Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 02
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sumário
Sumário .................................................................................................. 1
1 – Garantias fundamentais ....................................................................... 2
1.1 – Mandado de Segurança .................................................................. 2
1.1.1 – Prazo de impetração .................................................................... 7
1.1.2 – Competência .............................................................................. 8
1.2 - Mandado de Segurança Coletivo ....................................................... 9
1.3. Habeas Corpus .............................................................................. 18
1.4 - Mandado de Injunção Individual e Coletivo ...................................... 23
1.5 - Habeas Data ................................................................................ 31
1.6. Ação Popular ................................................................................. 35
1.7 - Ação Civil Pública ......................................................................... 39
1.9 – Questões comentadas ..................... Erro! Indicador não definido.46
1.10 – Questões sem comentários ............ Erro! Indicador não definido.80
FRANCISCO REZEK ).
que não ocorre a decadência no prazo de 120 dias, como ocorre, por exemplo,
no pedido de obtenção de declaração de direito à compensação tributária.
Nesse contexto, releva diferenciar as situações em que são questionados atos
que suprimem vantagem paga a servidor, daqueles que só efetivam sua
redução.
Haveria diferença sob a ótica do prazo decadencial? Na
jurisprudência do STJ, a terceira Seção firmou
entendimento no sentido de que a supressão de vantagem
pecuniária devida a servidor público caracteriza-se como ato comissivo, único
e de efeitos permanentes, não havendo, pois, que se falar em prestações de
trato sucessivo (AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO 909.400 / PA, Rel. Maria
Thereza de Assis Moura, 15/04/2010).
Para o mesmo tribunal, por outro lado, o prazo decadencial para impetrar
mandado de segurança contra redução do valor de vantagem integrante de
proventos ou de remuneração de servidor público renova-se mês a mês. A
citada redução, ao revés da supressão de vantagem, configura relação de
trato sucessivo, pois não equivale à negação do próprio fundo de direito.
Assim, o prazo decadencial para se impetrar a ação mandamental renova-se
mês a mês (EREsp 1.164.514-AM, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado
em 16/12/2015).
O conhecimento dessa distinção já foi cobrado em concurso público:
1.1.2 – Competência
“a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para processar e julgar ações que
questionam atos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) limita-se às ações tipicamente constitucionais: mandados de
segurança, mandados de injunção, habeas corpus e habeas data (...) ações ordinárias
não mandamentais contra a União são de competência da Justiça Federal de 1ª
instância, conforme prevê a própria Constituição (AO 1814 /MG, rel. Min. Marco
Aurélio, p. 03/12/2014)”.
“constitui medida excepcional que só deve ser aplicada quando indiscutível a ausência
de justa causa ou quando há flagrante ilegalidade demonstrada em inequívoca prova
pré-constituída. (RHC 95.958, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 18/08/2009).
A decretação da perda do cargo público não se discute em habeas corpus por se tratar
de via processual inadequada para discutir sua validade, dado que não representa
ameaça à liberdade de locomoção. (HC 91.760, rel. min. Cármen Lúcia, j.
30/10/2007).
Além disso, entende o STF que o órgão competente para julgamento do habeas
corpus está desvinculado das razões invocadas na ação, podendo efetuar
julgamento fundamentado em motivos distintos aos formulados na inicial
(causa petendi diversa). Esse fenômeno, decorre, da própria possibilidade de
concessão de ofício do writ, não devendo o juiz estar adstrito, em ação tão
importante de espectro constitucional, ao princípio da congruência ou
correlação.
Em continuidade, o instituto do “habeas
a corpus” contempla a possibilidade de
dilação probatória, pois a coação ilegal alegada deverá ser demonstrada de
plano pelo impetrante por meio de prova pré-constituída.
Como assente na jurisprudência
assevera que não cabe "habeas corpus" originário para o Tribunal Pleno
de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em "habeas corpus" ou no
respectivo recurso.
Não é possível, na via do habeas corpus, fazer incursão sobre a correta tipificação dos
fatos imputados ao paciente na ação penal. (HC 99.417, rel. min. Ricardo
Lewandowski, j. 01/06/2010).
Em que pese configurar remédio constitucional de largo espectro, não pode ser
utilizado como sucedâneo da revisão criminal, salvo em situações nas quais se
verifique flagrante nulidade processual, seja na sentença condenatória, seja no
acórdão que a tenha confirmado. (HC 101.542, rel. min. Ricardo Lewandowski, j.
04/05/2010).
O habeas corpus não é o meio adequado para impugnar ato alusivo a sequestro de
bens móveis e imóveis bem como a bloqueio de valores. (HC 103.823, rel. min. Marco
Aurélio, j. 03/04/2012).
