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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
2. DA POSSE .......................................................................................... 4
3.1 Da Propriedade......................................................................... 14
6. DA PERDA DA PROPRIEDADE........................................................ 30
9. REFERÊNCIA .................................................................................... 38
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
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2. DA POSSE
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício,
pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
Por exemplo: nos casos de aluguel o inquilino está usando, enquanto o dono
está gozando do fruto da casa.
Teoria Subjetiva de Savigny: para existir a posse é preciso ter o corpo da coisa
e a intenção de ser o dono, cuidar como se fosse seu. Tendo como elementos
da posse a figura material da coisa + a figura evolutiva de cuidar da coisa,
elemento da vontade;
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Enquanto que para Savigny é necessária retenção física do bem somada à
vontade (proprietário) de ter para si para se ter a posse; Ihering mostra que esta
relação é um comportamento (de proprietário), em face do valor econômico do
bem para se ter a posse; simplificando a relação de dependência entre a coisa
e o possuidor.
1. Posse Plena Direta: A posse plena é quando alguém é o que está com ela;
Direta é quando a pessoa detém materialmente a coisa, mas não é o dono;
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder,
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de
quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra
o indireto.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
3. Posse Justa: é quando não tem os vícios da posse, quando não ocorre a
posse de forma: violenta, a que se adquire pela força física ou violência moral;
clandestina, que se estabelece às ocultas daquele que tem interesse; e
precariedade, por se originar do abuso de confiança por parte de quem devia
restituí-la;
4. Posse Injusta: é aquela que se reveste de algum dos vícios acima apontados;
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6. Posse de Má-fé: o possuidor tem ciência da ilegitimidade de seu direito de
posse;
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento
em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui
indevidamente.
9. Posse Originária: quando o possuidor adquire por ato unilateral, sem que
ninguém lhe transmita a posse, Usucapião. Pode está de Boa ou de Má-fé;
10. Posse Derivada: aquela que alguém adquire por que houve uma
transmissão da posse. Existe o transmitente e o adquirente, decorrente do
contrato.
Diante daquele que cumpre as ordens há uma presunção de detenção, mas que
cabe prova ao contrário (júris tantum), a prova em questão seria de que o
detentor tivesse adquirido o bem do seu empregador;
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Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma
exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros
compossuidores.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé,
salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta
presunção.
O possuidor com justo título age motivado pela boa-fé, essa é uma presunção
do fato, mas se provado ao contrário indicará que o possuidor está agindo de
má-fé ou quando a lei não admitir esta presunção;
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento
em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui
indevidamente.
Se uma posse injusta for transferida para outrem, ela permanecerá sendo injusta.
Assim ocorrem nas demais classificações de posse;
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2.4 Dos efeitos da Posse
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação,
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio
de ser molestado.
Turbação – que impede o livre exercício da posse continua com a posse, mas
não está de maneira serena;
Não confundir o direito de possuir, jus possidendi, com o direito da posse, jus
possessioni, o fato de ser proprietário não impede as ações possessórias;
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Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á
provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de
alguma das outras por modo vicioso.
Fruto é todo e qualquer rendimento que surge por força da natureza, pela
atividade da pessoa sobre a coisa e pela utilização da coisa pela pessoa;
Espécies de frutos:
Frutos Pendentes são os que não foram destacados da sua origem, ex. bezerro
no útero; Frutos Percebidos são os que foram destacados da sua origem, ex. o
bezerro depois que nasceu.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos
percebidos.
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O possuidor de boa-fé é aquele que ignora o vício, e enquanto estiver de boa-fé
terá direito aos frutos percebidos.
O fruto colhido por antecipação à lei trata como má-fé e deverão ser restituídos.
Mas em observância ao Princípio que veda o enriquecimento sem causa, nos
dois casos devem ressarcir ao antigo possuidor o que foi gasto para colheita dos
frutos;
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Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas,
a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o
direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
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2.5 Das Modalidades de Perda da Posse
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3. DOS DIREITOS REAIS
Arts 1225-1227
Para Goffredo Telles Jr., os direitos reais são os direitos subjetivos de ter, como
seus, objetos materiais ou coisas corpóreas ou incorpóreas.
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis
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dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste
Código.
3.1 Da Propriedade
Arts. 1228-1232
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§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida
ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do
imóvel em nome dos possuidores.
Características da Propriedade:
Absoluta: o proprietário pode usar e dispor do seu bem da maneira que lhe
aprouver, salvo as restrições impostas por lei ou interesse coletivo;
Funções da propriedade:
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A finalidade econômica não usar a propriedade com desperdício, ou seja, só usar
naquilo que lhe basta.
