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PROCESSO

CONSTITUCIONAL
SLIDE 4 – REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
1. CONCEITO

Os remédios constitucionais são medidas utilizadas


com a finalidade de tornar efetivo o exercício dos
direitos.

José Afonso da Silva define remédios constitucionais


como sendo: " (...) garantias constitucionais na
medida em que são instrumentos destinados a
assegurar o gozo de direitos violados ou em vias de
ser violados ou simplesmente não atendidos".
2. ESPÉCIES

2.1. DIREITO DE PETIÇÃO (art. 5.º, XXXIV, a da CF)

a) Conceito

- É o direito de peticionar, ou seja, de formular


pedidos à Administração Pública em defesa de
direitos próprios ou alheios, bem como de
formular reclamações contra atos ilegais e
abusivos cometidos por agentes do Estado, tendo
o órgão o dever de prestar os esclarecimentos
solicitados. (art. 5.º, XXXIV da CF).
b) Características

- informalidade, mas sempre de forma escrita;


- identificação do peticionário;
- conteúdo resumido;

c) Espécies

- Reclamação (queixa): para denunciar atos


abusivos cometidos por agentes públicos;
- Formulação de pedidos: a respeito de
informações de interesse particular, coletivo ou
geral.
c) Legitimidade Ativa

- qualquer pessoa (física, jurídica, por


indivíduos ou por grupos de indivíduos,
nacionais ou estrangeiros).

d) Legitimidade Passiva

- qualquer autoridade do Executivo, do


Legislativo ou do Judiciário.
e) Considerações

- Não pode a autoridade a quem é dirigido escusar


pronunciar-se sobre a petição, quer para acolhê-la
quer para desacolhê-la com a devida motivação;

- A Constituição não prevê sanção por falta do


descumprimento;

- Caso haja descumprimento, caberá ao interessado


impetrar mandado de segurança;

- A Constituição assegura a gratuidade no exercício


desse direito.
2.2. DIREITO DE CERTIDÃO (art. 5.º, XXXIV, b da
CF)

a) Conceito

- É o direito de obtenção, junto a repartições


públicas, de certidões no intuito de defender
direitos ou esclarecer situações de interesse
pessoal.

OBS: Certidão é o documento expedido pela


Administração Pública, comprovando a
existência de um fato e gozando de fé pública
até prova em contrário.
b) Considerações

- Somente atos administrativos e judiciais, em regra, podem


ser certificados;

- Prazo improrrogável de 15 dias, contados do registro do


pedido no órgão expedidos, para a expedição da certidão (art.
1º da Lei nº 9051/95);

- Não há pagamento de taxas;

- Usa-se o mandado de segurança, quando o pedido é


negado ou simplesmente não é decidido.
2.3. HABEAS CORPUS (art. 5.º, LXVIII, da CF)

a) Conceito

- a ação ou remédio constitucional com a finalidade


de tutelar a liberdade de locomoção, utilizada
sempre que alguém estiver sofrendo, ou na
iminência de sofrer, constrangimento ilegal em seu
direito de ir e vir, consubstanciada numa ordem
pelo Juiz ou Tribunal ao coator (quem está
coagindo), para que cesse a ameaça ou a coação.
b) Natureza jurídica

- Natureza jurídica é de ação constitucional penal (Código


de Processo Penal - CPP, Título II – Dos Recursos em Geral,
Capítulo X – Do Habeas Corpus e seu Processo, art. 647).

c) Espécies

- Habeas corpus preventivo;

- Habeas corpus repressivo ou liberatório.


d) Legitimidade ativa

Qualquer pessoa (física ou jurídica, nacional ou


estrangeira), em seu favor ou de outrem, bem
como pelo Ministério Público (art. 654, do CPP).

e) Legitimidade passiva

A autoridade coatora.

SUJEITOS PROCESSUAIS

a) Paciente;
b) Impetrado;
c) Impetrante;
f) Hipóteses de cabimento

- Ameaça, sem justa causa, à liberdade de locomoção;

- Prisão por tempo superior estabelecido em lei ou


sentença;

- Cárcere privado;

- Prisão em flagrante sem a apresentação da nota de culpa;

- Prisão sem ordem escrita de autoridade competente;


- Prisão preventiva sem suporte legal;

- Coação determinada por autoridade incompetente;

- Negativa de fiança em crime afiançável;

- Cessação do motivo determinante da coação;

- Nulidade absoluta do processo;

- Falta de comunicação da prisão em flagrante ao Juiz


competente para relaxá-la.
g) Hipóteses de não-cabimento

- contra omissão de relator de extradição, se


fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova
não constava dos autos, nem foi ele provocado a
respeito (Súmula nº 692 do STF).

- decisão condenatória a pena de multa, ou relativo


a processo em curso por infração penal a que a
pena pecuniária seja a única cominada (Súmula nº
693 do STF).
- a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda
de patente ou de função pública (Súmula nº 694 do STF).

- quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula


nº 695 do STF).

h) Liminar em habeas corpus

Permitida, mas exigindo a identificação do periculum in


mora (risco de dano grave) e do fumus boni iuris (indícios
quanto à decisão favorável), requisitos comuns às medidas
cautelares.
i) Competência para reconhecer pedido

- Juiz de Direito;

- Tribunais de Justiça;

- Juiz Federal;

- Superior Tribunal de Justiça – STJ;

- Supremo Tribunal Federal – STF.


j) Procedimento

- ação gratuita;
- não necessita de advogado;
- Não obedece a qualquer formalidade processual
ou instrumental;
- Necessita assinatura do impetrante, a descrição
dos fatos, o nome do paciente e do coator, a
descrição da residência (art. 654, § 1º, do CPP) e
ser em língua portuguesa;
- Pode ser concedida de ofício pelo magistrado;
- rito é sumário;
- prova tem de ser pré-constituída.

k) Observações

- o juiz recebe a petição;


- se julgar necessário e se estiver preso o
paciente, mandará que este lhe seja
OBS: em segunda instância a petição de habeas
apresentado emserá
corpus diaapresentada
e hora que designar.
ao secretário que a enviará
imediatamente ao presidente do Tribunal ou da
Câmara Criminal, ou da turma que estiver reunida
ou primeiro tiver de reunir-se.
2.4 HABEAS DATA (art. 5º, LXXII, da CF)

- Foi introduzido no Brasil com a Constituição de


1988 e é regulamentado pela Lei nº 9.507/97 (LHD).

a) Conceito

b) Natureza Jurídica:
- Ação constitucional, de caráter civil.

c) Legitimidade ad causam:
- Ativa:

Somente o interessado (pessoa física ou jurídica,


brasileira ou estrangeira)

- Passiva:

“...registros ou bancos de dados de entidades


governamentais ou de caráter público” trazida no
art. 5º, LXXII, a, da CF/88, e art. 7º, I, da Lei nº
9507/97.
d) Hipóteses de cabimento

e) Liminar em habeas data

f) Competência

g) Procedimento (Lei nº 9.507/97)


2.5 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL (inc. LXIX)

- O Mandado de Segurança é criação brasileira.

- Foi na Constituição de 1934 que esse remédio foi


inserido.

a) Conceito

b) Natureza jurídica:

- Ação Constitucional Civil.


c) Espécies:

- Mandado de segurança repressivo.

- Mandado de segurança preventivo.

d) Legitimidade ad causam:

- Legitimidade ativa (Impetrante)

- Legitimidade passiva (Impetrado)


e) Hipóteses de cabimento

f) Liminar em mandado de segurança

g) Competência

h) Procedimento (Lei nº 12.016/09)


2.6 MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO (inc.
LXX)

- O mandado de segurança é ação de criação


eminentemente brasileira e também regulado
pela Lei nº 12016/09.

a) Conceito

b) Natureza jurídica
- Ação Constitucional Civil.

c) Espécies:
- Mandado de segurança coletivo repressivo

- Mandado de segurança coletivo preventivo

d) Legitimidade ad causam:

- Legitimidade ativa

- Legitimidade passiva

e) Hipóteses de cabimento

f) Liminar em mandado de segurança coletivo /


competência / procedimento
2.7 MANDADO DE INJUNÇÃO (inc. LXXI)

- foi instituído pela Constituição Federal de


1988 e regulamentado pela Lei nº 13.300/16.

a) Conceito

b) Natureza jurídica
- Ação Constitucional Civil
c) Espécies:

- Mandado de injunção individual.

- Mandado de injunção coletivo.

d) Legitimidade ad causam:

- Legitimidade ativa

- Legitimidade passiva
e) Hipóteses de cabimento

f) Hipóteses de não-cabimento

g) Liminar em mandado de injunção


(impossibilidade)

h) Competência

I) Procedimento (Lei nº 13300/16)


2.8. AÇÃO POPULAR (inc. LXXIII)

- introduzida no Brasil pela Constituição de


1934 e regulamentada pela Lei nº 4717/65.

a) Conceito

b) Natureza jurídica

- Direito constitucional político de efetiva


fiscalização da administração pública, aliada à
garantia processual constitucional de ação para
exercício deste direito político.
c) Espécies:

- Ação popular preventiva

- Ação popular repressiva

d) Legitimidade ad causam:

- Legitimidade ativa

- Legitimidade passiva
e) Hipóteses de Cabimento

f) Liminar em ação popular

g) Competência

h) Procedimento
2.9 AÇÃO CIVIL PÚBLICA (art. 129, III)

- A ação civil pública ingressou no ordenamento


jurídico brasileiro através da Lei Orgânica do
Ministério Público (Lei nº 40 de 13 de dezembro de
1981) e foi regulamentada pela Lei nº 7347/85.

a) Conceito

b) Natureza Jurídica:
- instrumento processual (ação) de índole
constitucional, destinado à proteção de direitos
difusos, coletivos e individuais homogêneos.
c) Legitimidade ad causam:

- Legitimidade ativa (art. 5º da Lei nº 7347/85

- Legitimidade passiva

d) Hipóteses de cabimento

e) Hipóteses de não-cabimento

f) Liminar em ação civil pública

g) Competência

h) Procedimento

i) Inquérito civil

j) Termo de ajuste de conduta – TAC


FIM

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