O habeas corpus não é meio hábil para questionar-se aspectos ligados quer ao
inquérito civil público, quer à ação civil pública, porquanto, nesses procedimentos, não
se faz em jogo, sequer na via indireta, a liberdade de ir e vir. (HC 90.378, rel. min.
Marco Aurélio, j. 13/10/2009).
Habeas corpus não é remédio processual adequado para tutela do direito de visita de
menor cuja guarda se disputa judicialmente. (HC 99.369 AgR, rel. min. Cezar Peluso,
j. 18/08/2009).
Não cabe “habeas corpus” para discutir o mérito de punições disciplinares militares
(art. 142, § 2º, CF). Por outro lado, Não há que se falar em violação ao art. 142, § 2º,
da CF, se a concessão de habeas corpus, impetrado contra punição disciplinar militar,
volta-se tão-somente para os pressupostos 8 de sua legalidade, exluindo a apreciação
de questões referentes ao mérito (RE 338840/RS, Rel. Min. Ellen Gracie, j.
19/08/2003).
CORRENTE
NÃO-
CONCRETISTA Tese
Efeitos da
concretista
decisão geral
CORRENTE Concretista
CONCRETISTA direta
Tese
concretista
individual
Concretista
intermediária
provimento jurisdicional do STF; ii) a decisão judicial que declara a existência de uma
omissão inconstitucional constata, igualmente, a mora do órgão ou poder legiferante,
insta-o a editar a norma requerida; iii) a omissão inconstitucional tanto pode referir-se
a uma omissão total do legislador quanto a uma omissão parcial; iv) a decisão
proferida em sede do controle abstrato de normas acerca da existência, ou não, de
omissão é dotada de eficácia erga omnes, e não apresenta diferença significativa em
relação a atos decisórios proferidos no contexto de mandado de injunção(...)Tendo em
vista as imperiosas balizas jurídico-políticas que demandam a concretização do direito
de greve a todos os trabalhadores, o STF não pode se abster de reconhecer que,
assim como o controle judicial deve incidir sobre a atividade do legislador, é possível
que a Corte Constitucional atue também nos casos de inatividade ou omissão do
Legislativo(...)Considerada a omissão legislativa alegada na espécie, seria o caso de se
acolher a pretensão, tão-somente no sentido de que se aplique a Lei no
7.783/1989 enquanto a omissão não for devidamente regulamentada por lei
específica para os servidores públicos civis (CF, art. 37, VII)(...)
Esse dispositivo não foi esquecido na prova do MPPR que o reproduziu de forma
incorreta:
(...) o STF tem competência para apreciar os mandados de injunção impetrados por
servidores públicos municipais, estaduais e distritais, e não há litisconsórcio passivo
necessário com o Estado ou instituto de previdência. (MI 1.565 AgR, rel. min. Teori
Zavascki, j. 24/04/2013).
Para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual obstáculo ao
exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de omissão legislativa, mas
concreta inviabilidade de sua plena fruição pelo seu titular. Daí por que há de ser
comprovada, de plano, a titularidade do direito (...) e a sua inviabilidade decorrente
da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. (MI 2.195 AgR, voto
da rel. min. Cármen Lúcia, j. 23/02/2011).
Segundo a Constituição,
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Por essa razão, o STF já entendeu que “o habeas data é via processual
inadequada ao atendimento de pretensão do autor de sustar a publicação de
matéria em sítio eletrônico”. (HD 100 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 25/11/2014).
Nesse contexto, o instituto do “habeas data não se revela meio idôneo para se
obter vista de processo administrativo”. (HD 90 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j.
18-2-2010). Por outro lado, em recente decisão, o STF entendeu possível o
manejo do habeas data para a obtenção dos dados concernentes ao
pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária
dos entes estatais. (RE 673.707, rel. min. Luiz Fux, j. 17-6-2015).
Na jurisprudência do STF é possível colher algumas interpretações a respeito da
ação de habeas data :
O habeas data não se presta para solicitar informações relativas a terceiros, pois, nos
termos do inciso LXXII do art. 5º da CF, sua impetração deve ter por objetivo
“assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante”. (HD 87
AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 25/11/2009).
habeas data. (RHD 22, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 19/09/1991).
(PUC/PR-PROCURADOR/2015-PGE-PR) Em se tratando de
lesividade à moralidade administrativa, não é cabível a ação
popular se não for demonstrado efetivo dano material ao
patrimônio público.
Comentários:
É desnecessária a demonstração de efetivo prejuízo material
como condição do ajuizamento da ação popular. Item incorreto.
Por velar interesses de natureza difusa, a ação popular não pode ser
substituída por mandado de segurança, de maneira que a jurisprudência do STF
se consolidou no sentido de que “o mandado de segurança não substitui a ação
popular” (Súmula 101).
