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1. Resumo
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Estudante de curso de Direito, 3º ano, na UCM-extensão de Gurué
Disciplina: direitos reais e de propriedade intelectual
Email: relvashilario11@gmail.com
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Art.1302º do cod. Civil; 6ª edicao 2020
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Entre as restrições de direito público refira-se desde logo, a possibilidade de
expropriação para utilidade pública (a. 1308º) mas, existem também limitações ao
direito de construir por motivos ambientais, de higiene, estéticos.
Summary
The right of ownership is exercised in property outside the owner's person but not the
body itself or parts of it. It covers so many movable and immovable things, intellectual
properties (scientific, literary, artistic) and other rights of patrimonial value (credits, for
example).
In property law, only corporeal things, movable and non-movable, can be object of
property right in accordance with those regulated in the code.
Property rights imply a broad set of powers. Its holders can acquire goods; they can
use, enjoy and dispose of the goods that belong to them; they can transmit them in life
or by death; and shall not be arbitrarily deprived of them. With regard to property, the
powers to use and enjoy are full, in the sense that they allow the owner to withdraw
from the object he owns everything that he is capable of giving. In addition to the
powers of use and enjoyment, the owner of the property right has the power of disposal.
The property right allows all the powers that may refer to a thing, including the power
to destroy it, as long as they do not conflict with the limits imposed by law, limitations
which may be of public or private law.
Among the restrictions of public law, the possibility of expropriation for public utility
(a. 1308º) should be mentioned, but there are also limitations to the right to build for
environmental, hygienic and aesthetic reasons.
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2. Introdução
O presente trabalho tem como principal tema, analise dos direitos de propriedade. O
direito definido como o conjunto de normas jurídicas que regem dentro de uma
sociedade, praticamente, essas normas regem os indivíduos que lá existem, cujo eles
não estão inseridos dentro da comunidade sem algo que as lhes pertence.
O ser humano a cada dia que passa, luta para ter um bem, cujo esse bem que seja uma
coisa, objecto corpóreo. Nessa ordem de ideia Os direitos reais definidos como o
conjunto de normas jurídicas que regem sobre a atribuição de coisas com eficácia real,
conforme o Luís carvalho Fernandes, na concepção clássica, o direito real é entendido
como um poder directo e imediato sobre uma coisa. Pois esse poder as vezes é
entendido como poder material, e outras como poder jurídico. Como poder directo,
traduz-se, no domínio ou senhorio sobre certa coisa, e, poder imediato significa a
faculdade atribuída ao titular do direito de aproveitamento das utilidades das coisas sem
necessidade da colaborarão com outrem.
De acordo com essas concepções doutrinais e conjugados todos os elementos são mais
adequado defini-lo o direito real como o poder jurídico absoluto atribuído a uma pessoa
determinada para a realização de interesses jurídicos privados mediante o
aproveitamento imediato de utilidades de uma coisa corpórea. Todavia, essa coisa
corpórea, é o que de facto nos diz respeito como o objecto de direito de propriedade.
Para o desenvolvimento do presente trabalho, ira-se basear nos seguintes subtemas:
O conteúdo de propriedade;
O conceito de propriedade, e;
As características de propriedade.
2.1. Objectivos Gerais
Estudar a propriedade como um direito que a pessoa tem sobre uma coisa
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2.3. Metodologias
3. Problematização
Apesar do código civil não apresentar definição sobre o direito de propriedade, entende-
se que o direito de propriedade é o qual em que a pessoa física ou jurídica tem, dentro
dos limite normativos, de usar, gozar, dispor de um bem corpóreo, bem como de
reivindicá-lo de quem injustamente o detenha. No facto de haver a reivindicação,
importa dizer que, o sujeito tem essa perrogativa de seequela, ou então opor-se sobre um
determinado direito de coisa alguma.
3.1. Problema
Sabendo que a propriedade é um direito que a pessoa jurídica tem dentro dos limites
normativos de usar, gozar e dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, questão que nos
levanta sobre o presente trabalho é seguinte: ate que ponto a lei limita a pessoa como
proprietário de um bem?
