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Remédios Constitucionais Anotações

Direito Constitucional III (Universidade Católica do Salvador)

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Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)
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Remédios Constitucionais 12/05 (2º UNIDADE)

- O que são remédios constitucionais? São instrumentos de defesa, ou seja,


garantias na defesa dos direitos fundamentais descritos em nossa constituição.
Visam solucionar um mal, um problema, uma afronta a um direito ou garantia
fundamental. É importante entender a diferença entre direito material X direito
processual. Direitos X garantias.
 Os remédios são uma forma de realizar o direito material violado, por
exemplo direito de locomoção – remédio – habeas corpus. Eles estão
descritos no art. 5º, em seus incisos.

 Os remédios constitucionais são destinados a assegurar o exercícios


dos direitos violados ou em vias de serem violados, as garantias
constitucionais denominados de remédios constitucionais são:
i. Habeas corpus (art. 5º, LXVIII).
ii. Habeas data (art. 5º, LXXII).
iii. Mandado de segurança individual (art. 5º, LXIX).
iv. Mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX).
v. Mandado do injunção (art. 5º, LXXI).
vi. Ação popular (art. 5º, LXXIII).
vii. Ação civil pública (art. 129, III).

- HABEAS CORPUS
 Conceito: Remédio constitucional que busca evitar lesão ou restituir a
liberdade de locomoção de qualquer pessoa.

 Historicamente: o habeas corpus foi a primeira garantia de direito


fundamentais, concedida por “João sem Terra”, monarca inglês, na
Magna Carta, em 1215, e formalizada posteriormente, pelo Habeas
Corpus Act, em 1679.

 Fundamento constitucional: art. 5º, LVIII – Conceder-se-á habeas


corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade
ou abuso de poder.

 Procedimento: Está previsto nos arts. 647 a 667 do CPP, embora não
seja uma ação exclusiva do processo penal. Trata-se de rito especial,
em que são dispensadas maiores formalidades, sempre em favor do
bem jurídico maior, qual seja, liberdade locomoção.

 Espécies de Habeas Corpus:

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a) Preventivo: ocorre uma ameaça real de constrangimento à liberdade


de locomoção, ainda vai acontecer.
b) Repressivo: Ocorre um ato constrangedor que viola direta ou
diretamente a liberdade de locomoção, já aconteceu.

 Habeas Corpus pode ser:


a) Individual, em regra, visa a proteção a liberdade de locomoção de
alguém.
b) Excepcionalmente coletivo, a partir do caso HC143.641/STF (caso
da Adriana de Lourdes Anselmo - esposa do Cabral – Ex
governador do RJ).

 Legitimidade Ativa: Pode ser impetrada por qualquer pessoa, nacional


ou estrangeira, sem exigência quanto à capacidade judiciaria. Exemplo:
menores de idade sem representação, pessoas jurídicas (não podem
ser beneficiarias), analfabetos.
Obs: O Habeas Corpus é o remédio do povo, não necessita de advogado, não
paga custas e não tem forma definida, ou seja, sem formalidades.

 Legitimidade passiva: Apesar de o Código de Processo Penal somente


se referir à impetração de habeas corpus contra ato de “autoridade”, é
comum os Tribunais aceitarem habeas corpus contra ato de pessoa
jurídicas de direito privado, como clinicas psiquiátricas e hospitais
(PADILHA, 2020). A autoridade que promove a ilegalidade ou abuso de
poder.

 Teoria brasileira do HC: Se dá com a criação de um outro remédio


constitucional para garantir os demais direitos fundamentais. Ou seja,
deixa para o habeas corpus apenas o direto de locomoção, absorvendo
este outro remédio os demais direitos fundamentais. Surge pela primeira
vez na CF1934, qual o nome desse novo remédio? Mandado de
segurança, doutrina brasileira do HC.

 Finalidade do Habeas Corpus: Garantir o direito de locomoção,


evitando ilegalidade ou abuso de poder.

 Competência: Quem julga o habeas corpus é aquele que tem


competência para julgar a autoridade que cometeu o abuso ou
ilegalidade (exemplo, Presidente – STF, Prefeito – TJ,
Desembargador – STJ, Ministro do STF – STF, art. 102 e art. 105 da
CF).

 A competência para julgar habeas corpus será para a autoridade


judiciaria que esteja acima da autoridade coatora. Assim, se a
autoridade coatora for delegado ou particular, caberá habeas corpus

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para o juiz (federal ou estadual). Sendo ele autoridade coatora, caberá


habeas corpus para o Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal
(a depender do juiz).

 Habeas corpus coletivo 143.641/STF em face de mulheres presas,


gestantes, puérperas (2018).
ACESSO A
INFORMAÇÃO
- HABEAS DATA 19/05/2020
Conceito: Habeas data é um remédio constitucional destinado a garantias
Fundamento constitucional: presente no Art. 5º, LXXII (72), buscar
informações do próprio impetrante
Fundamento legal: Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997
Finalidade do HD:
Art. 7º

 Requisitos de admissibilidade: É jurisprudência pacifica no STF e no


STJ a necessidade de negativa na via administrativa para justificar
o ajuizamento do habeas data. Isso porque, sendo o habeas data uma
ação constitucional, estará submetida às condições da ação, dentre elas
o interesse de agir (súmula.2 STF).

 Legitimados:
a) Legitimidade ativa: Pode ser qualquer pessoa física ou jurídica,
brasileira ou estrangeira, já que todos são titulares de direito à
informação.
b) Legitimidade passiva: Em se tratando de registro ou banco de
dados de entidade governamental, o sujeito passivo

 Competência: Daquele órgão judicial responsável pelo julgamento da


entidade que detém a informação (art. 20 da lei n. 9507/97).

- MANDADO DE SEGURANÇA
 Conceito: Ação constitucional para tutela de direito individuais
líquidos e certos, não amparados por habeas corpus e habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública ou agente
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

 Cabe MS quando não for direito de locomoção ou direito de informação


da pessoa.

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)


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 Fundamento constitucional: art. 5, LXIX –

 Fundamento legal: Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009.

 Requisito de admissibilidade: Não é possível a instrução probatória, a


prova deve ser documental. Por isso o nome, direito líquido e certo
(aquele que se prova de plano).

 Finalidade: A proteção contra ilegalidade ou abuso de poder feito por


autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuição do Poder Público.

 Tipos de MS:
a) Individual: sujeito ativo
b) Coletivo: LXX ART 5

Diferenças:
1- LXX
2- Legitimados
3- Objeto: direitos coletivos ou individuais homogêneos. Os direitos difusos
não podem ser objetos de MSC.

 Classificação
a) Preventivo
b) Repressivo

 Legitimados:
a) Legitimidade ativa: Sujeito ativo, impetrante e o detentor de direito
liquido
b) Legitimidade passiva:

 Competência: depende do órgão ou autoridade que cometeu a


ilegalidade ou abuso de poder

 Prazo para requerer: Art. 23. O direito de requerer mandado de


segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)

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