No que diz respeito à competência, o STF, de modo pacífico, entende que cabe
ao juízo singular o julgamento das ações populares. Nesse sentido:
Dessa forma, com exceção das ações populares em que todos os membros da
magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, aquelas em que mais
da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam
direta ou indiretamente interessados, bem como das ações populares que
possam ocasionar conflito entre os entes da federação, todas as demais devem
ser direcionadas ao juízo de 1º grau para efetivo julgamento.
Importante ressaltar também que no caso da ação popular, o art. 11 da Lei
4.717/65 determina que a sentença de procedência que “decretar a invalidade
do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis
pela sua prática e os beneficiários dele”. Nessa toada, a ausência de
formulação de pedido condenatório, pelo autor popular, não impede a
condenação do réu, diante da imperatividade do comando, segundo assentado
na doutrina. Em continuidade, no caso de improcedência da ação popular, é
obrigatório o reexame necessário para a produção dos efeitos da coisa
julgada, nos termos do Art. 19 da lei da ação popular. Por último, o art. 21
declara que a ação popular prescreve no prazo de 5 (cinco) anos.
Na jurisprudência sobre o tema colhemos os importantes julgados:
A ação popular (...) não pode ser utilizada como alternativa à não propositura de uma
ação direta de inconstitucionalidade, sob pena de uma ampliação indevida do rol de
legitimados previsto no art. 103 da Constituição da República. Tal instrumento
processual tem como objetivo anular atos administrativos lesivos ao Estado, e não a
anulação de atos normativos genéricos. (AO 1.725 AgR, rel. min. Luiz Fux, j.
24/02/2015).
Ação popular. Demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. (...) A decisão
proferida em ação popular é desprovida de força vinculante, em sentido técnico.
Nesses termos, os fundamentos adotados pela Corte não se estendem, de forma
automática, a outros processos em que se discuta matéria similar. Sem prejuízo disso,
o acórdão embargado ostenta a força moral e persuasiva de uma decisão da mais alta
Corte do País, do que decorre um elevado ônus argumentativo nos casos em se cogite
da superação de suas razões. [Pet 3.388 ED, rel. min. Roberto Barroso, j. 23/10/2013.
A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo
do presidente da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau.
(AO 859 QO, rel. p/ o ac. min. Maurício Corrêa, j. 11/10/2001).
Ainda sobre o tema, podemos assentar que os legitimados para propor ação
civil pública estão elencados no art. 5º da lei 7347/85, norma que cuida da
disciplina infraconstitucional da ação civil pública (ACP). Além do MP e da
Defensoria, a regra em comento estende a legitimação extraordinária para
o ajuizamento de ACP’s às entidades da administração direta (União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios) e indireta (autarquia, empresa
pública, fundação ou sociedade de economia mista), bem como às associações,
desde que, nesse último caso (requisitos concomitantes), estejam constituídas
há pelo menos 1 (um) ano e incluam, entre suas finalidades institucionais, a
(...) o Ministério Público possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública que
tenha por objeto a condenação de agente público ao ressarcimento de prejuízos
causados ao erário. (RE 629.840 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 04/08/2015).
Esta Corte (...) reconheceu a legitimidade do Ministério Publico para ajuizar ação civil
pública em defesa de menores. (AI 698.478, rel. min. Joaquim Barbosa, dec.
monocrática, j. 18/05/2012).
Esta Corte fixou orientação no sentido de que o Ministério Público é parte legítima para
questionar, em sede de ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo
Estado a determinada empresa. (RE 586.705 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j.
23/08/2011).
2 – Resumo da Aula
16. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou
relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a
única cominada. (Súmula 693 do STF).
17. O mandado de injunção é um remédio constitucional de natureza civil,
previsto no inciso LXXI do artigo 5º que intenta viabilizar o exercício de
direitos constitucionais em razão de ausência de norma regulamentadora
(Normas de eficácia limitada).
18. São legitimados para o mandado de injunção as pessoas naturais ou
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas constitucionais sem efetividade por falta de lei.
19. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
I. Pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente
relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou
dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II. Por partido político com representação no Congresso Nacional, para
assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus
integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
III. Por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para
assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da
totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de
seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada,
para tanto, autorização especial;
IV. Pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente
relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos
individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art.
5o da Constituição Federal.
20. Para a tese não-concretista, o Judiciário, ao julgar procedente o mandado
de injunção, deverá apenas recomendar ao legislador que supra a mora.
21. Para a tese concretista, o Poder Judiciário deve adotar uma postura mais
ativa no que tange à implementação do direito obstaculizado pela omissão até
a superveniência de norma regulamentadora.
22. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.
23. É desnecessária a demonstração de efetivo prejuízo material como
condição do ajuizamento da ação popular.
