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AO DOUTO JUÍZO DA xxxx VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA

COMARCA DE xxxxxxxxxxxx/xx

Processo nº xxxxxxxxxxxxxxx

“RONY WEASLEY” e “GINA WEASLEY”, já


devidamente qualificados nos autos em epígrafe, em que lhe move “ARTHUR
WEASLEY”, igualmente qualificado, vem respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, por sua procuradora signatária, que junta neste ato
instrumento de procuração, com endereço profissional em anexo para
recebimento de notificações e intimações, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO a ação revisional de alimentos, pelas razões de fatos e de
direito à seguir expostos:

1. DA REDUÇÃO DA VERBA ALIMENTAR

Excelência, a presente ação trata-se de uma


revisional de alimentos, onde o Autor pretende a minoração dos alimentos
pagos aos requeridos, sob argumento de que constituiu nova família, bem
como seus rendimentos não acompanharam as variações da moeda, em
resumo não suportando pagar os alimentos antes fixados aos requeridos e
ainda arcar com os gastos oriundos de uma nova família (cuja nova esposa
encontra-se desempregada conforme argumentos do autor).

Em resumo, estes são os argumentos do Autor.


Porém, seus argumentos são falhos e vazios de veracidade, sendo que
demonstrar-se-á com a presente contestação que não há razões para a
alteração dos alimentos fixados.

Em primeira análise, os argumentos do autor são


voltados a suposta incapacidade financeira. Porém, denota-se que seus
rendimentos chegam a mais de R$ 5.600,00, sendo que se tem uma dívida
com o Banco do Brasil de R$ 1.089,81, esta situação não pode ser oposta
contra seus filhos.

Veja que se alega dificuldades financeiras, é


evidente que estes R$ 1.000,00 que lhe estão sendo descontados, contribuem
para a sua pretensa redução financeira, situação cuja a qual deve ser arcada
pelo Autor e não pelos seus filhos.

Ora, muito fácil seria para um pai que paga pensão


alimentícias, comprometer toda sua margem consignável (30%), encher os
bolsos com o dinheiro do empréstimo, e vir na justiça alegar dificuldade
financeira.

Deveria o autor tem pensado bem antes de


comprometer mais de 1 salário mínimo em empréstimo que sequer se digna na
inicial de explicar a origem.

Porque não pegou o empréstimo, e retirou a parcela


da pensão do valor do empréstimo e deu aos filhos? Claro que não Excelência,
preferiu o Autor se beneficiar de sua situação estável no governo, contrair
empréstimo que compromete 1/5 de sua renda, e ingressar pedindo uma
revisão de alimentos! Que Absurdo.
E mais Excelência, se realmente queria
demonstrar sua insuficiência econômica, deveria ter juntado sua
declaração de imposto de renda! Isso porque, conforme se extrai dos
contracheques juntados (fls.18/19), o autor possui uma renda média de R$
5.681,02, sendo que, inclusive, a renda base de cálculo do FGTS é de R$
2.348,68, e alguém com salário neste montante, certamente precisa declarar o
imposto. Vejamos:

Somando-se 12 meses de renda de R$ 2.349,96,


temos um rendimento anual de R$ 28.199,53, ou seja, valor acima do que
previsto para a obrigatoriedade de declaração do imposto de renda.

Assim, diante da ausência de Imposto de Renda,


requer seja a Receita Federal notificada para juntar eventual declaração
do autor, ou caso não haja nenhuma declaração por ele efetivada, que
seja a receita federal notificada a tomar conhecimento da renda salarial
do Autor, tendo em vista a suspeita de sonegação fiscal aqui constatada.

Excelência, alega o Autor que teve outros 2 filhos,


constituiu nova família e que sua esposa está desempregada.

Ocorre que, é conveniente o Autor propor a ação


revisional somente agora, após 4 anos do nascimento de sua última filha, e 7
anos do seu outro filho. Ora, porque somente TODO esse lapso temporal seria
necessário uma revisional? A condição financeira não mudou para pior, muito
pelo contrário, está melhor do que nunca, ao que se percebe.

1
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/imposto-de-renda-2017-saiba-se-deve-
declarar-e-nao-tenha-problemas-como-leao/103475/
Assim sendo, requer à Vossa Excelência a
expedição de ofício às Instituições Financeiras, para que informem se o
Autor possui conta consigo, e caso possua, que juntem extratos
financeiros dos últimos 12 meses, para real investigação da capacidade
financeira do autor, visto que meras alegações aqui, frente as provas de
capacidade econômica, põem em dúvida a insuficiência de recursos
alegados.

Veja que apesar de medida Excepcional, é a única


forma de buscar-se a verdade real no presente feito.