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4. CONCEITOS
4.1. Conceitos legais
O nosso Código Civil não fornece uma definição de direito de propriedade, porém o a.
1305.º Enumera alguns poderes que integram o conteúdo do direito de propriedade.
Refira-se que o direito de propriedade não se esgota nos poderes Enumerados no a.
1305.º do C. C., pelo que, se conclui, que tal enumeração é meramente exemplificativa.
Para Maria Helena Diniz define a propriedade como sendo “o direito que a pessoa física
ou jurídica tem, dentro dos limite normativos, de usar, gozar, dispor de um bem
corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha4
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está relacionada com os direitos de usar, fruir, dispor e alienar a coisa. Por fim,
descritivamente, a propriedade é um direito complexo, absoluto, perpétuo e exclusivo,
pelo qual uma coisa está submetida à vontade de uma pessoa, sob os limites da lei usar
5. DIREITO DE PROPRIEDADE
O objecto do direito de propriedade encontra-se regulado nos aa. 1302º e 1303º do C.C.,
ou seja, serão as coisas corpóreas e incorpóreas. Quanto à noção de coisa, cfr. a. 202.º e
ss. do C.C.
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Mendes, João Castro (2012); manual das nocoes gerais de direito,Almeidina editora Coimbra
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Código civil Moçambicano. Escolar editores.
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aproveitamento da coisa para os fins que entender, sem prejudicar essa mesma coisa;
• Fruição – percepção de todos os frutos e produtos de uma coisa, sem prejuízo da sua
substância, permitindo ao proprietário obter determinado rendimento da coisa,
melhorando a sua condição económica;
• Disposição – compreende a transformação da coisa (alteração de forma ou substância),
a alienação (transmissão da coisa para terceiros) ou oneração (constituição de direitos
reais limitados sobre a coisa) e a extinção do direito sobre ela (através do abandono ou
destruição).
Perpetuidade o direito de propriedade é eterno, perpétuo, não tem prazo, não cessa pelo
decurso do tempo.
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e limitações impostas pela lei, que são as mais comuns, o direito de propriedade também
sofre restrições e limitações resultantes de cláusulas gerais.
A exclusividade - os direitos reais pressupõem a existência do direito de propriedade,
ocupando esta uma posição sempre oposta à do titular de outro direito, que sofre a
concorrência do direito de propriedade. Ora o direito de propriedade, por existir, não
tem de concorrer com nenhum outro e neste sentido o direito de propriedade é
exclusivo.
Alem desssas características, os outros vários autores, mostram nos as outras várias
características que a propriedade em si nos apresenta.
Direito absoluto, em regra, mas que deve ser relativizado em algumas situações –
ficou claro que a propriedade é o mais completo dos direitos reais. Diante do seu caráter
erga omnes, ou seja, contra todos, é comum afirmar que a propriedade é um direito
absoluto. Também no sentido de certo absolutismo, o proprietário pode desfrutar da
coisa como bem entender. Porém, existem claras limitações dispostas no interesse do
coletivo, caso da função social e socioambiental da propriedade. Além disso, não se
pode esquecer a comum coexistência de um direito de propriedade frente aos outros
direitos da mesma espécie, pelo qual se admite a prova em contrário da propriedade de
determinada pessoa. A propriedade deve ser relativizada se encontrar pela frente um
outro direito fundamental protegido pelo Texto Maior. Por isso é que se pode dizer que
a propriedade é um direito absoluto, regra geral, mas que pode e deve ser relativizado
em muitas situações.
Direito exclusivo – determinada coisa não pode pertencer a mais de uma pessoa, salvo
os casos de condomínio ou copropriedade, hipótese que também não retira o seu
carácter de exclusividade. Isso justifica a presente característica, pelo qual a propriedade
presume-se plena e exclusiva, salvo prova ou previsão em contrário (presunção relativa
ou iuris tantum). É correcto afirmar que, apesar de ser um direito exclusivo, a
propriedade envolve interesses indirectos de outras pessoas, e até de toda a sociedade,
que almejam o atendimento à sua função social.
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motor em constante funcionamento, que não para, em regra (moto contínuo), a não ser
que surja um fato novo que interrompa o seu funcionamento.