24. A pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
25. Com exceção das ações populares em que todos os membros da
magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, aquelas em que
mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou
sejam direta ou indiretamente interessados, bem como das ações populares
que possam ocasionar conflito entre os entes da federação, todas as demais
devem ser direcionadas ao juízo de 1º grau para efetivo julgamento.
26. A ação civil pública busca a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
27. São legitimados para ajuizamento de ACP: 1) MP 2)Defensoria 3)
entidades da administração direta (União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios) e indireta (autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de
economia mista) d) sindicatos e associações, desde que, nesse último caso,
estejam constituídas há pelo menos 1 (um) ano e incluam, entre suas
finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos
direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.
28. É pacífica no sentido de que as infrações ao meio ambiente são de caráter
continuado, motivo pelo qual as ações de pretensão de cessação dos danos
ambientais são imprescritíveis.
29. As ações civis públicas que objetivem o ressarcimento por dano ao erário
são também imprescritíveis.
30. O MP pode ajuizar ações civis públicas buscando a tutela de direitos
individuais homogêneos, desde que presente um interesse social relevante.
III. Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público.
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo (parte final do
item I incorreto).
Gabarito: letra b.
A) a decisão no mandado de injunção coletivo, em regra, faz coisa julgada com efeito
erga omnes.
B) a insuficiência de uma norma regulamentadora para o pleno exercício de um direito
é hipótese de cabimento de mandado de injunção.
C) a impetração de mandado de injunção é cabível para garantir isonomia salarial
entre categorias de servidores públicos.
D) os legitimados para a impetração de mandado de injunção coletivo são os mesmos
que os da ação direta de inconstitucionalidade.
E) a competência para julgamento de medidas dessa natureza é exclusiva do STF.
Comentários:
A) Segundo o Art. 13 da lei 13.300, no mandado de injunção coletivo, a sentença
fará coisa julgada limitadamente às pessoas integrantes da
coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos pelo
impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1o e 2o do art. 9o. O § 1o do art.
9º, por sua vez, afirma que poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga
omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do
direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. Desse modo,
incorreta a questão.
C) Segundo a Súmula Vinculante 37 não cabe ao Poder Judiciário, que não tem
função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia. Dessa forma, o MI não é instrumento adequado para
a obtenção de isonomia entre carreiras do serviço público. Item incorreto
Gabarito: letra b.
Comentários:
Comentários:
O habeas corpus visa à proteção da liberdade de locomoção, não sendo adequado seu
manejo com o propósito de trancar procedimento administrativo disciplinar. 2 - Ordem
não conhecida. (HC 21264 / SE HABEAS CORPUS 2002/0030167-5; Ministro PAULO
GALLOTTI ; SEXTA TURMA; Data do Julgamento 10/02/2004; Data da
Publicação/Fonte DJ 20/03/2006 p. 353). O STF também já firmou o entendimento de
que o HC “não é instrumental próprio a questionar a sequência de processo
administrativo”.(HC100664). Alternativa incorreta.
Comentários:
Ao tratar da legitimidade ativa, a lei 13300/16 (lei do mandado de injunção) dispõe:
Comentários:
Comentários:
Comentários:
Comentários:
O conhecimento de alguns artigos da LAP (4717/65) e da jurisprudência são
suficientes para a resolução da questão. Senão, vejamos:
Lei 4717/65:
Art. 6° (...)
§ 3º A pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto
de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado
do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo
representante legal ou dirigente. Alternativa a incorreta
§ 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do
autor da ação popular. Alternativa d (correta)
Art. 7º (...)
A ação popular em questão foi ajuizada por cidadão residente no município em que
também é eleitor. Sucede que os fatos a serem apurados na ação aconteceram em
outro município. Vem daí a discussão sobre sua legitimidade ad causam a pretexto de
violação dos arts. 1º, caput e § 3º, da Lei n. 4.717/1965 e 42, parágrafo único, do
Código Eleitoral. Nesse contexto, é certo que o art. 5º, LXXIII, da CF/1988 reconhece
a legitimidade ativa do cidadão e não do eleitor para propor a ação popular e que os
referidos dispositivos da Lei n. 4.717/1965 apenas definem ser a cidadania para esse
fim provada mediante o título de eleitor. Então, a condição de eleitor é, tão somente,
meio de prova da cidadania, essa sim relevante para a definição da legitimidade,
mostrando-se desinfluente para tal desiderato o domicílio eleitoral do autor da ação,
que condiz mesmo com a necessidade de organização e fiscalização eleitorais. Já o
citado dispositivo do Código Eleitoral traz requisito de exercício da cidadania em
determinada circunscrição eleitoral, o que não tem a ver com a sua prova. Dessarte,
conclui-se que, se for eleitor, é cidadão para fins de ajuizamento da ação
popular. REsp 1.242.800-MS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em
7/6/2011.
