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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Conceito- O controle de constitucionalidade é o mecanismo pelo qual se verifica a
conformidade das leis e atos normativos com a Constituição de um país, assegurando que essas
normas não a violem.
MODELOS DO CONTROLE
DIFUSO- O controle difuso ocorre quando qualquer juiz, em qualquer processo, pode
declarar a inconstitucionalidade de uma norma, desde que seja relevante para a decisão
do caso concreto. EFEITO INTERPARTES.
Qualquer órgão do poder judiciário, em qualquer caso concreto, poderá analisar a
constitucionalidade das leis/atos normativos.
Legitimidade Ativa- Qualquer pessoa que tenha direito violado por ofensa à constituição;
Qualquer interveniente do processo poderá arguí-la (Juiz, Def. Público, Advogado e etc.…)
COMPETÊNCIA- É de competência do STF o controle sobre as: ADI, ADO, ADPF, ADI, ADC.
VIAS DE CONTROLE-
Via principal- É o órgão competente para ir ao STF propor ação. Controle Abstrato
Via Incidental- Depende do caso concreto
LEGITIMIDADE ATIVA- A legitimidade ativa é um conceito jurídico que se refere ao direito de
uma parte iniciar um processo judicial. Para propor o controle de constitucionalidade são
legitimados o:
Presidente da República empossado
Mesa do senado federal
Mesa da Câmara Federal
Mesa da Assembleia legislativa do DF
Governador do DF
Procurador geral da República
Conselho Federal da OAB
Partido Político com Representação
Confederação Sindical
CAPADIDADE POSTULATÓRIA
A capacidade postulatória é quem de fato pode propor ação. Em regra, é o Advogado
Só há controle de Constitucionalidade por via judicial.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Remédios constitucionais, também conhecidos como tutela constitucional das liberdades, são
os meios, ações judiciais ou direito de petição, postos à disposição dos indivíduos e cidadãos
para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso
de poder. São eles:
HABEAS CORPUS- O habeas-corpus é um instrumento processual para garantir a liberdade de
alguém, quando a pessoa for presa ilegalmente ou tiver sua liberdade ameaçada por abuso de
poder ou ato ilegal.
Está previsto no artigo 5o, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988, e também podem ser
encontradas nos artigos 647 a 667 do Código de Processo Penal.
Dos textos legais podemos concluir que são cabíveis dois tipos de habeas-corpus:
REPRESSIVO- caso mais comum nos tribunais, ajuizado quando a prisão ilegal já ocorreu;
PREVENTIVO- também chamado de “salvo-conduto”, para evitar que a coação ilegal da
liberdade aconteça.
O artigo 648 do CPP descreve algumas situações em que a restrição de liberdade é considerada
como ilegal:
1) quando não houver justa causa (motivação legal);
2) prisão por tempo maior que lei permite;
3) prisão ordenada por autoridade que não podia fazê-lo;
4) quando o motivo que autorizava a prisão deixa de existir;
5) falta de liberdade com fiança, quando a lei permite;
6) diante de expressa nulidade no processo; e,
7) quando por algum motivo for extinta a punibilidade do réu.
Art. 5º CF/88 …
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
HABEAS DATA-O habeas data é um instrumento processual, constante do rol dos remédios
constitucionais, que tem como finalidade garantir que a pessoa física ou jurídica tenha acesso
ou promova a retificação de suas informações, que estejam registradas em banco de dados de
órgão públicos ou instituições similares.
Previsto no artigo 5o, inciso LXXII, da Constituição Federal de 1988, foi regulamentado por meio
da Lei 9.507/1997, que trata do direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do
habeas data.
A lei afirma que as informações passíveis de habeas data são as de caráter público, ou seja, “todo
registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a
terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das
informações”.
Para ingressar com um habeas data na Justiça, é necessária a atuação de um advogado ou
defensor público.
Art. 5º CF/88 …
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
MANDADO DE SEGURANÇA- O mandado de segurança é um instrumento jurídico, cuja
finalidade é proteger direito líquido e certo, ou seja, provado por documentos, que tenha sido
violado por ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.
Considerado um remédio constitucional, está previsto nos incisos LXIX e LXX do artigo 5o da
Constituição Federal de 1988 e foi regulamentado pela Lei 12.016/09, editada para trazer as
regras e normas pertinentes ao uso do mandado de segurança individual ou coletivo.
Segundo o § 3º do artigo 1º da referida lei, o mandado de segurança coletivo pode ser utilizado
quando o direito violado pertencer a várias pessoas, e qualquer uma delas pode requerê-lo.
Conforme artigo 5º, não será concedido mandado de segurança no caso de: ato contra o qual
ainda caiba recurso administrativo com efeito suspensivo; decisão judicial passível de recurso
com efeito suspensivo; e, decisão judicial definitiva.
O mandado de segurança não pode ser usado para garantir a liberdade de locomoção ou o
acesso à informação pessoal em banco de dados governamentais ou de caráter público, que
devem ser reivindicados por meio de remédios constitucionais específicos, o habeas corpus e o
habeas data, respectivamente.
Para ingressar com um mandado de segurança é necessária a atuação de um advogado ou
defensor público. (Aposta para questão aberta)
Art. 5º CF/88...
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por;
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
O sistema constitucional de crises, conforme regulado pela CF/88, prevê a existência de DOIS
regimes jurídicos distintos:
O ESTADO DE DEFESA
O ESTADO DE SÍTIO
Em ambos há uma série de medidas excepcionais que podem ser tomadas pelo Estado, incluindo
a suspensão de direitos e garantias fundamentais.
ESTADO DE DEFESA
Essa medida é decretada pelo Presidente da República, após ouvir do Conselho da República e
o Conselho de Defesa Nacional, sendo que tais manifestações desses conselhos não vinculam o
Presidente, ainda que obrigatórias.
Após a decretação, o Presidente deve submeter o ato com a respectiva justificação ao Congresso
Nacional, no prazo de 24 horas, ao qual cabe aprovar, no prazo de 10 dias, o Estado de Defesa.
O tempo máximo de duração do Estado de Defesa é de 30 dias, podendo ser prorrogado por
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
(Aposta para questão aberta)
ESTADO DE SÍTIO
Trata-se de medida mais gravosa que o Estado de Defesa, podendo ser decretado nos seguintes
casos (art. 137, CF):
No que tange aos prazos, a CF estabelece que, no caso do inciso I, o prazo será de 30 dias,
prorrogável por iguais períodos. Perceba que, aqui, podem haver sucessivas prorrogações. Já na
hipótese do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a
agressão armada estrangeira.
Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, (comoção grave de
repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada
durante o estado de defesa) só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
II. Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
A doutrina entende que, em tese, qualquer garantia constitucional poderá ser suspensa, desde
que:
Disposições Gerais
Segundo o art. 140, da CF, a Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários,
designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a
execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. (Art. 141, caput, da
CF)