direito civil. São Paulo: Atlas.

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