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EXECLENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUTIÇA DO ESTADO ______________

RECURSO: Agravo de Instrumento

AGRAVANTE: _____________________

AGRAVADO: ______________________

PROCESSO: ______________________

ORIGEM: ______________________

____________, já qualificada nos autos do processo em epígrafe,


inconformado com a respeitável decisão do Juízo “a quo”, no
processo n._______________, que tramita perante a xª Vara da
Comarca de ______________, vem perante Vossa Excelência,
interpor

RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

em consonância com o disposto nos artigos 1.015 e seguintes


do Novo Código de Processo Civil, bem como demais legislações
em vigor, requerendo seja o mesmo recebido no seu duplo efeito e
processado na forma da lei, postulando, desde já, pela juntada das
razões em anexo, e a concessão do benefício da justiça gratuita,
dispensando o agravante do pagamento das custas do preparo.

Para os efeitos do artigo 1.017, I do Novo Código de Processo


Civil, informa que deixa de formar o instrumento ao agravo pela
dispensa prevista no Art. 1.017, §5º do CPC/15, por se tratar
de PROCESSOS ELETRÔNICO.

Ante o exposto, requer digne-se Vossa Excelência, em recebendo as


razões do presente Recurso de Agravo de Instrumento, bem como
os documentos que o acompanham, encaminhá-lo à posterior
apreciação desse Egrégio Tribunal, através de uma de suas
Colendas Câmaras, a qual, por certo, fará a costumeira Justiça,
dando provimento ao presente, reformando a respeitável decisão
interlocutória proferida pelo Juízo “a quo”.

Nesses termos,

Pede deferimento.

______________, 10 de May de 2023.

_________________ ___________________

OAB/____ OAB/_____
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ______________

RECURSO: Agravo de Instrumento

AGRAVANTE: _____________

AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO

PROCESSO: _____________

ORIGEM: 2ª VARA DA COMARCA DE PORTO FRANCO

RAZÕES DE DESCONFORMIDADE PELO AGRAVANTE

COLENDA CÂMARA,

DIGNÍSSIMOS JULGADORES

I - DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS

Trata-se de ação de Regularização de Guarda, c/c Busca Apreensão


de Menor, proposta pelo Ministério Público, como substituto
processual______________________, tutelando a guarda do
menor______________, nascido em ______________.

Em breve síntese, a mãe do menor faleceu em um acidente, no dia


______________. Como a mãe e a criança residiam com avó materna, ora
representada pelo Ministério Público, a criança permaneceu aos cuidados da
avó materna.

Após o falecimento da genitora, o Agravante e pai do menor, buscou


contato com a avó materna solicitando passar dias com a criança, para que
pudesse prestar apoio emocional e até mesmo fortalecer o vínculo afetivo, uma
vez que, por motivos pessoais e desgastes entre ele e a genitora, tal vínculo
não estava sendo alimentado a contento. Sabendo que, principalmente diante
do trágico ocorrido com a mãe do seu filho, o fato de que estava mais afastado
do que gostaria, não o devia impedir de buscar tal aproximação.

Assim o fez, buscou a criança com a finalidade de passar poucos


dias, mas, neste meio tempo, buscou informar-se e entendeu que é seu o
poder familiar sobre a criança, ou deveria ser. Leigo em temas jurídicos, o
Agravante buscou conhecer sobre guarda, para que pudesse retomar o lugar
de direito na vida da criança.

Ocorre que, em decisão proferida levando em conta tão somente o


apego da avó materna, o juízo a quo definiu a guarda em favor da mesma.
Inconformado, o Agravante clama por expor seu lado da história e também pela
reconsideração da decisão. Breve é o relatório.

II – DO DIREITO

A situação narrada é absolutamente pacificada em Direito. Tanto a


lei, quanto a jurisprudência e também a doutrina nos trazem em claro
entendimento:

“São titulares do poder familiar os genitores, em plena, total e


equânime igualdade de direitos, interesses, deveres e exercícios,
haja vista que, eventuais divergências insuperáveis entre eles
poderão ser solucionadas pelo Poder Judiciário (art. 1.631, caput, e
seu parágrafo único; art. 1.634, caput, – artigo com nova redação
[Lei Federal n. 13.058/2014] – ambos do CC/2002; art. 21, ECA),
uma vez que não mais prevalecerá a vontade de quaisquer deles.
Sua titularidade será exclusiva de um só dos pais quando o
outro falecer ou dele for destituído, ou, em caso de não
reconhecimento da filiação (art. 1.633, CC/2002).”

No caso em tela, a mãe do menor faleceu, a criança de forma


automática permaneceu na casa da avó. O Agravante reconhece o vínculo
entre avó e neto e, de forma alguma quer extirpa-los de convívio. Ao contrário,
a avó é importante peça na criação e na formação psicossocial da criança e
continuará sendo.