Conforme art. 1345.º e 1370.º do C. C., onde se encontram outros modos de aquisição
da propriedade.
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Parece resultar do regime do direito de propriedade a não regulamentação da extinção
deste direito. Para alguns autores, fica-se a dever ao facto do direito de propriedade não
se poder extinguir. Porém, não nos podemos esquecer que o direito de propriedade não é
perpétuo, mas tendencialmente perpétuo e, como tal, extingue se por todas as formas de
extinção dos direitos reais, em geral e em especial pela perda e pela destruição da coisa.
Conforme foi dito, o direito de propriedade não se extingue pelo não uso (cfr. a. 298.º)
O não uso é uma causa de extinção de direitos reais como consequência do seu não
exercício prolongado e, só opera nos casos especialmente regulados na lei.
Assim, ao contrário do que acontece com o direito de superfície (a. 1536.º, n.º 1, al. b) e
e); nas servidões (a. 1569.º, n.º 1, al. b) e, no usufruto (a. 1476.º, n.º 1) não existe
nenhuma disposição que, em geral, submeta o direito de propriedade à extinção pelo
não uso.
Esta aquisição do estado, não é uma aquisição originária, nem uma aquisição que
dependa da vontade das partes, é uma aquisição por força da lei e, como tal, opera
automaticamente.
O regime estabelecido nos aa. 1311.º a 1314.º para além de admitir o recurso à acção
directa, limita-se a referir alguns aspectos da chamada acção de reivindicação
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Na acção de reivindicação, o titular do direito real pode exigir do possuidor ou, detentor
da coisa sobre a qual, o seu direito incide, o reconhecimento desse direito e a restituição
da coisa (cfr. a. 1311.º). No contexto processual de defesa da propriedade, a acção de
reivindicação é a mais importante. A expressão reivindicação nasce de dois vocábulos
latinos: vindicatio e rei (genitivo de res), que no seu conjunto significam «trazer de
volta a coisa». O pressuposto de facto da acção de reivindicação é o esbulho, isto é, o
proprietário só pode intentar esta acção de reivindicação, quando seja esbulhado (acto
pelo qual alguém priva outrem, total ou parcialmente, da posse de uma coisa, não sendo
bastante a perturbação ou ameaça de esbulho.
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A acção de reivindicação é imprescritível, ou seja, a acção pode ser intentada a todo o
tempo, independentemente do decurso do tempo (a. 1313.º). A imprescritibilidade da
acção de reivindicação é uma consequência lógica da imprescritibilidade do direito de
propriedade, 7Este regime vale para o direito de propriedade e, tem que ser aplicado em
termos hábeis para os restantes direitos reais, que em alguns casos são temporários.
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Pires de Lima e Antunes Varela, Código Civil anotado, vol. III, Coimbra, 21987.
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6. Conclusão
Os direitos de propriedade também podem ser adquiridos por contrato, sucessão por
morte usucapião, ocupação, e acessão art.1316º CC. Enquanto existe a aquisição da
propriedade, os direitos de propriedade também extinguem-se de forma como ao
contrário do que acontece com o direito de superfície (a. 1536.º, n.º 1, al. b) e e); nas
servidões (a. 1569.º, n.º 1, al. b) e, no usufruto (a. 1476.º, n.º 1) não existe nenhuma
disposição que, em geral, submeta o direito de propriedade à extinção pelo não uso.
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7. Referências bibliográficas
PINTO, Carlos Alberto Mota (1975) – DIREITOS REAIS, (Lições recolhidas por
Álvaro Moreira e Carlos Fraga) ed.Almedina -Coimbra,
ASCENSÃO, José Oliveira (1993); DIREITOS REAIS, 5ª edição, Coimbra Editora,;
CORDEIRO, António Menezes (1993); DIREITOS REAIS, Lisboa.
GONÇALVES, Penha – DIREITOS REAIS, 2ª edição, Lisboa, 1993;
FERNANDES, Luís A. Carvalho (2000); LIÇÕES DE DIREITOS REAIS, 3ª edição,
Lisboa.
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