Você está na página 1de 6

Jurisprudencia – Remédios Constitucionais

HABEAS CORPUS (HC)


1. O estrangeiro, residente ou não no Brasil, também poderá impetrar
habeas corpus, desde que a petição seja redigida em português

2. STF entende que o HC é cabível ainda quando a ofensa (ou ameaça) à


liberdade de locomoção seja indireta, (quando do ato impugnado puder
resultar a imposição de pena de detenção ou reclusão da pessoa). É o
que se passa nos casos em que o HC é utilizado para impedir eventual
quebra de sigilo fiscal ou bancário que possa resultar na prisão do
indivíduo no curso de um processo criminal.

3. NÃO é cabível habeas corpus em se tratando de punição disciplinar


MILITAR. Entretanto, tem cabimento para se impugnar a
forma/legalidade da punição como ocorre quando autoridade
incompetente autorizou a prisão.

4. Superior Tribunal de Justiça em que se concedeu parcialmente


ordem de habeas corpus foi o seguinte: o paciente teve a suspensão do
sua da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A Corte, entretanto,
não conheceu o HC, por considerar que esta medida coercitiva não
representava ameaça à liberdade de locomoção e, pois o condutor seguiu
podendo ir para todo e qualquer lugar, desde que não o fizesse dirigindo
um veículo. O condutor poderia locomover-se por meio de transporte
público, por exemplo.

5. O habeas corpus também será cabível para impugnar medidas


cautelares de natureza pessoal diversas da prisão; quando estas forem
onerosas ao paciente e puderem ser convertidas em prisão se
descumpridas. No caso concreto, o Ministério Público havia solicitado a
prisão preventiva da paciente. Entretanto, o Tribunal de Justiça indeferiu o
pedido, mas determinou medidas alternativas, sendo elas: a) afastamento do
cargo de vereadora e da função de presidente da Câmara dos vereadores; b)
comparecimento bimestral em juízo; c) proibição de acesso e frequência à
câmara municipal; d) proibição de manter contato com testemunhas; e)
proibição de ausentar-se do estado e do País, com a entrega de passaporte; e
f) obrigação de manter atualizado, no tribunal, o endereço.

6. não cabimento de habeas corpus quando da inexistência de ofensa à


liberdade de locomoção:
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa ou
relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja
a única cominada.”
Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar
ou de perda de patente ou de função pública.”
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade”

Cabe habeas corpus mesmo nas hipóteses que não envolvem risco
imediato de prisão, como na análise da licitude de determinada prova ou no
pedido para que a defesa apresente por último as alegações finais, se
houver a possibilidade de condenação do paciente.

Entende o STF que, quando a liberdade de alguém estiver direta ou


indiretamente ameaçada, cabe habeas corpus ainda que para solucionar
questões de natureza processual.

Corte Suprema (o STF) entende que referida omissão normativa não é


impedimento para o conhecimento desse tipo de remédio: habeas corpus
coletivo.(Foi usado para mulheres presas, gestantes, puérperas ou
mães de crianças com até 12 anos sob sua guarda ou pessoa com
deficiência)

Mandado de segurança
a expressão “direito líquido e certo” não se refere à necessidade de que o
direito seja induvidoso, conforme saliente a súmula 625, do STF:
“Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado
de segurança”. Assim, pouco importa se a questão jurídica é muito
complexa, intrincada ou se é controvertida: o importante é que a matéria de
fato que será discutida no MS esteja certa, isto é, que já exista prova pré-
constituída que a certifique.

O STF, dispõe que “a existência de recurso administrativo com efeito


suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão de
autoridade”).

o mero pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o


prazo para o mandado de segurança

o instrumento do mandado de segurança não é hábil para substituir o


mecanismo adequado para superar a coisa julgada (que é a ação rescisória). - esse é o
Há, todavia, uma exceção: caso a decisão seja teratológica (absurda), mecanismo
correto
dotada de ilegalidade ou nulidade manifesta, mesmo não cabível o recurso,
caberá (ainda que excepcionalmente) mandado de segurança

STF, não cabe mandado de segurança contra matéria privada, interna, de


cunho particular das Casas Legislativas.

Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (é aquela de efeitos


gerais e abstratos, ou seja, que apresenta generalidade e abstração)

De substituição de ação popular ou ação de cobrança. Conforme a


súmula nº 101 do STF23, o mandado de segurança não substitui a ação
popular e, consoante a súmula nº 269 da Suprema Corte, também não
substitui ação de cobrança.

STF: “É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração


de mandado de segurança”.( prazo decadencial de 120 dias, contados a
partir da data em que o interessado tiver conhecimento do ato a ser
impugnado.)

