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Teoria da Informação e Conceitos iniciais de BD

Dados, Informação e Conhecimento

Conceitos Relevantes

Dado

Representação de todo e qualquer elemento de conteúdo cognitivo, passível de


ser comunicada, processada e interpretada de forma manual ou automática. Au-
tor: Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística
Representação de fatos, de conceitos ou de instruções apresentada de uma ma-
neira formalizada e adequada para a comunicação, interpretação ou processa-
mento por seres humanos ou por meios automáticos. Quaisquer representações,
tais como caracteres ou quantidades analógicas cujo significado é ou pode ser as-
sinalado. Autor: Dep. of Defense Dictionary of Mil. and Assoc. Term
Definimos dado como uma seqüência de símbolos quantificados ou quantificá-
veis. Portanto, um texto é um dado. De fato, as letras são símbolos quantifica-
dos, já que o alfabeto por si só constitui uma base numérica. Também são dados
imagens, sons e animação, pois todos podem ser quantificados a ponto de al-
guém que entra em contato com eles ter eventualmente dificuldade de distinguir
a sua reprodução, a partir da representação quantificada, com o original. Autor:
Valdemar W. Setzer.

Informação

A informação é um conhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (impres-


sa ou digital), oral ou audiovisual, em suporte Autor: LE COADIC, Yves-Fran-
çois. A ciência da informação.

Conhecimento

O conhecimento decorre de um processo humano complexo, com características


subjetivas e profundamente relacionadas ao sistema de valores do indivíduo e de
seu meio ambiente cultural. O conhecimento é criado e organizado por muitos
fluxos de informações; parte da informação é proveniente do próprio indivíduo e
parte é adicionada pelo meio ambiente cultural, sendo que a segunda parte pode
provocar a reestruturação da primeira parte no indivíduo. Au-
tor: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext

Inteligência
“é a aplicação do conhecimento, ou seja, quais ações podem ser tomadas através
do conhecimento que foi adquirido.”

Gestão do Conhecimento
Na perspectiva japonesa, a empresa é vista como um organismo vivo, e o conheci-
mento é considerado uma criação social.
A gestão do conhecimento refere-se ao processo pelo qual uma organização cria
valor a partir de seu conhecimento e ativos intelectuais, contribuindo assim para o
crescimento de sua riqueza.
A Teoria da Criação do Conhecimento de Nonaka e Takeuchi destaca a inte-
gração do conhecimento tácito e explícito e sua expansão através de interações
dinâmicas entre as pessoas.
O conhecimento é visto como uma criação individual que se espalha pela organi-
zação, formando uma "rede de conhecimento da organização".

Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997) – adaptado

Banco de Dados

Conceito Genérico de Banco de Dados


Um banco de dados (BD) (ou repositório de dados ou depósito de dados) é uma co-
leção de dados relacionados entre si.
Conceito Específico de Banco de Dados
Um banco de dados deverá possuir as seguintes características:
Um banco de dados deve ser projetado, construído e populado com dados logica-
mente coerente e com um determinado significado inerente;
Deve possuir um conjunto pré-definido de usuários e aplicações;
Representar algum aspecto do mundo real, o qual é chamado de “mini-mundo”.
Qualquer alteração efetuada no mini-mundo é automaticamente refletida no banco
de dados.

Definição simplificada de Banco de Dados:


“Conjunto de dados integrados que tem por objetivo atender a uma comunidade de
usuários”

Conceito De Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD)


“Software que incorpora as funções de definição, recuperação e alteração de dados
em um banco de dados.”

