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1. Habeas Corpus
O habeas corpus é uma ação constitucional utilizada sempre que uma pessoa
ver o seu direito à liberdade ameaçado ou cessado por uma ilegalidade ou
abuso de poder.
Esse remédio constitucional está previsto no art. 5º, inciso LXVIII da CF, que
diz:
II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a
autoriza;
Vale destacar que o habeas corpus, além de ser gratuito, é o único remédio
constitucional que não necessita de advogado para ser impetrado.
Para saber mais sobre essa ação constitucional, leia nosso artigo completo
sobre habeas corpus.
2. Habeas Data
O habeas data é um instrumento constitucional utilizado para garantir o acesso
a informações relativas à pessoa do impetrante e que estejam inseridas no
banco de dados ou registros de órgãos governamentais ou de caráter público.
Além disso, esse remédio constitucional também pode ser impetrado caso o
cidadão deseje retificar algum dos seus dados perante às mencionadas
entidades.
Essa ação ganha grande destaque com o advento da Lei Geral de Proteção de
Dados, uma vez que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com suas
informações sensíveis e sigilosas perante bancos de dados.
Para saber mais, leia nosso artigo completo sobre habeas data.
Seu cabimento é subsidiário, ou seja, somente será utilizado nos casos em que
não for cabível habeas corpus ou habeas data.
Ou seja, é utilizado sempre que um cidadão desejar combater um ato ilegal ou
abusivo, que fira algum de seus direitos constitucionais, desde que não seja o
direito de ir e vir (liberdade) e o acesso à informação.
Além disso, ele pode ser dividido em individual e coletivo, sendo o primeiro
referente a direitos individuais, e o segundo referente a direitos de
determinadas entidades.
4. Mandado de Injunção
Outra ação considerada remédio constitucional é o mandado de injunção.
Seu objetivo é fazer valer uma norma constitucional, quando não existir uma lei
regulamentando o exercício de um determinado direito fundamental.
5. Ação Popular
A ação popular é o remédio constitucional utilizado para proteger diferentes
bens da sociedade, quando estes são objeto de algum ato lesivo da
Administração Pública.
A ação popular está prevista no art. 5º, inciso LXXIII da Constituição Federal,
que diz:
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência.
Além disso, a lei prevê que quais atos são considerados nulos, a competência
para julgamento da referida ação, os sujeitos passivos do processo e todas as
etapas do procedimento judicial.
Enquanto para os demais remédios o cidadão pode ajuizar a ação, por meio de
advogado, no caso da ação civil pública ele não pode fazê-lo; apenas as
entidades indicadas em lei específica podem ajuizá-la.
o meio ambiente;
direitos do consumidor;
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
interesses difusos ou coletivos;
a ordem econômica;
a ordem urbanística;
a honra e a dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos;
o patrimônio público e social.
[…]
Mas, vale destacar, não é apenas o Ministério Público que pode ajuizá-la.
A Lei 7.347/85, responsável por regulamentar a ação civil pública, define que o
remédio constitucional também pode ser ajuizado pela Defensoria Pública, pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, por autarquias, empresas
públicas, fundações e sociedades de economia mista, bem como associações
que cumprirem os requisitos legais.