R: letra D.
I Não caberá habeas corpus nem contra decisão que condene a multa nem em
processo penal em curso no qual a pena pecuniária seja a única imposta ao infrator.
II O habeas corpus é o remédio processual adequado para garantir a proteção do
direito de visita a menor cuja guarda se encontre sob disputa judicial.
III Nos casos em que a pena privativa de liberdade já estiver extinta, não será
possível ajuizar ação de habeas corpus.
IV O mandado de segurança impetrado por entidade de classe não terá legitimidade
se a pretensão nele veiculada interessar a apenas parte dos membros da categoria
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV.
Comentários:
Em grande parte dos casos o candidato irá se deparar com questões do tipo acima. É
comum que não saiba todos os itens, mas isso não deve ser impedimento para a
“detecção” da alternativa correta. Com efeito, o item IV, a nosso sentir, é o mais fácil
de ser resolvido, pois vai de encontro à súmula 630 do STF, que afirma que “a
entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a
pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria”.
Perceba que eliminamos as alternativas c, d e e de uma só tacada, só restando para
análise as letras a e b. Já percebemos dessa segunda análise que o item I está
correto, pois está elencado nas duas letras abordadas, então nem devemos questionar
sua veracidade (precisamos de tempo para as outras questões!), apesar de abordar o
teor da súmula 693 do STF que assevera não caber habeas corpus contra decisão
condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a
que a pena pecuniária seja a única cominada. Com o mesmo equívoco, o item 2
destoa da jurisprudência do STF, porquanto o Habeas corpus não é remédio
processual adequado para tutela do direito de visita de menor cuja guarda se disputa
judicialmente.” (HC 99.369-AgR, rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe
16/10/2009). Recentemente, a corte também afirmou que o Habeas corpus não é
meio cabível para questionar proibição de visita a preso (HC145118 de 4/10/2017).
Resta apenas o item III como correto, o que é corroborado pela leitura da súmula 695
do STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que, extinta a
reprimenda corporal, não se admite a impetração do remédio constitucional (Súmula
695 do STF), já que exaurido o risco à liberdade de locomoção do agente." (RHC
122174 AgR, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 16.9.2014,
DJe de 15.10.2014). Assim, correta a letra b.
[...] a formulação ampla do texto constitucional deu ensejo a uma interpretação que
permitia o uso do habeas corpus para anular até mesmo ato administrativo que
determinara o cancelamento de matrícula de aluno em escola pública, para garantir
a realização de comícios eleitorais, o exercício da profissão, dentre outras
possibilidades.
MENDES, Gilmar; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12a. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 431
Comentários:
a) o Supremo Tribunal Federal não admite habeas corpus para questionamento de
razoável duração do processo.
A inserção do inciso LXXVIII ao art. 5º da CF refletiu a busca de toda a sociedade de
obter resposta para a solução dos conflitos de forma expedita, pois a demora na
prestação jurisdicional constitui verdadeira negação de justiça. Nesse contexto, já
decidiu a Suprema Corte que “a comprovação de excessiva demora na realização do
julgamento de mérito do habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça
configura constrangimento ilegal, por descumprimento da norma constitucional da
razoável duração do processo (art. 5º, inc. LXXVIII, da Constituição da República),
viabilizando, excepcionalmente, a concessão de habeas corpus (...).(HC n.
101.896/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 21.5.2010). Alternativa
incorreta.
b) é cabível mesmo que não haja, nem por via reflexa, constrangimento à
liberdade de locomoção.
A jurisprudência do STF evoluiu no sentido do cabimento de HC por
constrangimento à liberdade de locomoção ocorrido de maneira indireta (via
oblíqua ou reflexa). No entanto, deve ser atingida de alguma forma a liberdade de
locomoção, o que torna o item incorreto, pois “elastece” o manejo de HC mesmo
para situações em que não se esteja questionando esse prerrogativa constitucional
(Na questão anterior vimos duas situações típicas de não cabimento de HC: visita
íntima e guarda judicial). Item incorreto.
c) cabe habeas corpus contra a aplicação de pena de multa.
As bancas se repetem nos questionamentos e o candidato deve ficar atento a essa
questão. Como vimos anteriormente, a súmula 693 do STF afirma não caber habeas
corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso
por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada. Item incorreto.
D) segundo o Supremo Tribunal Federal, cabe habeas corpus contra pena
pecuniária passível de conversão em privativa de liberdade.
