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Sumário
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS ............................................................................................ 1
Habeas Corpus ...................................................................................................................................................... 1
Mandado de segurança individual ....................................................................................................................... 2
Mandado de Segurança Coletivo.......................................................................................................................... 3
Mandado de Injunção........................................................................................................................................... 4
Mandado de Injunção Coletivo (legitimados ativos) ............................................................................................ 6
Habeas data .......................................................................................................................................................... 7
Ação Popular ........................................................................................................................................................ 8

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Prova da 1ª Fase da OAB
RESUMÃO
DIREITO CONSTITUCIONAL

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

Habeas Corpus
Art. 5º (...) LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder; (grifo nosso).

▪ Habeas corpus repressivo (liberatório) – aqui o indivíduo já sofreu violência


ou coação em sua liberdade de locomoção.
▪ Habeas corpus preventivo (salvo-conduto) – nesse caso, a pessoal natural
entende estar ameaçada de ter sua liberdade de locomoção desrespeitada.

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


A legitimidade para ajuizar o habeas O habeas corpus é impetrado contra a
corpus é universal. autoridade coatora (autoridade policial,
autoridade judicial etc.) ou contra
particular.

Vedação à concessão de Habeas Corpus


Principais situações que não cabe habeas corpus:
a) Não caberá habeas corpus para impugnar decisões do STF, sejam
colegiadas ou monocráticas;
b) Não caberá habeas corpus para impugnar decisão judicial que suspende os
direitos políticos;
c) Não caberá habeas corpus para impugnar pena sofrida em processo
administrativo disciplinar;
d) Não caberá habeas corpus para impugnar pena pecuniária. STF, Súmula 693
- “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou
relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja
a única cominada”.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

e) Não caberá habeas corpus para impugnar pena de privação à liberdade já


extinta. STF, Súmula 695 - “Não cabe habeas corpus quando já extinta a
pena privativa de liberdade”.
f) Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares (art.
142, § 2º, CF/1988);
g) Não caberá habeas corpus para impugnar penas de perda de patente ou de
função pública. STF, Súmula 694 – “Não cabe habeas corpus contra a
imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de
função pública”.
h) Não caberá habeas corpus para impugnar decisão que autorizou a quebra
de sigilo bancário, fiscal ou telefônico, desde que tal medida não resulte em
condenação de privação de liberdade (prisão do indivíduo).

Mandado de segurança individual

Art. 5º (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para


proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público;

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


▪ - Qualquer pessoa física (residente ou Mandado de segurança é impetrado
não, domiciliada ou não, brasileiro ou contra a autoridade coatora: (i) seja
estrangeiro) ou Pessoa jurídica; autoridade pública (ii) seja entidades
▪ - Órgão público despersonalizado, mas privadas no exercício de atribuições do
que tenha capacidade processual; Poder Público.
▪ - Universalidades de bens e direitos que
possuem capacidade processual;
▪ - Agentes políticos na defesa de suas
atribuições e prerrogativas, e
▪ - Ministério Público.

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Não cabe a impetração do MS


Principais situações que não cabe mandado de segurança:
a) Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de ato
administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução (art. 5º, inciso I, Lei nº 12.016/07 – Lei do
Mandado de Segurança);
b) Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de decisão
judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo (art. 5º, inciso II, Lei nº
12.016/07 – Lei do Mandado de Segurança);
c) Não se concederá mandado de segurança quando se tratar de decisão
judicial transitada em julgado (art. 5º, inciso III, Lei nº 12.016/07 – Lei do
Mandado de Segurança c/c STF, Súmula 268).
d) Não se concederá mandado de segurança contra lei em tese, mas sim contra
o fato sobre o qual a lei incide. STF, Súmula 266 - "Não cabe mandado de
segurança contra lei em tese."

Mandado de Segurança Coletivo


O mandado de segurança coletivo assemelha-se ao mandado de segurança
individual, em relação à necessidade do direito líquido e certo, ao caráter residual,
e contra as autoridades responsáveis pela ilegalidade ou abuso de poder

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


o mandado de segurança coletivo pode Os legitimados passivos do mandado de
ser impetrado por: segurança coletivo são os mesmos do
a) partido político com representação no mandado de segurança individual –
Congresso Nacional; autoridade pública ou agente de pessoa
b) organização sindical, entidade de jurídica no exercício de atribuições do
classe ou associação legalmente Poder Público.
constituída e em funcionamento há pelo
menos 01 ano, em defesa dos interesses
de seus membros ou associados.

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STF, Súmula 629: “A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade


de classe em favor dos associados independe da autorização destes.”

STF, Súmula 630: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de


segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da
respectiva categoria.”

Efeitos
Art. 22, caput e § 1º, da Lei nº 12.016/07 – Lei do Mandado de Segurança:

Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará


coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou
categoria substituídos pelo impetrante.
§ 1º O mandado de segurança coletivo não induz
litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da
coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título
individual se não requerer a desistência de seu mandado de
segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência
comprovada da impetração da segurança coletiva. (grifo nosso).

