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1. INTRODUÇÃO
2. Função Social
3. Tipicidade
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DUGUIT, Léon apud GOMES, Orlando. Direitos Reais. 19. ed. Atualizada por Luiz Edson
Fachin. Rio de Janeiro: Forense, 2008. p. 126.
de previsão legal correspondente. Ou seja, há uma reserva legal, que não admite
flexibilização pela autonomia da vontade, para a criação de direitos reais.
Para que haja um direito real, é preciso que ele seja previsto em lei, não
necessariamente no Código Civil. Em síntese, os direitos reais são típicos, pois
derivam da lei, mas não se pode dizer que o rol do art. 1.225 é taxativo,
esgotando todos os direitos reais, pois poderá haver outros previstos em normas
legais diversas do nosso ordenamento.
4. Publicidade
Se é certo que o Código Civil de 2002 positivou, em seu art. 187, o abuso
de direito como ato ilícito, o fato é que, tradicionalmente, era no campo dos
direitos reais que se tratava mais amiúde dessa matéria.
Nesse ponto uma importante reflexão deve ser feita. O § 2.º do art. 1.228
trata, especificamente, do abuso do direito de propriedade, vedando os
denominados atos emulativos: “são defesos os atos que não trazem ao
proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção
de prejudicar outrem”.
Ao cotejarmos esta norma (art. 1.228, § 2.º) com a cláusula geral do abuso
de direito constante no art. 187, concluímos haver uma diferença marcante entre
elas: enquanto a primeira consagra uma ilicitude subjetiva, ao exigir o dolo
específico para a configuração do abuso da propriedade (“intenção de prejudicar
outrem”), a segunda adota uma ilicitude objetiva, ao definir o abuso como um
desvirtuamento finalístico do direito, independentemente da intenção do sujeito,
eis que não menciona os elementos dolo ou culpa.
Não seria suficiente, pois, a teor da cláusula geral do art. 187, que você
demonstrasse, objetivamente, não o dolo específico do infrator, mas sim o
desvirtuamento da própria finalidade social do direito por conta do mau uso da
propriedade?
6. Boa-fé objetiva
Neste ponto uma importante reflexão merece ser feita: existe diferença
entre boa-fé subjetiva e boa-fé objetiva?
Ledo engano.