Apesar de não ser esse o foco da disciplina de direito constitucional, relevante
assentar que, desde o advento da Lei nº 9.268 /96, em matéria de pena
pecuniária cominada no tipo penal, transitada em julgado a sentença penal
condenatória, a multa será considerada dívida de valor, devendo ser aplicadas as
normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que
concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. A despeito disso, a
jurisprudência sempre entendeu que nessas situações a esfera de liberdade poderia
ser atingida pela decisão, o que entendeu o examinador suficiente para indicar a
alternativa como correta. Assim, com essa ressalva, a alternativa é correta.
E) segundo a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal, aplicada rigorosamente
pela Corte, o habeas corpus não é cabível contra decisão de relator em tribunal
superior que indefere a liminar.
Eu, particularmente, penso que no dia a dia a súmula 691 é aplicada de maneira
rigorosa, só sendo superada naquelas situações excepcionalíssimas, eis que
flagrantemente teratológicas. O examinador não pensou da mesma maneira, de modo
que indicou essa alternativa como incorreta (advérbios deveriam ser evitados, mas
essa não é a realidade dos concursos!).
Comentários:
A) É cabível habeas corpus contra decisão monocrática de ministro de tribunal.
C) O Habeas Data não pode ser impetrado com a finalidade de obter dados
referentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes de
sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos tributários da
administração fazendária dos entes estatais.
Comentários:
O candidato deve sempre ficar atento à jurisprudência, porquanto muitas questões
versam sobre a literalidade de enunciados. Com efeito, já decidiu o STF que “A ação
de habeas data visa à proteção da privacidade do indivíduo contra abuso no registro
e/ou revelação de dados pessoais falsos ou equivocados. 3. O habeas data não se
revela meio idôneo para se obter vista de processo administrativo”.(HD 90
AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 18/02/2010, DJe-
050 DIVULG 18-03-2010 PUBLIC 19-03-2010 EMENT VOL-02394-01 PP-00001 RDDP
n. 86, 2010, p. 139-141 RB v. 22, n. 558, 2010, p. 38-39). Incorreto, portanto, o
Item a. Quanto ao item b, também incorreto, é importante asseverar que a
titularidade de direitos fundamentais, como vimos, também abrange extensivamente
os estrangeiros, mormente no que diz respeito ao manejo de ações de natureza
constitucional, como o habeas corpus, habeas data ou mandado de segurança. É claro
que, por exemplo, apenas aos cidadãos é permitida a franquia do ajuizamento da ação
popular, mas, como regra, também é extensível aos estrangeiros a tutela de direitos
fundamentais. No que pertine ao item C, também suscitando interpretação
jurisprudencial, temos que o STF, em repercussão geral, reconheceu que “o habeas
data é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio contribuinte,
dos dados concernentes ao pagamento de tributos constantes de sistemas
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos administração fazendária dos entes
estatais”. Dessa forma, o item é incorreto. Segundo autores como Hely Lopes
Meirelles, o procedimento de habeas data não comporta dilação probatória, devendo a
inicial comprovar, por si só, o direito do impetrante, devendo ser aplicável à espécie a
mesma interpretação do Mandado de Segurança . Assim, o item restante é o único
correto (letra D).
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
Comentários:
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
Comentários:
b) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas processuais e do ônus da sucumbência.
Somente o cidadão (i.e, indivíduo em pleno gozo dos direitos políticos) poderá ajuizar
ação popular. Portanto, equívoca a questão quando afirma que qualquer pessoa
poderá propor ação popular.
c) a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação não alcançam o âmbito administrativo.
Reza a CF em seu artigo 5º:
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Item incorreto
d) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político sem
representação no Congresso Nacional.
O Art. 5º, Inc. LXX da CF afirma que o mandado de segurança coletivo pode ser
impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional.
Questão incorreta.
e) cabe mandado de segurança individual para proteger direito líquido e certo não
amparado por habeas corpus quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público.
Aduz a CF em seu artigo 5º que:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público. Item correto.
Resposta é a letra E.
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
ação que verse sobre benefício previdenciário, pois esse procedimento atende à
exigência de esgotamento da via administrativa.
Comentários:
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
sumariamente, os réus ou, ainda, que ordene a extinção, em sede de “habeas corpus”,
de procedimentos penais não transgride o monopólio constitucional da ação penal
pública (CF, art. 129, I) nem ofende os postulados do juiz natural (CF, art. 5º, inciso
LIII) e da soberania do veredicto do Júri (CF, art. 5º, inciso XXXVIII, “c”). Alternativa
incorreta.
A letra correta dessa questão é a c.
Comentários:
Como vimos, segundo a Constituição conceder-se-á habeas data “para assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.
Questão incorreta.
Dessa forma, o item está errado por essa “filigrana” sucitada anteriormente.
A) Não deve ser admitida a emenda à petição inicial para corrigir equívoco na
indicação da autoridade impetrada em mandado de segurança.