Dessa forma, a sentença que concede a ordem de mandado de segurança coletivo


não tem efeito erga omnes, tem seus efeitos limitados aos membros da categoria
substituídos pelo legitimado ativo.

Mandado de Injunção

Art. 5º (...) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre


que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;

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Art. 2º da Lei nº 13.300/2016 – Lei do Mandados de Injunção:

Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta


total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.
Parárafo único. Considera-se parcial a regulamentação quando
forem insuficientes as normas editadas pelo órgão legislador
competente.

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


São legitimados para o mandado de São legitimados passivos qualquer
injunção, como impetrantes, as pessoas poder, órgão ou autoridade com
naturais ou jurídicas que se afirmam atribuição para editar norma
titulares dos direitos, das liberdades ou regulamentadora.
das prerrogativas referidos no art. 2º e,
como impetrado, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a
norma regulamentadora (art. 3º, Lei nº
13.300/2016).

Posicionamento concretista
Pela posição concretista, em caso de constatada mora do legislador, o Poder
Judiciário viabiliza o exercício de determinado direito constitucional, editando ou
identificando a norma aplicável para a concretização do direito reclamado.
Ademais, essa posição se subdivide em relação a abrangência dos efeitos da
decisão judicial:

i) Concretista geral: nesse grupo a decisão do Poder Judiciário produziria


efeitos erga omnes, atingindo, dessa forma, todos os titulares do direito
lesado pela ausência de norma regulamentadora.

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ii) Concretista individual: por seu turno, para essa posição a decisão do
Poder Judiciário produziria efeitos apenas para o autor (individuo) da
ação. Ainda, há a divisão entre a posição concretista individual direta e
concretista individual intermediária. Na posição direta, já a partir da
decisão judicial temos os efeitos imediatos para o autor da ação. Na
posição intermediária, em um primeiro momento, o judiciário declara um
prazo razoável para o legislador legislar. Em caso de inércia, o próprio
poder judiciário buscará concretizar o direito, promovendo uma atuação.

A despeito do princípio da separação dos poderes, o STF vem adotando a posição


concretista, muito em decorrência da constante omissão do legislador, já a Lei nº
13.300/2016, adotou, em regra, o posicionamento concretista individual

Posicionamento não concretista


No posicionamento não concretista, o Poder Judiciário reconhece a omissão
inconstitucional e comunica a autoridade responsável pela edição do ano
normativo, entretanto, não supre a ausência da norma.

Mandado de Injunção Coletivo (legitimados ativos)

Art. 12 da Lei nº 13.300/2016 – Lei do Mandados de Injunção, o mandado de


injunção coletivo pode ser impetrado por:
a) Partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou
relacionados com a finalidade partidária;
b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou
de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e
desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto,
autorização especial;

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c) Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante


para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses
sociais ou individuais indisponíveis;
d) Defensoria Pública: quando a tutela requerida for especialmente relevante
para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e
coletivos dos necessitados.

Habeas data
Art. 5º (...) LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;

Art. 7º da Lei nº 9.507/1997– Lei do Habeas Data,

Art. 7° Conceder-se-á habeas data:


I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados
de entidades governamentais ou de caráter público;
II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas
justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
(grifo nosso).

Portanto, o Habeas Data é remédio constitucional cabível em três situações:


a) para se conhecer informações relativas ao impetrante – sendo por isso, uma
ação personalíssima, não podendo ser buscada a informação de terceiro;
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b) para se retificar dados;


c) para que os dados sejam complementados, como anotações nos
assentamentos do interessado.

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


Qualquer pessoa física ou jurídica, No polo passivo estará o responsável
brasileira ou estrangeira, diretamente pelos registros ou bancos de dados de
interessada na informação. entidades governamentais ou de caráter
público.

Ação Popular
Art. 5º (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

Legitimidade Ativa Legitimidade Passiva


Poderá figurar no polo ativo da ação No polo passivo da ação popular estará
popular qualquer cidadão em gozo dos a Administração Pública, direta ou
direitos civis e políticos. indireta, pessoas jurídicas de que o
Poder Público tenha participação,
autoridades, particular beneficiário do
ato, administradores e os servidores e
empregados públicos.

Prazo prescricional para ajuizamento de ação popular


Nos termos do art. 21, da Lei nº 4.717/1965, a ação popular prescreve em 5 anos.
Atenção, pois o prazo é prescricional e não decadencial.

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Foro especial por prerrogativa de função e a ação popular


Independentemente da autoridade atingida pela ação popular, não haverá foro por
prerrogativa de função, isto é, uma ação popular, cujo polo passivo esteja pessoa
protegida por foro de prerrogativa de função, será julgada em primeira instancia.

Ministério Público e a ação popular


O Ministério Público não poderá ajuizar ação popular. O Ministério Público
acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a
responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em
qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores (art.
6º, § 4º, Lei nº 4.717/1965).

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