traduz um certo estado de paz e garantia da existência e da certeza do direito, que permite aos cidadãos que vivem sob tal ordenamento planear a vida com bases razoavelmente seguras. Importância da Segurança Jurídica. Observação: Dentro da concepção de que a justiça é também um dos fins do direito, e isso se traduz quando o direito realiza suas duas grandes funções, consegue estabelecer a ordem, tanto na pacificação social, evitando o conflito, ou impondo sanções quando a ordem jurídica é quebrada. A Segurança Jurídica também é uma das finalidades do direito, porque através da certeza do direito é possível atingir uma certa pacificação social. Outros Conceitos relacionado com a segurança jurídica. Comentário: existem outros conceitos relacionados com a segurança jurídica, como por exemplo a segurança publica, que traduz na incolumidade das pessoas e de seus patrimónios. Ou ainda Segurança Social, que traduz a exigências do direito ao trabalho e à libertação da necessidade e do temor, ou seja, a tentativa de assegurar a todo o ser humano a base material do seu sustento. Relação entre Segurança Jurídica e Justiça. Comentário: para compreender essa relação, faz-se necessário comparar a linha de pensamento positivista, com a linha de pensamento do direito social. Positivismo: Que reduz o Direito à Lei, ou seja, o que está na lei é o que vale, fundamentado no princípio dura lex sed lex, (a lei é dura porem é a lei) de certa forma reforça o sentido de que essa lei pode ser justa ou injusta. Direito Social: o direito como fato, valor e norma, não está pronto e acabado, é necessário a interpretação das normas por parte do aplicador do direito, para tentar diminuir as desigualdades reais nas relações jurídicas. Exemplos de Segurança Jurídica. 1- O Princípio da ignorantia iuris non excusat: Essa é uma exigência da segurança jurídica, porque se fosse permitido a alguém alegar que não sabia da existência da lei para deixar de observá-la, a ordem jurídica seria um verdadeiro caos na sociedade. Comentário: as leis, as decisões judiciais e todos os actos do Estado devem ser publicados em organismos oficiais, para que todos possam ter a faculdade de conhecê-los. 2-O Caso Julgado: é também uma exigência da segurança jurídica, pois os litígios (as causas judiciais) não se podem arrastar ad aeternum, as partes envolvidas no litígio precisam ver o desfecho das causas. Comentário: quando esgotam os prazos para as partes interporem recursos, a decisão (sentença) atinge o trânsito em julgado. 3-A não retroactividade da lei: por esta imposição da lei a segurança jurídica garante que ninguém possa ser condenado por acto que ocorreu antes que uma lei considerasse tal acto contrário à ordem. (princípio nullum crimem, nulla poena sina previa lege) Observação: Salvo no direito penal, que o réu (condenado) pode alegar o princípio da lei mais benéfica. 4-Usucapião: é também um instituto de direito que serve de exemplo para explicar a importância da segurança jurídica no ordenamento jurídico.
Observação: o usucapião é um modo de aquisição
de propriedade de bens imóveis e bens móveis, por esse instituto, o possuidor, cumprindo alguns requisitos adquire a propriedade do imóvel. Artigos 1287 seguintes do Código Civil Português. -5-A Prescrição: é um instituto que determina a extinção de direitos subjectivos, ou seja quando não exercitados durante certo tempo fixado na lei. Fundamenta-se na negligência do titular do direito que não utiliza durante esse período de tempo. Outros elementos importantes da Segurança Jurídica. 1- A segurança Jurídica exige que as leis sejam com rigor e clareza publicitadas. (neste aspecto a importância do Código Civil artigo 5º, 1)
Começo da vigência da lei. “ a lei só se torna
obrigatória depois de publicada no jornal oficial… entre a publicação e a vigência da lei decorrerá o tempo que a própria lei fixar ou, na falta de fixação, o que for determinado em legislação especial” (artigo 5º, 1, 2 do CCP) 2- As Leis devem ser codificadas para evitar dispersão que possa dificultar o seu conhecimento, assim como não deixam de vigorar sem um acto formal estabelecido na própria lei (revogação, que pode ser parcial ou total) 3- Alguns negócios jurídicos mais importantes devem ser formalizados, e obedecerem certas solenidades, como por exemplo o contrato de compra e venda de um bem imóvel. Observação: o artigo 875 do CCP, diz: ”sem prejuízo do disposto na lei especial o contrato de compra e venda de bens imóveis só é valido se for celebrado por escritura pública ou por documento particular autenticado”