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BANCO DE DADOS

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar no crescimento do uso de computadores em
nosso cotidiano? E na quantidade de empresas e de lojas comerciais
quefazem uso de sistemas para gerenciar seus negócios? Pois o banco
de dados(BD) e as demais tecnologias em volta dele estão entre os
principais elementos que provocam um grande impacto no crescimento
do uso de computadores na sociedade moderna.
O BD representa uma ferramenta essencialem quase todas as áreas nas
quais os computadores são utilizados, incluindonegócios diversos,
comércio eletrônico, Engenharia, Medicina, Direito, Educação e as
Ciências da Informação, para citar apenas algumas delas.
DEFINIÇÃO
Um banco de dados é uma coleção de dados relacionados. Os dados são
fatos que podem ser gravados e que possuem um significado implícito.

Por exemplo, considere nomes, números telefônicos e endereços de


pessoas que você conhece. Esses dados podem ter sido escritos em
uma agenda de telefones ou armazenados em um computador, por meio
de programas como o Microsoft Access ou Excel. Essas informações são
uma coleção de dados com um significado implícito, consequentemente,
um banco de dados.
PROPRIEDADES
Um banco de dados possui as seguintes propriedades:
• um banco de dados é uma coleção lógica coerente de dados com um
significado inerente; uma disposição desordenada dos dados não pode ser
referenciada como um banco de dados;
• um banco de dados é projetado, construído e populado com dados para um
propósito específico; um banco de dados possui um conjunto pré-definido de
usuários e aplicações;
• um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, o qual é
chamado de “minimundo”; qualquer alteração efetuada no minimundo é
automaticamente refletida no banco de dados.
Sendo assim, um banco de dados pode ser de qualquer tamanho e
de complexidade variável; pode ser gerado e mantido manualmente ou pode
ser automatizado (computadorizado). Desta forma, um BD pode ser cria-
do e mantido por um conjunto de programas desenvolvidos especialmente
para isto, ou ainda melhor, por um Sistema Gerenciador de Banco de Dados
(SGBD). Um SGBD permite que as pessoas (os usuários) criem e manipulem
seus bancos de dados. O objetivo principal de um SGBD é proporcionar um
ambiente eficiente para o armazenamento e para a recuperação das infor-
mações no banco de dados.
UTILIZAÇÃO
Os bancos de dados são implementados e utilizados em diversas áreas. Vamos conhecê-las? A seguir, estão
relacionadas algumas delas.

• Instituições de ensino: para informações administrativas, de alunos, cursos, notas etc.


• Empresas de energia: para a gerência do consumo de energia, geração de contas etc.
• Bancos: para informações de clientes, contas, empréstimos, financiamentos e todas as transações bancárias.
• Meio ambiente: para o controle das questões climáticas, informações sobre desmatamentos, sobre o solo etc.
• Transações com cartão de crédito: para compras com cartões e geração de faturas.
• Telecomunicação: para manter registros de chamadas, gerenciar contas, gerenciar informações de conectividade,
links de internet etc.
• Finanças: para armazenar informações de compras, vendas etc.
• Indústria: para gerenciamento e controle da produção e de todos os itens envolvidos.
• Recursos humanos: para informações sobre funcionários, salários, lançamentos em folha de pagamento
(benefícios e impostos pagos), geração de contracheques.
• Outras áreas.
Sistema de Banco de Dados X Sistema de Arquivos

Antes dos Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) as aplicações


utilizavam sistemas de arquivos do Sistema Operacional. Através de arquivos, as
aplicações armazenavam seus dados através das interações com a aplicação.

Sendo armazenados em diversos arquivos, precisando de diferentes programas de


aplicações para extrair e acrescentar registros, elevando os custos destas aplicações.

A vantagem de um banco de dados é que os dados e registros contidos em tabelas


diferentes podem ser facilmente organizadas e recuperadas utilizando software de
gestão especializado chamado de sistema gerenciador de banco de dados (SGBD) ou
gerente de banco de dados.
PROFISSIONAIS DA ÁREA

Para um pequeno banco de dados pessoal, como a lista de endereços,


uma pessoa normalmente define, constrói e manipula o banco de dados,
sem compartilhamento.
Porém, em grandes organizações, muitas pessoas estão envolvidas no
projeto, no uso e na manutenção de um grande banco de dados, com
centenas de usuários.
Nesta seção, identificamos as pessoas cujas funções envolvem o uso
diário de um grande banco de dados.
PROFISSIONAIS DA ÁREA

Administradores de banco de dados


Em qualquer organização onde muitas pessoas utilizam os mesmos recursos, há uma
necessidade de um administrador principal para supervisionar e gerenciar tais recursos. Em
um ambiente de banco de dados, o recurso principal é o próprio banco de dados, e o recurso
secundário é o SGBD e os softwares relacionados. A administração desses recursos é de
responsabilidade do administrador de banco de dados (DBA — database administrator).
O DBA é responsável por autorizar o acesso ao banco de dados, coordenar e monitorar seu
uso e adquirir recursos de software e hardware conforme a necessidade. Também é
responsável por problemas como falhas na segurança e demora no tempo de resposta do
sistema.
Em grandes organizações, ele é auxiliado por uma equipe que executa essas funções.
PROFISSIONAIS DA ÁREA

