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ESTUDO DIRIGIDO – PROCESSO CONSTITUCIONAL

MARCELO OTÁVIO RESENDE

8° PERÍODO

1) Explique, sucintamente, o que é o remédio constitucional Habeas Corpus.


O Habeas Corpus é um remédio constitucional que garante que o cidadão tenha
o direito de ir e vir, protegendo a sua liberdade de se locomover, quando ela
esteja ameaçada ou restringida por abusos de poder ou por ilegalidades.

2) O Habeas Corpus é utilizado, tão somente, para remediar a constrição da


liberdade de locomoção? Justifique.
Como também à hipótese e de instauração e desenvolvimento de processo penal
irregular, e que pode resultar, por consequência, em prisão ilegal.
Será caso de ilegalidade quando: não houver justa causa; alguém estiver preso por mais
tempo do que determina a lei; quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-
lo; houver cessado o motivo que autorizou a coação; não for alguém admitido a prestar
fiança, nos casos em que a lei a autoriza; o processo for manifestamente nulo; e quando
estiver extinta a punibilidade.
3) Sobre o mandado de segurança, responda objetivamente:

1. a) o que é?

O mandado de segurança é um remédio constitucional que tem como objetivo


proteger um direito líquido e certo que é ameaçado por uma autoridade pública ou
um órgão que exerça funções públicas.

2. b) qual a diferença entre o mandado de segurança individual e o coletivo?

O mandado segurança individual protege uma pessoa ou um grupo de pessoas que


não aquelas vinculadas a um partido político, organizações sindicais, entidades de
classe, ou associação. Já o mandado de segurança coletivo é corporativo, porque
protege certos grupos de pessoas expressamente previstos na Constituição Federal.

4) O que vem a ser a liquidez e a certeza do direito albergado pelo mandado de


segurança?
Direitos subjetivos de prova pré-constituída, ou que prescindam de comprovação, de
pronto reconhecíveis, independe da complexidade jurídica da demanda apresentada
5) Explique a teoria da encampação utilizada nos mandados de segurança.
A teoria da encampação segundo a Súmula 628-STJ foi criada para evitar que mandados
de segurança fossem extintos sem julgamento de mérito, ou tivessem seus julgamentos
postergados por necessidades de correções processuais, é aplicada no mandado de
segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que
ordenou a prática do ato impugnado;
b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas;
c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal.
6) “Diante de uma sentença ou um acórdão que denegue o mandado de segurança
configura-se a coisa julgada formal e material”. A referida assertiva é verdadeira?
Justifique.
Sim, segundo o Art. 19 da Lei 12.016/2009 “a sentença ou o acórdão que denegar
mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o impetrante, por ação
própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais”
7) Acerca da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI genérica) responda:

a) quem são os legitimados para propor?

Legitimados universais: Presidente da República, Mesa da Câmara dos Deputados,


Mesa do Senado Federal, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB e
partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
Legitimados especiais ou temáticos: Mesas das Assembleias Legislativas dos Estados,
Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Governadores dos Estados,
Governador do Distrito Federal e confederação sindical ou entidades de classe de
âmbito nacional.

b) quais requisitos uma norma deve satisfazer, cumulativamente?

Os requisitos para a sua concessão, segundo a jurisprudência do STF, são:


a) plausibilidade jurídica da tese exposta (fumus boni iuris);
b) possibilidade de prejuízo decorrente do retardamento da decisão postulada
(periculum in mora);
c) irreparabilidade ou insuportabilidade dos danos emergentes dos próprios atos
impugnados;
d) necessidade de garantir a ulterior eficácia da decisão

c) admite-se a intervenção de amicus curiae?


Sim, é admissível recurso contra decisão que nega ingresso de amicus curiae) em ação
direta de inconstitucionalidade.

d) o que vem a ser “causa de pedir aberta”?

A causa de pedir aberta permite que o Supremo Tribunal Federal declare a


inconstitucionalidade de um artigo ou de uma lei com base em dispositivo
constitucional diferente do apontado pelo autor como ensejador da incompatibilidade
com a Constituição Federal .

8) Sobre a decisão na ADI:

1. a) quais os quóruns para instalação da sessão e para deliberação?

Um para instalação da sessão de julgamento, que é de oito ministros, e outro para


julgamento, que é de 6 votos, em se tratando de matéria constitucional. O quórum de
julgamento tem base constitucional: é preciso maioria absoluta dos membros para
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (6 de 11). O quórum para
instalação da sessão, não. Está previsto no regimento interno do Tribunal e na legislação
que trata das ações de controle de constitucionalidade.

2. b) explique cada um dos efeitos.

No quórum qualificado será dada ciência ao Poder competente da omissão legislativa


ou da adoção das providências necessárias - § 1º, do art. 12-H. No caso de a omissão ser
imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30
dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Supremo Tribunal
Federal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público
envolvido.

10) Sobre a Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO),


responda:

1. a) quem são os legitimados passivos?

Diferentemente da ADIn (Ação Direta de Inconstitucionalidade), podemos encontrar, na


ADO, um legitimado passivo, que será a autoridade omissa em sua função, ou seja, a
autoridade que, competente para editar a Lei ou Ato Normativo visando a conferir
eficácia à norma constitucional, não o fez. Logo, dirige-se a ele a pretensão da causa,
ele será o legitimado passivo.

2. b) qual o objeto da ação?

Tem a finalidade de provocar o Judiciário para que seja reconhecida a demora na


produção da norma regulamentadora.
11) A respeito da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC):
a) explique o pressuposto da existência de controvérsia judicial para o seu
ajuizamento;

Significa que deve-se indicar a existência de ações em andamento em juízos ou


tribunais inferiores em que a constitucionalidade da lei esteja sendo impugnada,
devendo ser demonstrado ao STF os argumentos favoráveis e contrários à
constitucionalidade das normas, possibilitando que o Supremo uniformize o
entendimento sobre a sua constitucionalidade ou não.

b) sobre quais leis ou atos normativos essa ação incide?

O objeto na ADC pode ser lei ou ato normativo apenas federal em face de Constituição
Federal, ou então, lei ou ato normativo estadual e municipal em face de Constituição
Estadual.
12) Acerca da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
explique:

a) de acordo com a Lei nº 9.882/99, quais os casos quem podem constituir seu
objeto?

A arguição de descumprimento de preceito fundamental, nos termos da Lei nº 9.882/99,


é cabível em três hipóteses:
1. a) para evitar lesão a preceito fundamental por ato do Poder Público;
2. b) para reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público;
3. c) quando houver relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição

b) em que consiste o princípio da subsidiariedade.

O princípio da subsidiariedade busca limitar o Estado intervencionista, defendendo um


“Estado subsidiário”, regulador e fiscalizador da economia. A subsidiariedade ordena as
competências entre Estado e sociedade. Desse modo, o Estado atua como um igual, não
como um ente superior ao setor privado
13) Para que serve a reclamação constitucional?
É o instituto processual pelo qual se busca preservar a competência do Supremo
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, assim como garantir a autoridade
das decisões emanadas por estes

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