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PENAL.
Na antiga Roma, o direito estava dividido em dois campos: Civil e Penal. A delimitação das
matérias do campo civil era feita por exclusão, era Direito Civil aquilo que não era penal, incluído:
Administrativo, Trabalho, Processual, Tributário, inclusive relações que envolviam o Estado.
Revolução Francesa: Divisão do direito em público e privado.
Com a Revolução Francesa o direito foi dividido entre público e privado, porque Napoleão
percebeu a necessidade de recompensar os interesses da burguesia que era privado. Em 1804,
foi editado o Code de France (código napoleônico), que consagrou a propriedade privada: Pacta
sunt servanda; regido pelo liberalismo econômico. O código consagrou a supremacia do interesse
público sobre o interesse privado (proletário X público). Não havendo interesse público irá
prevalecer o interesse privado (Autonomia será plena).
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo
ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 1.228. § 1 o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido
em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e
artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
Surge 2 novos conceitos:
Terceiro ofensor
Terceiro ofendido.
Isso ocorre já que um terceiro pode prejudicar uma relação jurídica alheia, bem como possa ter
prejudicado por tal relação.
► Eticidade
Interpretação do Direito Civil de maneira ética, ou seja, no exercício de um direito o titular deverá
respeitar certos limites, nem tudo é possível.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé.
OBS: Eticidade (ética mínima nas relações) não se confunde com moralidade (conteúdo
subjetivo).
A Teoria do Adimplemento Substancial (substancial performance ou inadimplento mínimo), à luz
do princípio da boa-fé, não se considera razoável resolver a obrigação quando a prestação, posto
não adimplida de forma perfeita, tenha sido substancialmente atendida.
►Operabilidade
Concretude. Interpretação das normas de Direito Civil deve ser feita de maneira simples, todos os
direitos garantidos no código Civil devem ser facilmente compreendidos, o titular deve-se evitar
entender com facilidade quais são os direitos, o sistema deve ser facilmente operável deve-se
evitar expressões difíceis, conceitos complexos.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos
a que aludem os arts. 205 e 206.
Preocupado com uma maior efetividade na aplicação de suas normas, o legislador do CC/02
abandona o preciosismo gramatical do CC/16. Afasta-se das conceituações estéreis para
trabalhar com modelos abertos e mutáveis, de modo que o direito mão dique mais no campo das
abstrações, mas seja executado com praticidade e efetividade. Deixa-se de trabalhar com o
critério da subsunção, em que o caso concreto tinha de se adequar inteiramente à norma.
PESSOA NATURAL.
1. Conceitos iniciais.
Importante consignar que, no plano do Direito Civil, não se deve utilizar a expressão “pessoa
física” ou “homem” (CC/16), mas sim pessoa natural ou pessoa humana (art. 1º, III, CF).
1.3 Legitimação
Capacidade especial para determinado alto ou negócio jurídico. De acordo com Calmon de
Passos, é a pertinência subjetiva para a prática de determina ato, ou seja, mesmo capaz, uma
pessoa pode estar impedida de praticar determinado ato. Neste coso, falta-lhe legitimidade. A
legitimidade está ligada a prática de um ato especifico ao passo que a capacidade possui
um significado genérico. Já entende que a legitimação é uma forma especifica de
capacidade para determinados atos da vida civil. A legitimação é um ‘plus’ que se
agrega à capacidade em determinadas situações.
EX: é o caso de 2 irmãos, de sexo diferente que mesmo capazes, não podem se casar
entre si (art. 1521, IV CC). O tutor não poderá adquirir bens móveis ou imóveis do tutelado
(art. 1749, I, CC). A venda de imóveis, no regime de comunhão de bens, precisa da
outorga conjugal.
1.4 Legitimidade
É a capacidade processual, isto é, capacidade especifica para o processo, conforme
disposto no art. 17 do CPC/15.
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação LEGITIMIDADE para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto
grau.
1.5. PERSONALIDADE
A personalidade civil da pessoa inicia-se a partir do nascimento com vida, mas a lei protege,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
“Nascer com vida” significa operar-se o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório do recém-
nascido, independentemente da forma humana e de tempo mínimo de sobrevida em respeito ao
principio da dignidade da pessoa humana. CC Espanhol: “somente se reputará nascido o feto que
tiver figura humana a um tempo de sobreviva de 24hrs*- no Brasil tal disposição seria impossível
em face do princípio acima citado.
MP/SP: “Consiga separar-se por inteiro oi parcialmente só ventre materno respirando, mediante
parto natural ou intervenção cirúrgica, pouco importando que o cordão umbilical seja rompido, que
seja viável ou não, que não tenha necessariamente a forma humana”.
“Nascituro” é aquele que foi concebido, mas ainda não nasceu.
Personalidade jurídica: aptidão genérica para ser titular de direitos e obrigações no campo
civil; a personalidade civil da pessoa: Começa do nascimento com visa, mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Direitos no nascituro: direito à vida, direito de receber doação e herança como o direito de lhe
ser nomeado curador de seus interesses.