Projetistas de banco de dados


Os projetistas de banco de dados são responsáveis por identificar os dados a serem
armazenados e escolher estruturas apropriadas para representar e armazenar esses dados.
Essas tarefas são realizadas principalmente antes que o banco de dados esteja realmente
implementado e populado com dados. É responsabilidade dos projetistas de banco de dados se
comunicar com todos os potenciais usuários a fim de entender suas necessidades e criar um
projeto que as atenda.
Em muitos casos, os projetistas estão na equipe de DBAs e podem receber outras
responsabilidades após o projeto do banco de dados estar concluído. Os projetistas de banco
de dados normalmente interagem com cada potencial grupo de usuários e desenvolvem visões
do banco de dados que cumprem os requisitos de dados e processamento desses grupos.
Cada visão é então analisada e integrada às visões de outros grupos de usuários.
PROFISSIONAIS DA ÁREA

Os usuários finais são pessoas cujas funções exigem acesso ao banco


de dados para consultas, atualizações e geração de relatórios. O banco
de dados existe primariamente para atender os usuários finais.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Controlando a redundância
No desenvolvimento de software tradicional, utilizando processamento de
arquivo, cada grupo de usuários mantém os próprios arquivos para tratamento
de suas aplicações de processamento de dados.
Na técnica tradicional, cada grupo mantém de maneira independente os
arquivos sobre os alunos.
O departamento financeiro mantém dados sobre o registro e informações
relacionadas a faturas, enquanto o departamento de registro acadêmico
acompanha as disciplinas e as notas dos alunos. Outros grupos podem duplicar
ainda mais alguns ou todos os dados nos próprios arquivos.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Controlando a redundância
Essa redundância causada ao armazenar os mesmos dados várias vezes gera
diversos problemas. Primeiro, é preciso realizar uma única atualização lógica — como
a entrada de dados sobre um novo aluno — várias vezes: uma para cada arquivo onde
o dado do aluno é registrado. Isso ocasiona uma duplicação de esforço.
Segundo, o espaço de armazenamento é desperdiçado quando o mesmo dado é
armazenado repetidamente, e esse problema pode ser sério para grandes bancos de
dados. Terceiro, os arquivos que representam os mesmos dados podem tornar-se
inconsistentes. Isso porque uma atualização é aplicada a alguns dos arquivos, mas não
a outros.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Controlando a redundância
Na abordagem de banco de dados faz que tenhamos um projeto que
armazena cada item de dados lógico — como o nome ou a data de
nascimento de um aluno — em apenas um lugar no banco de dados.
Isso é conhecido como normalização de dados, e garante consistência e
economia de espaço de armazenamento. o SGBD deve ter a capacidade
de controlar toda redundância a fim de proibir inconsistências entre os
arquivos.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Restringindo o acesso não autorizado


Quando vários usuários compartilham um grande banco de dados, é provável que a
maioria deles não esteja autorizada a acessar todas as informações nele contidas. Por
exemplo, dados financeiros normalmente são considerados confidenciais, e somente
pessoas autorizadas têm permissão para acessá-los.
Além disso, alguns usuários só podem ter permissão para recuperar dados, enquanto
outros podem recuperar e atualizar. Logo, o tipo de operação de acesso —
recuperação ou atualização — também deve ser controlado. Em geral, os usuários ou
grupos de usuários recebem números de conta protegidos por senhas, que podem
usar para acessar o banco de dados.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Restringindo o acesso não autorizado


Um SGBD deve oferecer um subsistema de segurança e autorização, que o
DBA utiliza para criar contas e especificar suas restrições. Então, o SGBD
deve impor essas restrições automaticamente. Observe que podemos
aplicar controles semelhantes ao software de SGBD.
Por exemplo, somente o DBA está autorizado a usar certo software
privilegiado, como o software para criar contas. De modo semelhante,
usuários paramétricos podem ter permissão para acessar o banco de dados
apenas por meio de transações programadas predefinidas, desenvolvidas
para seu uso.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Oferecendo backup e recuperação


Um SGBD precisa oferecer recursos para recuperar-se de falhas de hardware
ou software. Seu subsistema de backup e recuperação é responsável por isso.
Por exemplo, se o sistema do computador falhar no meio de uma transação de
atualização complexa, o subsistema de recuperação é responsável por garantir
que o banco de dados seja restaurado ao estado em que estava antes da
transação ser executada.
Como alternativa, o subsistema de recuperação poderia garantir que a
transação seja reiniciada no ponto em que foi interrompida, de modo que seu
efeito completo seja registrado no banco de dados.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Restrições de integridade
A maioria das aplicações de banco de dados possui certas restrições de
integridade que devem ser mantidas para os dados. Um SGBD deve
oferecer capacidades para definir e impor tais restrições.
O tipo mais simples de restrição de integridade envolve especificar um tipo
de dado para cada item de dado. Por exemplo, em um database podemos
especificar que o valor do campo Tipo_aluno em cada registro da tabela
ALUNO deve ser um inteiro de um dígito e que o valor do campo Nome
precisa ser um alfanumérico de até 30 caracteres.
VANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Restrições de integridade
Um tipo de restrição mais complexo, que ocorre com frequência, envolve
especificar que um registro em um arquivo deve estar relacionado a
registros em outros arquivos.
Por exemplo, podemos especificar que cada registro de turma deve estar
relacionado a um registro ou mais de um de disciplina. Isso é conhecido
como restrição de integridade referencial.
DESVANTAGENS DO USO DA ABORDAGEM SGBD