De acordo com o princípio da verdade real, que


preside o processo civil contemporâneo, bem como da lealdade processual,
que constitui dever das partes, pode o juiz adotar medidas investigatórias para
averiguar a veracidade das afirmações prestadas por quem pleiteia redução de
alimentos sob argumento de incapacidade financeira.

Corroborando com o pedido de ofício às


Intuições Financeiras, bem como Ofício à Receita Federal, temos os
seguintes precedentes:

Agravo de Instrumento. Ação de alimentos. Filho


menor. Determinação pelo Juízo, de ofício, da
expedição de ofícios à Receita Federal e Banco
Central para que tais órgãos informem a
existência de contas e aplicações de titularidade
do agravante, e, caso positivo, a expedição de
novos ofícios às instituições financeiras envolvidas
na administração dos eventuais recursos, bem como
o Detran informe a propriedade de veículos.
Aferição da situação financeira do alimentante, a
fim de subsidiar o Julgador no atendimento do
binômio necessidade/possibilidade próprio da
prestação alimentar. Efetividade da prestação
jurisdicional. Busca da verdade real. Precedentes
Jurisprudenciais deste Egrégio Tribunal de Justiça.
Recurso a que se nega seguimento, na forma do art.
557, caput, do C.P.C.. (TJ-RJ - AI:
00319120620068190000 RIO DE JANEIRO BARRA
DA TIJUCA REGIONAL 2 VARA DE FAMILIA,
Relator: GILBERTO DUTRA MOREIRA, Data de
Julgamento: 10/10/2006, DÉCIMA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 24/10/2006)

Agravo de lnstrumento. Ação de Alimentos.


Cerceamento de defesa. Expedição de ofícios
indeferida. Necessidade da busca da verdade real
em relação à situação patrimonial do devedor de
alimentos. Reforma parcial da decisão para a
expedição dos ofícios, conforme sugerido pelo
M.P. Provimento parcial do recurso. (TJ-RJ - AI:
00180024320058190000 RIO DE JANEIRO
CAPITAL 10 VARA DE FAMILIA, Relator: JOSE
CARLOS VARANDA DOS SANTOS, Data de
Julgamento: 09/08/2005, DÉCIMA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 30/08/2005) (grifos meus)

Diante o exposto, evidente que os argumentos de


incapacidade financeira de ser mantida a pensão tal como se encontra, não
merecem ser providos por este juízo.

Os requeridos possuem gastos fixos: (LISTAR


DESPESAS DOS REQUERIDOS, TAIS COMO ESCOLA, ROUPA, VESTIDO).
Veja que apesar da genitora dos Requeridos receber
cerca de R$ xxxxxxxxxxxxxxxx, gasta o triplo com seus filhos, não sendo justo,
por alegação vazia do requerente, ter a pensão reduzida ainda mais, de forma
que não somente honerará demasiadamente a genitora que possui a guarda
das crianças, mas também poderá coloca-la em situação de crise financeira.

E ainda, os menores filhos exclusivos do autor,


não desmerecendo os alimentos dedicados à eles, são crianças que ainda
não necessitam de grandes quantias monetárias para seu
desenvolvimento, diferente de criança/adolescente na fase em que se
encontram os requeridos.

Ao que parece, diante do judiciário e na sua vida


pessoal, os filhos do autor não passam de cifrões que precisa abrir mão,
o que é totalmente vergonhoso!

Em que pesem os argumentos do alimentante, não


há prova cabal a respeito da diminuição de sua capacidade econômica.

Como é consabido, a obrigação alimentar é regida


pela cláusula rebus sic stantibus, sendo passível de modificação o valor
estabelecido a título de alimentos quando sobrevier mudança no binômio
necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante, a teor do disposto
no artigo 1.699 do Código Civil, verbis :

“Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier


mudança na situação financeira de quem os supre,
ou na de quem os recebe, poderá o interessado
reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo
alimentar.”
O Autor não obteve êxito – sendo seu o ônus
probatório em demonstrar alteração em suas possibilidades de molde a
autorizar a pretendida redução do encargo alimentar. Assim já foi
decidido:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE


ALIMENTOS. ANÁLISE DAS NECESSIDADES E
POSSIBILIDADES DAS PARTES. PEDIDO DE
REDUÇÃO DOS ALIMENTOS. CASO CONCRETO.
DESCABIMENTO. A fixação dos alimentos resulta
da análise das possibilidades do alimentante e das
necessidades de quem pede os alimentos. À
redução dos alimentos necessária a demonstração
cabal da impossibilidade financeira daquele que os
presta ou da alteração das necessidades do
postulante. Hipótese não ocorrida no caso dos
autos. Ademais, a alegação de desemprego não
pode ensejar a desobrigação do dever alimentar e a
minoração da verba alimentar, tendo em vista que
cabe ao alimentante buscar meios de prover a
mantença a quem lhe é conferido o dever de
sustento. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº
70023981822, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Ricardo Raupp Ruschel,
Julgado em 29/07/2008)”.

“AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. FILHO


MENOR. ALTERAÇÃO NA SITUAÇÃO
ECONÔMICA DO ALIMENTANTE NÃO
COMPROVADA. O fato de o alimentante ter
constituído nova família, o que gerou o nascimento
de outras filhas, não libera o pai de pagar alimentos
ao filho menor, além de não autorizar que a verba
alimentar seja reduzida a patamar ínfimo. Para que
a pensão alimentar seja minorada é imprescindível
prova significativa de mudança nas possibilidades
do alimentante. Inteligência do art. 1699 CC. O ônus
da produção de tal prova é do autor, consoante
dispõe o art. 333, inciso I, CPC. Apelação
desprovida, de plano. (Apelação Cível Nº
70038181830, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga,
Julgado em 25/03/2011)”.

A revisão dos alimentos exige, portanto,


demonstração cabal acerca da alteração das possibilidades econômicas do
alimentante ou das necessidades da alimentanda.

Ora, a necessidade dos requeridos permanecem


presumidas e crescentes.

Limita-se a alegar que, com o nascimento de novos


filhos, suas possibilidades teriam sido reduzidas. Todavia, não comprova que
tais circunstâncias o impedem de cumprir com sua obrigação perante os
requeridos.

O fato de nova prole não significa,


necessariamente, redução da sua capacidade financeira. É presumível
que, se o alimentante assim o fez, tinha condições de arcar com as
incumbências financeiras advindas, visto que tinha pleno conhecimento
de seus encargos anteriores, não sendo razoável que se transfira para os
requeridos os encargos surgidos com os novos nascidos.

Nesse sentido:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE
ALIMENTOS. ANÁLISE DAS NECESSIDADES E
POSSIBILIDADES DAS PARTES. PEDIDO DE
REDUÇÃO DOS ALIMENTOS. CASO CONCRETO.
DESCABIMENTO. A fixação dos alimentos resulta
da análise das possibilidades do alimentante e das
necessidades de quem pede os alimentos. À
redução dos alimentos necessária a demonstração
cabal da impossibilidade financeira daquele que os
presta ou da alteração das necessidades do
postulante. Hipótese não ocorrida no caso dos
autos. Ademais, a alegação de desemprego não
pode ensejar a desobrigação do dever alimentar e a
minoração da verba alimentar, tendo em vista que
cabe ao alimentante buscar meios de prover a
mantença a quem lhe é conferido o dever de
sustento. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº
70023981822, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Ricardo Raupp Ruschel,
Julgado em 29/07/2008)” (grifo nosso).

“AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. FILHO


MENOR. ALTERAÇÃO NA SITUAÇÃO
ECONÔMICA DO ALIMENTANTE NÃO
COMPROVADA. O fato de o alimentante ter
constituído nova família, o que gerou o nascimento
de outras filhas, não libera o pai de pagar alimentos
ao filho menor, além de não autorizar que a verba
alimentar seja reduzida a patamar ínfimo. Para que
a pensão alimentar seja minorada é imprescindível
prova significativa de mudança nas possibilidades
do alimentante. Inteligência do art. 1699 CC. O ônus
da produção de tal prova é do autor, consoante
dispõe o art. 333, inciso I, CPC. Apelação
desprovida, de plano. (Apelação Cível Nº
70038181830, Sétima Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga,
Julgado em 25/03/2011)”

Assim, não havendo situação que justifique a


alteração da verba alimentar em comento, requer seja o processo julgado
improcedente.

Outrossim, se sua esposa está desempregada, este


encargo, igualmente não pode ser transferido aos filhos do autor com a
representante dos requeridos.

2. DA AJG AOS REQUERIDOS

Os Requeridos são pessoas pobres na acepção do


termo e não possuem condições financeiras para arcar com as custas
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento, razão
pela qual desde já requer o benefício da Gratuidade de Justiça, assegurados
pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015, verbis:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou


estrangeira, com insuficiência de recursos para
pagar as custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.

Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art.


99, § 1º, do novo CPC/2015, o pedido de gratuidade da justiça pode ser
formulado por petição simples e durante o curso do processo, tendo em vista a
possibilidade de se requerer em qualquer tempo e grau de jurisdição os
benefícios da justiça gratuita, ante a alteração do status econômico.