STF, por maioria, decidiu que a desistência do mandado de segurança é


possível, sendo uma prerrogativa de quem o propõe e pode ocorrer a
qualquer tempo, sem anuência da parte contrária e independentemente de já
ter havidodecisão de mérito, ainda que favorável ao autor da ação.

o mandado de segurança deverá ter seu mérito apreciado


independentemente de superveniente trânsito em julgado da decisão
questionada pelo mandamus. Nesse sentido, se aimpetração do mandado de
segurança for anterior ao trânsito em julgado da decisão questionada,
mesmo que venha a acontecer, posteriormente, o mérito do MS deverá ser
julgado, não podendo serinvocado o seu não cabimento ou a perda de
objeto.

decidido que o acórdão concessivo do MS que determina o pagamento


retroativo dos valores devidos a anistiado político deve incluir também os
juros de mora e correção monetária. Nesse sentido, não é necessário o
ajuizamento de ação autônoma para o pagamento dos consectários legais
inerentes à reparação econômica devida a anistiado político e reconhecida
por meio de Portaria do Ministro da Justiça

STF, não cabe condenação em honorários de advogado na ação de


mandado de segurança.
“A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva
categoria”

O requisito de funcionamento há pelo menos 1 (um) ano aplica-se somente


às associações, não existindo para as entidades de classe ou sindicatos.
Assim, o sindicato e a entidade de classe somente precisam estar
legalmente constituídos e terem por objetivo a defesa de interesses de seus
membros ou associados.

a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não é necessária a


autorização expressa dos membros da entidade para a impetração do
mandado de segurança coletivo.

STF, o estado-membro não dispõe de legitimidade para propor, contra a


União, mandado de segurança coletivo em defesa de supostos interesses da
população residente na unidade federada.

Mandado de injunção
De acordo com o entendimento firmado no STF, o mandado de injunção é
remédio destinado a suprir lacuna ou ausência de regulamentação de direito
previsto em norma Constituição. (Infraconstiticional NÃO) => e que
impeça o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania

O mandado de injunção pode ser ajuizado coletivamente, embora inexista


previsão expressa na CRFB/88.

o STF já decidiu que a não regulamentação (a ausência de norma) não


acaba com a simples apresentação do projeto de lei ao Poder Legislativo. a
inertia deliberandi (demora em deliberar e transformar em lei o projeto que
visa regulamentar a norma constitucional) autoriza a propositura de MI
para discutir a mora.

Estará prejudicada a impetração se a norma regulamentadora for editada


antes da decisão, caso em que o processo será extinto sem resolução de
mérito

O STF entende que extrapola os limites do mandado de injunção a


pretensão de resolver o problema da lacuna normativa do período anterior à
edição da lei regulamentadora
Para ser cabível o mandado de injunção, não basta que haja eventual
obstáculo ao exercício de direito ou liberdade constitucional em razão de
omissão legislativa, mas concretainviabilidade de sua plena fruição pelo
seu titular. Daí por que há de ser comprovada de plano, a titularidade do
direito (...) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de
normaregulamentadora do direito constitucional.

existem diversos precedentes no STF indicando a ausência de interesse


processual para impetrar mandado de injunção no que se refere à
aposentadoria especial de servidores públicos que exercem a atividades sob
condições prejudiciais à saúde ou à integridade física, (Pois, a omissão
legislativa (uma vez que não foi editada a lei complementar
correspondente), o vácuo normativo não mais representa inviabilidade do
gozo do direito à aposentadoria em regime especial pelos servidores
públicos cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física.)

STF, em sua jurisprudência, sempre reputou válida a impetração do


mandado de injunção coletivo, por analogia ao mandado de segurança
coletivo.
(CONCORDA)
possibilidade de concessão de liminar no mandado de injunção, a
jurisprudência tradicional do STF continua firme no sentido de que não é
cabível a concessão no mandado de injunção,

A teoria “não concretista”, que tradicionalmente foi adotada pela maioria


dos Ministros do STF, preceitua ser a decisão concessiva da injunção
possuidora de natureza exclusivamente declaratória, tendo por objeto
apenas o reconhecimento, por meio de sentença, da omissão na edição da
norma regulamentadora. A partir de outubro de 2007 o STF passou a adotar
a teoria concretista quanto aos efeitos do mandado de injunção, prolatando
sentenças geradoras de efeitos que viabilizam imediatamente o exercício de
direitos previstos constitucionalmente, mesmo que ainda dependentes de
complementação legislativa.

numa autêntica virada jurisprudencial, o STF passou a prolatar sentenças


com perfil normativo-aditivo, isto é, decisões geradoras de efeitos que
viabilizam imediatamente o exercício de direitos previstos
constitucionalmente, mesmo que ainda dependentes de complementação
legislativa.

Habeas data
HABEAS DATA

“Conceder-se-á habeas data: III – para a anotação nos assentamentos do


interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável”. O STF
considerou constitucional a previsão legal,

STF no habeas data não se revela como meio idôneo (adequado) para se
obter vista de processo administrativo. (o remédio constitucional ser
manejado é o mandado de segurança.)

reconheceu o habeas data como instrumento processual adequado para a


obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento
de tributos constantes de sistemas informatizados de apoio à arrecadação
dos órgãos da administração fazendária.

Ação Popular
ação popular, independentemente de demonstração de ilegalidade, ao
permitir que ela tenha porobjeto anular ato lesivo à moralidade
administrativa
(e outros direitos difusos - Impetrado por CIDADÃO = direito a votar
e ser político)

Você também pode gostar