Contudo, cabe ressaltar também que existem algumas situações nas quais é
desaconselhado o uso de banco de dados. Vamos ver em quais situações isto
acontece?
As desvantagens ocorrem quando:
• seu uso apresentar um custo desnecessário em relação à abordagem tradicional
de arquivos;
• requerer um alto investimento inicial com software e hardware;
• o banco de dados e as aplicações são simples, bem definidas e não necessitam
de mudanças no projeto;
• os múltiplos acessos não são necessários.
SISTEMAS DE BANCO DE
DADOS -
CONCEITOS E
ARQUITETURA
Já tinha ouvido falar em sistema de banco de dados (SBD)?
Acredito que, alguns, sim; mas, de qualquer forma, nesta aula, iremos
abordar diversos conceitos envolvendo sistemas de banco de dados, a
arquitetura de um sistema de banco de dados e seus componentes e,
principalmente, apresentar os modelos de dados mais conhecidos e
utilizados.
ARQUITETURA EM 2 CAMADAS -
CLIENTE/SERVIDOR

ARQUITETURA EM 3 CAMADAS
MODELOS DE DADOS

Para ter condições de construir projetos de banco de dados, é preciso,


antes, conhecer e entender os modelos de dados. Vamos começar,
então?
Uma grande vantagem do uso de banco de dados é o poder de abstração
dos dados que o banco permite. Neste caso, o usuário não necessita
conhecer detalhes do armazenamento de dados para acessá-los ou
manipulá-los.
MODELOS DE DADOS

Os modelos de dados são um conjunto de conceitos utilizados para a descrição


da estrutura de um banco de dados.
A estrutura de um banco de dados deve ser entendida como sendo a definição
dos tipos de dados, dos relacionamentos e das restrições que devem suportar os
dados.
Os tipo são:

Modelo de alto nível

Modelo de baixo nível

Modelo de dados representacionais
MODELOS DE DADOS

Modelos de Alto Nível

Modelo Entidade Relacionamento:

O Modelo Entidade Relacionamento (E-R) é baseado em uma percepção de um


mundo real, que consiste em uma coleção de objetos básicos, chamados
entidades, e de relações entre esses objetos, chamadas de relacionamentos.
MODELOS DE DADOS

Modelos de Alto Nível

Modelo orientado a objeto:

Assim como o modelo ER, o


modelo orientado a objetos tem
por base um conjunto de
objetos. Um objeto contém
valores que são armazenados
em variáveis; estes valores de
variáveis são conhecidos como
instâncias dentro do objeto.
MODELOS DE DADOS

Modelos de Baixo Nível

Conhecido como modelo de dados físicos, descreve os detalhes de como os dados


estão armazenados no computador.
MODELOS DE DADOS

Modelo de dados representacionais

Modelo intermediário que oferece os conceitos que podem ser entendidos pelos
usuários finais e também dispõe de informações de como os dados estão organizados
dentro do computador. São eles:

Modelo relacional

Modelo de rede

Modelo hierárquico
MODELOS DE DADOS

Modelo de dados representacionais

Modelo relacional: utiliza um conjunto de tabelas para representar tanto os dados


como a relação entre eles. Cada tabela possui, normalmente, diversas colunas, e
cada uma possui um nome único.
MODELOS DE DADOS

Modelo de dados representacionais

Modelo de rede: neste modelo, os dados são representados por um conjunto de


registros, e as relações entre esses registros são representadas por links (ligações),
os quais podem ser vistos por ponteiros (setas).
MODELOS DE DADOS

Modelo de dados representacionais

Modelo hierárquico: o modelo hierárquico assemelha-se ao modelo em rede, uma vez


que os dados e as suas relações são representados, respectivamente, por registros e
links, também. A diferença principal é que, no modelo hierárquico, os registros estão
organizados em árvores.
INSTÂNCIA

Entende-se por instância do banco de dados os valores/dados assumidos pelas


variáveis do programa. Assim, podemos dizer que os dados (valores) armazenados
em um banco de dados, em um determinado instante do tempo, formam um conjunto
chamado de “instância do banco de dados”.
ESQUEMA

Um esquema do banco de dados define como os dados são organizados dentro de


um banco de dados relacional. Isso inclui restrições lógicas, como nomes de tabelas,
campos, tipos de dados e relacionamentos entre essas entidades.
ATIVIDADES

Iremos realizar atividades dos assuntos até agora vistos.


ATIVIDADES COM
MICROSOFT ACCESS

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