Para tal benefício, os Requeridos juntam declaração


de hipossuficiência e comprovante de renda, os quais demonstram a
inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua
subsistência, conforme clara redação do Código de Processo Civil de 2015:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na
petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da


parte na instância, o pedido poderá ser formulado
por petição simples, nos autos do próprio processo,
e não suspenderá seu curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se


houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por
pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas


exigíveis por lei, faz jus, os Requeridos, ao benefício da gratuidade de justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA
GRATUITA. INDEFERIMENTO DA GRATUIDADE
PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE FUNDADAS
RAZÕES PARA AFASTAR A BENESSE.
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. CABIMENTO.
Presunção relativa que milita em prol da autora que
alega pobreza. Benefício que não pode ser
recusado de plano sem fundadas razões.
Ausência de indícios ou provas de que pode a
parte arcar com as custas e despesas sem
prejuízo do próprio sustento e o de sua família.
Recurso provido. (TJ-SP 22234254820178260000
SP 2223425-48.2017.8.26.0000, Relator: Gilberto
Leme, Data de Julgamento: 17/01/2018, 35ª Câmara
de Direito Privado, Data de Publicação: 17/01/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE DA


JUSTIÇA. CONCESSÃO. Presunção de
veracidade da alegação de insuficiência de
recursos, deduzida por pessoa natural, ante a
inexistência de elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão da
gratuidade da justiça. Recurso provido. (TJ-SP
22259076620178260000 SP 2225907-
66.2017.8.26.0000, Relator: Roberto Mac Cracken,
22ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
07/12/2017)

A assistência de advogado particular não pode ser


parâmetro ao indeferimento do pedido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO. HIPOSSUFICIÊNCIA.
COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE
FINANCEIRA. REQUISITOS PRESENTES. 1.
Incumbe ao Magistrado aferir os elementos do caso
concreto para conceder o benefício da gratuidade de
justiça aos cidadãos que dele efetivamente
necessitem para acessar o Poder Judiciário,
observada a presunção relativa da declaração de
hipossuficiência. 2. Segundo o § 4º do art. 99 do
CPC, não há impedimento para a concessão do
benefício de gratuidade de Justiça o fato de as
partes estarem sob a assistência de advogado
particular. 3. O pagamento inicial de valor
relevante, relativo ao contrato de compra e venda
objeto da demanda, não é, por si só, suficiente para
comprovar que a parte possua remuneração elevada
ou situação financeira abastada. 4. No caso dos
autos, extrai-se que há dados capazes de
demonstrar que o Agravante, não dispõe, no
momento, de condições de arcar com as despesas
do processo sem desfalcar a sua própria
subsistência. 4. Recurso conhecido e provido. (TJ-
DF 07139888520178070000 DF 0713988-
85.2017.8.07.0000, Relator: GISLENE PINHEIRO,
7ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no
DJE : 29/01/2018)
Assim, considerando a demonstração inequívoca da
necessidade dos Requeridos, tem-se por comprovada sua miserabilidade,
fazendo jus ao benefício.

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da


Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade
de justiça aos requeridos.

Assim, sendo, resta evidente que a concessão do


benefício é medida necessária e amparada pela Lei e Jurisprudência.

3. DOS PEDIDOS

Assim, resulta do todo anteriormente exposto que a


“Ação Revisional de Alimentos” proposta pelo requerente deve ser julgada
totalmente improcedente, nos termos em que foi proposta, devendo então o
requerente ser condenado no pagamento das custas processuais, inclusive
honorários advocatícios devidos em razão da sucumbência.

4. DOS REQUERIMENTOS

Requer provar o alegado com o depoimento pessoal


do requerente, o que desde já requer, sob pena de confissão, inquirição de
testemunhas, e todos os demais meios de prova em direito admitidas, tudo em
complementação a prova documental já produzida.

Outrossim, requer a expedição de ofício para as


Instituições Financeiras Bancarias, para que informem a situação financeira do
Requerente dos últimos 12 meses, como medida de buscar a verdade real das
situações narradas pelo Autor.

Ainda requer expedição de ofício à Receita Federal,


para que informe a situação financeira do Autor, com a juntada das
declarações de imposto de renda dos últimos 5 anos, bem como, ainda, para
que tome conhecimentos da renda dos contracheques e extratos bancários,
afim de averiguar eventual sonegação fiscal.

Requer, ainda, a concessão do benefício da justiça


gratuita, por não possuírem os requeridos condições de arcar com as custas e
demais despesas processuais, sem que haja prejuízo para sua subsistência,
consoante declaração anexa.

Nestes Termos.

Pede e Espera Deferimento.

xxxxxxxxxxxxxxxxx, 10 de May de 2023.

ADVOGADA

OAB

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