Arts. 1238-1244
Da Usucapião
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Espécies de Usucapião
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir
como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e
boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
I. Rural/prolabore
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona
rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho
ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
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Não ser proprietário de imóvel urbano ou rural;
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e
cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde
que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Pro missero/urbano;
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem
oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m²
(duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-
cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
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§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil
para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Para efeito de Usucapião, justo título embora não represente os requisitos legais
exigidos para transferência do imóvel nele existe identificada intenção de alguém
(dono do imóvel) de transferir aquele bem.
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Requisitos: posse, justo título, boa-fé, tempo de 10 anos;
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel
houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele
tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse
social e econômico.
Redução de prazo
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos
antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207),
contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com
justo título e de boa-fé.
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e
incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Usucapião Ordinária;
Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados,
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos
ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas
coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro
imóvel urbano ou rural.
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4. DO CONDOMÍNIO GERAL
Arts. 1314-1358
I. Pode ser:
Pro-Diviso: existe de direito, mas não existe de fato. Nos casos em que mais de
uma pessoa compra um bem, dividem por uma cerca, porém ambos são donos
de toda a propriedade;
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre
ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de
terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
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outros concordarem. Caso algum condômino se sinta prejudicado pode requerer
dentro de 180 dias e desde que deposite o preço;
Quando o condômino se negar a pagar a sua parte nas despesas, deve renunciar
a sua parte ideal.
Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem
se discriminar a parte de cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade,
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entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa
comum.
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da
coisa e pelo dano que lhe causou.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa
comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da
divisão.
§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo
não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
Podem acordar que a coisa comum fique indivisa pelo prazo máximo de 5 anos,
podendo prorrogar ulteriormente.
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§ 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o
aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-
la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado,
preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao
estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais
valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
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5. DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
II - por aluvião;
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Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares
pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras
seguintes:
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar
de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do
acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano,
ninguém houver reclamado.
O desfalcado pode reclamar, porém não pode exigir, já que o favorecido tem a
opção de devolver ou indenizar,
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Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários
ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos
terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios
marginais se estendem até o meio do álveo.
Álveo abandonado, rio particular, é necessário que o rio tenha aberto novo curso
por força da natureza;
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com
sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica
obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu
de má-fé.
Sendo de boa-fé será considerado dono do material alheio, ainda que deva
restituir os gastos dos materiais;
Se de má-fé pagará o valor das sementes mais indenização por perdas e danos;
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em
proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de
boa-fé, terá direito a indenização.
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propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente,
se não houver acordo.
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Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo,
o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em
proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder
consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem
grave prejuízo para a construção.
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6. DA PERDA DA PROPRIEDADE
I - por alienação;
II - pela renúncia;
Abre mão de maneira formal e expressa, não pode ser tácita. Só pode renunciar
em termo judicial ou escritura;
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade
imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato
renunciativo no Registro de Imóveis.
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Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não
mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem,
poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à
propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas
circunscrições.
O Estado não adquire bem imóvel por abandono, só a União, Distrito Federal e
os municípios;
Esse parágrafo fere o Princípio do devido processo legal, apenas deixar de pagar
não pode ensejar na perda da propriedade automaticamente;
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7. DA AQUISIÇÃO POR REGISTRO DO TÍTULO
O adquirente que registrou tem uma presunção relativa de ser dono, pois por
meio de uma ação anulatória do registro pode anular o registro, art. 1247;
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7.1 Princípios relativos ao Registro de Imóveis
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8. PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
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O devedor vindo a adquirir o domínio superveniente, tem o direito de tornar certa,
desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária. Ou seja, o
devedor ainda irá adquirir o bem que posteriormente irá transferir o domínio;
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode
usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
Neste caso ao invés de entrar com uma ação de busca e apreensão, poderá
entrar com ação de depositário infiel;
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Não pagando a dívida o fiduciário deverá restituir a coisa ao fiduciário,
O credor pode entrar com ação de busca e apreensão para restituir a coisa
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial
ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu
crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a
coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito
eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
E uma exceção em que o credor não é obrigado a vender logo o bem, que é a
dação em pagamento, o devedor em comum acordo com o credor entrega, logo
após o vencimento da dívida, a coisa
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da
dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
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equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena de que trata o art.
1.231.
Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por
efeito de realização da garantia, mediante consolidação da propriedade,
adjudicação, dação ou outra forma pela qual lhe tenha sido transmitida a
propriedade plena, passa a responder pelo pagamento dos tributos sobre a
propriedade e a posse, taxas, despesas condominiais e quaisquer outros
encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, a partir
da data em que vier a ser imitido na posse direta do bem. (Incluído pela Lei nº
13.043, de 2014).
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9. REFERÊNCIA
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