B) O impetrante não pode desistir de mandado de segurança sem a anuência do
impetrado, mesmo antes da sentença de mérito.
C) É aceitável, quando for o caso, a sucessão de partes em processo de mandado
de segurança.
D) É possível a habilitação de herdeiro nos autos da execução promovida em
mandado de segurança.
E) Compete à Justiça Estadual processar e julgar qualquer mandado de segurança
impetrado contra presidente de subseção da OAB.
Comentários:
A)Não deve ser admitida a emenda à petição inicial para corrigir equívoco na indicação
da autoridade impetrada em mandado de segurança.
Da jurisprudência, colhe-se:
Deve ser admitida a emenda à petição inicial para corrigir equívoco na
indicação da autoridade coatora em mandado de segurança, desde que a
retificação do polo passivo não implique alteração de competência
judiciária e desde que a autoridade erroneamente indicada pertença à
mesma pessoa jurídica da autoridade de fato coatora. Precedentes
citados: AgRg no REsp 1.222.348-BA, Primeira Turma, DJe
23/9/2011; e AgRg no RMS 35.638/MA, Segunda Turma, DJe
24/4/2012.
Item, portanto, incorreto.
incorreto.
Resposta é a letra D.
Comentários:
B)O Ministério Público não tem legitimidade para promover ação civil pública,
buscando indenização decorrente do DPVAT em benefício do segurado.
Comentários:
A súmula 470 do STJ ia ao encontro do enunciado ao afirmar que “o Ministério Público
não tem legitimidade para pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente
do DPVAT em benefício do segurado”. No entanto, os ministros da 2ª Seção do STJ
decidiram cancelar a súmula após o Supremo Tribunal Federal julgar que o Ministério
Público detém legitimidade para ajuizar ação coletiva em defesa dos direitos
individuais homogêneos dos beneficiários do seguro DPVAT, dado o interesse social
qualificado presente na tutela dos referidos
Item incorreto.
Portanto, a alternativa correta é a de letra A.
(RE 642633 AgR, Relator Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, julgamento em
4.10.2011, DJe de 24.10.2011). Questão incorreta.
(CESPE/ PC-PE – 2016) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por
sindicatos, entidades de classe e associações, mas não por partidos políticos, pois se
destinam à defesa de interesses coletivos comuns a determinada coletividade de
pessoas.
Comentários:
O mandado de segurança coletivo pode, sim, ser impetrado por partido político, desde
que este tenha representação no Congresso Nacional. Questão incorreta.
(CESPE / TRE-PI – 2016) Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado em
benefício alheio por indivíduo destituído de sanidade mental que não esteja
representado ou assistido por outrem.
Comentários:
A legitimidade do habeas corpus é universal. Por isso, pode ser impetrado em
benefício próprio ou alheio. Questão incorreta.
Comentários:
Gabarito: letra a.
1) A ação civil pública foi introduzida no sistema jurídico nacional por lei ordinária do direito
pré-constitucional, sendo posteriormente elevada à categoria de ação constitucional pela
Constituição da República de 1988, a qual ampliou os interesses que podem s er objeto de sua
tutela.
2) A ação popular está presente no sistema jurídico brasileiro de forma contínua desde a
Constituição de 1946.
4) A ação popular tem como único legitimado o cidadão, assim considerado aquele registrado
como eleitor no pleno gozo de seus direitos políticos, e o seu objeto é a tutela de interesses
difusos.
Comentários:
1) A lei da ação civil pública data de 1985 (lei 7347/85), sendo, portanto, anterior
à Constituição de 1988.
3) O Art. 21, Parágrafo único, da lei 12.016/09 aduz que os direitos protegidos
pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos,
para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja
titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos, assim entendidos,
para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou
situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do
impetrante. Dessa forma, a lei 12016/09, não sem crítica da doutrina, não
abarca os interesses difusos na sua esfera de proteção. Os direitos individuais
homogêneos são protegidos, o que torna a assertiva correta.
Gabarito: letra d.
(CESPE / MPOG – 2015) A ação popular deve ser proposta somente por partido
político com representação no Congresso Nacional.
Comentários:
A ação popular não pode ser proposta por partido político. Ela deve ser proposta por
cidadão. Questão incorreta.
(CESPE / TCU – 2015) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por
partido político que tenha representação no Congresso Nacional.
Comentários:
O partido político com representação no Congresso Nacional é legitimado para
impetrar mandado de segurança coletivo. Questão correta.
impetrante.
Comentários:
Atualmente o STF tem adotado a posição concretista no julgamento dos mandados de
injunção, suprindo a lacuna legislativa diante da omissão do legislador. Questão
correta.