O que não podemos tolerar é que por circunstâncias da vida, um pai


seja tido como inapto a criar seu filho. Em que pese melhor esclarecimento, o
convívio entre pai e filho só não eram mais frequentes porque residem em
cidades diferentes, além disso, os genitores tinham suas discordâncias quando
a mãe da criança estava viva, algo absolutamente normal entre ex-casais,
jovens e que tem dificuldades de adaptação.

a) DO PODER FAMILIAR PRESUMIDO DO GENITOR

O Agravante é titular do direito e plenamente capaz de ficar com a


guarda do filho, motivo pelo qual a requer. Uma criança de 2 anos e meio
encontra-se no princípio de sua vida, fase em que a corrente principal da
psicologia chama de “primeira infância”. Como poderia seu vínculo com o pai já
ser considerado insuficiente? É fase da vida onde qualquer vínculo é
plenamente capaz de se desenvolver de forma saudável. O Agravante tem
absoluta certeza de que pode se tornar a maior referência de afeto e cuidado
na vida do seu filho, sem prejuízo da convivência com a avó e os familiares
maternos, afim de preservar a memória da mãe e os direitos afetivos da
criança.

A jurisprudência é pacífica:
AÇÃO DE GUARDA. DISPUTA ENTRE O PAI E OS AVÓS
MATERNOS, TENDO FALECIDO A MÃE DA CRIANÇA.
INEXISTÊNCIA DE RAZÃO PARA AFASTAR O GENITOR DO
EXERCÍCIO DA GUARDA DO FILHO. Sendo a criança órfã de mãe
e havendo disputa entre os avós maternos e o genitor, a guarda da
criança deve ser estabelecida tendo em mira o seu melhor interesse
e em consonância com as disposições legais. Mesmo que a criança
tenha bom vínculo com os avós maternos e até tenha ficado sob a
guarda fática deles, quando do óbito da genitora, também o genitor
morou junto com eles e a desinteligência decorreu pelo fato do
genitor não aceitar o exercício da guarda pelos avós maternos,
decidindo afastar-se e levar consigo o seu filho, ensejando o
ajuizamento de ações pelos litigantes, ambas com pedido de
guarda. Se nada depõe contra o exercício da guarda pelo genitor,
que possui bom vínculo com o filho, a guarda deve ser exercida por
ele, que exerce o poder familiar (art. 1.630, CCB) e tem preferência
legal em relação aos avós. O exercício da guarda dos filhos
menores compete aos pais, a quem cabe também dirigir-lhes a
criação e a educação ex vi do art. 1.634, inc. I e II do CCB. Correta a
regulamentação de visitas na forma estabelecida na sentença, pois
permite o convívio próximo e estreito da criança com os avós
maternos, preservando o vínculo afetivo existente entre eles.
Recurso desprovido.

Não foi citado nenhum argumento sobre a incapacidade do


Agravante, ou qualquer óbice realmente factível. O fato de o pai ter tido pouco
contato com o filho não pode ser motivo para ceifar ainda mais a relação. A
mãe faleceu e isso é fato que muda a perspectiva da realidade. O Agravante se
entende como necessário detentor do direito de guarda e quer assumir esse
lugar. Deve o Poder Judiciário trabalhar no sentido de estimular e incentivar o
vínculo de pais e filhos e não o oposto.
b) DO MELHOR INTERESSE DO MENOR

É irrefutável que, não apenas na seara da atribuição de guarda, mas


em todas as questões relativas a menores, o melhor interesse da criança deve
ser o critério norteador de toda e qualquer decisão. Entretanto, não é um
preceito genérico. Sua eficácia só está garantida quando referida ao interesse
de cada criança.

Os poderes legislativo e judiciário têm feito grandes esforços no


sentido de aproximar filhos de seus genitores. Em um país onde a guarda era
quase que indiscriminadamente dada às mães, hoje já temos amplo avanço
com o instituto da guarda compartilhada, como sendo a preferencial. O motivo
disso é claro: mãe e pai devem ter as mesmas atribuições na vida da criança.

Infelizmente a mãe da criança veio a falecer, ressalta-se aqui que o


Agravante lamenta profundamente a perda do filho, independente de qualquer
atrito que tenha um dia tido com a falecida genitora. Ocorre que, em termos
práticos, o melhor interesse do menor hoje, é que o genitor assuma seu papel,
na linha de frente, como a sociedade e os poderes estatais esperam de um pai.

Nesse sentido requer que o melhor interesse da criança seja


observado sob a ótica de ter um pai presente e exercendo função primária e
não secundária em sua educação.

III - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposto, REQUER o recebimento do presente agravo nos


seus efeitos ativo e suspensivo, nos termos do parágrafo único do Art. 995 do
Novo CPC, para fins de REVERSÃO DE GUARDA EM FAVOR DO
AGRAVANTE E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS PARA A AVÓ
MATERNA.
Ainda, requer a intimação do agravado para se manifestar querendo,
e após, requer a esta Colenda Câmara que se digne em acolher as razões
acima explanadas, CONHECENDO e PROVENDO o presente Recurso de
Agravo de Instrumento, para o justo fim de ser reformada a r. decisão
agravada, no sentido de dar ao pai, ora Agravante, a guarda provisória do
menor e que, posteriormente reverta-se em guarda definitiva, pelas razões
expostas acima.

A teor do artigo 1.017 da Nova Lei Processual Civil, requer a juntada


dos documentos essenciais e dos demais, necessários para instruir o presente
recurso. Informa que deixa de formar o instrumento ao agravo pela dispensa
prevista no Art. 1.017, §5º do CPC/15, por se tratar de processos eletrônico.

É o que confia poder esperar deste Proficiente Colegiado, em mais


uma lição de DIREITO e realização da JUSTIÇA!

Nesses termos,

Pede deferimento.

(cidade), (data).

________________________ ___________________________
OAB/______ OAB/____

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