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24-03-2020
Estimados alunos(as),
Sabemos que este é um momento de apreensão e cuidado. É necessário que a nossa
saúde seja preservada e protegida do Covid-19, e o meu desejo é que todos fiquemos
bem e em segurança junto com nossas famílias.
Também é um momento temporário e de adaptação no processo de ensino-
aprendizagem, em que todo o conteúdo previsto será absorvido normalmente, com
leveza e troca de conhecimentos, estamos trabalhando muito para isso. Por isso, desde
já, agradecemos muito o empenho e a dedicação de todos vocês na realização da
atividade dirigida.
Para cada aula vocês vão receber uma apostila com o conteúdo pertinente da nossa
disciplina. Também estaremos sempre juntos via Google Meet e e-mail institucional, em
todo o horário da aula.
Desejo uma ótima aprendizagem para todos.
Grande abraço,
Profª Maria.
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ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE:
1) Assistir a aula por vídeo conferência via Google Meet, que terá início às
19h20min, com duração média de 50/60 minutos;
2) Ler o material de apoio;
3) Após a leitura do material, solicito que vocês:
➢ Procurem, em duplas, uma música que fale de Função Social da propriedade
e me mandem o link do youtube;
➢ Procurem uma jurisprudência que fale sobre o conteúdo de “Descoberta” e
me enviem, juntamente com breve resumo do que vocês entenderam do
julgado. Esse resumo pode ser feito em vídeo ou escrito. Essa atividade é
individual.
4) O prazo para entregar essa atividade será até o dia 27 de março, às 19h15min.
Necessito que cada um envie as suas respostas para o meu e-mail institucional:
maria.schneider@setrem.com.br
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O art. 1.225 do Código Civil, que fornece a relação dos direitos reais,
menciona, em primeiro lugar, o direito de propriedade. Os demais resultam de seu
desmembramento e são denominados direitos reais menores ou direitos reais sobre
coisas alheias. O art. 1.228 do Código Civil não oferece uma definição de propriedade,
limitando-se a enunciar os poderes do proprietário, nestes termos:
Trata-se do mais completo dos direitos subjetivos, a matriz dos direitos reais e
o núcleo do direito das coisas.
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na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de
pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e
serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante” (§ 4º). Nesse
caso, “o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário” (§ 5º).
Trata-se de inovação de elevado alcance, inspirada no sentido social do direito
de propriedade e também no novo conceito de posse, qualificada como posse-trabalho.
Descoberta
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A obrigação decorre do fato de o proprietário conservar o domínio por ter
apenas perdido a coisa, não a tendo abandonado. O aludido dispositivo cuida, com
efeito, de coisa perdida e não de coisa abandonada.
O Código Penal (art. 169, II) considera infração punível a apropriação de coisa
achada e a não entrega à autoridade competente ou ao seu dono, no prazo de quinze
dias. As obrigações impostas ao descobridor só nascem, todavia, se se apropriar da coisa
perdida. Se não o fizer — ninguém está obrigado a recolher a coisa perdida — o simples
achado não gera qualquer efeito.
Mesmo estando obrigado a restituir a coisa achada, assegura-se ao descobridor
o direito a uma recompensa, denominada achádego. O critério legal para o seu
arbitramento mostra-se satisfatório, pois permite que se considerem as circunstâncias
em que se deu a descoberta. O dispositivo em apreço assegura-lhe, ainda, o direito de
ser indenizado pelas despesas que houver feito, mas apenas as necessárias, destinadas
à conservação da coisa, e as efetuadas com o seu transporte, que forem devidamente
comprovadas.
Todavia, o direito à recompensa e à indenização somente é devido se o dono
ou possuidor da coisa tiver interesse em recebê-la. Se ele não se interessar pela
restituição, pode abandoná-la. Nesse caso o descobridor, se assim o desejar, pode
adquiri-la, pois ela deixa de ser coisa perdida e passa a ser tida como abandonada,
operando-se sua ocupação (art. 1.263).
Estatui o art. 1.235 do Código Civil:
O descobridor não é obrigado, como foi dito, a recolher a coisa achada. Mas se
o fizer deverá tomar os cuidados necessários para conservá-la e restituí-la ao dono,
fazendo jus, por isso, à indenização das despesas necessárias. Não é obrigado, por
exemplo, a apropriar-se do animal que tenha achado. Se, no entanto, optar por recolhê-
lo, não pode deixar que morra de fome, por falta de alimentos.
A autoridade competente deve fazer a comunicação pela imprensa e outros
meios que existirem, “somente expedindo editais se o seu valor os comportar” (CC, art.
1.236). O art. 1.237 contém normas sobre a destinação do bem cujo dono não o procura
perante a autoridade à qual foi entregue, sobre a forma de comunicação e o prazo a ser
aguardado depois do aviso pela imprensa ou por edital, bem como a respeito da
destinação do que restar do produto da venda, dispondo: “Decorridos sessenta dias da
divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem comprove
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a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas do preço
as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao
Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido”.
É facultado ao Município, que pode beneficiar-se da descoberta, abandoná-la,
se o valor apurado for ínfimo. Preceitua, com efeito, o parágrafo único do aludido art.
1.237: “Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de
quem a achou”.
Em nenhuma hipótese permite a lei que o descobridor se aproprie do bem. É
dever de quem o encontra tudo fazer para localizar seu dono. Não o conseguindo, deve
procurar a autoridade policial, a quem entregará a coisa achada.
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