Comentários:
O MP só pode ajuizar ações para a proteção de direitos individuais homogêneos no
caso de relevante interesse social, conforme a jurisprudência dominante do STF e STJ.
Questão incorreta.
Comentários:
Comentários:
O habeas corpus visa à proteção da liberdade de locomoção, não sendo adequado seu
manejo com o propósito de trancar procedimento administrativo disciplinar. 2 - Ordem
Comentários:
Ao tratar da legitimidade ativa, a lei 13300/16 (lei do mandado de injunção) dispõe:
Comentários:
I Não caberá habeas corpus nem contra decisão que condene a multa nem em
processo penal em curso no qual a pena pecuniária seja a única imposta ao infrator.
II O habeas corpus é o remédio processual adequado para garantir a proteção do
direito de visita a menor cuja guarda se encontre sob disputa judicial.
III Nos casos em que a pena privativa de liberdade já estiver extinta, não será
possível ajuizar ação de habeas corpus.
IV O mandado de segurança impetrado por entidade de classe não terá legitimidade
se a pretensão nele veiculada interessar a apenas parte dos membros da categoria
profissional representada por essa entidade.
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, III e IV
e) II, III e IV.
[...] a formulação ampla do texto constitucional deu ensejo a uma interpretação que
permitia o uso do habeas corpus para anular até mesmo ato administrativo que
determinara o cancelamento de matrícula de aluno em escola pública, para garantir
a realização de comícios eleitorais, o exercício da profissão, dentre outras
possibilidades.
MENDES, Gilmar; BRANCO, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12a. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 431
b) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas processuais e do ônus da sucumbência.
c) a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação não alcançam o âmbito administrativo.
d) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político sem
representação no Congresso Nacional.
e) cabe mandado de segurança individual para proteger direito líquido e certo não
amparado por habeas corpus quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público.
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
A)Cabe mandado de segurança individual no STF contra veto aposto pelo presidente
da República.
A) Não deve ser admitida a emenda à petição inicial para corrigir equívoco na
indicação da autoridade impetrada em mandado de segurança.
B) O impetrante não pode desistir de mandado de segurança sem a anuência do
impetrado, mesmo antes da sentença de mérito.
C) É aceitável, quando for o caso, a sucessão de partes em processo de mandado
de segurança.
D) É possível a habilitação de herdeiro nos autos da execução promovida em
mandado de segurança.
E) Compete à Justiça Estadual processar e julgar qualquer mandado de segurança
impetrado contra presidente de subseção da OAB.
disponíveis.
B)O Ministério Público não tem legitimidade para promover ação civil pública,
buscando indenização decorrente do DPVAT em benefício do segurado.
C)A Defensoria Pública do Estado de Rondônia tem legitimidade para a propositura de
ação popular, desde que autorizado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública.
D)Para ter legitimidade para mandado de segurança coletivo, entidades de classe,
sindicatos e associações devem estar constituídas há pelo menos um ano, sendo
desnecessário que exista a pertinência entre o objeto da impetração e as finalidades
do impetrante.
E) Prevê a Lei do Mandado de Segurança que o Ministério Público e a Defensoria
Pública são legitimados para propor mandado de segurança coletivo.
GABARITO
1 E 2 E
3 C 4 C
5 D 6 E
7 D 8 B
9 D 10 B
11 D 12 E
13 C 14 C
15 E 16 E
17 D 18 A
19 E
26. (CESPE/ PC-PE – 2016) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por sindicatos, entidades de classe e associações, mas não por partidos políticos, pois
se destinam à defesa de interesses coletivos comuns a determinada coletividade de
pessoas.
28. (CESPE / TRE-PI – 2016) Não poderá ser conhecido habeas corpus impetrado
em benefício alheio por indivíduo destituído de sanidade mental que não esteja
representado ou assistido por outrem.
34. (CESPE / AGU – 2015) De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão
proferida em mandado de injunção pode levar à concretização da norma constitucional
despida de plena eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades
constitucionais e das prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
36. (CESPE / TJDFT – 2015) O habeas data não é meio de solicitação e obtenção de
informações de terceiros, uma vez que tem como objetivo assegurar o conhecimento
de informações relativas ao próprio impetrante.
40. (CESPE / MPOG – 2015) A ação popular deve ser proposta somente por partido
político com representação no Congresso Nacional.
41. (CESPE / TCU – 2015) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por partido político que tenha representação no Congresso Nacional.
42. (CESPE / FUB – 2015) Uma entidade de classe que estiver em funcionamento
há apenas seis meses não possui, por essa razão, legitimidade para impetração de
mandado de segurança coletivo em defesa de interesse de seus membros.
o objeto da ação popular para a proteção de todo e qualquer direito difuso ou coletivo.
GABARITO
61 Certo 62 B 63 Errado