Conceito De Sistema de Banco de Dados


Um sistema de Banco de dados é formado por:
1º Dados (banco de dados)
2º Hardware
3º Software (SGBD)
4º Pessoas (usuários e técnicos)

De maneira simplificada, podemos dizer que:

Sistema de Banco de dados = Banco de dados + SGBD

Principais Características de um Banco de Dados

Segundo Elmasri, 2011, as características abaixo podem distinguir a abordagem de


banco de dados:
Natureza de autodescrição de um de um sistema de banco de dados.
O banco de dados possui em seu sistema não só o conjunto de dados, mas também
uma definição/descrição completa da sua estrutura e restrições.
Isolamento entre programas e dados ( independência dos dados)
A estrutura dos arquivos de dados é armazenada no catálogo de dados, separada dos
programas de acesso
Abstração de dados
Segundo ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 19), a abstração de dados “refere-se à su-
pressão de detalhes da organização e armazenamento de dados, destacando recursos
essenciais para um melhor conhecimento desses dados”.
Em outras palavras, é possível descrever o banco de dados sem ater-se a especifici-
dades de hardware e software.
Suporte de múltiplas visões dos dados.
Uma vez que o banco de dados pode possuir vários usuários, cada usuário pode ter
uma visão específica do banco de dados
Uma visão é uma maneira de observação dos dados do banco de dados, que pode ser
um subconjunto ou conter dados virtuais que são derivados do banco de dados origi-
nal.
Compartilhamento de dados e processamento de transação multiusuário.
O sistema de banco de dados deve permitir o acesso simultâneo de vários usuários

Metadados e Catálogo de Dados


Metadados são descritos como “dados sobre um dados”.
Em outras palavras, são um conjunto de características sobre os dados que não es-
tão normalmente incluídas nos dados propriamente ditos.

Uma definição possível de Catálogo de Dados pode ser a seguinte, extraída de uma
questão do CESPE (2016) da questão do concurso para o TCE-SC:
“O catálogo de um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional armazena
a descrição da estrutura do banco de dados e contém informações a respeito de cada
arquivo, do tipo e formato de armazenamento de cada item de dado e das restrições
relativas aos dados.”

Vantagens do uso de um SGBD


1º Controle de redundâncias – para evitar duplicação de esforço, desperdício de es-
paço de armazenamento e inconsistência
2º Restrição do acesso não autorizado – por meio da criação de usuários (protegi-
dos por senha) com diferentes tipos de permissões de acesso
3º Armazenamento persistente para objetos de programas e estruturas de dados
4º Estruturas de armazenamento e técnicas de busca para o processamento efici-
ente de consultas – por meio da criação de índices e da manutenção de caches em
memória principal
5º Mecanismos de backup e recuperação – para garantir a integridade dos dados no
caso de falhas
6º Múltiplas interfaces de usuário – para apoiar os diferentes perfis de usuários que
interagem com os BDs
7º Capacidade de representação de relacionamentos complexos entre dados
8º Imposição de restrições de integridade – como: de tipo, de integridade referenci-
al, de singularidade (chave)
9º Possibilidade de deduzir dados e executar ações por meio de regras
10º
Transações A.C.I.D
ACID é um termo que descreve as propriedades que garantem a integridade das tran-
sações em um banco de dados:

Atomicidade
Garante que as transações sejam indivisíveis (atômicas), ou seja, ou elas ocorrem
em sua totalidade, ou nenhuma delas ocorrem.
COMMIT: operação utilizada quando a transação é concluída com sucesso (e os
dados são alterados salvos em disco)
ROLLBACK: operação utilizada se houver falha nas operações da transação, o
banco retornará ao estado anterior ao início da operação.
Consistência
A transação deve respeitar as regras de integridade dos dados, levando o banco de
dados de um estado consistente para outro estado de consistência.
Isolamento
Essa propriedade evita que transações que ocorram simultaneamente interfiram
uma nas outras. Para que uma transação leia os dados gravados por outra, é preciso
que a outra esteja concluída.
Durabilidade
Significa que os efeitos da transação são permanentes, isto é, que as alterações fo-
ram registradas e que somente poderão ser alteradas por outra transação bem-suce-
dida posterior.

Referência Bibliográfica: Sistemas de Bancos de Dados, Elmasri e Navathe. Editora


Pearson

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